Poemas de Deuses do Amor
CERRADO ALVORECENDO
Um raiar grande e luzidio, um alvoroço profundo
O amanhecer no horizonte em histeria tremenda
As maritacas nos buritis já se fartando da merenda
E o cheiro do chão duro, do bafejo manso é oriundo
Preme pela janela o raio de sol rachado na fenda
O vento seco trovando suspiros vindos do fundo
Da melancolia, que traz a saudade num segundo
E que desperta no sertão com a mais bela legenda:
De vitalidade, pois é a diversidade já alvejando
Vê! Tudo é magia, leve, com toda a sua ousadia
Brilha o capim dourado no campo, em bando...
E tudo vai demudando, tal uma doce poesia
Escritas com as mãos do Criador, ali rimando,
A vida com a lida do alvorecer de mais um dia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
*no olho do furacão do COVID-19
Quero mais que o alvorecer,
quero o despertar do amanhecer.
Quero o desabrochar do dia...
acordar em harmonia, com alegria,
quero o agora, a poesia, a emoção.
O amor fazendo razão no meu coração...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17, setembro/2020 - Cerrado goiano
[…]veja as árvores da minha cidade
estão floridas, coloridas, é primavera
em cada avenida ela, - sua majestade
a árvore, singela, como ela é bela!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
outubro, 2020 - Triângulo Mineiro
SAUDADE
Saudade – de pela areia fina andando
e a cidade no seu cheiro e no seu cio
Saudade! Dos bares e botecos do Rio
e do samba no pandeiro batucando
Noites de fevereiro, é roda no pavio
o carnaval, sol, e praia no comando
É a vida no agito, calor esquentando
conversa sem hora, e o céu de estio
Saudade – voo cego do sentimento
Sem pouso, com gemidos ao vento
Ai! maravilha entre o mar e a serra
Saudade – Laranjeiras do bardo
Coelho Netto, onde aqui guardo
parte de mim, ah! carioca terra! ...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
07 de outubro, 2020 – Triângulo Mineiro
Pai, na saudade.
Quando me dei conta da ausência
Na idade madura me encontrava
O senhor não era mais suficiência
Herói e vilão, já não mais estava
Outro tempo, outra realidade
O passado, passou, ali te amava
Te amo! Hoje, na dura saudade!
Agora sei o que quero
E não penso em parar
Já venci os meus medos
E aprendi a ganhar
Eu sou o que sou
Onde quero eu vou
E agora nada, nada vai me parar
E se caio no chão
Alguém me ajudará
É magia, equilíbrio
Que me faz dançar
Não existem limites
Pra nos parar
Sem cores ou bandeiras
Somos todos um
Emoções verdadeiras
Nosso respirar
É o céu, o cometa
Que quer decolar
Pro planeta que você
Quer me levar
Quando parece alto o muro
Vou te acompanhar
Voar, voar, voar
E não duvide nenhum segundo
Que os teus sonhos
São feitos pra sonhar
Quando te vi
Me mundo mudou de cor
Eu não era assim
A porta se abriu
Comecei a sorrir, sem saber bem por quê
A sonhar em te ver
Sou assim, goste ou não
Feche os olhos, escute a canção
Eu sinto o instinto
Eu vivo o momento
Eu voo bem alto, bem perto do céu
SEM INSPIRAÇÃO
Às vezes uma poética me entala
Nesta lacuna em que eu ando
Sofro, cá no cerrado, quando
A saudade dentro do peito fala
Inspirações sufoquei nefando
Sem as trovas numa luz sincera
Ah! Cada rima com força quisera
No senso, e não o cântico calando
Sinto que nas quimeras fui rude
Choro cada outrora desta sandice
Já alquebrado, foi-se a juventude
Os versos que não criei por tolice
Por desventura escrever não pude
E assim tornar a prosa na mesmice
© Luciano Spagnol- poeta do cerrado
Cerrado goiano, 09 de dezembro, 2019
Olavobilaquiando
Natal Defronte
As ruas corridas, muito estresse
No dia lotado de apressado rumor
E o meu pensamento desvanece
No muito fragor e no pouco amor
Já é Natal, cheio de luz de fulgor
O brilho da fé, opacou-se, afinal
De aparência o hoje é o mentor
Nestes tempos, de só fútil ritual
Valeu-me o olhar dum pedinte
Que brilhava mais que tudo isto
Era príncipe e farto de requinte
A face que lembrou a de Cristo
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Cerrado goiano, 12 de dezembro, 2019
O AMANHÃ
Nunca, devemos dizer jamais
O dia vai como tem que ir
A brisa nos leva,
Onde quer que estais
E nos põe a partir
Vais... vais... vais...
Mesmo que o medo te faça fingir
Não olhe para traz
Ouça do teu coração, a voz
Ele lhe dirá em linhas gerais
Um sonho. Arranque o teu poder feroz
Nunca atroz, vá mais e mais
Não olhe para traz
Quando o amor leva nossos sonhos
Tudo é capaz
Até mesmo chorar...
Enxugue tuas lágrimas, tudo é fugaz
O que importa é amar
Não olhe para traz, siga teu olhar
A brisa nos leva
Onde quer que estais
E nos põe a partir
Vais... vais... vais...
O amanhã é um talvez
Não acredite na sua ilusão
Pegue a ti, e a tua nudez
Da alma, e busque a paixão
Acredite em ti, de uma vez
Coloque tuas asas e vá voar
As nuvens são macias, ao tocá-las
Cada passo dado vira passado, sem pesar
Pois, você está vivendo, vá voar...
A brisa nos leva
Onde quer que estais
E nos põe a partir
Vais... vais... vais...
O amanhã é um talvez
Vá de vez, e não olhe para traz
O hoje é fugaz, e a vida uma só vez
Então deixe a brisa te levar
Tenha lucidez... Vorás é o tempo!
As vezes não terá outro talvez
Quando o amor leva nossos sonhos
Tudo é capaz
Até mesmo chorar...
Não olhe para traz
Vais... vais... vais, o que importa é amar!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/12/2019, cerrado goiano
Dezembros
Mais uma vez esperança
Anjos, luzes, bolas e cores
Velas velando a lembrança
Guirlandas ornadas de amores
Na ceia enchendo a pança
Na fé a busca dos valores
No olhar abraço e aliança
Dezembros prescritores...
©Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/12/2015 - cerrado goiano
ANO NOVO
A existência, uma jornada cheia de episódio
Uma viagem, comboio, de traço, nó e de laço
De passo a passo, ponto a ponto, num desafio
Tão fugaz! Voraz! Lá vai o trem no compasso
Pela vida, de paisagem variada: quente ou frio
Rumando para a próxima parada, um cansaço
Um alívio, em frete.... um silvo agudo, assobio
Uma outra gare, outro tempo, outro pedaço
Quem sabe ali... será a quem nos amará?
O destino que nos há de dar a exaltação
O acordo que fará satisfação sem estrovo
Quem sabe?... Quem sabe? Ali será?... Será?
Silva outra vez... e parte pra seguinte estação
Nova esperança, surpresas: UM ANO NOVO!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22/12/2019, 05’23”, Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Sem titulo
Todo Rokeiro quiz mudar o mundo
mas o mundo mudou eles...
Quando eu era inocente tudo fazia sentido
então veio deus até mim e fez a culpa queimar a razão...
Pedindo a Deus
Pedi a Deus uma flor ele me deu uma floresta,
Pedi a Deus uma casa ele me deu uma mansão,
Pedi a Deus uma compania ele me deu uma mãe,
Pedi a Deus uma rosa ele me deus vocÊ ..
Ela subindo a escada rolante do metro, ele lá em cima esperando por ela
Anette: Estou impressionada
Sebastian: E eu apaixonado!
Quando lhe dizia: “Só enquanto eu respirar vou me lembrar de você”
Não menti, pois ainda em todos os lugares lembro e sinto sua falta.
Já tentei parar de respirar milhares de vezes, mas nunca consegui parar de lembrar de você.
Eu ainda te amo e guardo nossas recordações em meu coração.
Quando a criança era criança, andava com os braços balançando.
Queria que o córrego fosse um rio, o rio uma torrente... e que esta poça fosse o mar.
Quando a criança era criança, não sabia que era uma criança.
Tudo era cheio de vida, e a vida era única.
Quando a criança era criança, não tinha opinião sobre nada.
Não tinha hábitos.
Sempre sentava com as pernas cruzadas,
Saía correndo... os cabelos eram desarrumados, e não fazia pose quando fotografada.
Quando a criança era criança, era o momento das seguintes perguntas:
Por que eu sou eu e não você?
Por que estou aqui e não ali?
Quando começou o tempo, e onde acaba o espaço?
A vida sob o sol é apenas um sonho?
Não seria o que vejo, escuto e cheiro apenas uma visão do mundo antes do mundo?
Como pode ser que eu, que sou eu, antes de chegar a sê-lo, não fosse?
E que eu, sendo quem sou, algum dia não serei eu mesmo?
Quando a criança era criança, achava muitas pessoas belas, mas agora... raramente.
A criança imaginava claramente o Paraíso, e agora só consegue suspeitar como seria.
Não podia imaginar o vazio, e hoje se estremece com a ideia.
Quando a criança era criança, brincava com entusiasmo... e agora tal entusiasmo só acontece com muito esforço.
Por que todos não enxergam, tal qual as crianças, os portos, os portais e as aberturas que existem abaixo na terra e acima, no céu?
se todos os vissem, haveria uma história sem assassinatos e sem guerra.
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