Poemas de Deuses do Amor
Doce Amargura - Pedro Correa
E quando percebera
Que o ápice da frieza
Batia em sua porta
Amarrou suas memórias
Em suas lágrimas propícias
Para o desespero
Lembrara do sorriso dela
Para esquecer a solidão
Um sentimento mútuo
Vagando para lá e para cá
De uma forma ingênua
De uma forma inocente
A luz que havia ali
Caia nas graças de um ar
Cheio de mistérios, que possuía
Nuances amargos e doces
Com um cheiro sombrio
De uma imensa sobriedade
Pedira perdão
Alivio sentira
Caíra nos braços de uma eterna
Felicidade recíproca
O desgosto desaparecera
Mas ainda lembrava com esmero
Da vida perdida
Le Village - Pedro Correa
No andar de cima, o delegado
Tinha seus desgostos, seus adversários
Quieto e solitário, residia em seu canto
A frente, a bela dona de casa
Com um olhar cheio de melancolia
Observava pela estreita janela
Quieta e solitária, residia em seu canto
Ao lado, o jovem de sonhos frustados
Sonhos cancelados, planos pelo chão
Quieto e solitário, residia em seu canto
Do outro lado, o velho senhor
Relembrava daqueles momentos únicos
Que pôde viver ao lado de sua falecida mulher
Quieto e solitário, residia em seu canto
Amargura, infelicidade e um ar de tristeza
Rondavam a pequena vila
Cada um com seus motivos
Sorrisos raros e lágrimas constantes
Personalidades diferentes e iguais ao mesmo tempo.
O sonho é de ser sonhado diversas vezes,
porquê sempre que desacreditar de algo,
sonhará com o que você realmente acredita.
ANOITECER
majestoso sol que desce/
num horizonte dourado/
É algo que não se esquece/
E não fica no passado.
Dentre as artes a mais bela, elucidar o sentimento que dilacera
Pelas mãos que transpõem sabedoria
É ofício dos poetas.
Caminhos Marcados!
Quando me sentires entre as palavras que lhe escrevo
Não me fites pelo o que eu não expressei,sinta-me por dentro
Não me vejas pelos caminhos que eu não percorri,não foram meus
Porque eu trilhei sua trilha para abraçar seus sonhos e desejos
Escrevi minha história em sua direção,para não me perder jamais de nós dois.
__Eliani Borges.
22/12/2013.
INSTANTE DE PARAÍSO
Quando sentir o coração bater mais forte,
boca seca, vaga-lumes nos olhos,
borboletas no estômago e faltar lhe
o ar, se entregue.
Deixe-se levar pelo momento.
Que seja no colo, num beijo num amasso na lábia,
mas lave a alma.
Afinal, não é todo dia que alguém nos toma
para voar num instante de paraíso.
Castelos de Areia
Eu já tive meus castelos
Mas todos eram feitos de areia
Imagine ter um castelo feito de areia?
Nunca consegui pular o muro
Sempre tive medo do outro lado
O outro lado é você
O medo sou eu
Pensando em ti!
Nunca te vi
Não sinto teu toque
desconheço a cor de teus olhos
Pois nunca fitei teu olhar
Nunca segurei tua mão
Não escutei teu coração palpitando vida
Mas sei que não estou só
porque sinto tua presença
Pois enxergo as marcas na areia
Como sinais de esperança
Deixadas por teus passos
Para orientar-me na caminhada
Ao encontro de ti quando chegar a hora
A hora... Do nosso encontro.
-Eliani Borges & Poesias_
27/03/2013
Uma Alma Que Chora!
Muitas vezes ofertamos algo que gostaríamos de ter
Somos como o encanto do palhaço Que planta com um sorriso a alegria do outro
Enquanto que ele por dentro, tenta secar suas lágrimas
Com o reflexo do sorriso que plantou.
__Eliani Borges
Sempre Ao Seu Lado!
Não existe solidão em um ser
Quando ele nasce,jundo com ele Nasce a luz de um anjo como companhia
Nunca podemos ver-lo,mas podemos sentir o seu carinho
Quando nos momentos difíceis ele nos segura com a delicadeza de quem segura uma flor
Um gesto anonimo,doado flui em forma de paz e luz iluminando cada passo nosso
Quando você se sentir leve depois de uma tempestade, é porque ele esteve ao seu lado segurando sua coragem.
__Eliani Borges.
SAUDADE!
Saudade é o sorriso do coração agradecido
Por lembranças dos gestos que bem lhe fez
Os sentimentos que o olhar revelou quando as palavras emudeceram.
__Eliani Borges.
Tentação é uma força interior
Que nos impulsiona ao desconhecido
E que foge do controle quando a paixão se instala.
___Eliani Borges.
31/07/2013.
Idas e vindas de uma lista
Momentos de reflexão são os dias
que nos encontramos com o desconhecido,
que nos chega através de uma tela
e que aceitamos com carinho e de braços abertos.
Que chegam com um pedido "me aceita"
e partem sem sequer dizer adeus
ou uma explicação plausível.
As vindas são momentos de participação
e união entre palavras e gestos de amizade,
muitas vezes jurados para sempre.
As idas são despedidas sem palavras
muitas vezes deixando saudades
e a pergunta "em que falhamos?"
Seria muito mais fácil chegar e dizer a que veio.
Seria muito mais digno partir com a certeza do adeus.
pois nesta Lista de idas e vindas do desconhecido
nos resta a pergunta da mente
que almeja por uma resposta.
O que queremos ou a que viemos?
Uma amizade? Talvez quem sabe fugir da solidão
que nós mesmo criamos.
Tive tantos amigos, tantos partiram
e tantos permanecem.
Aos que ficaram junto a mim agradeço a Deus
pela escolha que Ele fez,
pois os que partiram, amigos jamais foram
neste mundo virtual.
_Eliani Borges_
28/07/2013.
O que eu sinto por você
não cabe dentro de mim,
é fruto do meu coração
por isso te digo assim
Quero te ver sorrindo
quando a vejo estou amando
Sinto muito estar partindo
sou como um pássaro voando.
TALVEZ ELA.
Talvêz ela...
Esperei tanto,
que ela entrasse por aquela porta.
O dia amanheceu,
E ela entrou....
Esperei pelas palavras de amor.
Não disse...
Jurava que não iria embora.
E me deu as costas...
Pensei, que não passaria da porta.
E passou...
Talvêz desistisse e voltasse,
Não voltou...
Quem sabe, antes de chegar à rua.
E se foi...
Quem sabe, à noite ela liga.
Não ligou...
Amanhã é bem provavel, retornará
Caiu a tarde,
E não retornou...
Uma semana, com saudades aparecerá.
Não apareceu...
Um mês, é muito tempo.
E só o vento ...
Um ano, num reencontro comemorar.
E sozinho, ví o tempo passar...
Dez anos, memórias a reviver.
Ante um soturno crepúsculo e a sós,
revivi nossa história.
Vinte anos,
talvêz ela entre por aquela porta,
Noite.
Ela não entrou.
Trinta...
Quarenta...
...
TRAÇA
A traça que nos retalha a alma,
tem nome origem e função:
Saudade.
Assim como o cupim, que
faz pequenos e doloridos furos
em um esmiuçado coração.
Ambos nos deixam podres,
frágeis, sensíveis e idiotas.
Consequencia de uma grande paixão
