Poemas de Deuses do Amor

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Zarpar

O cerrado é seco, chove pouco
Vou zarpar pro mar
Sem chuva a gente fica louco
As nuvens de lá tem pingos a gotejar
Levarei somente uma camisa
Deixo aqui meu erário, o poetar
Lá vou viver de brisa
Pois aqui brisa não há

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

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Espelhado osrev\verso

Verso no osrever
do
odahleps(e)spelhado...
vai no osrevni da mão
inacabada inspiração...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado

Inserida por LucianoSpagnol

Não adianta fechar a janela, o sol e a lua estarão lá fora...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

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Sou eu

Eu sou o desigual do cerrado
torto
árido
de morro lascado
pelo fogo queimado
rebrotado
na menor das chuvas.
Sou descampado
só tenho nas mãos as luvas
que escrevem o traçado
das rimas em melancolia
iguais a do cerrado
poetadas na poesia
de um plebeu.
O cerrado sou eu...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano

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Miragem

Quimeras não me deixes só, no fundo
Do fosso da ilusão, deste veloz mundo

Subindo e descendo, remando trova
Tentando entender e ser alguma prova

Além, de estar debruçado no horizonte
Querendo mirar uma tal e desejada ponte

Que possa me levar ao outro lado, reverso
Se nas mãos só tenho o meu amor e verso.
(Pois, cada miragem, solidão, eu confesso).

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Poema do imaginário

Vamos pulsar a vida
Expulsar e por de partida
Qualquer forma de desamor
Some no abraço o laço acolhedor
É preciso amar
É preciso atar
No olhar, a cumplicidade
Chegar mais na felicidade
Como quem chega
Para alguma parte
E sempre rega
O sonho em arte
A vida em entrega

“O silêncio é o exato momento do nada no lamento.”

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

No acaso a vida nos abençoa com aquela pessoa exclusiva. Que a cumplicidade nos cativa, e que especial se torna a felicidade. Presente de Deus na sua bondade, de pai, que nos dá a chance de conhecer; nos dá está especial convivência, para que possamos entender o valor da partilha...do amor... do abraço... e aí neste laço poder afirmar:
- você é meu amigo!

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CÂMERA LENTA

o que vejo ao recordar
do que passou e se foi
é a vida a desenhar
o sobe e desce, me perdoe
se sanha no poetar apresenta
é que num giro, o que corrói
são saudades em câmera lenta...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano
Dezembro, 2016

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO EM BRANCO E PRETO

Quisera ter no alforje d'alma um poeta
vibrante e canoro, de algures secretos
do amor, ornados em versos discretos
e parido num singelo berço de asceta

Quisera atar-me em sonhos irrequietos
trazendo quimeras na pena da caneta
num dueto com a fulgor d'um cometa
que versifica a lírica d'outros quartetos

Quisera rimas, na simetria em linha reta
dos caminhos honrosos, versos epítetos
num alarido de fidalguia, terno e violeta

Quisera da poesia a alforria dos ginetos
d'amargura, d'um soneto branco e preto
pros variegados belos e sonoros sonetos

Luciano spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano
Dezembro, 2016

Inserida por LucianoSpagnol

Não abra mão das coisas que a emoção lhe dá. Pois quem julga, foi breve ao amar. Opte sempre por ser extenso como o mar.

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Amar
não é atar ao outro
pra no outro se completar
E sim, se doar ao outro
pra juntos se completarem
ir além um doutro...
E assim, bem se darem!

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Cálice

A vida não tem ponteiro
marcando as horas,
nem letreiro.

É tudo num improviso
o desfiar das auroras,
sem aviso.

Então, empunhe seu cálice
beba sem qualquer demora
(os amores, flores, as dores)
pois na hora, breve é a velhice

Luciano Spagnol
Junho, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Oxalá

Oxalá
Que a saudade assim despeça
Aqui belas bandas do Goiás
Que ela nunca mais me peça
Noites solitárias, choro, aliás
Que a harmonia ela não impeça

Oxalá
Que a dor no peito que faz sofrer
Vá junto nos seus braços embora
Leve consigo o aperto que tender
Já é chegada está tão tardia hora
E deixe somente o prazer florecer

Pois mais vale carinho e sobriedade
Inundando a alma de um doce prover
Do que amargar a danada da saudade
Evocando uma ausência no nosso viver

E assim, novamente,
presença na poesia ter...

Luciano Spagnol
Junho, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Morrer,
Não é só ausentar da vida
Tornar-se lembrança parida

Morrer,
É ir além (literalmente)
Ser e não ser um alguém

É também, nascer recorrente
para um espírito refém
dos Céus, se foi benevolente.
Amém!

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Como chorar a vida
Se a morte vai além
O tempo é corrida
Incertezas, porém

Tudo é começo, meio e fim
E eu tão pouco sei de mim.

Inserida por LucianoSpagnol

Não existe travesseiro com tanta sinergia, pra se repousar do dia a dia, do que uma consciência solidária...

Luciano Spagnol
Cerrado goianol

Inserida por LucianoSpagnol

Sinto a solidão anoitecendo
O frio escorrendo pelo cerrado
O silêncio já se emurchecendo
E o olhar no caixilho debruçado
A lua então querendo se abrasar
Na aridez do chão cascalhado

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

A noturna

Sinto a solidão anoitecendo
O frio escorrendo pelo cerrado
O silêncio já se emurchecendo
E o olhar no caixilho debruçado
A lua então querendo se abrasar
Na aridez do chão cascalhado

É breu solitário e ressequido
Onde não há capa nem blusa
Para aquecer o espírito doído
E amparar a solidão reclusa...
É um vil rugido diluído no ar
É uma agrura na alma infusa

Não sei com que me agasalhar.

Luciano Spagnol
Início de julho, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Aprendendo com o silêncio a ouvir.
Pra os uivos dos sons, poder sentir

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Para sempre

Prefiro o tempo dos poetas
O seu tempo é lento
Se cinzento põe asas de borboletas
Pra ao vento espalhar sentimento
Em qualquer tempo, qualquer seresta
És profeta do pensamento
Mago das palavras naquela ou nesta
Bordando dores, amores, intentos
E não contento: chora, ri, implora
No mesmo devaneio, na mesma fé
Está sempre chegando e indo embora
Mas seu tempo é para sempre...

Luciano Spagnol
Junho, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol