Poemas de Cruz e Sousa
Todos os dias são para mim tristes, meu amor, desde que não nos vimos mais...
Não posso superar esta saudade que dilacera o meu coração, que é infinita,
Que é insólita...
A Solidão da Mulher Forte
Há, na alma da mulher forte, uma dignidade silenciosa que o tempo não corrói nem a má sorte desmente. Forjada na têmpera das provações, ela caminhou altiva, sustentada pela firmeza de seus princípios e pela nobreza de seus afetos. Contudo, o destino, com seus caprichos insondáveis, conduziu-lhe os passos ao encontro do homem errado — figura envolta em falsas virtudes e promessas vãs, cuja presença foi mais tempestade que abrigo.
E ela, que tanto amava com a inteireza que só os espíritos indômitos conhecem, entregou-lhe o que possuía de mais puro: sua confiança, sua esperança e sua rara capacidade de renúncia. Amou, não com a leviandade das paixões efêmeras, mas com a solidez de quem vê, no amor, um pacto sagrado. E, contudo, foi traída. Não pela falha de seu sentimento, mas pela indigência moral daquele a quem devotou sua existência.
Assim, despida das ilusões que um dia lhe enfeitaram o olhar, encontrou-se só. Mas não uma solidão qualquer, dessas que se aplacam com novos convites ou vãos divertimentos: era a solidão grandiosa de quem, tendo amado o homem errado, descobriu que sua fortaleza, paradoxalmente, fora também sua prisão.
Pois a mulher forte, quando ama, não o faz a meio termo; dá-se inteira, e na medida mesma de sua força, é a profundidade de sua dor. Agora, em meio ao silêncio que resta, contempla as ruínas de um afeto malogrado, não com amargura, mas com a altivez de quem sabe que não foi sua alma que falhou, mas o caráter daquele que não soube acolhê-la.
E assim segue, só, porém invicta. Carrega consigo não o peso de um fracasso, mas a leveza trágica de quem aprendeu que o amor não redime o indigno, nem a virtude garante reciprocidade. A mulher forte, que amou o homem errado e ficou sozinha, é, acima de tudo, um monumento vivo à coragem de ter amado apesar de tudo — e de ter sobrevivido a si mesma.
Raísa Sousa
"A Morte Silenciosa de Mim"
Eu morri — não com o estrondo das tragédias anunciadas, nem sob o lamento das multidões, não recebi flores, nem falaram bem de mim.
Morri em silêncio... e segui de pé, sorrindo, servindo.
Morri — e ninguém viu.
Porque continuei com os olhos acesos e os gestos ensaiados,
a alma exaurida, mas a maquiagem intacta.
Não houve luto.
Nenhuma prece, nenhum adeus,
porque o mundo só crê na morte quando o corpo cai.
Mas eu, caí por dentro, sem fazer barulho, sem assumir a queda, sem pedir ajuda.
Morri nos dias em que engoli o pranto
com o café da manhã.
Nas noites em que abracei travesseiros frios, e em algum momento fui conforto para todos, menos para mim.
E ainda assim, sigo.
Não por esperança — essa já me deixou tempos atrás.
Mas por um resto de costume,
por um traço de amor próprio esquecido em alguma gaveta, por um instinto antigo de sobreviver, mesmo quando a vida já partiu, ou talvez apenas por falta de opção.
Sou espectro de mim,
com os passos firmes e o coração despedaçado, com o sorriso no rosto e o grito preso na garganta, carrasco do meu eu, recolhido a um canto, deitado no chão, faminto com frio.
Ser eu desde sempre significou morrer em silêncio todos os dias e ressuscitar sozinha antes do café esfriar.
Mas quem sabe…
quem sabe um dia o abismo me olhe de volta.
Ou quem sabe chegue o dia em que eu não precise ser forte.
Talvez a vida me resgate e perceba que desde o começo eu merecia viver inteira.
Raísa Sousa
Renasci no silêncio da minha dor
Eu fui ao encontro do fim. Não por fraqueza — que essa palavra não se aplique aos que lutam contra a própria existência — mas por exaustão. Cheguei ao limite onde a vida se esvazia de sentido, e o mundo ao redor se converte em espelho distorcido de desprezo, julgamento e perseguição.
Fracassei — ou assim pensei, nos instantes seguintes ao retorno. Foi então que compreendi: não era um fracasso, era um renascimento áspero, sem poesia, sem luz — mas ainda assim, um renascimento.
Não tive escolha senão recolher os cacos da vida que me restava, a mesma que outrora me esmagava. A mesma que parecia, até então, um lugar onde minha presença era um erro, um incômodo, uma afronta. Mas ao tocá-la novamente com mãos feridas e olhar desfeito, decidi: se era para viver, que fosse em meus próprios termos. Não mais sobrevivendo em silêncio, mas reconstruindo com firmeza. Não para agradar, não para caber — mas para me libertar.
Dei a volta por cima. Não de forma cinematográfica, mas concreta, diária. No trabalho, firmei os pés. No corpo, reacendi a centelha da presença. Conquistei espaço onde antes era exílio. Fiz do que antes era prisão uma casa — ainda com ruídos e sombras, mas minha.
Hoje, carrego as marcas daquele dia, não como vergonha, mas como testemunho. Porque viver, depois da queda, é a parte mais difícil, você já tentou curar alguma coisa?
Permita-se
Ser feliz é difícil
Gera incômodo
Pesa em que não é leve
Mas permita-se mesmo assim.
Seja feliz por hoje
Ser feliz pelo ontem
Serás feliz amanhã
Felicidade deveria ser;
Cotidianamente;
Conjugada.
Fique leve,
Seja leve,
Leve o que é leve
O que não é releve.
Pensa, isso
Repensa no seu destino
Planeje a jornada
Viva cada passo
Celebre cada caminhada
Permita-se.
Permitir é verbo,
Conjugue-o
E então serás leve,
Se,
Permita-se
Ser,
Feliz.
O tempo tem o seu tempo.
Um tempo só dele.
Não é lento nem alucinado, é apenas tempo.
Tempo que não damos conta, que passa como uma brisa suave ou como um forte vento.
Não se agarra, não se controla, não se guarda e ele não espera.
A vida passa, a juventude, os amores, os sonhos e o que mais gostaríamos de ter tido
Era mais tempo.
"Preta"
Ainda há esperança?
Ahhh esperança!
Ainda estás aí?
Disseram: “é última que morre”
Agora olho pra esgoto e vejo que é pra lá que escorre.
Quase por fim de acabar, quase sem acreditar.
Cadê tu esperança?
Realmente tudo o que eu queria era ser inocente como uma criança,
ser adulto todo dia, como cansa!
Mas sim, conte-me,
ainda tens esperança?
Raul Seixas disse que nasceu há 10.000 anos atrás. Mas eu não queria ter nascido há tanto tempo. Eu quero nascer ontem, quero renascer hoje e continuar renascendo todos os dias.
Para mim, despertar a cada manhã para um novo dia é essencial. É o precioso poder de estar ali novamente, de me redescobrir, de ter a chance de viver e reviver. Se eu tivesse nascido há 10.000 anos, meus dias seriam longos demais, meus sonhos perderiam o frescor, e eu me cansaria de imaginar o que ainda viria pela frente.
Nós, humanos, temos diariamente a oportunidade de sermos como o sol, a lua e a Terra: sempre em movimento, sempre recomeçando. O sol nasce todos os dias e, a cada novo amanhecer, ele completa seu ciclo. Assim também podemos ser—renascendo, reinventando, ressignificando.
Mas por que alguns dias parecem tão longos e pesados, enquanto outros são tão felizes que passam rápido demais? A verdade é que viver com sabedoria é entender que cada novo dia traz uma história inédita. Somos responsáveis por cada palavra, cada frase e cada ponto que escrevemos nessa página em branco da vida.
Se, ao ler este texto, você sente que algo não está bem em sua vida, tente um novo olhar. Nem todos os dias precisam ser iguais. Nem todas as dores precisam ser revividas da mesma forma. Buscar novas jornadas é tão importante quanto respirar—e fazemos isso desde o primeiro instante em que chegamos ao mundo.
Respire. Inspire. Respire novamente.
Pode parecer simples demais, óbvio até, mas execute esse ritual sempre que for preciso. Sempre que a esperança parecer distante. Sempre que for necessário ressignificar algo ou simplesmente dançar a dança da vida ao som de uma nova trilha. Cada dia tem sua própria coreografia, seu próprio sabor.
E o mais bonito de tudo? Nenhuma jornada será igual à outra. Porque viver é isso: renascer, aprender, transformar.
Espero que esse texto faça sentido pra você.
Hoje lembrei de nós e chorei
Porque queria pelo menos te ver
Dizer tantas coisas e não poderei
Hoje eu queria apenas você...
Pela janela
Passa o mundo lá fora
Vive o mundo aqui dentro
O que foi agora?
Foi pela janela
Que passou o avião
O sol tirou o lugar da escuridão
Mas,
O que tem lá fora?
Janela
Troquei-te pela porta
Agora nada mais importa
Pois descobri que
O desconhecido era na verdade
O que eu queria conhecer
Agora,
Vamos viver?
Janela
Sousa, Pri
De todos os dias em que eu queria te ver
Hoje, é o que de todos eles eu mais preciso de você.
Mas, nem sei dizer a razão, nem o motivo, nem o porquê.
Pode ser que seja capricho, emoção ou só mesmo um querer...
Ou pode ser que seja tudo, não sei, mas sim, tudo pode ser...
365 dias
O que há de novo?
De novo,
Parece tudo igual.
Mesma rotina matinal
Mesmo cheiro de café
Gosto de manhã.
O que há de novo?
Parece tudo diferente,
na mesma rotina, mas…
O café não tá legal.
Onde estou?
Quem é essa gente?
O reflexo mudou.
O café esfriou.
Quando a gente descobre,
que o mundo parou.
…
Respira
Onde estou?
Mesmo estando igual;
Estava diferente;
O mesmo reflexo,
Mas ela não é a mesma,
quem é ela gente?
…
Inspira
Acordei.
Parecia tudo normal.
Mas nada estava igual.
Reflexo vazio.
Respirei.
Descoberta, eu
sabia quem eu era,
Sabia quem eu fui,
Sabia?
Nada era igual,
Nem a dor,
Nem o vazio.
…
Inspirei!
365 dias,
muitas redescobertas,
muitas dores revisadas,
muitas memórias revisitadas,
muitos passados revelados.
Ressignificados.
…
Respirar!
365 dias,
tudo novo, tudo de novo.
Espaços abertos;
Memórias guardadas;
Segredos revelados;
Sonhos planejados;
Inspira,
Respira!
Viva!
Entre as estrelas do céu infinito,
Encontrei teu olhar, doce e bonito,
Lívia, nome que ao vento soa,
Como melodia que o coração entoa.
Teus olhos, janelas de um mundo encantado,
Refletem sonhos, segredos guardados.
Teu sorriso, brisa suave no amanhecer,
Aquece a alma, faz o amor renascer.
Nos caminhos da vida, ao teu lado quero estar,
Compartilhando risos, lágrimas, o amar.
Lívia, tu és a poesia que meu ser embala,
A razão pela qual meu coração não se cala.
No horizonte de nós dois, vejo a eternidade,
Um amor sincero, repleto de verdade.
E enquanto o sol e a lua ao céu pertencer,
Prometo te amar, proteger e enaltecer.
São distintas as teorias do amor:
Ora se ama logo, ora se demora amar;
Ora é furacão, ora calmaria...
Pouco importa como chegará o amor,
Se logo, se depois, se rápido ou devagar.
Das teorias que eu conheço do amor
Uma delas diz, que para nós, cedo ou tarde ele irá chegar.
As teorias que eu conheço do amor
São muitas, mas eu posso contar...
Que às vezes ele vem depressa e às vezes demora a raiar...
Diz a minha teoria predileta o que eu vou te falar:
"Que cedo ou tarde, para nós dois, ele virá".
❤️
" bobo, ingênuo? Não, não. É que não vou mudar mesmo que muitas pessoas não tenham a mesma consideração por mim como tenho por elas. "
Carluz Sousa
Eu não desejo
(Feliz aniversário)
Eu desejo feliz vida
Porque ter ou conviver
De alguma forma
Com uma pessoa
Incrível como você
Foi e será sempre
Um dos maiores privilégios
Que a vida me deu
Então que sua vida
Seja sempre de muita felicidade
Saúde
E acima de tudo
Da proteção divina
Sobre você
Feliz vida com carinho e muita admiração!
se você diz
Que ama alguém
E no primeiro obstáculo
Você desiste
Então isso não é amor
É uma fantasia temporária
É como se fosse um
temporal profundo
Que na primeira ventania
O vento leva e vai embora
Amizade verdadeira
É aquela que te deixa fluir boas energias
Te levanta o ânimo
Independente das circunstâncias
E acima de tudo
Não te cobra nada por isso.
Meu amor, será que finalmente chegaste?
Se finalmente a vida sorriu?
Meu amor, será que é de verdade,
Se finalmente a vida seguiu?
Aposto que tu não sabes...
Assim como eu, ainda duvidas.
Nossos corações não estão enganados...
Sim, meu amor a vida sorriu...
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