Poemas de Cruz e Sousa
Gratidão também a sinto
Nem de outra forma poderia ser
Teus olhos, têm um brilho
Que fazem os meus florescer
Não fiques triste
Anjo dos olhos brilhantes
Que olhos meus são errantes
E no dia em que faltar
O brilho nos olhos teus
Nesse dia já não os quero para meus
Porque pessoas como eu,
A quem o fado é a descrença
E a carência corrói desde criança
Só olhos de amor conseguem cativar
Se os sorrisos começam nos olhos
Os teus são nascentes
Nascentes de sorrisos gritantes
Que chegam além dos meus prantos
E que entoam no meu coração
Que tocam a minha alma
E que a preenchem de paz
Que chamam pelo meu nome
E me embalam enquanto a noite se desfaz...
Ai queria eu, esse olhar roubar
E tê-lo para mim,
Para meu coração acalentar
Sempre que o meu olhar despertar
Mas quis a vida que o fado
Destes olhos encantados
Fosse encantar os meus
Com os dias contados
Já não vejo os teus olhos sorridentes
Apenas posso sonha-los
Resta-me a Gratidão por terem eles sorrido para mim
E ao fechar os olhos... alcança-los.
Ai que mataram a esperança
Prematuramente
Ai que mataram,
Permanentemente
Que se escondam os sorrisos
E os olhos brilhantes
Que não se encontrem mais paraísos
Nem se encontrem amantes
A esperança morreu
Morreu do descrido dos homens
E do teu e do meu
Morreu dos sonhos não sonhados
E de todos os que foram abandonados
Morreu porque beijos não foram trocados
Abraços não foram dados
E dos apaixonados
Ninguém mais ouviu falar
Morreu porque não quiseste amar
Morreu de tédio
Ou solidão
Morreu de amor
Morreu em contra mão
Ai que mataram a esperança
Que mais ninguém dance esta dança
E que mais ninguém saiba
Como é viver ... sem esperança.
Neste mundo meu
Agora que a esperança morreu
Morri Também eu!
Há um vazio
Um eco de silêncio
Há um grito mudo
Um nó na garganta
Uma dor no peito
Há um ardor no coração
Não há plenitude
Nem a voz doce
Não há prozas até amanhecer
Nem os beijos
Não há o fogo do desejo
E nesta desconcertante proximidade que nos afasta...
Já pouco resta de nós
Amanhã estaremos apenas sós.
Há em teus olhos o brilho da verdade
A mais perfeita poesia está em teu sorriso
Mais perfeição ainda há em teus lábios
A virtude do teu coração é sublime, flor
Não tenho querer de mais nada
Deixo a paz e a calmaria por ti
Amo-te de um tanto que só sei sentir.
Que falta me faz
O teu olhar, meu amor
É magia, é encanto
É um canto de amor.
Que falta me faz
O teu sorriso capaz
De melhorar meu humor
De transbordar minha paz.
Lembra aquele dia
Em frente ao seu portão?
Eu me lembro que chovia,
Lembro que você sorria
E segurava a minha mão.
Eu lembro dos seus olhos
Lembro da emoção
Lembro do seu coração
Junto ao meu coração
Lembra aquele dia?
Lembra da situação?
Lembra que o amor
Nos molhava o coração?
Eu me lembro.
Esqueça as juras de amor que eu te fiz
Não se lembre das palavras
Nem de que um dia eu te quis
Abstenha-se da minha presença
Fuja, afaste-se de mim
Esqueça a convivência, a cumplicidade
Esqueça-se de mim.
A mentira tem perna curta
Já dizia o velho ditado
E mesmo com as pernas pequenas
Ela corre depressa para todo o lado.
Escuta-se aqui, conta-se ali
E em pouco tempo muitos já estão sabendo
Escuta-se ali, conta-se lá
E assim a dita cuja se espalha por todo lugar.
Logo ali, no futuro, o dia vejo raiando
E eu em paz, a vida de fato vivendo
E onde há espinhos, flores vejo surgindo
Por enquanto, a paisagem é o sol se pondo
É noite no meu mundo.
SOLIDÃO
Entrego-me hoje a solidão
A qual sempre me deu razão
Segurou a minha mão
E me abraçou
É ela que enche minha cabeça
De pensamentos tristes
Mas é a que me faz feliz
Do passado até o presente
Louvável seja suas intenções comigo
Que me ame a cada dia que passa
E que nunca me deixe sem seu abrigo
Por vezes a traí
E ela, trouxa
Sempre esteve atrás de mim
Hoje és minha amante
Mas eu, tolo
No fim sou sempre errante
Trocando-a por um simples "Boa Noite".
Enquanto no topo só tem sobrenomes;
No meio só tem alguns nomes;
E na base tanto faz, porque somem . ´ .
Sou dois todos os dias,
Uma para todos e uma para a minha pessoas.
esta que a para a minha pessoa esta quebrada,
a que e para todos sera sempre forte.
VÁ!!!
VÁ viver a vida,
VÁ construir o caminho pra essa rua sem saída.
VÁ fazer o que sempre quis,
VÁ viajar pelo mundo, VÁ ser feliz.
VÁ morar sozinha, VÁ morar em outro país.
VÁ mudar sua rota,
VÁ e não se deixe vencer pela derrota
VÁ lá fora, pular nas poças d'água formadas na rua.
VÁ dançar sob a densa chuva.
VÁ sentir as gotas d'água caindo,
VÁ olhar a Lua e admirar as estrelas sorrindo.
VÁ quando quiseres ir,mas se quiseres voltar volte.
VÁ segurar forte a mão daquele alguém, mas se quiseres solte.
VÁ e declara-te refém, do amor que em teu coração há tanto tempo, se mantém.
VÁ e somente VÁ.
VÁ e deixa-te levar,VÁ.
VÁ e deixa-te ir,VÁ indo.
VÁ não sei como irás ,mas VÁ.
VÁ somente,VÁ.
Não importa como for, seja em riso ou em dor, mas VÁ.
VÁ!
Escrito por: Beatriz Cruz
SABABA, PRAIA INESQUECÍVEL
De ti, minha praia querida,
Já zarparam muitos dos teus filhos,
Que por teus mares navegaram
E longe de ti atracaram.
Mas nunca esquecerão
Das tuas belezas naturais,
Dos teus encantos,
Da tua gente hospitaleira
E dos teus belos coqueirais.
Também para sempre vão lembrar
Do teu futebol alegre,
Do teu círio imperdível,
Do teu carnaval inigualável
Que apenas tu, minha linda,
É capaz de proporcionar.
Deste filho és o maior orgulho!
Digo isto sem medo de errar.
E aonde eu for,
O nome da praia mais bela
Irei Levar.
Tu és Sababa,
Jamais deixarei de te amar!
Tinha estrelas no lugar de brincos
e um sorriso de emergências,
tão deslumbrante quanto à flora fecunda.
O espírito da noite
À noite ruminando loucuras nos ouvidos dos casais
A lua como ícone sob o manto negro, rasgado.
Estrelas nas curvas sinuosas e abissais, nas ancas, na barriga e nos joelhos da adultera.
No punho tatuagem de amor, um nome firme como lâmina contaminada.
No coração um ferimento, esquartejamentos citoplasmáticos, linfa latente expulsando espíritos.
O espírito da noite sabe mais do maldito e da fístula sagrada.
As horas sucumbem ao animo-desânimo, enquanto os santos descansam em finas almofadas.
... A noite é meu cordão umbilical enrodilhada no tarô no corpo das ondas prateadas.
A moça dos sonhos
A moça na janela com uma flor no cabelo, moça na janela com olhar leucêmico, paisagem crua em pleno dia de sol.
Aviões de papel voando perto dos passarinhos.
No bolso a esquerdar jaziam os comprimidos que ela nunca se lembrava de tomar, na ires como um risco de carvão, outro sol, sol órfão em sacrifícios geométricos.
A língua doce e dissonante, pálida como os lençóis que aprenderam a gemer o teu nome, como as mãos que não seguram coisa alguma, como os pés que enraizarem prenhes de caminhos.
Eu vou olhar a moça, vou observar a ferrugem que cresce em sua janela, seus dedos frágeis tangendo pra longe a amargura do sol, o mesmo sol de lanternas fazendo brilhar as ligas metálicas, o lusco-fusco dos degraus.
A moça na janela tem estrela no lugar de brincos.
A moça na janela é a moça dos sonhos, a moça dos sonhos de alguém.
Lei da Oferta e procura.
Acredito que essa é a lei que mais esta presente em nossas vida. Se repararmos bem de pertinho tudo o que acontece ao nosso redor, percebemos que quando a oferta é minima, ou seja a procura é maior.Então o preço da oferta vai nas alturas. Ou seja, quanto mais você procura, mais caro fica. Agora vamos pensar nisso no nosso dia a dia. Quando criança queremos muito um brinquedo! e quando temos, deixamos de lado. Sempre é assim desde de criança ate adultos. Ai vem os famosos ditados, "A grama do vizinho é sempre mais verde", Nunca ta bom sempre mais... Mas.... espere ai! E como fica o outro lado?? O Brinquedo, que sonhava em ter um amigo é deixado de lado, sua grama que zela por cuidados fica ao léu, enquanto sua preocupação é sempre de correr atras do que não tem.
Só da valor quando perde.
Essa é a parte onde quem estava por baixo, sofrendo por ser pisado e maltratado, encontra outro dono, que talvez fosse também um brinquedo, onde a grama deixa de ser grama, e se transforma num belo jardim. Só assim, só perdendo e vendo tudo o que tinha em mãos, mais não soube dar o carinho especial, não por falta de carinho, mas a ausência dele. Sempre foi assim, é assim, sempre.
