Poemas de Conversa

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O deleite imaginado é muito maior que o gozado, embora nos verdadeiros gostos deva ser o contrário.

Os soberbos são ordinariamente ingratos; consideram os benefícios como tributos que se lhes devem.

O interior das famílias é muitas vezes perturbado por desconfianças, ciúmes e antipatias, e enganam-nos as aparências de satisfação, calma e cordialidade, fazendo-nos supor uma paz que não existe; poucas há que ganham em ser aprofundadas.

Os empregos que por intrigas e facções se alcançam, por facções e intrigas se perdem.

Os filhos seriam, talvez, mais caros a seus pais e, reciprocamente, os pais aos filhos, sem o título de herdeiros.

A sabedoria é geralmente reputada como pobre, porque não se podem ver os seus tesouros.

Os homens são sempre mais verbosos e fecundos em queixar-se das injúrias do que em agradecer os benefícios.

Parece, na verdade, que nós nos servimos das nossas orações como de um jargão e como aqueles que empregam as palavras santas e divinas em feitiçarias e em efeitos de magia.

A igualdade repugna de tal modo aos homens que o maior empenho de cada um é distinguir-se ou desigualar-se.

Se não estás disposto a matar aquele a quem pretendes odiar, não digas que o odeias; estás a prostituir tal palavra.

A verdade é tão simples que não deleita: são os erros e ficções que pela sua variedade nos encantam.

Uma boa recordação talvez seja cá na Terra mais autêntica do que a felicidade.

É tão fácil o prometer, e tão difícil o cumprir, que há bem poucas pessoas que cumpram as suas promessas.

A ignorância dócil é desculpável, a presumida e refratária é desprezível e intolerável.

Morte, que mistérios encerras?... Ninguém o sabe... Todos o podem saber... Basta ir ao teu encontro, corajosa, resolutamente, que nenhum mistério existirá já!

É mais fácil cumprir certos deveres, que buscar razões para justificar-nos de o não ter feito.

Frequentemente tive a ocasião de observar que quando a beneficência não prejudica o benfeitor, mata o beneficiado.

O apetite do privilégio e o gosto da igualdade, eis as paixões dominantes e contraditórias dos franceses em todas as épocas.

Há tantos vícios com origem naquilo que não estimamos o suficiente em nós, como no que estimamos mais.

A imperfeição é a causa necessária da variedade nos indivíduos da mesma espécie. O perfeito é sempre idêntico e não admite diferenças por excesso ou por defeito.