Poemas de Casa
Disseram-me que se eu hasteasse as bandeiras, o papai acharia o caminho para casa. Por isso, eu hasteava as bandeiras todos os dias. Eu hasteava as bandeiras no mastro e esperava o papai voltar.
Em tempos de reclusão, a palavra vale mais que a fotografia. É das palavras de afeto que realmente sentimos falta; da boca do interlocutor que é a moldura dessa saudade.
Não se deve construir casas, deve-se construir lares.
As casas se desfazem, os lares são lares mesmo sem casas.
Ao menos farto de anos
comemoro os melhores dias nesta vida. Até que eu pisque um olho, acordado quem é já nasce pronto!
A frase que criou o paradigma que diz: “Cada um por si Deus por todos”. Deve ser trocado pela: “Cada um por todos, cuidando de todos e juntos caminhando de volta para a casa do Pai”.
Viver não é trabalhar e limpar uma casa, esses acontecimentos são obrigações do dia-a-dia, viver é se sentir vivo, feliz, viver é amar, ser livre, sentir o tempo passar devagar sem tédio.
Da forma que as coisas andam, o melhor é ficar em casa depois da quarentena, para evitar todas as outras pandemias.
Talvez você me conheça, pouco, porque se o meu eu fosse uma casa podemos dizer que você entrou, conheceu a sala, mas não adianta tentar entender porque eu sai pela porta dos fundos com tudo o que me define, onde você está e o que você conhece de mim não passam de cenários opacos e paredes vazias recobertas com tinta, não se engane você está em mim, eu é que fugi de mim mesmo com o que importa pra me isolar assim talvez ninguém me machuque e infelizmente não me conheça afinal as vezes nem eu sei mais quem eu sou, talvez eu seja o que ainda sustente essas paredes opacas e vazias com aquela bela pintura por fora parecendo só mais uma casa normal aos olhos de todos e desmoronando por dentro.
Ainda sim fui forte o bastante pra não te mostrar nada ruim nada desanimante, te quero bem mesmo que eu ainda esteja mal, é por isso que pintei a sala.
As vezes precisamos organizar as coisas em nossa mente, reestabelecer prioridades, fazer substituições. O silêncio não é uma pedra que levanta o muro nesses casos, mas sim uma forma de calar a tormenta que as vezes nos alimenta.
Já dizia Sigmund Freud: a ciência moderna ainda não produziu um medicamento tranquilizador tão eficaz como poucas palavras boas.
“O homem prudente aguarda primeiro a conclusão do telhado da casa para então mudar-se nela. Já o tolo, muda-se para ela quando sua construção ainda se baseia no alicerce e desesperado, roga aos deuses para que não chova.”
Ainda acho que ser forçada a abandonar sua casa por causa do medo é uma das piores injustiças que o ser humano pode enfrentar. Tudo o que você ama é roubado, e você arrisca a vida para viver em um lugar que não significa nada para você; um lugar onde, por você vir de um país agora conhecido pela guerra e pelo terrorismo, você não é muito bem-vindo. Então você passa o resto da vida desejando o que deixou para trás enquanto reza para não ser deportada.
Olhei para uma página e vi aqueles símbolos impressos, e de alguma maneira descobri – magicamente – que eles tinham significado embutido e um som que correspondia ao que as pessoas falavam quando liam aqueles símbolos impressos. Ou seja, eu aprendi a ler. Imediatamente, ali, me senti em casa. Fiz uma descoberta, na qual me atirei pro resto da vida. E não errei.
Todas essas histórias devem ter acabado desse mesmo jeito, com alguém cansado saindo de um campo cheio de morte e indo para casa, mas ninguém jamais cantava essa parte.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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