Poemas de Amor que Chega Arrepia
BEM NATURAL
Quisera a vida
E suas quimeras.
Feito flor de primavera
Quisera encontrar um canto
Num canto guardado
Só para eu achar e ouvir
Nas entrelinhas das canções
Um sorrir desenhado
__Tudo imaginação.
Quisera esse pensamento
Ser feito de vento que toca as folhas
E as fazes nas árvores dançar
Como filho pequeno que quer nos braços
De sua mãe baloiçar.
Eu seria essa flor de primavera
Pintada, as vezes de amarelo
Qual o girassol.
Ou mesmo esse canto
Saído de um piano secular
__Alguém está dentro dele
Parece um precioso lar
Eu quisera lá guardar, nossos segredos.
Moldar nossos medos.
Ou mesmo, ser aquelas folhas que dançam
Sem cor e sem nenhum pudor,
Sem nenhum poder sobrenatural
Mas naturalmente
Bem natural!
As estrelas, testemunhas silenciosas, piscam como lágrimas no firmamento, e o coração, em sua solitude profunda, sussurra segredos ao vento noturno, onde o silêncio é mais denso que o abismo, e a alma se perde em sua própria escuridão.
Nas ruas desertas, os passos ecoam, como memórias perdidas em um livro antigo, e o olhar solitário busca nos rostos anônimos a promessa de um encontro que nunca virá.
O mundo, um palco de sombras e ilusões, nos afasta uns dos outros, como náufragos solitários. E o desejo de conexão se transforma em saudade, uma ânsia inextinguível por algo que não sabemos nomear. Na promessa de um amanhã que nunca envelhece, apenas um refúgio contra a indiferença do universo.
Na névoa dos meus devaneios soturnos, sou o eco vazio dos risos noturnos. Marionete, sim, fui um dia, em gestos incertos, mas agora sou tempestade, em meus próprios desertos.
Rebeldia com causa, na alma se entrelaça, ergo meu ser, em desafio ao absurdo, não temo sofrer. Na escuridão profunda, vou além do plano. Sou o vazio, a negação encarnada, em meio ao caos, minha alma desolada. A marionete que um dia se libertou, do controle do destino, enfim se encontrou, despertou, se revoltou, é meu dedo do meio erguiado para o gepeto.
Leviatã indomável, grito corrosivo, nas profudenzas do meu ser. Anos passam, e ainda persigo. Nos mares da existência, desprezo os levianos, que ousem me deter.
Eu vou alcançar o lugar que almejo, mesmo que isso me leve anos. Você pensa que me matou, mas só me causaram leves danos.
Minha busca é insaciável, implacável, ferido, mas não derrotado. Eu sou como a cena do Thor chegando em Wakanda. Então, leve-me a Thanos. Na suposta arrogância insana, que venham os desafios, eu vou e mostro que sou a própria chama, pois sou imparável. Anos podem passar, mas eu persistirei, na busca incansável pelo que desejei. Alcançarei meu destino, a despeito do que inclusive pensei. Desafiando a esperança, dançando na dor, pensaram que eu sucumbia, que desvanecia, enquanto a cada dia só florescia. Aprendi com meu fardo, sou libertado, não estava rendido, dos escombros, renascido.
Pensaram que eu tombava, que estava condenado, mas apenas feriram a superfície.
Na escuridão do abismo encontrei meu refúgio, onde o mundo treme e outros temem entrar, é lá que encontro minha verdade. Onde outros não ousam eu vagueio, minha liberdade floresce, enquanto outros se perdem, minha alma engrandece. Assim como Harry, no sussurro das cobras, nas estranhezas do mundo, encontro minhas obras.
A liberdade reside onde outros não ousam pisar, eu escolhi o caminho da serpente, foi no abismo que encontrei a força para criar.
A morte é o fim de tudo, ou o começo de nada?
Não há resposta, só silêncio, e o vazio que nos devora.
O vazio é a essência da vida, ou a negação do ser? Não há sentido, só angústia, e o vazio que nos consome
O vazio é o destino final, ou o eterno retorno?
Não há saída, só abismo, e o vazio que nos espera.O existir é um erro?
Não há sentido na vida, por que teria esperança na morte?
Somos apenas sombras errantes em um mundo sem luz, buscando um alívio ilusório em um abismo sem fundo.
Nada nos salva da angústia; nem a fé, nem a razão, nem o amor. Somos condenados ao sofrimento e à insignificância do ser. Alguns contentam-se com verdades que não são mais que sombras, afogando-se na superficialidade de explicações tolas. No fundo, a busca por respostas vazias é uma fuga desesperada da angústia que nos consome. Eles são os cegos da luz e os surdos da paixão. Não conhecem a si mesmos, nem o mundo em que vivem. Eles não sofrem, nem gozam, eles apenas sobrevivem.
A única saída é o silêncio. O silêncio da alma e da mente. O silêncio que precede a morte, e que sucede o vazio.
Nos arrependemos de quase tudo, das tentativas e das renúncias. De agir, de pensar em agir, de apenas pensar em pensar em agir. Tudo nos tortura, nos consome, numa dança de incertezas e angústias.
Nossos cérebros são máquinas de tormenta, que refletem sobre o controle e a perda dele. Buscamos dominar o destino, mas percebemos que não controlamos nada, boa parte dos rumos da vida ocorrem a nossa revelia.
A vida dos que nunca existiram é uma honra enigmática e esquecida. Que maravilha nunca ter sido jogado ao vazio, e que bênção não possuir uma consciência. Somos joguetes nas mãos do destino, marionetes em um palco invisível. A única certeza é que não há resposta certa, e que todos os caminhos levam à morte.
Mas abra-se, coração, à descoberta, perca-se na reinvenção. A sabedoria é eterna aprendiz. Cada encontro, um livro novo a ser lido. Cada lágrima, uma lição, não um cicatriz. A vida é um eterno renascer. Recomece quantas vezes for necessário, pois cada renascimento é um ato de coragem, e em cada novo começo reside a oportunidade de novamente se encontrar.
Que a minha existência seja uma canção inacabada, repleta de versos entrelaçados com o divino, encontrando a eternidade em cada momento fugaz. Assim, lanço-me ao infinito, mergulhando no desconhecido, em busca da verdade que se esconde nas entrelinhas, e encontro a paz na aceitação de que nunca saberemos tudo.
Normalmente, as rimas acontecem nos finais dos versos. Ou no começo, ou meio de um e no final de outro. Tentei criar uma triangulação rimática, sem rigor, igual à disposição das plantas nos jardins que eu planejava, colocando rimas em versos e estrofes distintas, buscando uma discreta harmonia sonora.
A ver!
EVOLUÇÃO DAS FLORES
Jardim da infância!
Flores inocentes
Visões de arco-íris.
Ciranda do alecrim,
Madeira rachada,
Azaleia branca, margarida!
Limão bravo, limão cravo.
Rosa cheirosa,
Alegria da mão no chão!
Copo de leite, dama da noite,
Recantos de São Francisco.
Onze-horas encantadoras!
A fada entre vedélias!
Recinto sem defeitos.
Todo dia é dia santo!
Jardim da adolescência!
Flores igualitárias.
Íris, alamanda, amarílis,
Encostadas na costela-de-adão.
Hibisco e Malvavisco
Caídos no jasmim.
Porta sem tranca,
Deleite no leito!
Conchavo de delírios,
Egrégoras encantadoras!
Agapantos, jacintos, bromélias
Perdidos em um canto.
O amor-perfeito eclode!
Vaidade de narcisos,
Comigo-ninguém-pode.
Jardim da consciência!
Chuvisco no capim,
Guirlanda nos cabelos,
Enfeites em quase senhoras!
Espada de São Jorge
No tronco entortado.
Punho cerrado
Em luta franca.
Querida Primavera!
Generosa, com seu manto,
Terno acalanto,
Impera a fraternal era,
Frutos divididos
Lembram as flores libertárias:
Lírios, cravos, camélias!
Sérgio Antunes de Freitas
Junho de 2023
“ Não é o retorno que vai trazer certezas. A reciprocidade pode ser silenciosa. Por isso, nunca vou deixar de dizer que amo, nunca vou deixar de expressar a saudade que sinto, nunca vou deixar que se extraia de mim a minha essência, pois no final estarei sozinho em um lugar que nem para os lados poderei olhar “
Antônio Marques
11/62
Fora de mim existem anjos e demônios, fantasmas e malassombros, lobisomens e vampiros, elfos, fadas, bruxas e unicórnios.
Dentro de mim habitam crenças e fantasias, ilusões e desvarios, ficções e devaneios, imaginações, medos, desejos e faz de conta.
O que é que não penso quando estou pensando?
Penso tantas coisas,
e há tantas coisas para serem pensadas,
mas não posso pensar em todas as coisas ao mesmo tempo,
ou no exato instante em que só em uma coisa estou pensando
POESIA PRENHE
Muitos,
Que tudo fazem
E desfazem
Para emprenhar a doce
E tão amarga
Presa ou solta à ilharga
Senhora bela - A poesia.
Sem nome de pai,
De mãe ou de tia,
Pelo menos nada consta
No cartão de cidadania.
Basta-lhe ser poesia
Pura, rebelde e arisca,
Não deixar copular
Macho ou fêmea,
Ou qualquer outro artista
Que só lhe quer levar a palma.
Gosta de preliminares,
De beijos e doces olhares
Sussurros loucos ao ouvido,
E embriaguez na alma.
Adora longos coçares
E muito depois então
É que abre as pernas
Para ejaculares
E te dar um dia
Um filho da poesia.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 08-06-2023)
A mulher é uma flor que desabrocha com toda a beleza e a doçura. É preciso que se cuide dela com muito carinho amor e ternura.
Ela é a luz mais brilhante que ilumina nossas vidas e devemos honrá-la a todo instante.
Como um jardim de flores raras, cada mulher é única e especial e devemos apreciar sua beleza com o coração leal.
A mulher é nosso porto seguro em todos os momentos, seja de alegria e dor.
Devemos sempre tratá-la com admiração respeito e amor.
Por isso vamos cuidar de cada mulher com toda a delicadeza e atenção que elas merecem.
A mulher é uma flor preciosa que merece todo o amor do mundo e do nossos corações.
A vida passa rapido
Só é longa para quem aprecia os momentos
Não deixe os momentos
passarem sem apreciar
Nesta semana muita coisa vai acontecer
Movimente-se você é uma peça importante
Neste universo!
Shirlei Miriam de Souza
É no abafar dos relógios
e no encobrir dos silêncios
que se ouve as cupins e as traças
devorando a eternidade do tempo
"NOTÁVEL:
-- Ainda que não me venha os frutos que com minha natural compreensão procuro, nem por isso fico menos contente, porque perseguindo-o sou feliz e passo meus dias na serenidade e na alegria ao invés de suspira-lo na tristeza" Baruch Spinoza
PERSEVERAR para chegar ao escopo, porque irá chegar o dia que o seu corpo não mais obdecera o seu comando; a urina sairá voluntariamente, mesmo você não querendo, às feses irão impor dificuldade para sair, não mais poderá acompanhar a letra daquela música, o som ficará cada vez mais distante e verá que a vida chegou o fim, uns dirão: VALEU A PENA, OUTROS: NEM TANTO"
;
Mudança
Abrir o olho e não vê
O cérebro demorou para entender
Que a mudança que eu tanto desejo
Não vem de você
Autora da minha história
Protagonista atual
Reconhecer os meus erros
É o meu diferencial.
Dependente emocional
Na ilusão de uma bonita história
Acreditei em um passarinho
Passarinho canta;
Passarinho voa
Que lindo passarinho!
A gaiola arrebentou;
E foi-se embora o passarinho.
Covarde petulante
Perdeu a audácia de se entregar;
Na convivência… no romance.
Covarde dissimulado
Arrota virilidade é muita petulância.
Afogado em seu sofrimento
Vitimizar-se a todo instante
Perdeu a audácia de viver;
De crer em outro ser.
Digno de pena
Intitula-se FORTE.
Sentimentos meus
Se teu coração sangrar
E de angústia seu peito rasgar
E chegar lhe faltar o ar.
Perde a vontade de falar
Por que se explicar?
Não adiantará.
O melhor é se calar
Mesmo com vontade de gritar.
Aprender a se respeitar.
Entender que devemos nos cuidar,
Nos amar e limites começar a colocar.
Sou casado com o agora
orfão do ontem
viúvo do amanhã
psicólogo da história
escritor do dia
cronista das horas
poeta dos minutos
e filósofo do tempo
Poluitureza
Que a poluição atmosférica não nos impeça de ver um belo pôr do sol.
Que o corte ilegal das árvores não tire a alegria do canto dos pássaros.
Que a queima de árvores não impeça uma bela tarde chuvosa.
Que a poluição do mar não impeça as baleias de dançar.
Que a poluição do solo não impeça o nascimento de belas flores na primavera.
Que cada um de nós assuma nossa responsabilidade em cuidar da natureza, para que no futuro não falte o que a natureza nos proporciona hoje.
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