Poemas de Amor Abandonado
MENTIRAS
Não precisa dizer que ama
Seu olhar já não engana
Nem mesmo os seus sorrisos
Ao seu rosto meigo e lindo
Faz mentir o seu amor.
Não precisa esconder paixão
Neste peito grandioso
Que ao seu corpo tão gostoso
Não domina o coração.
Dos encantos, que você é flor
Das bocas, dos seus beijos
Nas verdades e desejos
Não faz mentir o seu amor.
Amanhã?
Amanhã pode não ter mãe
Amanhã pode não ter pai 
Maria e João, pode não ter
Céu desaparece,
Lua escurece, 
O sorriso? Qual sorriso?
Amanhã pode não ter tia 
Amanhã pode não ter tio 
As pernas não andam mais 
A boca de nada fala 
Os olhos, não estão piscando 
O carinho, é recordação.
Amanhã tudo pode acabar 
E você, oque irá deixar?
Um par de sapatos seus?
Usados e desgastados 
Ou deixará alguém calçado,
Sem pisar no chão.
Amanhã? você e eu não sabe.
Uma bala, um canhão,
Uma flecha ou arpão,
Uma bomba de um avião,
Amanhã tudo pode acabar.
NO ALÉM DE MIM
Dou-te a concessão
A entrar nos meus sentidos,
A vincular o destino
Que te prendes à minha razão.
Deixo-te entrar nos meus dias
E nas minhas noites de solidão,
A tentar descobrir
As fúnebres e tensas cobiças
Que me altera o existir.
Libero-te a revelar a idolatria 
Que me abrasa a alma,
Que se estende no louco sentir
Do meu imenso coração.
E quando estiveres no alívio
Da minha voz embriagada,
Cubra-me com o manto branco
Do querer que te dominas,
Que ambiciona e te envolves 
Sob a minha louca paixão!
Toda arte tem um autor, e todo autor é um arteiro cheio de arte. 
Não existe arte feia, assim como não existe ser humano feio. 
Na verdade, o ser humano é a mais bela e perfeita de todas as artes. 
Porém, se toda arte tem um autor, todos os autores de todas as artes são 
artes do maior de todos os autores: Deus.
SILÊNCIO
Torna-se mudo o meu coração,
E neste momento de pesar,
A minh’alma vagueia ao ocaso
Em que o meu corpo perece
No álveo rígido que me assenta.
Sinto que o tempo me falta,
Que se isola sobre mim,
Que o medo me domina 
E a noite cega-me os sentidos. 
Meus olhos não mais veem
A manhã clara dos dias,
Isolando-me na profundeza vã
Dos meus mitos, da causa finita
E das idolatrias que me renovam.
Que me pudera nos meus altos, 
Na minha adoração e no poder
Que me tens no mundo, a vida,
No grito do meu amor, renovação.
As flores são as damas da natureza,
Lindas de serem admiradas.
Assim seria tua boca, mas que graça teria se não pudesse ser beijada
I
A luz se confundiu,
A hora sucumbiu,
Dos pássaros escuto os assobios
E a natureza os arrepios.
II
Vi passar a fala que reluzia,
Mas a minha mente te conduzia
Tudo fiz, mas no final, se desfazia.
Onde está a paz que trazia?
III
Aquela que foi atropelada pelo destino
Aquela que morava naquele cantinho
Aquela, que cuidava como um filinho
Aquela que a garra parecia de um felino.
IV
Aquela? Sim Aquela. Aquela desceu
A sua cor desapareceu
E a sua luz aos poucos enfraqueceu.
Naquele riacho onde tudo aconteceu.
V
Pena, muita pena
Pensava que que a sua luz era plena
E quando olhava parecia que valesse a pena.
Não, não, tudo era uma farsa, apenas uma milena morena.
Me sinto sufocada
O espaço que me dão, é pra respirar, e ainda assim não vem só oxigênio, me sinto sufocada...
Os amigos que eu tenho, são bem poucos, e as vezes me afastam deles, me sinto sufocada...
A felicidade que eu tenho, me tiram, com um olhar, com uma palavra, me sinto sufocada...
E quando me privam de quase tudo, começo a pensar, a pensar em você... E o sufoco acaba.
Me falaram que estava inspirada
Inspirada! Será que estou? E se estiver, quem é essa pessoa maravilhosa, que me deu sentimentos no coração, pensamentos na mente e letras na mão?
Poesia e poeta
mago e profeta...
Poeta e poesia
axioma e fantasia...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano
dia da poesia
SÃO JOSÉ
De nome José, santo é
Artesão no madeiro
José o carpinteiro
Bondade de muita fé
De Deus foi certeiro
Padrasto do filho de Nazaré
De Maria esposo, pai da Santa Sé
José, na missão, obreiro
Homem reto na sua convicção 
Seguidor do Pai, fiel na devoção 
José da piedade e do ser justo 
Fez jus ao seu dado quinhão
Exemplificou o amor no coração
Eterno louvor! São José o augusto...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
19 de março de 2017
Cerrado goiano
POR ACASO
E se por acaso, eu não te encontrar
Envelhecido, sentado eu na esquina
Do tempo, com um disperso tal olhar
Poetando mesmices pra dar propina
A ilusão, por não contigo assim estar
No coração, na emoção e na paixão...
E se por acaso neste exato momento
Perceber que rápido passou e, então
Palpitar saudade sem ter um fomento
De esperança, que acredite na razão
Do ainda é possível ter tal sentimento
E que não seja só uma mera presunção 
E sim, o que importa, ter no argumento 
Da vida, valia com total determinação.
Se por acaso...
Não advir, tentei e, despido será o contento.
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
SONETO DA FÉ
Da devoção, o devoto em ser
Tenho Deus Pai na fé demais
Que paz no coração me traz
Virtuoso, no meu lhano crer
Se suscetível, desistir jamais
A tua palavra robora o viver
Tua ternura absolve o perder
Onde o teu amor nunca trais
É fé que supera, e no faz ter
Inabalável indulgência sagaz
Que liberta e bem vem trazer
É apoio nesta crença e tais
Que encoraja o robustecer
Da fé em meus sinceros ais 
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
Gratidão – Um Sonho Vivido
Sim, Senhor
quando  -  Eu menino
desejei navegar
por 
mares altivos e ardentes
que 
deliciaria e cantaria
todo seu império e vastidão...
Que 
enxergaria primeiro 
o nascer do sol
em 
todo seu brilho e resplendor 
sobre 
as águas azuis salgadas
sua luz banhar
Os 
humildes navegantes iluminar...
Mas 
que também lacrimejaria
tristezas
E 
que as aliviarias em orações 
com joelhos ao chão
a Deus clamar...
E que em final de todo dia 
em agradecimento
derrama toda alegria
de 
braços abertos
com todo amor  
ao 
Criador a todos 
os navegantes os abençoar.
Jmal
Poema
Gratidão – Um Sonho Vivido
by
Jmal
2017-03-22
"ESTEPES" GOIANAS (soneto)
Mergulhei nas "estepes" goianas, por acaso
Foi um pulo no meu destino nunca imaginado
Cá vim, então, em missão para o cerrado
E aqui as quimeras ficaram fora do prazo
Um infinito onde o céu é bonito, fui abandonado
A poesia virou companhia, e o luar, com prazo
Pulsações e confusões no meu fado, um arraso
Onde amar e perdoar tornou-se hábito silenciado
A paisagem esfumou-se e confundiu-se no olhar gazo
De uma poeira fina, varrida do coração embaçado
Deixado de lado, sonhei, e com os sonhos desenhei parnaso
Assim, perdi-me nos atalhos do devaneio inquietado
Nas braçadas da saudade o ribeirão tornou-se raso
E nas "estepes" do Goiás, o meu lírico plangor foi dissipado
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
SONETO DESCRENTE
Dor que amarga o ser contente
Ilusão tanta aos de expertise
Tanto, nada ou um só deslize
Para se desenhar o descrente
O legado é bom, infiel é a crise
Se no coração há brecha vertente
Que inflama a fé na crença poente 
E aos sonhos leva pra uma eclise
A sós não se está sozinho, se crente
Pense com emoção, não só analise 
A razão está em ser integralmente
Então, suporte, e o melhor avalize
Não se fica pior, a vida é discente
Num sobe e desce, ato e reprise
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
SONETO ESSENCIAL 
Enxergamos tudo aquilo que está ao nosso alcance 
"O essencial não se vê com os olhos" vai além
Duma paisagem, uma flor, um caminho, porém,
Podemos sentir com a emoção toda e qualquer chance
O que se sente não precisa ser visto, e sim, o que contém
A aridez, o calor, um perfume, o afago, que no sentido trance
E na alma desenhe o real e concreto da vida, em romance
Pois, sentir é o que captamos mesmo não vendo, também
Pode se estar vendo, mas o que julgamos é invisível
O conteúdo, a essência, ideais, aos sentidos impossível
Aparências não revelam a importância no sentir dum olhar
O olhar engana, miragem e nem sempre ao sentimentos compreensível
No entanto ver e sentir, no fado, será sempre compatível 
Se ao ver e sentir, com o coração e, com ele, ter capacidade de amar...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
Parafraseando Antoine de Saint-Exupéry
AGORA EU QUERO IR (soneto)
A minha saudade tem saudade de crê
Me planejei, me desmoronei no sedento
Nas verdades não fui inteiro a contento
E no querer o todo, metade teve porquê
Experimentei descanso e, labuta à mercê
Confiei no silêncio, me encaixei no lamento
Precipitei no ir e na volta, foi ensinamento
Me desmanchei nos sorrisos em comitê
E na busca de me reconhecer, descanso
Afinal, as trilhas não são de vento manso 
Porém, ao me refazer despertei com a dor
Se agitado ou imoto me equilibrei no balanço
Da quimera, pois sempre nos resta tal ranço 
De jugo. Agora quero ir e, apreender o amor.
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, 26 de março
Cerrado goiano
PEDAÇOS (soneto)
Em ti, ó saudade, acho parte de mim
São fragmentos craquelado e partido 
Do meu eu que tenho então em ti sido
Eternizado numa dor que vive sem fim
O senso que faz em ti alarido saído 
Em mim é silêncio, é solidão, enfim,
Vive da ilusão de lembranças carmim
Do comover sovado e não esquecido 
Agora, o que faço para ouvir o clarim
Dos sons da quimera no porvir contido
Dando-me sonhos afora deste folhetim
Serei pouco, nada, de desejo desprovido
Se insistires em ficar tão presente assim
Aí, de pedaços o meu poetar será revestido
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado 
2017, março, 05'55"
Cerrado goiano
Já me esqueci dos caminhos
Que os pensamentos me levaram
E por quanto descuidado
Deixei apagar as trilhas
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