Poemas da Juventude de Paulo Coelho
AINDA ESTOU TE ESPERANDO.
EU AQUI SOZINHO NO MEU CAIS.
SENTINDO VOCÊ CHEGAR,
CHEGUE LOGO.
PORQUE SEI, NÃO POSSO TIRAR
DA MINHA CABEÇA AQUILO QUE
ESTÁ NO MEU CORAÇÃO.
ISSO ESTÁ MUITO ALÊM DE MINHA
EXPLICAÇÃO ,TE QUERER É ...
ULTRAPASSAR TODO E QUALQUER
ENTENDIMENTO.. TENHO RUMO AO
FUTURO, DE PREFERÊNCIA AO SEU
LADO, QUERO SER O FAROL QUE TE
GUIA, QUERO FAZER TUA VIDA BRILHAR.
ENTÃO APORTE PRA SEMPRE NO MEU CORAÇÃO.
Em busca da menina perfeita!
já tenho uma pretendente
mais eu descobri que ela já magoou muita gente, não há mais gente como a gente,
as pessoas hoje em dia só tem uma coisa em mente, fama, tem gente que por causa da tal, machuca até quem ama, tudo para construir um império que depois de um tempo vai parar na lama.
Cada pedra em que tropecei
durante a minha caminhada,
guardei comigo cada uma
e com elas, lado a lado,
construí o meu abrigo.
(Trecho da música "Caminhada", composta em parceria)
Sou o poeta dos loucos
Dos incompreendidos
Dos que não são ouvidos
Nem escutados
E não somos poucos
Porém esquecidos
Somos proibidos
De ser notados
E nos dão socos
Somos feridos
Nossos sentidos
Atordoados
Sem buscar trocos
Pois por quem feridos
Somos mantidos
Apaixonados
Grande parte dos fatos que nos atingem transforma-se em problemas devido a concepções, ideologias e pontos de vista que sustentamos. Com frequência, nossa cabeça transforma lagartixas em dinossauros.
Paulo e Lauro Raful
"Em quatro paredes, sobre o cobertor
Retratos de uma lembrança
Grande amor
Sem seus abraços
Sem teu carinho
Difícil viver assim, sozinho."
À tinta de escrever
Ao teu azul fidalgo mortifica
registrar a notícia, escrever
o bilhete, assinar a promissória
esses filhos do momento. Sonhas
mais duradouro o pergaminho
onde pudesses, arte longa em vida breve
inscrever, vitríolo o epigrama, lágrima
a elegia, bronze a epopeia.
Mas já que o duradouro de hoje nem
espera a tinta do jornal secar,
firma, azul, a tua promissória
ao minuto e adeus que agora é tudo História.
Acordou, olhou para o lado, mas ele não estava. Havia um bilhete rabiscado sobre a cama:
"E o que eu sinto, nem o tempo e nem a distância apagam. Fui pensando em ficar, mas voltarei para nunca mais sair."
O poeta tem como sua sina,
ser afortunado, devido à poesia;
pois traz consigo a permissão divina
para usar e abusar da utopia.
Por mais difícil que pareça ser, deseje.
Deseje do fundo do coração.
E vai ser realidade. Eu tenho certeza.
" Quem sou eu "
Fugir "pra" onde ?
A rotina né cerca.
Dúvidas ? Algumas.
O futuro? Veremos...
Vou lembrar um dia
Desses jovens tempos,
Povoados de incertezas,
Alegrias e conflitos,
Vontades e indecisões.
E quando esse dia chegar,
Vou olhar "pra" trás e perceber
Qual dos rumos tomei,
Que vida levei , como foi...
E também vou me perguntar:
Que vida levo? E o futuro?
Quando esse dia chegar
Vou me perguntar
" Quem sou eu "
Chora aquele que fez o mundo sorri
Morre aquele que fez o mundo viver
Aí se eu soubesse que a piada era eu.
OUTRO LADO
- Oi, moço. Uma informação por favor... a loja que ficava aqui ao lado fechou?
-Não, minha senhora. Só mudou pro outro lado da rua.
-Hã? Como assim?! - perguntou enquanto olhava pro outro lado tentando enxergar o que procurava - Acho que você não entendeu a pergunta... A loja que ficava aqui ao lado fechou, não foi?
- Sim. Fechou aqui e reabriu do outro lado. Está logo ali. Bem de frente. Basta a senhora atravessar a rua.
Ela olhou mais uma vez pro outro lado. Desta vez mais demoradamente... Me pergunto se talvez o hábito, a tradição e o costume a tenham deixado desconfortável em aceitar mudanças e se isso, de certa forma, a tenha cegado (ou pelo menos limitado sua visão).
Incapaz de enxergar a realidade, não atravessou a rua. Simplesmente agradeceu e foi embora balançando a cabeça lamentando a loja ter fechado (e possivelmente ponderando a integridade de minhas funções cognitivas e estabilidade mental).
"Moço doido"
Acontece o tempo todo.
E não apenas sobre lojas.
CADEIRA CATIVA
O ser humano diz amar liberdade.
Tanto, que sua perda é punição.
Mas muitos de nós, na verdade,
Arquitetamos nossa própria prisão.
É que “ser livre” para você
Pode não ser o mesmo pra mim.
Há prisões que não se vê
Que também são agonia sem fim.
Há prisões cheias de bandidos.
E muitas prendem homens de bem.
Mas os cárceres mais escondidos
Tomam sua mente refém.
Não sei qual tipo é pior,
Mas na mental não terás um vizinho.
Mesmo cercado de gente ao redor
Estará profundamente sozinho.
Nada mal se apiedar do apenado.
Mas antes, siga um pequeno conselho:
“Reconheça o prisioneiro acanhado
Que você enxerga no espelho”
Pois o que você e eu percebemos,
Há tempos em que é tão rara!
A liberdade, que há muito perdemos,
Para ter de volta, ela é cara...
É irônico, pois cabem fisicamente
Numa só prisão, muitos párias.
Mas nos domínios da mente,
A prisão não é uma, são várias!
Tentei encontrar a chave
Para ser livre entre os mundos,
Mas essa clausura é tão grave
Que adentrei a níveis profundos
Cansado e sem mais a fazer,
Minha própria chave inventei:
Criatividade para mim é lazer.
Então minhas prisões adornei.
Pois tal como passarinho,
Por muito tempo fechado,
Se liberto, está fora do ninho.
Prefere não ser libertado...
Podes experimentar a condicional,
Repousando em sono profundo.
Mas a liberdade total,
Lhe garanto não ser deste mundo.
Então nas boas prisões,
Me enclausuro por hora.
Tentando aprender minhas lições,
Por que das ruins, estou fora!
No momento em que se discorre
A mais flácida das prosopopeias,
A deveras tépida falácia,
Emerge no âmago das conjecturas
A fina e homérica quimera.
Cada escolha um destino,
cada destino uma construção,
cada construção um sonho.
Duas figuras sonhada,
pode ser realizada...
O VELHO E O TEMPO
O vento do tempo soprou à distância,
todos os sonhos de minha infância
e os ideais de minha mocidade,
trazendo o vendaval da realidade.
Minhas pernas estão lentas, ao andar,
e já não conseguem acompanhar
a rapidez que o tempo passa,
feito um caçador que me fez caça.
Assim têm sido cada um dos meus dias:
adormeço quando a escuridão se inicia
e acordo tendo o sol por companhia.
Porém, sei que, tão logo vai acontecer,
eu adormecerei com a lua, ao anoitecer,
e o sol acordará sozinho, quando amanhecer.
(Livro “Arcos e Frestas”, página 14)
SONHANDO, AMANDO, SONHANDO...
Sonho:
Delírio da alma, que suponho,
ser fruto de um desejo risonho;
oposto de pesadelo medonho.
Amor:
Sentimento que me faz supor
ter especial tom, cor e sabor;
avesso e sinônimo de dor.
Duas palavras: sonhar e amar;
dois verbos difíceis de separar.
Por isso, quem sonha vive de amar
e quem ama nunca deixa de sonhar.
(Livro “Arcos e Frestas”, página 13)
MULHERES DE SEMPRE
Quantas mulheres de ontem,
que nunca souberam o que é amar.
Quantas mulheres de hoje,
conhecidas por saberem a arte de amar.
Ontem, quantas mulheres caladas;
hoje, quantas mulheres faladas.
Ontem, hoje e sempre,
quantas mulheres desejadas!
(Livro “Arcos e Frestas”, página 20)
PLENITUDE
Podemos despir, apenas por uma noite,
o corpo de uma mulher qualquer
a fim de saciar o nosso corpo,
nosso instinto, nossos desejos.
Não é difícil, mas é excitante.
Mas, para termos por todas as noites
uma mulher especial ao nosso lado,
precisamos desnudar a sua alma,
seu íntimo, seus segredos.
Não é fácil, mas é gratificante.
(Livro “Arcos e Frestas”, página 34)
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