Poemas da Juventude de Paulo Coelho
O único erro que não tem perdão é quando cometemos por mais de uma vez o mesmo;
Os piores erros que podemos cometer são contra nós mesmos.
A única maneira de não errar é não viver...
Escrever sobre quem se ama, talvez seja uma das maiores provas de amor. A pena insiste em tecer e o coração é feito de tinta, de plano para o amor.
Ontem, tentei, esquadrinhei cá dentro, para arrancar algo teu, não consegui.
Quando o sentimento está se esvaindo, se vai o pincel, a tinta, e o mel. O doce, vira amargo, o dissabor que vira parte do retrato.
Nossa pena não escreve, o poema não descreve, o amor verbal, agora ecoa em sílabas, pergunto ao coração se realmente temos que ir, ele responde, desculpa, é hora de se despedir.
Quando os significados desaparecem
e a arte perde sua intenção
Quando os amantes traem
e amigos decepcionam
Quando nomes são perdidos
e a fama é apenas um fantasma da penumbra das memórias
Lugares lotados, mas vazios
Quando os navios estão ancorados para fumar
e começos parecem finais
Quando todas as coisas se desviarem
mas você não está nem perto do fim
Quando os sonhos conjurados falham em cumprir
a única verdade que você sempre quis
e a impermanência supera a gravidade de suas crenças
Quando a rota que você incansavelmente trilhou
te leva ao começo
Não se afaste.
Deixe o mundo morrer em você
E encontre o que resta
Você deve estar livre do mundo
Ando como o compasso, marcando, dando traço, um passo de cada vez, e outro depois, faço.
As vezes me refaço, outras vezes só sigo, retilíneo, morro, tardo e nasço.
Quieto, borbulhando, por dentro, é o meu marca-passo, te mastigo com os olhos, teu corpo, laço.
Me acho em afluência, outrora em silêncio, soledade, e vivo na tenra procura de encontrar causo e de projetar vida.
Bonito é continuar, respirar em frente ao novo dia, e vivê-lo cada qual com a sua maneira, harmonia, sorrir o teu riso e chorar de alegria.
Quando o corpo energiza, a mente voa, seu sopro, brisa. Corpo sua, também meu, e o coração avisa, não é coincidência, é sina.
Prefiro o amor desavisado, aquele sem nada, que de toque em toque, desnudado. Amar, só se for de beijo em lábio, e depois do amor, retornamos a cama, como a cura do cansaço.
Escrever, prefiro os romances e os amores bem molhados, que me permita congelar, pegar fogo e te queimar, numa fogueira de pecado...
Eu era apenas mais um
Eu até desconfiava
Mais era aquele outro
Que ela amava
Queria tudo ao contrario
Não que me sinto um otário
Como era o começo
Nem eu me conheço
Ah os primeiros dia
Era tudo maravilha
Até soar aquele nó na garganta
Um susuro que espanta
E você volta a chora
Não querendo abandonala
Sim querendo ama
Só isso pra se consola.
Antes de agir, pense.
Antes de pensar, saia do seu mundo.
Antes de sair do seu mundo, veja o que existe ao seu redor.
Antes de ver o que existe ao seu redor, pense no motivo.
Antes de pensar no motivo, tenha Fé.
Vivemos uma ditadura camuflada de Democracia.
Enganosamente iludidos com a sensação de liberdade,o povo saem às ruas gritando ,comemorando suas falsas vitórias ,sem se dar conta de que , cada Vitória alcançada, ou cada derrota sofrida já estavam
programadas.
Se por amante, entenda que é o errado, amante serei eu, e talvez algumas horas serei amado
O toque perfeito se refaz no espaço, ao passo de quem outrora sedimentou descalço, o pungir do novo coração arrebatado
Caminhamos desacalentados e na altivez de quem me dera ser tocado, abruptamente serrilhou de beijos em beijos, o momento inexato do pecado
Se amado eu for, e pela amante for tocado, entendo eu que essas horas, se confude o certo com o errado, e mesmo que em nota da emoção, nosso amor será lembrado.
Reencontro.
Ver-te de novo, em outro singular momento, beijando o doce do instante
Aprazível segundo, onde o olhar (re) encontra a felicidade e nossa boca se perde em desejo.
Sereno amor
Sofro do mal que me tens, que me enlaça, que penso em nos enlaçar...
De desejo sofri ontem, amor hoje, amanhã não sei o que vai passar...
Mas auscuto os batimentos do meu peito e aparecem fortes sentimentos, a me agoniar...
Saudade não para, você me fala, "que mal tem em nos afastar?"
Mas falo baixinho, preciso de ti sozinho, a dois, em ninho, para nos tocar...
Me beijes amor, calminho, o tempo não para, para nos olhar....
O que você faz quando ninguém está olhando é o que define onde você vai chegar quando ninguém estiver te carregando.
- Paulo Alves
Tempo
Infelizmente não podemos atrasa-lo ou antecipa-lo, não podemos controla-lo, sendo assim, não podemos perder tempo para fazer o que gostamos, para ter o que queremos, ir onde temos vontade de conhecer, pois é mais fácil conseguir dinheiro para realizar nossos sonhos do que conseguir tempo.
Aproveite cada tempo da sua vida amando quem te ama e fazendo o que gosta, sem medo de ser feliz.
Os calafrios da incoerência
Que prazer é ler um texto coeso e coerente. Viaja-se dentro dele como se passa por uma seara de trigo embalada pelo vento suave e quente. Seguimos pelos seus caminhos com confiança e alegria, sabendo que o seu autor nos propõe uma rota de leitura com unidade, com harmonia e lógica profundas. Um prazer!
Ora, o mesmo se passa com o ser humano, melhor dizendo, com as pessoas. Como se escrevem as pessoas?
Quando "leio" as pessoas, espero delas essas mesmas características que procuro nos textos: coerência e coesão. O oposto incomoda-me, irrita-me, arrasta a desconfiança e provoca-me calafrios, frios, frios.
É suposto que um texto, por esses mesmos princípios de beleza, de encanto e de equilíbrio, me causem admiração, desejo, orgulho e imensa vontade de saborear cada sílaba, palavra e frase.
E as pessoas? Que textos são as pessoas? Tanta gramática, tanta sintaxe, tanto vocabulário por fazer e refazer e aperfeiçoar!
Exijo que a prosódia se eleve. Quero que a grafia, a entoação, a pontuação, a acentuação se desenvolvam com princípio, meio e fim, numa edição única, esbelta, matura e profunda da Alma e que seja o mais belo texto que jamais terei lido em alguém!
E assim, acredita, já no aconchego do meu outono, entre o crepitar de uma lareira reminiscente e um sóbrio despertar de alma, prometo ler e saborear o Ser que trazes até mim, essa obra humana que soubeste escrever.
Há muito que deixei de perder tempo com quem não aprendeu a crescer. Creio que descobri esse caminho antes do muro dos 50. Sim, bem antes mesmo. Obriguei-me ao recolhimento, ao silêncio e à escuta atenta do que em mim é valioso e mais precioso.
Fiz viagens e profundas escavações pelas entranhas ocultas e obscuras que obnubilavam o discernimento, a essência. Tantos pântanos e lamaçais!
Agora, basta. Quero a verdade e a dignidade. Quero a minha paz e este aperfeiçoamento da consciência. Exijo de mim uma maior e rasgada clareza de espírito para uma relação mais íntegra e sã comigo próprio, mesmo que, para essa meta, deva abandonar caminhos e pessoas que nunca, mas nunca seguirão esse trajeto evolutivo para a sabedoria e a melhor força interior que possamos realmente alcançar: O AMOR.
Saudade
Saudade de quando podia falar que era saudade, hoje só digo que não estou bem
Saudade de mim no seu leito, dormindo em teu peito, e hoje em dia, saudade também
De saudade, o poema é feito, e sabe, sinto saudade das palavras também
Não direi mais saudade, mas segredarei que que é anseio, vontade, eu sei
Desculpa, repetirei a palavra, que me invade, me toma, não sei
Vivo por ti, durante a fala, eu disse, morro também
Na verdade faço tudo que não falo, e as que falo, também o farei
Meu amor, saudade, eu sei, você sabe, nós sabemos, também.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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