Poemas da Juventude de Paulo Coelho
malmequer negro
percorro pulsante o corredor
de pés mudos como muros
ergo o intransponível crânio
nascendo e dormindo prescrito
adio a translúcida sibilância
malmequer fulgente e negro
que levo ao peito como um sabre
recito pelo adejar rítmico dos lábios
salmos rituais ossos barro pó
fulgurante translação das veias
arde-me o míope sangue vertical
escorrendo pelo lantânio e lutécio
hei-de criar pedra sobre pedra
farei da luz dois vítreos ciclopes
pousarei nos pilares de hércules
a incorpórea maldição dos deuses
e levitando andarão as testas
dos homens e deuses
dos deuses homens
sit tibi terra levis[1]
requievit in pace.[2]
[1] que a terra te seja leve
[2] descansa em paz
(Pedro Rodrigues de Menezes, "malmequer negro")
O fantasma de Ani ( nas ruínas de 1001 igrejas).
De longe eu vejo as ruínas
Se eu pudesse ver mais
Eu veria as mil e uma igrejas
Oh Ani! Tu foste grande!
Seda, reis e riquezas tiveste
Se eu pudesse saber mais
Basalto em vermelho e amarelo
Oh Ani! Tu foste tão linda!
Oh Ani!
O quê resta-me de ti?
Oh Ani!
Apenas teu perfume!
Oh Ani!
O quê resta-me de ti?
Oh Ani!
Apenas teu perfume!
De longe eu vejo as ruínas
Se eu pudesse ver mais
Eu veria a sua decadência
Oh Ani! Tu foste destruída!
Morte, invasores e terremotos
Se eu pudesse viver mais
Eu veria seus restos mortais
Oh Ani! Tu és um fantasma!
Oh Ani!
O quê resta-me de ti?
Oh Ani!
Apenas teu perfume!
Oh Ani!
O quê resta-me de ti?
Oh Ani!
Apenas teu perfume!
"USE A BUZINA E O PISCA--ALERTA Lei de Murphy. Se houver a probabilidade de ocorrer uma colisão, ela vai ocorrer:
Quando estiver estacionado e tiver que dar RÉ para sair, use o pisca-alerta, e evitaras colisão. UM RETARDADO sem olhar no retrovisor, nem ligar o pisca-alerta deu ré no carro, simplesmente eu estava passando, tive que dar uma freiada brusca e buzinar para não colidir.
Por outro lado, quando você ver o carro ao lado cheio de amassadinho ao lado é porque o motorista não usa a BUZINA para alertar que há gente ao lado, principalmente na ERA DO CELULAR, homem que é homem só aceita que se encoste nele mulher e bonita. USE A BUZINA E O PISCA-ALERTA E EVITARAS ABORRECIMENTOS"
Não sei amar
Não sei me relacionar
Não tenho paciência com nada
Não sou bom com gente nem com animais...
Nem comigo mesmo eu sei lidar!
Eu só sou bom com plantas
de preferência as que tem muitos espinhos
(Obvio, assim como eu!) muita cor e muito perfume!
Eu acho que o nome disso é cansaço...
Burnout!
"Insana "
Eu sou a fúria que arranca a pele
A sede que queima
Rasgando a garganta
A dor fervente , abrindo a ferida
Eu sou inevitável
Aos corações quebrados
Eu me parto a pele sangrenta
Eu esfolo
A dor corroída insípida
Cuspida , escarnecida
Aos cacos de vidro
Mastigados engolidos
A fome negra , a fúria intermitente
A tempestade regida
A chuva de mim
Que sai pra fora
De que não ver a hora
De derramar espinhos
Em te , desapareça
Desapareça
De mim
Aprendi...
Aprendi a amar
Aprendi a amar a chuva, os raios
Aprendi a amar os trovões, os relâmpagos
Aprendi a amar os dias cinzentos, os dias brancos
Aprendi a amar
Aprendi a amar a natureza, agora, de forma completa
Logo eu, que um dia amei as estrelas, o sol, a lua, as constelações
O céu azul
Descobri que amar os dias cinzentos também fazem parte de viver
É como dançar feliz em um dia de chuva
Traz paz, amor, conforto ao coração
Arco-íris, flores, amores
TRANSLUCIDEZ
Era uma rosa amarela,
Translúcida
Mas não lúcida
Era trans versus lúcida
E de tão lúcida!
Que escolheu dentre todas
A cor que desejava ser.
E não podendo,
Preferiu morrer.
De sede, sem cor,
de amor.
Requiem for Adílio Lopes
Adília e Adílio, ambos Lopes
oferecer-te um poema
em forma de livro
de receitas
cozer-te pão
para o coração
há tanta falta de pão
para o coração.
(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes XV)
Adília
e
Adílio
comem
pão
de ló
pelos pés
Lopes.
(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes, XVI)
imagino-te
como vieste
ao mundo
de pano do pó
na mão
e sem mais nada
por cima
por baixo
mas cheia
de coração.
(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes, XVII)
Herberto Helder
convida
Adília Lopes
para jantar
duas solidões
uma doméstica
não domesticada
outro uma artéria
sem pressão arterial
ponto de interrupção.
(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes, XVIII)
o teu cabelo
Adília
o teu cabelo
Adília
é uma rosa
de ventos
ventania
poesia.
(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes XIX)
os capítulos
capitulam
esta história
no fim triste
cumpriu o destino
de Adílio Lopes
morreu nos braços
de Adília Lopes
no dia em que se conheceram
consta que morreram
Adílio Lopes
os gatos
e só sobreviveu
Adília Lopes
e as suas baratas
mas sobre os gatos
assassinos
que esgatanharam
(não confundir com esgadanhar)
o corpo de Adílio Lopes
ninguém escreveu.
(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes, XX)
Nota: termina a história de Adília e Adílio, ambos Lopes.
Cuidado com o excesso de pensamentos negativos
Eles se tornam emoções debilitantes
Cuidado com a frequência das emoções debilitantes
Elas se tornarão vícios silenciosamente
Cuidado com seus vícios
Sem que você perceba eles destroem sua vida
Nunca podemos nos deixar levar pela emoção. Ela nos engana por mais que demore com o tempo.
É como se a verdade fosse aparecendo no fim do túnel e derretesse aquela imagem que a gente mesmo construiu.
Os sentimentos cegam os olhos, limitam nossos pensamentos e nos fazem tomar atitudes imprudentes.
O sentimentos e a emoção fantasiam uma realidade que não existe; já a razão é nua e crua, nos faz perceber uma realidade que nos recusamos a aceitar.
Conversa de um sagitariano com uma leonina.
Mas o que você vê amor, quais símbolos?
Leonina responde:
É que você é o meu paraíso astral e somos feitos de poeira estelar.
Eu caminho sem rumo, sem destino, sem saber o que me espera além do horizonte, além do ser. Eu busco novos ares, novas terras, novas cores. Eu fujo das prisões, das dores, dos horrores.
Eu sinto o desejo de viajar, de me aventurar, de conhecer o desconhecido, de me deslumbrar, de ver o mistério se revelar, de me surpreender, de sentir a vida pulsar, de me renascer, de sentir a vida que se move, que se renova.
Mas eu sou um cativo, um refém, de um corpo, de uma mente, de um lar, de um alguém, de um presente. De uma realidade que me oprime, que me consome, de uma humanidade que me afasta, que me abandone.
Eu sonho com a natureza, em sua beleza. Eu lembro da época em que eu era parte dela, em que eu era uma centelha. Eu anseio por voltar a ela, por me integrar a ela, por me libertar dela.
Eu quero viajar sem fim, sem limite, em busca de um caminho sem razão, parece que em parte alguma estou em paz, sempre a desejar um novo cais. Uma ânsia sem fim, pelas terras desconhecidas, o mistério, o desconhecido me atrai, enquanto minha alma se perde, se vai.
Aprisionado em tudo o que não sou. Eu sou um estrangeiro, em todo lugar, em todo tempo. Em busca do Éden perdido, vagando sem destino, pois somos todos eternos nômades, em busca do divino. Enquanto me perco nas ruas de concreto, a minha alma anseia pela simplicidade da terra, o aroma das flores, a luz do dia.
Tudo tem um valor
Na vida tudo tem um valor, a frase original é “na vida tudo tem um preço”, porém nem tudo é precificado, existem coisas que dinheiro nenhum compra e por mais que tenham um valor gigantesco, não custam nem um real.
Um “bom dia” para alguém irritado, uma piada para alguém triste, um abraço para alguém solitário ou um olhar sincero para alguém apaixonado, nada disso se compra, mas dada a circunstância seria pago muito para se ter algo que se encontra de graça.
Entre as coisas mais valiosas nesse mundo, eu coloco em primeiro lugar o tempo. O tempo é algo que são poucos os que sabem quanto têm e quando finalmente sabem, descobrem que já está acabando.
Ainda sim muitos não fazem ideia do valor de um tempo, uma vida para alguém pode não significar nada, mas para outros cada segundo vale o mundo e comigo é assim, não sei se já percebeu, mas é por isso que não costumo dormir tanto.
Apenas mais um texto incompleto
Na tentativa de entender tudo que se passa aqui dentro, escrevo sem pensar na esperança que em algum momento tudo faça sentido.
Hoje de manhã levantei e como nos últimos dias parecia que tudo finalmente estava fazendo sentido, agora já não sei de mais nada, tudo que parecia tão certo, num piscar de olhos mudou, aquilo que levou dias para ser construído com muito esforço e paciência, desmoronou em pouquíssimos segundos e por mais que não faça sentido algum, talvez devesse ter acontecido.
Enquanto isso, enquanto a minha mente manda milhares de informações, desejos e anseios, o meu corpo numa tentativa desesperada de acompanhar vai até o seu limite, na busca de findar ao menos alguma coisa.
No meio dessa algazarra meu coração permanece intacto. Tudo que uma vez ali entrou, nunca mais saiu e falando assim parece uma imensidão de paz e talvez, isoladamente seja, mas por mais que eu reclame da minha mente, seria um alívio se ao menos um dia o meu coração fosse igual.
Estranho como tudo seria mais fácil se não houvesse tanta convicção. Por mais que ele fale baixinho em meio tanta balbúrdia, as vezes eu só queria que ele ficasse calado. Como algo pode ter tanta certeza entre tanto caos?
De novo, nada mais faz sentido e ainda não foi dessa vez que escrevi até que fizesse, então esse é apenas mais um texto incompleto… um de muitos! Oficialmente, o primeiro, talvez o último, só Deus sabe. Afinal esse é mais um texto incompleto da minha vidaincompleta.
Precisava escrever
Há dias que precisava escrever. Meses talvez, ou será anos? Enfim, sempre falei, acreditei e repeti que “nada acontece por acaso”, então se somente hoje eu estou escrevendo, significa que existe um porquê.
Será mesmo? Será que as histórias vividas até aqui, histórias essas que não foram contadas, realmente não deveriam ser? Ou será que o fato de não serem contadas, hoje tornou-se fundamental para que eu entendesse a real necessidade de não deixá-las somente nas minhas vagas lembranças?
Entendo que precisava escrever sobre a vida, talvez relatar tudo que aconteceu até aqui, quem sabe assim entenderia como mudei tanto em tão pouco tempo. Afinal o que me fez diferente? O que hoje, é diferente? É melhor? É pior? Não faço ideia. Tá bom, talvez eu faça, mas somente porque acredito que nada acontece por acaso.
Enfim, poderia escrever muito sobre isso, talvez eu deva… é eu sei que devo, mas calma não será hoje, pois apesar de ainda ter muito o que escrever, agora pelo menos sei, que de fato hoje eu precisava escrever.
"Turquesa"
Senti o seu cheiro
A sua pele exalava
A sensação desequilibrada
Dos meus olhos perdidos
Sem entender , sem requeri
Te despi com os olhos
Tentei juro , tentei
Me engasguei
Prostrada , não consegui
O que ? Porque
Sobre o que
Deslocar os olhos de te
Pobre carne infundada
Em desejos todos por nada
Golpeada exposta ali
Montou uma armadilha
De mim, dentro de mim ,
Para mim.
A vida deveria vir com um botãozinho de reset!
"Significado de Resetar:
verbo transitivo direto e intransitivo Desligar e religar um equipamento, por falha ou incorreção no seu funcionamento, fazendo-o funcionar corretamente; travou, vou ter que resetar."
Se choro e não oro
o choro pode até ser triste
entretanto se oro e o choro persiste
certeza que não é triste
é comunhão com Deus
e esse choro é de lavar a alma...
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp