Poemas da Juventude de Paulo Coelho

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⁠A mentira é vaidosa, pois se veste com
os melhores vestidos e se maquia como
tal para se apresentar; a verdade se
apresenta nua e crua.

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⁠A mentira é fonte de maldades usada pelo
mal; sem a mentira o mal enfraquece e
morre.

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⁠De nada adianta ir de mãos vazias ao
juiz parcial pedir justiça; tua fome é
insaciável.

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⁠A mentira é mais aceita do que a
própria verdade; a mentira pode ser
dita com doçura, enquanto que, a
verdade não tem como adoçar.

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⁠O cão te protege durante toda a noite,
por isso não te esqueça de protegê-lo
durante o dia.

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⁠Se tu praticas o bem não tema a morte,
mas se te procedes mal, esconda-te
para não morrer.

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⁠Em certa audiência de pensão
alimentícia, Almeida, o promotor de
justiça se indignou com o caso e disse
bastante revoltado:
– João Augusto, você não tem
vergonha? Vive bêbado, é violento e
não quer nada com a vida!
– Doutor... Doutor... – tentou interferir
o juiz, mas o promotor continuou:
– Vou pedir sua prisão, João Augusto!
Naquele momento todos olharam
entre si bastante assustados.
– Desculpe-me doutor, Almeida! Mas
João Augusto é a criança! – concertou o
juiz.

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⁠Uma criança pobre, abandonada e
rejeitada foi indagada pelo juiz em
certa audiência:
– O que você quer ser na vida quando
crescer, menino?
– Quero ser juiz para cuidar das
crianças pobres! – respondeu a criança
pobre.

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⁠Engana-te quando pensas que podeis
educar uma criança com gritos,
palavrões ou agressões; isto não é
educar, mas sim, ensinar teus métodos.

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⁠Mostre tuas boas maneiras a criança,
pois isso educa mais do que teus
castigos e agressões.

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⁠Não ensine a teus filhos aquilo pelo
qual passou; eles precisam ser alguém
na vida.

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⁠Deixo para meus filhos a decisão de ser
o que quiserem ser; ninguém
aguentaria outro eu.

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⁠Se o obstáculo é um tanto de altura,
então arme o salto para dois tantos;
tudo que for fazer faça um pouco mais.

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⁠Quando for cuidar dos animais lave
bem o bebedouro e coloque água
limpa; talvez você tenha que beber da
mesma água.

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⁠Poder e riqueza desvirtua o homem; o
homem busca o tempo todo pelo
próprio desvirtuamento.

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⁠Ninguém é capaz de se esconder da
morte; a morte é portadora da chave
que o libertará da prisão.

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⁠Ter muito conhecimento é considerado
bom. Ter pouco conhecimento é
considerado ruim. Ter muito pouco
conhecimento trás paz e tranquilidade.

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⁠O acusador narcisista age sempre com
doçura; agrada seus alvos para
depois destruí-los.

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⁠CAVALO SOBERANO

Cavalo Soberano
Cavalo castanho
Onde tu estás?

Estava aqui
Estava ali
Estava acolá
Procurei-te aqui e lá.
Cavalo Soberano onde tu estás?

Cavalo grisalho
Sai do orvalho
E vem para cá.
Cavalo Soberano onde tu estás?

Cavalo pacato
Ás vezes ingrato
Pisava em mim.
Cavalo Soberano onde tu estás?

Cavalo campeiro
Relincho cabreiro
Correndo pra lá e pra cá.
Cavalo Soberano onde tu estás?

Cavalo ligeiro
Menino arteiro
Pulou o canteiro
E foi passear.
Cavalo Soberano onde tu estás?

Cavalo moreno
De olhos pequenos
Me via de longe a ele chegar.
Cavalo Soberano onde tu estás?

Cavalo ousado
Corria de lado
Com dentes cerrados
Ao ver o laço rodando no ar.
Cavalo Soberano onde tu estás?

Cavalo humano rolando no chão
Descanso da lida
Descansa o peão
Cavalo sem era nem beira
Buscando a colheita em um carroção.
Cavalo Soberano onde tu estás?

Cavalo aloprado
De cascos listrados
Correndo do tempo
No tempo parado.
Cavalo Soberano onde tu estás?

Cavalo frenético não fica parado
Derruba o laço
E sai do curral
Olhando pra trás ele foge calado
Correndo deitado
Zombando de nós
Correndo ele sobe a ladeira
Pulando a porteira
Fazendo a poeira calar nossa voz.
Cavalo Soberano onde tu estás?

Cavalo veloz
Correndo na estrada
Com carga pesada cuidando de nós
Era bonito de ver
A sua destreza e o seu proceder
Com cara tapada
As cordas amarradas
A crina voando de tanto correr.
Cavalo Soberano onde tu estás?

Cavalo sabido
E bom companheiro
Além de matreiro
Ajuda o vaqueiro o gado tocar
Correndo ao lado
Vaqueiro deitado
No lombo arreado
Com laço armado
Quebrando cerrado
Querendo pegar o boi guzerá.
Cavalo Soberano onde tu estás?

Ah... Se eu pudesse no tempo voltar
Reencontrar-te correndo no pasto
Te dar um abraço
E me desculpar.
Cavalo Soberano onde tu estás?

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⁠LAGOA DA PRATA

Lagoa da prata
Na beira da mata
Molhando a estrada
Um homem pescando
Com a barra da calça dobrada
Andando descalço
Na margem molhada.

Lagoa da prata
Lugar de beleza sem igual
De águas azul cristal
Com margem larga
E uma pequena ilha no final.

Águas claras abundantes
Em meio ao cerrado extravagante
Abastece o Rêgo d’água no terreiro
Enche os rios
E mata a sede dos tropeiros.

Assim era a lagoa da prata
Hoje esquecida
Destruída
Deu lugar à plantação
Que secou as tuas águas
Fazendo rachar o chão
Acabando com a magia
Que tinha lá no meu sertão.

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