Poemas D um Homem Perdidamente Apaixonado

Normalmente, são tão poucas as diferenças de homem para homem que não há motivo nenhum para sermos vaidosos.

Em primeiro lugar é o universo que deve ser interrogado sobre o homem e não o homem sobre o universo.

Entusiasmo é a inspiração de qualquer coisa importante. Sem ele, nenhum homem deve ser temido; e com ele, nenhum homem deve ser desprezado.

O homem não é nem anjo nem animal, e a infelicidade exige que quem pretende fazer de anjo faça de besta.

É melhor escrever sobre risos que sobre lágrimas,
pois o riso é o apanágio do homem.

O homem é o único animal que não aprende nada sem ser ensinado: não sabe falar, nem caminhar, nem comer, enfim, não sabe fazer nada no estado natural, a não ser chorar.

Nada no mundo pode impedir o homem de se sentir nascido para a liberdade. Jamais, aconteça o que acontecer, ele pode aceitar a servidão: pois ele pensa.

O homem moderno não combate as calamidades com a humildade; descobriu que elas devem ser combatidas com os conhecimentos científicos.

O homem bom amplia o espaço da sua vida: / poder usufruir da vida passada é poder viver duas vezes.

Deus, arquitecto do universo, proibiu o homem de provar os frutos da árvore da ciência, como se a ciência fosse um veneno para a felicidade.

Na vida, muitas vezes o homem é considerado de bom senso apenas por não ter talento.

O homem tem muito para saber e pouco para viver; e não vive se não souber nada.

Querendo prevenir males de ordinário contingente, o homem prudente vive sempre em tortura, gozando menos do presente do que sofre no futuro.

A velhice é o pior dos males, pois ela priva o homem de todos os prazeres deixando-lhe o apetite.

Dir-se-ia que o homem pode aguentar tudo (...), até a ideia de que não pode aguentar mais.

Jamais me submeterei às horas: as horas foram feitas para o homem, e não o homem para as horas.

A criança como o homem, e o homem como a criança, prefere divertir-se a instruir-se.

Pois a mulher é a grande educadora do homem: ensina-lhe as virtudes encantadoras, a polidez, a discrição e essa altivez que teme ser importuna. Ela mostra a alguns a arte de agradar, a todos a arte útil de não desagradar.

O homem que consagra suas horas com infatigável empenho a honrosos objetivos, traça luminosamente o seu destino.

Todos os homens têm o seu instinto; e o instinto do homem, fortalecido pela razão, leva-o à sociedade, como à comida e à bebida.