Poemas D um Homem Perdidamente Apaixonado

O homem é o único animal que não aprende nada sem ser ensinado: não sabe falar, nem caminhar, nem comer, enfim, não sabe fazer nada no estado natural, a não ser chorar.

Deus, arquitecto do universo, proibiu o homem de provar os frutos da árvore da ciência, como se a ciência fosse um veneno para a felicidade.

Na vida, muitas vezes o homem é considerado de bom senso apenas por não ter talento.

Querendo prevenir males de ordinário contingente, o homem prudente vive sempre em tortura, gozando menos do presente do que sofre no futuro.

A velhice é o pior dos males, pois ela priva o homem de todos os prazeres deixando-lhe o apetite.

O homem tem muito para saber e pouco para viver; e não vive se não souber nada.

Jamais me submeterei às horas: as horas foram feitas para o homem, e não o homem para as horas.

Nenhum homem viveu que tivesse suficiente / Gratidão de crianças e amor de mulher.

Nem mesmo o homem mais bondoso consegue ficar em paz, se isso não agrada ao seu vizinho mau.

O homem que consagra suas horas com infatigável empenho a honrosos objetivos, traça luminosamente o seu destino.

Dir-se-ia que o homem pode aguentar tudo (...), até a ideia de que não pode aguentar mais.

Pois a mulher é a grande educadora do homem: ensina-lhe as virtudes encantadoras, a polidez, a discrição e essa altivez que teme ser importuna. Ela mostra a alguns a arte de agradar, a todos a arte útil de não desagradar.

A criança como o homem, e o homem como a criança, prefere divertir-se a instruir-se.

A liberdade absoluta conquista-se pelo amor: só o amor liberta o homem da sua natureza e expulsa o animal e o demônio.

O maior pensar da criatura humana é comer; desde que o homem nasce até que morre anda a procurar o pão para a boca.

Homem que pretende praticar uma boa ação, mas é impedido de a fazer, deve ser considerado como se a tivesse feito.

Todos os homens têm o seu instinto; e o instinto do homem, fortalecido pela razão, leva-o à sociedade, como à comida e à bebida.

Para o homem, apenas há três acontecimentos: nascer, viver e morrer. Ele não sente o nascer, sofre ao morrer e esquece-se de viver.

A literatura é a expressão da sociedade, como a palavra é a expressão do homem.

O homem em tempo de guerra chama-se herói. Pode não ser mais corajoso e fugir a toda pressa. Mas, ao menos, é um herói que bate em retirada.