Poemas D um Homem Perdidamente Apaixonado

Todo o homem tem três carácteres: o que ele exibe, o que ele tem e o que pensa que tem.

O homem não é a criatura das circunstâncias. As circunstâncias é que são criaturas do homem.

Sem paixão, o homem é mera força e possibilidade latentes, como a rocha que espera o choque do ferro antes que ela possa mostrar sua faísca.

Muitas mulheres não sossegam enquanto não mudam o seu homem. E, quando o conseguem, ele perde a graça.

O amor civiliza o homem mais embrutecido, faz falar com elegância quem antes era mudo, faz do covarde um atrevido, transforma o preguiçoso em lesto e ativo.

A razão, por mais que grite, não pode negar que a imaginação estabeleceu no homem uma segunda natureza.

Reze como se tudo dependesse de Deus e trabalhe como se tudo dependesse do homem.

Existe uma certa grandeza em repetir todos os dias a mesma coisa. O homem só vive de detalhes e as manias têm uma força enorme: são elas que nos sustentam.

No meio da vida acontece que a morte surge e mede o homem. A visita é esquecida e a vida continua. Mas o fato está feito, silenciosamente.

É melhor escrever sobre risos que sobre lágrimas,
pois o riso é o apanágio do homem.

Duas coisas instruem o homem, qualquer que seja a sua natureza: o instinto e a experiência.

Tortuoso é o caminho do homem carregado de culpa, mas reto, o proceder do honesto.

Terrível condição do homem! Não há uma das suas felicidades que não provenha de uma ignorância qualquer.

Todo homem tem suas loucuras — e frequentemente elas são as coisas mais interessantes que ele tem.

O homem mais miserável, mesmo que julgue não mais amar, conserva ainda o poder de amar.

O homem moderno não combate as calamidades com a humildade; descobriu que elas devem ser combatidas com os conhecimentos científicos.

Normalmente, são tão poucas as diferenças de homem para homem que não há motivo nenhum para sermos vaidosos.

O homem poderoso que junta a eloquência à audácia torna-se num cidadão perigoso quando lhe falta bom senso.

O homem pode amar o seu semelhante até ao ponto de morrer por ele; mas não o ama tanto que trabalhe em seu favor.

Em primeiro lugar é o universo que deve ser interrogado sobre o homem e não o homem sobre o universo.