Poemas D um Homem Perdidamente Apaixonado

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⁠Por Só Sol

O sol se põe,
mas nunca é só um pôr do sol.
Ele dança na linha do horizonte,
escorrega lento pelo céu,
como quem promete sumir,
mas nunca parte de verdade.

Pisca em tons de ouro,
derrama fogo sobre o mar,
e, num sussurro de luz,
diz que amanhã volta.

Nunca se perde,
nunca se esquece de ser sol.
Brilha onde os olhos não alcançam,
suspira calor em outras terras,
ilumina, mesmo quando não o vemos.

Porque ser sol
é mais que estar à vista—
é existir,
ardendo eterno
em si.

⁠A Doçura que a Vida Devolve

A vida sempre encontra um jeito de devolver leveza a quem semeia doçura. O que oferecemos ao mundo, de alguma forma, retorna para nós.

Um gesto gentil, uma palavra suave, um olhar acolhedor — tudo isso cria um ciclo onde a ternura se espalha e, no tempo certo, volta como brisa leve, como um abraço inesperado.

Seja doce, mesmo quando o mundo parecer áspero. A suavidade é uma força silenciosa, um jeito bonito de resistir.

⁠Oceano de Desejo

Meu corpo é maré alta, um oceano que se agita, sempre à espera de algo que o toque, que traga a calma ou o caos. Não são todas as mãos que sabem navegar esse mar profundo. Algumas apenas afundam, outras seguem sem perceber a profundidade. E eu espero por quem tenha coragem de mergulhar, por quem entenda que desejo não é só pele, mas a união de duas almas que se reconhecem no abismo e se elevam juntas, sem medo de se perder, mas prontas para se encontrar.

⁠O Que é Pedir Ajuda?

O que significa pedir ajuda?
É bater à porta de um por um?
É relatar cada detalhe da dor, explicando mil vezes o que já está escancarado nas entrelinhas?
É implorar? Gritar? Forçar alguém a enxergar?

Porque eu sempre achei que ser transparente fosse suficiente. Que falar, mesmo sem pedir diretamente, já fosse um sinal claro de que algo dentro de mim estava gritando. Mas parece que não.

Se escrevo sobre a minha dor, sou julgada. Se me abro, sou silenciada. As pessoas dizem para eu pedir ajuda, mas, quando faço isso do meu jeito, preferem que eu me cale. Querem que eu esconda, que finja que está tudo bem. Então, afinal, como se pede ajuda sem incomodar? Como se acerta a pessoa certa?

E se esse for o meu jeito de pedir ajuda? E se cada palavra que escrevo for um sinal? Quem realmente quer ajudar, consegue enxergar? Ou só sabe olhar para quem implora?

Se eu preciso dizer com todas as letras, gritar, bater de porta em porta, será que realmente querem ajudar ou só querem tornar minha dor mais conveniente?

⁠Reflexos de Alma

Há um eco no espelho,
um reflexo que não é só luz.
É pele, tempo e memória,
uma sombra que sente e traduz.

Me transfiro em olhares,
sou vestígio em cada cor.
O passado resiste em traços,
feito espelho a guardar calor.

Toquei-me na transparência,
mas era outro a me olhar.
Alma fluindo em espelhos,
sempre a se reencontrar.

⁠Um Trabalho de Valorização e Incentivo Cultural

Capturar imagens como as vejo e revelar ao mundo a essência das coisas.
É um trabalho delicado, mas essencial.

Quando um olhar atento destaca a importância da permanência e do legado representativo, ele convida as pessoas a se enxergarem sob novas perspectivas, diferentes ângulos e projeções de sua própria grandiosidade.

Pode-se dizer que é também um ato de empoderamento.
Vamos nos orgulhar do que nos pertence, nos apropriar de nossas riquezas e raízes.
Mostrar ao mundo que somos um povo rico de ser e de saber.

Essa é uma forma de permanência e consciência cultural!

@lambe_sujos.sambanegro, o som do Samba de Coco que atravessa gerações.
Um grupo popular forte e valente, que transborda alegria com seu jeito único de brincar com a vida!

E eu?
Uma outra história… Acompanha meus passos. 😉🤗

⁠Entre o Ímpeto e o Silêncio

Hoje é um daqueles dias em que as palavras querem saltar, atropelando o tempo e a razão. Elas pesam no peito, se acumulam na garganta, ansiosas para serem ditas. Mas minha mente está inquieta, desorganizada, e eu não posso confiar nelas agora.

Não quero falar no calor da emoção e depois me arrepender. Não quero que a pressa transforme sentimento em ruído ou que uma palavra mal colocada machuque quem não merece. Então, respiro fundo. Seguro o ímpeto. Não por medo de sentir, mas por respeito ao que sinto.

Às vezes, o silêncio é a pausa necessária para que a verdade se alinhe dentro de nós. Estou tentando organizar o que há em mim antes de transformar em voz.


Coração em Espera

Hoje, meu coração anseia por um abraço que me envolva, por um olhar que me veja além das aparências. Desejo repousar minha cabeça em um peito que me acolha, sentir o carinho de dedos que percorrem meus cabelos com ternura.

Anseio por momentos onde o tempo parece suspenso, onde a realidade se dissolve e restamos apenas nós, conectados em um universo criado pelo afeto mútuo. Momentos que apertam o coração não por medo, mas pela intensidade do sentimento, pela beleza do instante que desejamos eterno.

Ser mulher é carregar em si a força e a delicadeza, é desejar ser amada com profundidade, ser vista com verdade, ser tocada com alma. É querer viver um amor que não exige máscaras, que acolhe as vulnerabilidades e celebra as essências.

E assim, sigo com o coração em espera, aberta ao amor que chega com respeito, que se manifesta em gestos simples, mas carregados de significado. Porque, no fim, tudo o que desejo é ser amada de forma inteira, em um amor que me faça sentir em casa.


Solitude


É um silêncio cheio de mim.
A solitude, que escolhi ou que me escolheu,
às vezes pesa mais do que liberta.
Não é ausência de gente — é ausência de encontro.
É uma quietude que não consola,
uma liberdade que não abraça.

É estranho como, mesmo cercada de paz,
sinto falta do barulho certo,
da presença que não invade, mas se encaixa.
Do olhar que atravessa sem pressa,
do toque que entende sem precisar explicar.

Minha solitude é um lugar onde me ouço alto,
mas, às vezes, só queria escutar outro coração batendo ao lado.
Porque até o que é escolhido pode doer —
e o que é bonito também cansa.

Às vezes, o peito é largo demais pra abrigar só um silêncio.
Às vezes, o eco do que falta grita mais alto que a própria dor.
A solidão da minha solitude…
não grita, mas ecoa.

⁠A Solidão da Minha Solitude

Há um vazio que me visita sem pedir,
mesmo quando tudo parece estar em paz.
É a ausência que mora no peito
quando escolho estar só,
mas não deixo de desejar companhia.

Minha solitude tem nome,
tem gosto de café frio e cama arrumada demais.
É minha, mas às vezes pesa.
Não grita, mas se impõe com um silêncio
que fala de mim mais do que mil palavras.

É escolha… mas também falta.
É liberdade… mas também espera.
Porque há dias em que o silêncio me acolhe,
e outros em que ele me abandona.

Queria às vezes dividir o pôr do sol,
contar as estrelas com alguém que ficasse.
Alguém que entendesse
que até quem gosta do próprio espaço
anseia, vez ou outra, por um colo.

E nessa dança entre o querer e o suportar,
vou existindo: inteira, mas com vazios.
Solta, mas sonhando com um laço.
Sozinha, mas querendo ser achada.

⁠O diálogo é, antes de tudo, um pedido sutil de cuidado. Mesmo quando parece banal ou corriqueiro, há entrelinhas pedindo presença, escuta, consideração. Quando o silêncio chega, ele já não é mais paz — é ausência. É o eco do que foi ignorado, negligenciado, esquecido. O silêncio, nesse contexto, não é escolha, é cansaço. É o ponto final de muitas vírgulas não lidas. Ele sinaliza desistência, mostra que o outro já não enxerga sentido em tentar se fazer entender.

E quando isso acontece, você começa a perder. Perde o vínculo, perde a confiança, perde a chance de fazer diferente. Porque quem cala já gritou demais por dentro. E aqui, neste ponto, deixo de cuidar. Não por falta de amor, mas por amor próprio. Deixo de cuidar de quem não soube cuidar da minha tentativa de permanecer.

Pascásio Custódio da Costa e a Empada de Aratu: Um Patrimônio Vivo


Reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial de Sergipe em 2021, a empada de aratu do povoado Terra Caída, em Indiaroba, transcende o sabor para tornar-se um símbolo de identidade e memória coletiva. Seu guardião é Pascásio Custódio da Costa, conhecido como "Mestre Pascásio", que há mais de meio século dedica sua vida a essa iguaria que hoje atrai turistas e fortalece a economia local.


O que muitos não veem, porém, é que essa tradição vai além da cozinha: envolve o trabalho silencioso das catadoras de aratu, mulheres que mantêm viva a técnica artesanal de coleta e preparo do crustáceo, transmitida entre gerações. É delas que nasce o catado minucioso, base não só da famosa empada, mas também de pratos como a moqueca defumada na palha de bananeira, outra joia da culinária local.


Essa rede de saberes — Pascásio, as catadoras e a comunidade de Terra Caída — compõe um ciclo cultural raro, onde gastronomia, memória e pertencimento se entrelaçam. Mais do que um prato, a empada de aratu é um eco do passado que insiste em permanecer no presente, como testemunho vivo da força e do orgulho de um povo.

A Cor do Vazio


Sabe aquela sensação de estar rodeado de gente, mas ainda assim sentir um buraco por dentro?
É como gritar embaixo d’água: ninguém escuta, ninguém vê.
Acordar já cansado, não por dormir pouco, mas por carregar um peso que não se solta nem nos sonhos.


Você se olha no espelho e não se reconhece.
O sorriso está lá,, ensaiado, automático, quase um disfarce sem graça.
Por dentro, porém, tudo está silencioso demais…
Ou barulhento demais.
E você já nem sabe qual dos dois é pior.


As coisas que antes faziam sentido perdem a cor.
O mundo continua girando, as pessoas continuam vivendo, mas você sente como se estivesse parado…
Assistindo à própria vida como quem olha pela janela de um trem que não pode pegar.


E quando alguém pergunta: “Está tudo bem?”, você responde que sim.
Automatico.
Não porque está, mas porque é mais fácil do que tentar explicar algo que ninguém realmente vai entender.
Porque o medo do julgamento pesa mais que a própria dor.
Gastamos tanta energia, ao tentar expressar
A depressão não é só tristeza.
É se sentir vazio e, ao mesmo tempo, sufocado.
Sem forças, sem energia e vitalidade.
É lutar todos os dias contra você mesmo e ainda sorrir para não preocupar ninguém.


E no meio desse silêncio, você aprende a sobreviver.
Mesmo quando viver parece algo distante demais.

O Eco das Memórias


A fotografia é mais do que uma imagem estática. É um fragmento do tempo que ousou permanecer. Guardar uma memória revelada, é eternizar instantes que, de outra forma, escorreriam pelos dedos. Cada fotografia é uma história contada sem palavras, aberta a múltiplas interpretações, capaz de despertar lembranças e sentimentos únicos em quem a observa.


Mas a verdadeira narrativa, aquela que pulsa por trás da imagem, só pode ser desvelada pelo olhar que a capturou. Porque é nesse olhar que vive o instante exato em que a luz, o silêncio e a emoção se encontraram para formar um eco no tempo, um eco que resiste, que fala, que permanece.


Fotografar é mais do que registrar: é transformar momentos em eternidade e silêncios em memórias que nunca se calam.

A PERMANÊNCIA DA ORIGINALIDADE E DA CULTURA LOCAL


A cultura de um povo é seu alicerce, sua identidade, aquilo que o torna único em meio a tantas influências externas. Manter essa originalidade não significa rejeitar referências de fora, mas preservar o que nos distingue, o que faz parte de nossa essência e de nossas tradições.


Em um mundo cada vez mais globalizado, é comum que elementos culturais se misturem e que novas influências cheguem até nós. No entanto, é fundamental compreender que valorizar o que é nosso não exige que nos moldemos ao que vem de outras cidades ou regiões para sermos reconhecidos. Pelo contrário, é no simples, bem feito, na constância e na organização que a verdadeira beleza das nossas raízes se fortalece.


A preservação cultural não é apenas uma questão de estética ou de manter costumes antigos por tradição. Ela é um ato de resistência e de identidade. Quando cuidamos das nossas práticas, festas populares, histórias e expressões artísticas, estamos assegurando que nossa essência continue viva e seja transmitida às próximas gerações.


Manter a originalidade é valorizar a memória coletiva, é reconhecer que cada canto do país tem suas próprias narrativas, símbolos e manifestações que merecem ser respeitados. A diversidade cultural brasileira é justamente o que a torna tão rica, e cada povo tem um papel essencial nesse mosaico.


Defender nossa cultura é investir em pertencimento, é criar laços entre passado, presente e futuro. É garantir que o que nos torna singulares não se perca em meio às influências passageiras. Ao respeitar e fortalecer nossas tradições, não apenas preservamos nossa identidade, mas também oferecemos ao mundo um exemplo genuíno de quem somos.


É essa permanência da originalidade que mantém viva a alma de um povo e dá sentido à sua história.

Dentro do Corpo


Há dias em que morar em mim é como habitar um corpo alheio.
O peito pulsa em golpes bruscos, como martelos sem compasso,
e cada batida ecoa por dentro como se o coração buscasse um rumo que perdeu.


O ar pesa.
Não é que falte oxigênio — é que cada tentativa de inspirar
parece empurrar contra um muro invisível.
O pulmão enche, mas a dor o esvazia antes do suspiro terminar.


Os músculos se tornam fios trêmulos,
sustentando um corpo que ameaça despencar a cada passo.
O cansaço não é sono; é um colapso silencioso
que pede desligar tudo, como quem reinicia uma máquina cansada demais para funcionar.


Por dentro, tudo treme.
Não é frio, não é medo — é um estremecimento que começa no centro e se espalha,
como se o corpo tentasse se desligar para proteger o que resta.


E, no entanto, permaneço.
Não por escolha heróica,
mas porque, mesmo perdido, o coração insiste em bater.
E eu sigo, acompanhando-o,
como quem atravessa a noite sem saber se haverá amanhecer.

Entre Silêncios e Vestígios

Há um peso que carrego, invisível aos olhos alheios, mas constante em cada batida do meu peito. Vivo entre olhares que não compreendem, sorrisos que escondem cansaço e palavras que jamais alcançam a profundidade do que sinto. A cada dia, tento organizar a mente, colocar sentimentos em ordem, enquanto o mundo espera uma versão minha que já não existe.

Não busco atenção, nem aplausos. Apenas a compreensão de que existir, para mim, é um esforço silencioso e contínuo. Já gritei em silêncio, já falei com o olhar, já tentei expressar-me pelo gesto, pela imagem, pelo texto, e mesmo assim muitos passam sem perceber. Alguns dizem que não sabiam, outros desviam o olhar, e o que resta é o eco de uma presença que luta para ser sentida.

Às vezes, desejo apenas descansar, me desligar do peso que se acumula sem solução, anestesiar a dor sem deixar de existir. Não se trata de desistir da vida, mas de sobreviver à intensidade de sentir tudo em excesso. É um cansaço que ninguém vê, uma batalha invisível que consome e exige resistência.

Sei que posso tocar alguém, mesmo que seja só um coração. Um gesto silencioso, uma mão estendida, um olhar que acolhe sem julgar. Isso é o que salva, mais do que palavras tardias, mais do que multidões de reconhecimento depois da ausência.

Minha existência deixa rastros em palavras, em imagens, em pequenos pedaços de mim espalhados pelo mundo. Cada fragmento é um vestígio de luta, de presença, de tentativa de conexão. E mesmo que jamais eu veja o impacto total, acredito que há propósito nesse caminhar, na honestidade de sentir e de me expressar, na coragem de permanecer sendo humana, apesar de tudo.

Porque, no fim, o que realmente importa não é ser compreendida por todos, mas ser fiel a mim mesma, ao meu sentir, e deixar que quem estiver pronto para enxergar, veja.

Anjos e Demônios


Dentro de nós existe um campo de batalha silencioso.
Os anjos, que sussurram fé, esperança e coragem, disputam espaço com os demônios, que se vestem de medo, dúvida e crenças que nos aprisionam.


É uma guerra que poucos têm coragem de enxergar, porque olhar para dentro é desvelar verdades que nem sempre queremos admitir. Mais fácil, às vezes, é fingir que não há conflito, como se o silêncio fosse ausência de luta. Mas o silêncio também grita.


Os anjos nos levantam quando tudo parece desabar, enquanto os demônios tentam nos convencer de que não vale a pena recomeçar.
E assim seguimos, entre quedas e ressurgimentos, descobrindo que talvez não exista vitória definitiva, mas sim um equilíbrio: reconhecer que ambos existem em nós e, ainda assim, escolher, todos os dias, o lado da esperança.


Porque não é a ausência dos demônios que nos torna fortes, mas a capacidade de ouvir os anjos apesar deles.

⁠Entre Marcas e Promessas

A história um dia será contada, pois ela já está escrita no livro da vida. Aqui, chega o fim dessa página, que compõe um longo e extraordinário capítulo da minha jornada.

Sobre este momento, ainda me faltam palavras para expressar tudo o que vivi. Sei que não é hora de me pronunciar, porque entendo que tudo tem um propósito. Deus tem grandes planos para o meu falar, num futuro não muito distante.

Aqui está o retrato de alguém em desconstrução, implodindo por dentro, literalmente, e vivendo a exaltação da glória de Deus, diante dos olhos de todos, como promessa.

Chegar a uma nova versão de si mesma não é fácil. É um processo lento, doloroso e transformador, que deixará marcas irreparáveis. Mas essas marcas forjarão um novo caráter, preparando-me para o próximo capítulo da vida — uma nova história.

Mas tudo que acontece na vida
Tem um momento e um destino
Viver é uma arte, é um ofício
Só que precisa cuidado.