Poemas Amor que Rima
Ecce homo
A vida sem causa
a poesia sem musíca
o assombro do caos
discussão platônica
Eis o poeta perdido
entre palavras
entre luz e escuridão
entre passado e futuro.
A musa que se perdeu
no tempo, no descuido
do afeto e da língua
no fim de tarde chuvosa.
Ecce homo, no vendaval
de retóricas, entre o mito
e o misticismo da beleza
morta, esquecida no espelho.
Evan do Carmo
de onde viemos?
para onde vamos?
quem foi o primeiro?
quem será o último?
quando tudo surgiu?
como tudo surgiu?
uma explosão estelar
ou
um sopro da vida?
quando a maldade será esquecida?
quando a verdade será inesquecível?
quando a humanidade será organizada?
o que faremos no futuro para continuar-mos vivos?
oque nos matara
um assalto a mão armada
um planeta perdido na galáxia
ou
nossa própria ambição?
quem irá nos salvar
o criador
ou o governo?
viva para fazer o futuro
viva para tentar mudar o passado
nem tudo vem certo
tem coisas que vem errado.
( A noite quer se por
Como o sol quer nascer outra vez)
"Quando vieres me ver
Traga teu bom humor
Quero sorrir com você
Esquecer de que as vezes a vida é labor...
Traga o Cd dos Beatles
E também do Bon jovi
Vem dançar comigo na Lua
Me mostra teu sorriso de criança..."
A vida é tão boa e legal!
Viver é genial.
Na vida tem o céu, o mar, tem gente!
É legal viver na vida eu fico tão contente!
Transito por está noite
Com a solidão e minha sombra que me assombra
Sigo adiante preso a mim mesmo
Com resto de liberdade que sobrou
Procurando encontrar uma saída
Que me deixe enxergar o mundo de outra forma
Sem precisar de ninguém para sorrir
Buscando minha felicidade interna
Dias normais
Noites escuras
Dias passam,
mas nos ficamos...
você... mais linda
eu, mais louco
você tão distante quanto as estrelas
e eu, bom...
apenas vivendo
Sou Lucy...
Ser poeta é um dom divino
Que de Deus eu recebi,
Quero mostrar ao mundo todo
Tudo aquilo que escrevi
Todo o meu o pensamento,
Pus em versos, pus em prosas.
Das lágrimas fiz água doce
Dos cravos eu fiz as rosas
Do sofrimento fiz a lembrança
Da lembrança eu fiz a saudade
E dos risos que sorri
Eu fiz a felicidade...tudo aquilo que desejo,
Ponho gravado em papéis
E todo amor que me despreza
Um dia estará aos meus pés
Sou poeta n me engano
Esse dom está em mim
E mesmo sendo fraca nas rimas escreverei até o fim...
Não sou Drummond, mas sou Lucy!
E com as letras também sei brincar
E quando chegar a minha horaMeus versos irei recitar!
estou
apavorada
até a raiz
dos cabelos
porque podem existir
partes de mim
que nunca
mais
se
p r e e n c h a m.
-às vezes penso que seria melhor se alguém derrubasse a árvore inteira & começasse de novo.”
BELO RIO
Tempos antigos
Tudo era limpo
Na areia fininha
Eu fazia garimpo
Procurava pedrinhas
As mais brilhantes
Amarrava em cordinhas
Como diamantes
Fim de semana
Tudo era festa
Em plena floresta
Na beira do rio
Não tinha calor
Não tinha frio
Pulava e cantava
O tempo esquentava
Belas lembranças
Tempos de sonhos,
Fase de criança...
Oh, Belo Rio,
Não perco a esperança
No coração
Tenho a confiança
Que os peixes em ti
Voltarão a nadar
Nas suas margens
Voltarão a pescar
E tu correrás
Pleno e saudoso
Em direção ao mar.
Unidade cósmica
"Quando a mente da musa aceita
as sugestões do poeta,
as almas se juntam no só objetivo,
criando novos céus e estrelas.
É quando ambos se tornam poesia.
Então, há neste instante
uma explosão cósmica
no caos abismal
e assim nasce outro universo,
amores e poemas impossíveis..."
A poesia existe,
o que falta nos poetas
é reconhecer suas musas.
IMPRESSÕES DE JULHO
.
Frio! Tudo constantemente frio
É assim que o dia me parece
Não há mais chuvas, nem estio,
Tudo que sei - tudo que esquece.
.
Festas de julho, sem folguedos
Sem o amarelo dos balões
Sem transeuntes, sem brinquedos
no canto ausente dos salões.
.
É tudo assim, me diz se não,
A noite alta se assemelha
Às serenatas sem paixão
De um coração que se ajoelha.
CONFESSO
Não quis sonhar
Por medo de acordar
E descobrir que não era real.
Também não quis imaginar
E correr o risco de me decepcionar
Por não ser igual.
Queria só o que fosse real.
Então, preferi tentar
Sabendo que poderia sofrer,
De coração aberto
Mesmo que pudesse doer.
Preferi viver...
Cansada de esperar
Algo que nunca viria,
Resolvi fazer acontecer.
Preferi chorar e sorrir...
Molhar os pés, sujar as mãos,
Colecionar pedras, trocar de canção,
Sentir o vento, deixar acelerar o coração.
E confesso...
Tentei, cantei, chorei, sorri
Não foi tudo sempre perfeito
Mas enfim, confesso que vivi.
Publicado no 4 Anuário da Poesia Brasileira - Câmara Brasileira de Jovens Escritores
DESPEDIDA
Era despedida
Queria ter feito mais
Abraçado mais
Mais forte...
De um jeito que fosse junto
Uma parte de mim.
Queria ter beijado mais
Mais vezes...
Absorvendo cada segundo
Como se não tivesse fim.
Queria poder lembrar mais
Assim, tentei gravar tudo
Marcando na memória
Cada cor,
Cada cheiro,
Cada som,
Cada pedaço daquela hora
Que me fizesse voltar no tempo
Só meio da história
Sempre que a saudade apertar
Me transportando de volta
Aquele momento
Sem começo nem fim,
Só àquele momento
No meio do tempo
Pra história nunca acabar.
Publicado em Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol 158
SONETO
A PONTE DA SAUDADE
Havia uma ponte sobre um rio,
Um rio que cortava uma cidade
A carne que gemia, um calafrio
Na ânsia de sentir uma saudade.
A ponte de tão frágil, caiu na` água
Só mágoa, num suspiro se afogou
Agora se travessa o rio a nado
Corrente dos desejos se quebrou.
As almas traspassadas em dores cruciantes
o rio e a cidade afastados hoje choram
a sorte esquecida, da ponte e dos amantes.
Mas a ponte da esperança não tem chão
na mente dos amantes que se encontram
distante da cidade do desejo e da ilusão.
Soneto do amigo
Um velho que me diz verdades duras
em horas que não desejo ouvir
como um pai ou uma mãe a me pedir
cautela, para olhar além das amarguras
Às vezes tão distante e tão presente
contar com uma amigo é ter certeza
da voz que exala brandura e madureza
a infundir coragem, a nos tornar contente.
Alguém fiel, mas imperfeito como nós
humano e errante, mas leal e constante
um amigo antigo desata os nossos nós
Feliz é quem encontrou um grande amor
se a sorte não nos valeu neste sentido
pelo menos nos conceda um amigo de valor
Evan do Carmo 02/04/2018
Para todos os meus amigos, declarados e anônimos
"Se a beleza te escraviza,
foste eleito pela musa,
para ser deus e poeta...
Se a inteligência criativa
te escraviza, és um deus ou um artista,
que a vida dos pobres mortais suaviza...."
Lua cheia
Amarelada
Luar cor de mel.
Lua cheia
Rua Molhada
Ilumine os sonhos meus.
Brilha lua
Doce lua
Transborde em pontes de mel.
Derrame na rua
Gotas de lua
Doce luar do céu.
Hoje só gostaria de ter uma chance, sim uma única chance de estar com você, de poder levá-la a um lugar incrível e poder ter a chance de fazê-la sorrir.
Passamos tantos momentos juntos, tão perto um do outro e não nos damos a chance de tentar, de nos conhecermos. Sabe! Pensei em você todos aqueles dias, planejei por várias vezes em como chegaria em ti, pensei em como falar com você, estava decidido e foi assim por vários dias, até o dia em que você partiu. Então percebi que não havia mais chance, ah! Como eu me arrenpendi, chorei, gritei comigo mesmo, é mais não havia mais o que fazer.
Hoje percebo o quanto o medo de tentar, nos rouba a coragem de ser feliz.
Afinal o que vem antes ou depois:
Vale a pena se repete
E dado o valor preciso
Não o que e necessário,
O que passou e passado
Mais o que será,do que foi
Importante naquela época
Pra gente aprender e chegar
Até aqui.
O verdadeiro sábio não pensa
Somente na Vitória,E sim também
O que ela irá causar.Assim como
Elaborar planos não preciso ser
Um grande gênio,E sim executalos
Com calma da maneira certa.
Cede ao porte,te levará mais cedo
Pra casa,seja esperto mantenha calma,
E a mente intaquita,Não deixe que nada
Que venha de fora consiga penetrala.
Chuva de balas,mortes
Sangue escorre na pista venenosa.
Me pergunto ainda se ainda
Haverá paz um dia,
Em cada palmo da terra.
Instantaneamente esperamos
O gramado verde,que as praias
Venham com ondas leves...
Amor, Paz e União.
Meu pai
Cresci admirando um homem
Que saía de manhã e voltava à noite
Ao sair, beijava minha mãe e eu
Ao regressar, beijava a mim e a aminha mãe.
Cresci observando um homem
Que tinha mais virtudes que defeitos
Um trabalhador incansável
Um modelo quase perfeito
Aprendi com este homem
Uma lição que jamais esqueci.
Este homem ainda está comigo,
Habita dentro de mim.
Cresci.... Agora sou eu quem sai
De manhã e volta à noite
Ao sair, beijo minha mulher
Ao regressar, à noite, beijo meu filho.
Me acostumei com a imagem de um homem
Entrando e saindo da minha casa
Mas que nunca saiu da minha vida.
Evan do Carmo, do livro, o Cadafalso, 2009
