Poemas Amor que Rima
Seguindo o curso
do Rio Itajaí-Mirim
o Biguá canta como
se recitasse uma poesia
de amor para mim,
Na beirinha pude ver
um Jasmim Brasileiro
florescido e esbanjando
beleza com o seu colorido.
Şçolkino
Do alto do rochedo
em Şçolkino
de olhos fixos
no amor divino
e deixando a poesia
escrever o destino.
Lótus Azul
Na lagoa do seu peito
sou eu a tal Lótus Azul
do teu amor florescendo
no ritmo do Hemisfério,
o tal pacto com o mistério
e o caminho sem regresso.
24/03
Se não for fazer
na vida as coisas
com amor e paixão,
jamais faça porque
o tempo passa,
porque o quê se
tem a fazer é viver melhor
a cada dia que passa.
Chote de Sete Voltas
Com a confiança que tenho
no teu amor me entrego
nas suas mãos para dançar
o Chote de Sete Voltas
amoroso neste salão campeiro,
Não é preciso dizer que
os nossos corações agora
é um único coração gauchesco,
Os nossos rostos demonstram
bem que harmonizado está o desejo.
A minha imagem
com a Cuia Coquinho
na mão jamais sairá
do seu coração,
Sou feita de amor
e completa paixão.
Relacionamento aberto
não tem nada a ver com
ser relacionamento concreto,
Se não houver amor não vale
a pena insistir em permanecer.
Se o amor não for o universo
suficiente para nos caber,
não vale a pena nem mesmo
começar e tampouco ser.
Ibirapitangas em florescimento,
o amor a cada dia crescendo
e todos os dias ando
embalando você aqui dentro,
Meu amor, sublime amor,
tu és meu a todo o momento
e habitante ilustre do meu peito.
Ibirapirangas balançam
na Mata Atlântica,
De receber a dádiva
do seu amor ainda tenho
a indomável esperança
de ser para você desejo
e constante festança.
Piúna-roxa em Goiás
que derrama pétalas
com amor demais
e beleza empresta
para esta amada terra,
Continuo sendo poeta
de Versos Intimistas
para capturar coracoes
e espalhar poesias...
"Maldita família. Maldita hora que eu acreditei que amor podia ser casa."
Maldita hora em que eu achei que família era abrigo.
Que amor era mais forte que o sangue frio.
Que talvez, só talvez, alguém fosse me olhar e me ver.
Mas tudo que vi foi silêncio.
Tudo que senti foi peso.
Tudo que me deram foi um nome que não era meu e um destino que já vinha marcado de dor.
Eu era uma criança sem lar,
e me deram um teto com paredes que sufocavam. Me chamaram de filha, senhora, erro, confusão. Me olharam como problema, me moldaram como boneco.
E eu gritei — por dentro.
Eu chorei — sem som.
Eu vivi — escondido.
Porque se eu mostrasse quem eu era, eles iam me quebrar mais ainda.
Deus?
Se tá ouvindo, sabe:
eu não pedi isso.
Eu só queria um canto no mundo que não doesse tanto.
Mas o mundo me deu aço.
Então eu virei lâmina.
Maldita seja essa ideia de lar.
Porque quando eu fui atrás de amor,
me deram prisão.
E agora…
sou eu que construo meu próprio nome.
Meu próprio chão.
Meu próprio inferno — e minha própria saída.
ADORAÇÃO DOENTIA
Como eu te adoro amor sagrado,
Se tu soubesses tanto tanto
Que por vezes eu garanto
O quanto no pranto,
O tenho abafado.
Como náufrago que vai a nado
Com um poema erguido
Na mão cansada, fremido,
Como se carregasse um fado
No fardo às costas sentido.
No destino de dor suprema
Num cântico de heresia
Pão, sopa e vinho, poema
Como eu te amo, minha pena,
Minha louca poesia!
(Carlos De Castro, in Poesia Num País Sem Censura, em 27-08-2022)
I N V E N Ç Ã O
Fui eu que inventei o amor,
Mesmo sem saber se era dor
Aquele ardor que se sente
Logo que se pronuncia
A palavra amor.
Senti-lo, é bem pior
Do que praticá-lo?
Eu sei lá!
Só sei que o amor
É uma coisa
Que quase deixaram
De pronunciar
Com medo do bicho amor.
Afinal, não fui eu
Que inventei o amor
E jamais
O inventarei.
(Carlos De Castro, in Poesia Num País Sem Censura, em 01-09-2022)
DIZ-ME NUM VÓMITO
Diz-me, porque estás triste ?
Amor rebelde, sem meu coração
Do sangue que pedias
Com a tua espada em riste,
Nessa mão,
Tremulando
Velhinha de emoção
Como a minha ficando
Apalpando o que não existe.
Diz-me, porque estás triste ?
Assombramento meu,
Sempre ao cimo da minha cama
De penas,
Tão apenas
Nas noites claras de breu,
Quando eu tinha medo de mim
Ao subir as escadas da cama musical
De bacanais infernal,
Que dizem ser ruim,
Até a do Orfeu.
Maldito seja eu
E quem me desafia
Em euforia,
Nesta noite tão só, tão fria,
Em que vou, sem vir
Mais que tempo de ir
Sem pena
Nem pensar
De voltar.
Diz-me, porque estás triste?...
(Carlos De Castro, " in Portugal Sem Censura, No Brasil, Sim", Em 06-09-2022)
CRUEL DESTINO
Pedem-me amor
E eu não sei o que isso é;
Porque nunca o tive ao pé
De mim.
Assim,
Não sei se ele é dor
Ou prazer do início ao fim.
Pedem-me poemas
E eu não sei o que isso é;
Porque, malditas as minhas penas:
Poemas, será gente de fé?
Não quero nada,
Porque nada sei dar
Desde menino,
A não ser meu cruel destino
De querer amar
No já,
A quem nada me dá.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 08-11-2022)
AMOR FUGIDIO
Luz que vieste do oculto
Luz que cega sem brilhar,
Que convida a mar de amar
Maré negra de outro vulto.
Por que andaste no ofusco
Do meu sol de companhia,
Quando eu somente te pedia,
Essa coisa do amor que busco.
Fugiste. Eu vi, eu sei,
Porque por ela me dei,
Na noite longa que dormia.
Um sono de olhos abertos,
Como que a fixar a luz,
A tua, dos olhos incertos.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 06-01-2023)
FOTOGRAFIAS
Ó linda musa das minhas fotografias,
Por onde andas agora, amor silvestre?
Bati em ti tantos flashs de alegrias,
Mesmo quando na objetiva me bateste.
Lembras-te quando do ângulo me fugias,
A correr atrás da cansada borboleta?
Nem notavas que eu depois por outras vias,
Batia a câmara a captar melhor careta.
E neste vai e vem de fotos de gaveta,
Só me lembrei de ti, infeliz, ao ver-te
A chorar, em nova, com cara de pateta.
Se do mundo ainda fores um ser vivente,
E te restar alguma faúlha de vergonha,
Lembra-te de mim, sempre, mulher peçonha.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 09-01-2023)
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp