Poema sem Amor Madre Teresa

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mingau

e por falar em milho
rala-se no ralo grosso
panela e açúcar no fundilho
cravo e canela um colosso
pra gosto e temperar
e não ficar ensosso...
meche, meche sem parar
no fogo, um alvoroço
olha o leite pra engrossar
quero ver se alguém resiste
este doce paladar
de igual não existe
da roça pra qualquer lugar
mingau de milho verde, hummm!
os beiços a lambuzar
de um sabor incomum
pode acreditar!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
27/09/2019, sexta feira
Araguari, Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO ALEGRE

Permita-me um momento de ilusão
Onde alegre, na alegria possa crer
E cá no soneto felicidade então ter
Sem sofrê, alegrando a imaginação

Só alegre não basta a alegria querer
Tem que haver um além da emoção
Olhos lacrimejados duma satisfação
Da alegria em tal melodia à florescer

Então, alegremente cá nesta canção
Cantar as alegrias e, louvar o prazer
Ressonando alacridades no coração

E neste horizonte de alegria no ser
Deixar a sofrência só como bordão
Onde na alegria, alegre és o viver!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

flerte

olhava o céu
nuvem inerte
alvas como papel
cá do cerrado

calado, meu coração
dispensava qualquer termo
numa espera sem ação
um olhar perdido, ermo
pensando só em você

e neste glacê de emoção
o meu sentimento voa
até ti, buscando razão
desta distância atoa
que ao amor maltrata

é dor chata, que dá solidão
aquelas que não cabem
no peito, de tanta aflição
e só os que sentem sabem
como é contramão sentir...

então, venha logo! Não fique por vir!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, 14 de outubro
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

OFERENDA

É preciso ser gratuito,
dar-se de graça
e agradecer por nada receber em troca:
santificar a poesia.

Inserida por pensador

Poço poético

No pocinho da inspiração
Ali se pesca e fisga poesia
As traz pro perau do coração
As põe nas águas da ortografia
Cada fisgo da rima, um tesouro
Puxado das profundezas à revelia
Onde vem compor o poema calouro
Para querer ser ao autor estrela guia

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Março de 2016, 4'34" - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Amanhece o cerrado goiano

Ah! Aurora no cerrado em sonata
Põe-se a sonorizar o amanhecer
Em doce tilintar em ouro e prata
Num delíquio de ventura e prazer

Bendito és este despertar de cores
Vai-se os devaneios nesta explosão
Mil "bravos “ressoam nos arredores
Em trínula volata pela pasma visão

Amanhece o cerrado goiano. Esplêndida canção!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Março de 2016, 05'42" - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

vida

como toda história tem parágrafos
e todo capítulo tem conteúdo e narrativas
as vírgulas, reticências e ponto final não sejam apógrafos
e sim, teor para afável leitura, essência de vida e tentativas!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Março de 2016 - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Minha vida

O breve é quem dita a minha vida
A vida da minha vida tem vida peculiar
Elege chegada, permanência e partida
Pulsa na minha vida sem se importar
Vive a sorte, independente, sua linha
Sem que eu quisesse ou não quisesse, vive
A minha vida, sem vida, eu não teria vida minha
Não teria arte, dor, suspiros, cor, amor inclusive

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Abril de 2016 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Eu

Este mundo imenso, imenso mundo
De pessoas que nem sempre se acham
Grandiosas, este mundo de pessoas
Que acreditam em valores e perdem valores.
Mundo de vapores
E construções, pessoas em estilhaços
Amordaçado – coração.
Mundo imenso, imenso mundo de seres viventes,
Mundo movente, comove por dentro
Pega fogo e se consome – exausto.
Tudo vai perdendo o sentido,
Como esse mundo vasto e imenso,
Querendo ser explorado, explorado
Mundo incompreensível.
E assim vai seguindo o mundo,
Este mundo imenso, de máquinas
Movidas a vapor, combustível
Ou sangue – mundo imenso,
De pessoas que fingem amar,
De pessoas que se acham donas da outra,
Que firmam a posse, e se acham
Únicas, e perde a que se mostrar
Inferior.
Este mundo imenso, imenso mundo.

A morte é uma viagem

Saudades eternas sentimos
de todos os nossos entes queridos
que partiram antes de nós,
mas o que é a morte,
senão uma viagem...

Nesta viagem talvez tenha volta,
talvez a reencarnação exista mesmo;
talvez sejamos unicamente espíritos
e este invólucro de alma
precise de outro corpo...
e de outro...
quantas vezes for necessário...
para que mesmo?

Ah...para aprender a viver,
ser unicamente bom.
Ser perfeito;
Ser sábio;
Ser virtuoso...
Saber respeitar uns aos outros;
Saber amar todas as coisas;
Saber ser feliz;
Saber sorrir;
Saber compreender
e talvez ainda falte mais virtudes...

Bem ... então vida de morte necessária,
porque cada um de nós
temos muito que aprender!

Inserida por marialu_t_snishimura

Outono no cerrado

Cerrado. Ao horizonte escancarado. Escancaro o olhar
Sob o céu acinzentado, admirado chão de cascalho calçado
O vento rodopiando, a poeira empoeirando a anuviar
O minguado frio sequioso outono dos planos do cerrado

As folhas bailam, rodam, caiem em seu leito ressequido
A chuva se esconde, onde o céu não pode chegar
Os sulcados arranham e ondulam o ar emurchecido
Do desconforto calado entre os cipós e galhos a uivar

Olho o céu purpúreo desenhar o frio chegando ao porto
Os arbustos rodeados de cascalhos num único flanco
Rangendo o outono no amarelado e árido cerrado torto
Num verdadeiro espetáculo de pluralidade saltimbanco

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28/04/2016, 14'25" – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Hoje é o dia mais importante de sua vida

Hoje é o dia mais importante da sua vida
porque talvez não exista o amanhã.
Então viva hoje, ame..insista!
Insista ser feliz hoje.

Garanta o seu momento todo agora
porque o amanhã...
pode não vir a ser outrora.

Contemple o hoje como se fosse o último,
amanhã talvez não exista oportunidade,
nem haja tempo para fazer nada mais.

Hoje é o dia de se viver contente!
Hoje é o dia de sorrir!
Hoje é o dia de abraçar quem você ama!
Hoje é o dia de dizer: - Eu te amo!
porque amanhã pode não existir.

Amanhã pode ser tarde demais para recomeçar,
recomece hoje!
Hoje é o dia mais importante...
Hoje é o agora, neste momento, neste instante,
é a sua vida como um presente!

Viva hoje!
Agradeça hoje!
Abrace hoje!
Ame hoje!
Diga eu te amo hoje!

Perdoe hoje.
Reconcilie - te contigo hoje.
Reconcilie- te com todos hoje.
Reconcilie- te com tudo hoje!
Hoje é o dia mais importante de sua vida!

De uma gargalhada gostosa,
se divirta fazendo o que gosta:
- Vá passear;
- Vá ao cinema;
- Vá à um bom restaurante;
- Vá ao shopping;
- Vá à praia;
- Vá correr pelos campos...
- Vá fazer o que quiser, conquanto que viva!
Aproveite no máximo o seu dia,
porque o amanhã, pode não existir.

Então é hora de dormir hoje
e se por sorte amanhã você acordar...
já é o hoje, então aproveitem o hoje,
porque o amanhã pode não existir!

Inserida por marialu_t_snishimura

Os estudantes

Estudantes mendigando carona ao motorista de ônibus,
Que fechou a porta na sua cara, e na face do futuro da nação,
Este sequer recebe direito o salário de quem o subordina,
Diz muitos que dar carona a estudantes não é obrigação…
Nas mãos de alguns estudantes, caderno, livros,
Em seus bolsos (parecia vazio)
Quem sabe faltava lápis, caneta, borracha…
Eles tinham uma grande arma, o estudo
Os livros, a ideia, e quem sabe lá na frente
Façam a revolução.

Para conquistar uma mulher

Para conquistar uma mulher
Tem que ter lábia,
Mas, será que é verdade?
Será que um olho no olho
Não seria capaz de roubar
Um coração?
E o amor a primeira vista?
Será que o amor a primeira vista
Existe? Dizem que para
Conquistar uma mulher
Tem que ter atitude,
Mas, o que é mesmo ter atitude?
E se tudo acontecer sem
Que ao menos perceba?
Nem tudo é como um romance
Ou quem sabe uma novela...
Isso é meio que gozado,
Para conquistar uma mulher,
Tem de fazer-se galã,
E querer todas,
E quem sabe até mesmo
Quebrar a cara, até
Encontrar uma que seja
Quem sabe a razão do viver,
Ou apenas um estar junto,
Quem sabe muito mais
Que isso.
Para conquistar uma mulher
Não precisa ser romântico,
Os românticos sofrem a solidão.
Para conquistar uma mulher
Não precisa ter diploma,
Para o amor não tem diploma,
Principalmente quando
Estar-se preso
Um ao outro.

Valter Bitencourt Júnior
Passagem: Poesias, 2017.

CERRADO (soneto 2)

O cerrado é como um soneto
arbustivo, tortuoso, melódico
chora a sua aridez, é talódico
diversos como verso irrequieto

Fala do diferente, do exótico
contrastante e muito concreto
vai além de apenas indiscreto
exuberante e também retórico

É prosa narrada é céu sem teto
o cerrado é um insano imódico
e a sua melancolia vira adjeto

É tão sequioso no teu periódico
ádvenas flores, frutos, de ti objeto
d'amor que te quero, és rapsódico

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 de julho, 2016 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Confesso que estou triste;
Ficar triste me deixa com raiva;
Ficar com raiva me dá ódio;
Sentir ódio me faz mal;
O que me faz mal me deixa triste...

Inserida por LuhBorges

não perca a cabeça
tentando desesperadamente
achar um jeito de se salvar
quando você para de debater
é que começa a flutuar

Inserida por vemcajoao

QUADRAGÉSIMO QUINTO HEXÁSTICO

Toda imanência recrudesce
ao sentir a vida em potência
caos sagrado e profano nasce
no Sujeito-poema acontece
faz-se desejo de existência
no eterno retorno da mente

Inserida por joao_batista_do_lago

O tempo é para sempre,
nós é que não somos,
por isso,
aproveitemos bem
cada segundo
que nos for dado
para permanecermos
neste belo,
e insano mundo

Inserida por neusamarilda

Vácuo
No vácuo, na falta de som
De luz, de poesia,
No caos da antimatéria
No infinito querer, jaz a ilusão:
Um pensamento morto
Uma discussão, a retórica
A dialética socrático-aristotélica
A coisa em si Kantesca (Kant)
Metafísica antipoética de Pessoa
A natureza viva de Cabral de Melo
O discurso sistemático cartesiano
O enfado amoroso kierkegaardiano
A impossibilidade da “república”
A ineficácia da “política”
O fracasso didático de Foucault
O erro freudiano, o sonho de Jung
O desejo superado de Lacan.
No vácuo, onde outrora estava o saber
Nada habita, sumiu a consciência
Só a falta de ar como indulgência
O temor de perceber que tudo,
Tudo é vácuo, percepção niilista
Representação, angústia Sartreana
Depressão, abismo, Schopenhauer.
O anarquismo, desgoverno, Proudhon
Sem coerção mental, pensamento avulso.
Foge-me a organização de Marx
“As massas” não se unem
Não há revolução… Nem salvação.
Morte à metafísica, lógica sem ação.

Inserida por EvandoCarmo

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