Poema sem Amor Madre Teresa
corações futuristas
pular a bandeira
pular a bandeira bordada
pular a bandeira bordada de seda e estrelas
rodar no balanço
rodar no balanço do mundo
rodar no balanço do mundo de sombras e
cachaça
dançar a ciranda
dançar a ciranda do sono
dançar a ciranda do sono perdido na noite
guardar o segredo
guardar o segredo da lua
guardar o segredo da lua afogada no poço
quase soneto cheio de si
ó minha amada, canto em teu louvor
como se fora nato noutras terras
mais adestradas nos bailes do amor,
em Franças, Alemanhas, Inglaterras;
canto-te assim com tal engenho e arte
que até Camões invejaria o fogo
com que me ardo, outrora degredado
entre mil musas lusas e andaluzas,
e agora regressado aos seus brasis,
ó minha ave, minha aventura
e sobretudo minha pátria amada
pra sempre idolatrada, salve, salve:
o resto é mar, silêncio ou literatura
Olhos de ressaca
minha deusa negra quando anoitece
desce as escadas do apartamento
e procura a estátua no centro da praça
onde faz o ponto provisoriamente
eu fico na cama pensando na vida
e quando me canso abro a janela
enxergando o porto e suas luzes foscas
o meu coração se queixa amargamente
penso na morena do andar de baixo
e no meu destino cego, sufocado
nesse edifício sórdido & sombrio
sempre mal e mal vivendo de favores
e a minha deusa corre os esgotos
essa rede obscura sob as cidades
desde que a noite é noite e o mundo é mundo
senhora das águas dos encanamentos
eu escuto o samba mais dolente & negro
e a luz difusa que vem do inferninho
no primeiro andar do prédio condenado
brilha nos meus tristes olhos de ressaca
e a minha deusa, a pantera do catre
consagrada à fome e à fertilidade
bebe o suor de um marinheiro turco
e às vezes os olhos onde a lua
eu recordo os laços na beira da cama
percorrendo o álbum de fotografias
e não me contendo enquanto me visto
chego à janela e grito pra estátua
se não fosse o espelho que me denuncia
e a obrigação de guerras e batalhas
eu me arvoraria a herói como você, meu caro
pra fazer barulho e preservar os cabarés.
Tal Qual Lima Limão
Nesta lida de faz de conta
todo o santo dia escrevo um texto.
E assim ofereço aquém
decerto eu amo.
É a árvore brotando e eu vou
degustando de cada fruto antes que ele
caia ao chão evitando que machuque
ante minha opinião.
O fruto por sua vez doce,
também pode ser agridoce,
ou mesmo azedo tal qual lima limão.
Mas a gente com muito gosto
cultiva o fruto evitando que este caia
e se esparrame pelo chão.
De expectativa, a desilusão,
Ruindo na escuridão,
Insanidade, sem razão,
Espaço e tempo sem compreensão,
Legitimo bobalhão,
Legal pois sem noção,
Yin-Yang, sem coração.
Ironia
mas veja só que ironia
a menina que mais sorria
era aquela que mais o coração partia
olho e vejo que ela sorria
mas por dentro seu coração
perdido da ventania aguardava uma companhia
para compartilhar a dor que sentia
mas veja só que ironia ...
...Ouça-me e me julgue como quiser pois continuarei a alimentar a fera, posso acalmá-la até que durma e não acorde tão cedo, mas não posso destruí-la completamente neste mundo...
... Mesmo ferido e cansado ele prossegue com sua imponência e coragem sem ofertar bondades ao lamento de miseráveis injustos e maliciosos.
Vá com calma ao chamá-lo, ele pode atender seu pedido e vim até você, mas se atente, pois ele pode vir a feri-lo de alguma forma caso não o trate com o devido cuidado pois de alguma maneira ele é diferente de você...
Ass.: Ben Heilig SS
Local: Em alguma localização fora do seu padrão que incertamente julga-se anormal ;)
30.08.2016
Tento escrever
Tudo aquilo que aconteceu.
Um beco sem saída
Uma bala perdida
Uma mãe que chora
Sentindo falta da sua filha
Mais uma vida que entra para estatística,
E essa é a pura verdade
Mas infelizmente somos vitimas presos em liberdade.
Em que ponto chegamos !
A vida é um sopro
A vida não é nada
Do que adianta tanta violência
Se o fim é de baixo da terra
Devorado por barata
E o que sobra são restos mortais.
RESQUÌCIOS
Resquícios do fim de tarde
tornaram as palavras invisíveis.
Secaram os olhos e os sonhos.
FLOR DE LUZ
Das cinzas nasce a flor do encantamento.
Beira do asfalto.
Cantinho iluminado.
Movem-se as areia do tempo.
Frágeis galhos abraçam o céu.
Vislumbram azuis em olhar infinito.
Pétalas brancas rescendem a sol.
Melodias dos lábios bailam ao vento.
Resplandecem doces devaneios.
Deixa-se colher por mãos repletas de nuvens.
E sonha.
Apesar de tentar disfarçar
A todo instante estou a te admirar
Seu sorriso, seu olhar
seu modo de me encantar
Queria muito poder te tocar,
Olhar em seus olhos e poder te beijar
Mas sei que vai me ignorar
Afinal, não posso te obrigar a me amar
Eu não sei cantar,
Não gosto de Rezar,
Não sou bom em pensar,
Não sei exatamente como me expressar,
A única coisa que sei realmente é te amar,
Mas se você ler esse poema
Já seria o suficiente para que eu pudesse me contentar!
VIDA...
Se tudo isso é só um sonho,
Eu sou só mais um pesadelo tristonho,
Um ser esquisito,
Que foi mandado para conhecer o infinito
Conheceu o amor,
Conheceu a dor,
Conheceu a amizade,
Conheceu a lealdade,
Encontrou a paixão,
Despedaçou seu coração,
Chorou De emoção,
Gritou na escuridão,
Diante de sua cruz,
Enxergou uma luz,
Fez uma oração,
Conseguiu o perdão,
Retomou sua vida,
Reconstruiu seu coração,
Sem ódio, sem ilusão,
E mais uma vez encontra a paixão,
Dessa vez era real,
Pois seus sentimentos não era normal,
Uma pessoa diferente
sim, atraente,
Mas em seus olhos avia algo ardente,
Algo que me conquistou facilmente,
E assim vou seguindo diariamente,
Sempre olhando para frente,
Pois sei que seu um dia eu parar,
Alguém vai ira me encontrar,
Me apoiar, me levantar,
E Me empurrar
para que quando o fim chegar,
Lá todos nós podermos nos encontrar, nos abraçar
E esse poema podermos em fim, terminar....
Vozes do Brasil
Gritos das matas do Brasil
Palavras que a cidade nunca ouviu
O choro inquietante
que preenche o azul anil
Do verde que pouco resta
Nossa vida, nossa pesca
O que a mata tem pra nos dar
voce veio para nos tirar
A revolta vem armada
Na estrada interditada
no arco apontado
com a flecha afiada
Ainda assim você não vê
que eu sou como você
passo cede, fome e frio
para lutar pelo meu Brasil
A sua dívida histórica
que insistem em ofuscar
do amarelo ouro que levaram
do que era o meu lar
Vieram la do mar
para meu povo escravizar
minhas terras demarcar
e minha cultura dizimar
Só pedimos uma parte do meu lar
E o homem "civilizado"
há de pré julgar que é meu povo que vive
sem ao mínimo trabalhar!
Quando é que vão perceber
que só tendem a perecer
destruindo nossa cultura
sem ao mínimo conhecer?
E mais uma vez ninguém ouviu
as vozes das matas do Brasil...
GUSTAVO
Peço desculpas do fundo do meu coração
Por tudo que eu não fiz
E que revolta meu coração
Deixando triste e solitário
Diante de todo acontecimento
Me sinto feliz
Quando te vejo
Fico com coração fantasiado
Pensando em um futuro brilhante
Junto com você
Gustavo
Pai
Não queria crescer
Queria adormecer
num canto da sala
Onde sempre me carregava
E pro quarto me levava
Nos seus braços
Mais que protegida
sentia amada
Pai
Não queria crescer
Mesmo com as broncas
Que no olhar de criança
Sempre inocente
Guardava na minha mente
Os conselhos e ensinamentos
Para quando crescesse
Pai
Não queria crescer
Queria sair de mãos dadas
Correr e pular
Rir até de madrugada
E ouvir suas histórias
Às vezes engraçadas
Pai
Não queria crescer
Já que cheguei até aqui
Agradeço os momentos
Da minha infância
E tudo que aprendi
Como herança
Carregarei sempre o sobrenome
Será uma eterna lembrança
Da essência
Da nossa existência
Destino
Desatino
Sai do prumo
Não tem sentido
É confuso
Não entendo
Sigo o rumo
Um fio de linha
nos é dado
Lá no início
Ainda pequenino
Não somos
costureiros
Nem bordar
sabemos direito!
A vida ensina
tal profissão
Sem remuneração
Predestinação
Usamos a intuição
E tecemos
com a própria mão
Destino
Desatino
Sai do prumo
Não tem sentido
É confuso
Não entendo
Sigo o rumo
Destino
Vai traçando
Entrelaçando
Cruzando
Marcando
A vida
Até o fim da linha
Queria ter asas
para voar
Desafiar o vento
Sentir a brisa
Que vem do mar
Não se preocupar
com o cabelo despenteado
Pés descalços
Gostaria de assim
poder viajar
Conhecer lugares
praias
Pisar na areia
fofa e branquinha
Sentir o sol
na pele
E quando
cansada de admirar
essa natureza tão bela
Seguir voando
Livre!
E voltar pra casa
com segurança
Guardar minhas asas
Pra quando quiser
voar novamente
Sem precisar
pagar nada
pra conhecer o mundo
e muita gente
Terra de ninguém
Os que moram lá no sul,
tem água pra dana!
Enquanto aqui no nordeste,
só vejo açudes a secar.
Uns falam de Francisco,
outros de João...
Enquanto aqui na minha terra,
Não vejo uma plantação.
Eles prometem melhorias,
nós finge acreditar.
Mais com o passar dos anos,
não vejo nada se concretizar.
Esperança eu tenho, de tudo melhorar..
Por isso, olho pro céu todo dia,
e rezo ave-Maria.
Ela hei de me salvar.
Como sorrir, com tudo quebrado e fora do lugar?
Como se firmar e ter estrutura
quando tudo é inconstante e desestruturado?
Aquilo que outrora era barco forte,
É hoje embarcação a deriva?
Como sobreviver a grande tormenta?
Ao mar bravio da existência?
Cedo ou tarde, pessoas viajam
Algumas delas, viajam antes da juventude
Algumas, se ausentam quando adultos
Eu prefiro nomear a morte de viagem
Pois a vida é insegura
Assim como uma folha que nasce
E tem a terra como teu leito
E na incerteza de todos os dias
Saberemos que algum dia
Viajaremos para o mesmo lugar
E que encontraremos com quem amamos de novo.
(Tributo a todos que estavam no avião. #Chapecoense)
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