Poema Rir de Charlie Chaplin
Átomos, partículas, borboletas, azul e branco
Budismo, construções, pedras, beija-flor
Vazio, saudades, momentos, eternidade
Livros, crianças, casamento, profundidade
Tempo, amor, não-esquecimento, cruz
Fraternidade, Deus, linha do tempo
Estrelas, caminho, escrituras
Barco de sentimentos, ausência, solidão
Bússola
Escolha
Eu tenho a alma voando
no encalço de uma ave cega:
se escolho rumo do escuro
me apoio à sombra do muro
pousado na minha testa.
Se elejo o rumo da alvura
falseio os passos da vida
e me descubro gritando
um grito que não é meu.
Que faço das mãos cobertas
de um sol doído só de África?
E do tantã nestas veias,
turbando o ritmo ao sangue?
Na face o dia não pousa
o seu cesto de alegria
e a manhã precipita
ventos e noites amargas.
Meu grito
Meu grito é estertor de um rio convulso…
Do Nilo, ah, do Nilo é o meu grito…
E o que me dói é fruto das raízes,
ai, cruas cicatrizes!,
das bruscas florestas da terra africana!
Meu grito é um espasmo que me esmaga,
há um punhal vibrando em mim, rasgando
meu pobre coração que hesita
entre erguer ou calar a voz aflita:
Ó Africa! Ó África!
Meu grito é sem cor, é um grito seco,
é verdadeiro e triste…
Meu deus, porque é que existo sem mensagem,
a não ser essa voz que me constrange,
sem ecos, sem lineios, desabrida?
Senhor! Jesus! Cristo!
Por que é que grito?
Em maio
Já não há mais razão para chamar as lembranças
e mostrá-las ao povo em maio.
Em maio sopram ventos desatados
por mãos de mando, turvam o sentido
do que sonhamos.
Em maio uma tal senhora Liberdade se alvoroça
e desce às praças das bocas entreabertas
e começa:
"Outrora, nas senzalas, os senhores..."
Mas a Liberdade que desce à praça
nos meados de maio,
pedindo rumores,
é uma senhora esquálida, seca, desvalida,
e nada sabe de nossa vida.
A Liberdade que sei é uma menina sem jeito,
vem montada no ombro dos moleques
ou se esconde
no peito, em fogo, dos que jamais irão
à praça.
Na praça estão os fracos, os velhos, os decadentes
e seu grito: "Ó bendita Liberdade!"
E ela sorri e se orgulha, de verdade,
do muito que tem feito!
Notícia
A nuvens trouxeram-me notícias
do céu...
As aves disseram-me como iam
as montanhas...
Coisas estranhas
começaram a dar-se então
com minha alma...
Rumo
Às vezes ergo os olhos, interrogo
o seco céu sem urubu, sem nódoa
de nuvem: Deus,
que queres?
Que eu me atropele
com minha própria sombra, que embranqueça
meu dorso e voe?
Colhendo cores
O outono é a estação exultante da policromia que aconchega o coração, onde a natureza nos ensina através do desprendimento que vivemos em um mundo de impermanência e fragilidade, onde uma das leis da vida é o desapego, pois é através do "deixar ir" que nos permitimos uma das maiores dádivas da vida: o renascer do que há de florir em nós.
Soraya Rodrigues de Aragão
As estrelas sempre observam!
Um segredo: eu sorrio com teu sorriso, fico estático, concentrado no momento em que seus olhos se apertam e seus lábios se esticam, é o mais lindo que eu já vi, daí eu me perco num limbo criado por sua presença.
O meu mundo vira espaço vazio que só se preenche com tua imagem. É onde eu quero morar, neste ambiente de amor.
Se para isso eu precisar retirar a lua do céu e dela fazer um abajur de canto para seu quarto, ou viajar milhas só para dizer que eu estou ao seu lado, eis que faço, fiz e farei até que não haja mais espaço no tempo de vida que, como uma expiração, se esvai quente e lentamente.
Não há dúvidas dentro da certeza incerta que se instaura dentro do meu espírito que eu te amo! Até quando eu não quero, eu te amo! Até quando eu não deveria, eu te amo!
Belas palavras nem se assemelham ao cintilar estonteante da sua forma, maravilhosa forma, forma de pensar, de agir, se estar, de ser, de querer, de me querer, que de tanto que me quis, um dia, me teve pela eternidade.
Saudade nunca se sabe
Quando ela vai chegar
É uma dor esquisita
Difícil de se tratar
Chega e toma lugar no peito
Deixando a gente esquisita
As vezes consome a alma
Outras vezes nos aniquila
Nem me fale de saudade
Que é coisa ruim demais
Só há remédio que cura
Voltar pros tempos atrás
Saudade eu te arrenego
Com ela não quero negocio
Deus me livre de saudade
Deus me livre desse troço
Seu menino, esse negócio
De plagiar os escritos
É coisa feia danada
Digo com sinceridade
Que toda parede tem olho
E todo mato tem ouvido!
A Cola nem na escola
É coisa de preguiçoso
E de mal intencionado
Até a professora sabia
Que algo ali estava errado.
Copiar muito pior
Pois você não é carbono
O bom leitor vai dizer
Que nesse angu tem caroço
Você pode até dizer
Que isso aqui é porcaria
Mas nasceu dos meus miolos visse?
Não é pra sua serventia
Peça licença primeiro
Não copie minhas poesia
E nem texto e nem nada
Largue dessa mania feia
Lhe aviso,
Quando eu morrer,
Venho morder o seu dedo
E azucrinar seu ouvido
Deixo seu cabelo em pé
Um poeta doido varrido
Aponto você com meu dedo
Aviso aos porteiros do céu
Lá vai ele o plagiador
Sem futuro e mascarado
Não tem consideração
É um la lau pegue ele!
Vive morto dentro das calças
Ou de saia, ou de vestido
Copia as coisas dos outros
E tibungo: coloca o nome
Sujeitinho sem miolo
Esse tal de plagiador
Não sabe criar uma virgula
Inda dá uma de doutor
Tome tento plagiador!
Pós-crise
Ventou-se e tudo mudou-se
caiu tudo como um demolição
logo, logo tudo estava no chão
o que restou...
Solidão, tristeza e desilusão que
ocupava a ocasião.
mas uma coisa que se tem certeza
que situação desse tipo é passageira
fortaleceu-se fé e esperança que se
sairia dessa lambança.
Quando chegou o tempo logo veio o
vento e lhe arrumou o alento
paz , alegria e prosperidade fazia parte
da nova fase.
Razões para te ter
As razões as vezes são contra as emoções, mas
toda discussão leva em conta a forma de criação que
por sua vez leva em consideração as consequências que causarão.
A razão por ter você é o louco querer de ter por perto,
mesmo que se tome decisões controversas que mas se
pareça com um verso do que exista em todo o meu universo.
A razão e o porque amo você não sei descrever,
nem quero saber pois só quero te ter e viver com você
nessa situação a razão a emoção leva a criação de uma motivação
para te amar de coração.
Luz reluzente
A luz que reluzia daquela face,
Era tão humilde quanto divina
Qual seria sua origem?
Começo a olhar em volta,
Quase todos os rostos
possuem a mesma
Por que são assim?
Será que é assim que me veêm?
Aqueles nos quais não a via,
observei.
Eram pessoas amargas,
angustiadas,
Com uma grande sombra ao invés da luz.
Será, então, essa luz
a chama do desejo de viver?
Ou somente uma ilusão?
E esse próprio sentimento seja uma ilusão?
Nunca saberei...
Primeiro dia
Aquele nervoso,
aquele medo,
aquela expectativa,
tudo por entrar em uma sala.
Olha ao redor,
não reconhece ninguém.
Olha para a professora,
e também não a reconhece.
E então,
começa a aula,
e já não importa mais.
Perdoe-me pela felicidade não contínua
Percebi que cada dia mais te amava
Pelos carinhos, ligações e palavras
Sem esquecer de como pessoalmente eu te olhava
Na incerteza, fui ou não um bobo
E inocentemente não acreditava
Em todas suas atitudes cordiais
E nas doces e lindas palavras que falaras
Demonstrava em palavras e choros
Pois era a melhor forma de demonstrar
O que eu sentia por você
Pena que isso, nunca vi no seu olhar
Eu partirei, deixarei e levarei os bons momentos
Lembrarei dos Eu Te Amo e das despedidas
Buscarei e entenderei que o amor é real
Mas a reciprocidade não deixa feridas
Se o amor tudo sofre
Não sei como era o seu sofrer
Pois em lagrimas eu me derramava
Todas as vezes que pensava em não te ter
Cheguei a uma conclusão
E prometo de ti para sempre cuidar
Mas agora em silêncio
Sem precisar em seu corpo tocar
Para A*****
No devaneio das ideias
muitas emoções emergem
Na esperança incontida
os anseios se perdem
Nos crescentes pensamentos
o passado regressa
No atormento da intuição
daquilo que é promessa
Na fala insípida
o olhar sedento
o futuro é argumento
No olhar trivial da vida
o presente é a ação
do afeio do coração.
Um pouco de poesia...
O encontro...
Penetro no oceano intempestuoso de te tua alma
Naufrago nos profundos sonhos do teu ser
Estendo as mãos à menina de teus olhos
E me resgato em você...
Vejo e sinto o universo da vida
Envolto na inconstância do querer
Espero as ondas me conduzirem
Ao terreno sólido da praia...
Penetro na areia de que foi feito
Sinto que o barro perfeito
Hoje feito e modelado segue em sopro e vida...
Espero como barco não naufragado
Feito ancorado
No mais profundo do teu barro
Ser teu porto a luz do sol e na obscuridade da tempestade...
A MENINA DE PALMARES
Havia uma menina
cuja infância se foi na cheia
afogada nas águas pretas
e escuras do Rio Una
Daqueles tempos molhados
carrega consigo meia dúzia de fotos
e os espaçamentos da memória
cujas lacunas completam o inteirar de sua história
Na inocência dos seus olhos
brincava com a farra das águas
assistindo do alto da casa que lhe era abrigo
junto com outras crianças que como ela
aguardava o retorno desalojado dos pais
Era uma infância úmida devorada pela fome da boca
inundada de dilúvios e pelo banhar selvagem do rio
Não nasceu dos ossos das costelas
mas da mesma argila e do mesmo barro que Adão
Por sobre as águas das chuvas e do lado
boiavam entre bonecas e tiaras
as sobras flutuantes de suas lembranças
e do vestido submerso de sua primeira comunhão
apenas sobreviveu o terço presenteado de sua mãe
No leito em que hoje dorme convivo com suas noites
e me banho todo dia me enxaguando
nos afetos encharcados dos líquidos
de seus mais profundos amores
Saudades das noites vazias
Que deitado viajava
Olhando o céu escuro de luzes cintilantes
A conversar com os meus amigos em prozas semoventes
As batidas do meu coração
pedem paixão
pedem desejo
querem emoção
ele não gosta do chato
e odeiam o parado
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