Poema para minha Irma Gemeas
Acontecimento da vida
Nunca vi
Nada tão escuro
Como hoje.
Talvez entrara
Em uma ilusão,
E os acontecimentos
Da vida
Ajudaram.
Das sete faces do desprezo
A Carlos Drummond de Andrade
Quando eu nasci, não teve sequer um anjo torto
Que me dissesse que a vida não é
Tão fácil o quanto parece ser
Disse: Vai, Valter, ser baiano na vida.
Ladeiras faz bem ao coração
Jovens apaixonados na esquina
Dizendo que não se apega a ninguém.
A tarde de puro sol, o perigo
É imprevisível mesmo que o dia
Seja azul.
O ser vestido de uniforme
Vai trabalhar no ônibus lotado
Sequer sabe se vai ser assaltado,
Acha que tem muitos amigos
No fim de semana.
O ser vestido de uniforme,
Mal sabe quando vai quebrar a cara.
Meu Deus, que sociedade de muita fé,
Que muito chama pelo Senhor,
Pessoas de muita fé e pouco amor.
Mundo mundo vasto mundo
Se eu me chamasse Carlos,
Eu seria outro poeta (?)
Nesse mundo vasto
Que maltrata meu coração.
Mundo mundo vasto mundo
Chega de ilusão?
Eu bem que vou dizer,
Esse mundo cheio de gente eu solitário
Em meu ego e vaidade
Vou me afogando
Sem sequer um abraço!
Fugirei dos seus braços
Ao perceber que, diante do gatilho,
Estou completamente perdido por você
(Trecho da poesia Fuga)
Quando estou a olhar para telas por exemplo, o relógio parece marcar seus ponteiros calmamente.
Mas quando estou frente ao prisma dos teus olhos, não vejo o tempo, mas sem espera ele caminha rapidamente.
Por através deles eu pude ver nossas almas em uma valsa suave, juntas, a dançar perenemente.
MATURIDADE
Maturidade é você reconhecer o que não está dando certo…
Maturidade é você não procurar quem errou depois de uma decepção…
Maturidade é você não cobrar e nem pagar na mesma moeda…
Maturidade é você saber a hora certa de se afastar…
Maturidade é você se permitir a recomeçar…
Maturidade é você entender e compreender com quem você está perdendo o seu tempo…
Maturidade é você ser feliz com o que te faz feliz.
Não sei, sem inspiração você me inspira sonhos!
Ironia é fluir com o cérebro retardado
Que Transcende, Habita e Cria
A teoria de fatos baseados
Menina
Meu coração ainda dói quando te vejo.
A Sombra de um retrato,
Um desejo.
Desenhada de ilusão
Vi graça
Onde só encontrei confusão,
Desgraça!
minha morte em lascívia,
Eclipsou meu eu.
Morri para viver minha premissa
E fugir da quimera que em você havia.
Perdoa-me por sempre ficar
Pq existe essa pequena parte (sua)
Ainda que tudo em mim se vá
E quase tudo mudar
(será?)
Serei eternamente tua...
...menina...
Carbono de Deus
O seu mapa geográfico são seus caminhos,
são seus trilhos e as suas experiências.
Talvez cada um ao descrever seu carbono ideal,
ainda encontram - se inacabados!
Alguns se perguntarão se vieram bem?
Outros terão dúvidas,
mas haverá aqueles cuja certeza dirão:
- Vivi, vivo e viverei!
É este carbono o ideal da vida!
A grata satisfação de viver imortalmente,
porque todos nós somos carbonos de Deus.
Acredito no impulso forte do recomeçar,
na fé de uma vida feita de pequenas conquistas.
Todos os dias, um após o outro.
Lágrimas em chuvas
Quando lágrimas caírem dos meus olhos,
deixe que elas caiam em forma de chuva
sobre lindos guarda- chuvas todos belos,
se for lágrimas de dor escura e tão turva,
não sei se teria por elas os mesmos zelos.
Mas, sei que um coração às vezes chora
porque se está triste, talvez amargurado,
outras vezes as lembranças de outrora
é aquela ponta de saudade do passado
ou porque se está tão feliz com seu agora.
Talvez seja mesmo um engano a felicidade
porque dizem que quem está feliz, sorri...
Nem sempre é assim, porque na verdade
a felicidade é justamente estar no aqui...
este é o momento exato, este é o presente.
Então, toca - me aquela leal sensibilidade,
de que o amanhã virá e hoje será o ontem
e por mais feliz que esteja há uma saudade
porque há forças que levam e nos fogem,
outras que não compreendemos na verdade.
Ontem os pais, hoje pais, depois não mais...
e sem defesa a vida se continua sempre
mas, também, às vezes, nos puxa pra traz,
são nesta horas que chuva lágrima escorre...
depois vem o sol, límpido trazendo a paz!
A saia
Acinturada
no zíper ou elástico
até o joelho ou acima dele,
até embaixo também pode ficar!
A saia grudada no vestido ou solta pelo ar,
as pregas pregueadas, as rodadas de renda,
sem elas tão lisas, mas todas elas coloridas...
Que saia usou o soldado armado nas batalhas?
Ôh! Saia dessa ideia absurda provocar o retorno...
na saia da mãe, na saia a saída, a ida e se larga...
ou se alarga, alarga depois se lava se logo alaga!
Meus colegas fumantes,
A vida não se resume aos vícios praticados, nem acaba na dependência
Sei que começamos por prazer, ou para ter prazer,
mas agora queremos nos ver livres
sentimos falta da roupa limpa
do perfume nas mãos
e no rosto
sentimos falta da liberdade
de não sair já prevendo a hora de se retirar.
Nossos pulmões estão doendo, chorando,
pedindo para que respiremos
para que tenhamos saúde.
nosso corpo quer dançar ao vento, quer sentir o cheiro do café
quer tomar seu banho e ficar limpo
quer escolher uma roupa e ficar com ela o dia inteiro
esses tempos são de mais equilibrio
já foi o tempo em que passava na tv os atores fumando,
que era glamuroso ter um maço de cigarros,
que era sexy e atraente colocar um cigarro entre os lábios.
hoje em dia a beleza vai embora, os dentes ficam amarelados
e cheios de tártaro, e a pele perde a vitamina C, que deveria ser natural ter
É isso, meus amigos, paremos de fumar enquanto é tempo
Pois sabemos que temos outros problemas a resolver
E sem saúde não se resolve nada
Só se atrasa
Aquilo que clama por resolução.
Cigarro não.
Dia a
Dia b
Dia c
Dia d
Ó dia do sol raiar
Ó dia da lua encantar
Ó dia de um urso caminhar
Ó dia de um patamar mudar
A mudança é dentre coisas ilustradas em meio a poesia das melodias do mundo mas falta muito para que as coisas estejam bem esclarecidas da forma que se devem ser.
Eis que a questão vem a seguir e a última pétala caia no tempo certo para uma nova flor surgir.
Vaso Grego
Esta de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
Era o poeta de Teos que a suspendia
Então e, ora repleta ora, esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Toda de roxas pétalas colmada.
Depois... Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e, do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,
Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa voz de Anacreonte fosse.
Horas Mortas
Breve momento após comprido dia
De incômodos, de penas, de cansaço
Inda o corpo a sentir quebrado e lasso,
Posso a ti me entregar, doce Poesia.
Desta janela aberta, à luz tardia
Do luar em cheio a clarear no espaço,
Vejo-te vir, ouço-te o leve passo
Na transparência azul da noite fria.
Chegas. O ósculo teu me vivifica
Mas é tão tarde! Rápido flutuas
Tornando logo à etérea imensidade;
E na mesa em que escrevo apenas fica
Sobre o papel – rastro das asas tuas,
Um verso, um pensamento, uma saudade.
A Alma dos Vinte Anos
A alma dos meus vinte anos noutro dia
Senti volver-me ao peito, e pondo fora
A outra, a enferma, que lá dentro mora,
Ria em meus lábios, em meus olhos ria.
Achava-me ao teu lado então, Luzia,
E da idade que tens na mesma aurora;
A tudo o que já fui, tornava agora,
Tudo o que ora não sou, me renascia.
Ressenti da paixão primeira e ardente
A febre, ressurgiu-me o amor antigo
Com os seus desvarios e com os seus enganos...
Mas ah! quando te foste, novamente
A alma de hoje tornou a ser comigo,
E foi contigo a alma dos meus vinte anos.
A Cavalgada
A lua banha a solitária estrada...
Silêncio!... Mas além, confuso e brando,
O som longínquo vem-se aproximando
Do galopar de estranha cavalgada.
São fidalgos que voltam da caçada;
Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando.
E as trompas a soar vão agitando
O remanso da noite embalsamada...
E o bosque estala, move-se, estremece...
Da cavalgada o estrépito que aumenta
Perde-se após no centro da montanha...
E o silêncio outra vez soturno desce...
E límpida, sem mácula, alvacenta,
A lua a estrada solitária banha…
Último Porto
Este o país ideal que em sonhos douro;
Aqui o estro das aves me arrebata,
E em flores, cachos e festões, desata
A Natureza o virginal tesouro;
Aqui, perpétuo dia ardente e louro
Fulgura; e, na torrente e na cascata,
A água alardeia toda a sua prata,
E os laranjais e o sol todo o seu ouro...
Aqui, de rosas e de luz tecida,
Leve mortalha envolva estes destroços
Do extinto amor, que inda me pesam tanto;
E a terra, a mãe comum, no fim da vida,
Para a nudeza me cobrir dos ossos,
Rasgue alguns palmos do seu verde manto.
O Misantropo
A boca, às vezes, o louvor escapa
E o pranto aos olhos; mas louvor e pranto
Mentem: tapa o louvor a inveja, enquanto
O pranto a vesga hipocrisia tapa.
Do louvor, com que espanto, sob a capa
Vejo tanta dobrez, ludíbrio tanto!
E o pranto em olhos vejo, com que espanto,
Que escarnecem dos mais, rindo à socapa!
Porque, desde que esse ódio atroz me veio,
Só traições vejo em cada olhar venusto?
Perfídias só em cada humano seio?
Acaso as almas poderei sem custo
Ver, perspícuo e melhor, só quando odeio?
E é preciso odiar para ser justo?!
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp