Poema para minha Irma Gemeas
morte morte
eu não te darei este gostinho de ceifar minha vida
antes que busque em mim o seu prazer
eu abrirei mão desta que só me trouxe noites e tempestades
farei assim
E minha melhor
a minha melhor amiga a solidão
será minha testemunha
o meu último ato como libertação
não morte
não se ira de mim com teu ódio
mas veja minha absolvição como o teu auxílio
eu vivi para conhecer a vida dos vivos e desejo não viver a mais como prisão pois se viver entre os sorrisos pouco duradouro que se encharcam nas lágrimas das Noites e dias
e ver o tempo passar de felicidades que só antecipam a tristeza
então morte
Oh morte
deixe-me partir do meu jeito sem me despedir
Soneto do amor distante
Ouça com atenção
O que meu coração diz:
A minha maior saudade
é a do último dia em que eu fui Feliz...
Nunca mais falei de amor
Sem do teu nome lembrar
Você me ensinou do amor
O que ninguém vai ensinar
A melodia do nosso sentimento
Nem mesmo a morte
pode calar
De toda a falta que eu sinto
Em nosso amor infinito
A maior falta... É o teu olhar
Em Gênesis 17.1
" Anda na minha Presença
e sê perfeito"
A Presença de Deus, está em andar no agora, no Presente.
“Escrever por ser poeta”
Escrevo por ser poeta
Escrevo por pensar muito
É a minha natureza
As palavras as memórias registadas
Mas registo-as de forma diferente
Com sentimentos e rimas,
Muitas vezes escuridão,
Porque quando as pessoas me atiram com caixas pesadas
Tenho que as esvaziar desta forma
Se não vou acabar por deixá-las cair no chão
Mas que culpa tenho eu?
Sou uma mera escritora
Busco conforto no silêncio e na escrita
Para me acalmar e falar em silêncio
Pelo menos não sinto as facas que as pessoas me lançam
Nem as ouço quando cortam a minha fala
Desta forma não lido comentários que não quero
Quer dizer…
Na verdade lido mas são apenas os da minha cabeça
Esses não posso evitar
Já nasci com eles aqui dentro
Poetas são conhecidos por sentir muito
Por sentir e pensar demais
Mas na verdade,
Poetas acabam por fazê-lo com motivos
Somos sempre quem sai magoado
Amamos mais do que queremos
Sempre me lembro de ser o poeta
Mas nunca vi um poema sobre o meu nome
Nenhum poema falou sobre o quão calorosos são os meus olhos
E nunca me dedicaram nenhum a falar sobre as estradas das minhas mãos
Talvez esteja a pedir pelo que não devo
Porque quem se apaixona por poetas tem sempre o nome onde não sabe
Mas continuo a escrever e desejar um dia ser eu o poema
Enquanto escrevo sobre as miragens da verdade
Foi pela CRUZ que entendi e então...
Toda a minha vida ruim e de fracassos, cansado coloquei aos pés DELE.
Em pé, estendendo a SUA mão para mim, convidou-me a sentar à mesa com ELE.
"Vazio Interior"
No silêncio da minha alma, um abismo se abre,
Um vazio imenso, sem fim nem começo.
Nem alegria, nem dor, apenas um espaço vazio,
Onde sentimentos e emoções se dissipam.
Minha mente é um deserto, árido e cinzento,
Sem uma gota de inspiração, sem um raio de luz.
Meu coração, uma pedra, fria e dura,
Sem batimentos, sem vida, sem calor.
No espelho, um estranho me olha,
Com olhos vazios, sem brilho, sem alma.
Sua voz é um sussurro, sem som, sem eco,
Um silêncio ensurdecedor, que me envolve.
Nesse vazio, eu me perco,
Sem rumo, sem destino, sem propósito.
Um barco à deriva, sem âncora,
No mar da indiferença, sem margens.
Mas talvez, nesse vazio, haja um refúgio,
Um lugar para reinventar, recriar.
Um espaço para encontrar,
O que falta, o que faltou.
Eu não me importo mais com você,
Eu só te exporto para fora
Da minha mente,
Dos lugares bonitos
Que ocupávamos juntas.
Te exporto, pois, não consigo
Mais me importar sem doer.
E já cansei de sentir o meu
Peito doer por alguém
Que não faz questão
De vir ajudar a
Curar as feridas.
Crack é seu codinome
Quando veio para esse mundo
Muita dor causou
Minha mãe contou
Que de muita dor berrou...
Naquele dia
Lençóis foram rasgados
Descia lágrimas quentes
Em sua face fria
De tanta dor que sentia
Crack é seu codinome
Você cresceu
Saúde recuperada
Com muito amor de mãe
Forte ficaste
Mas na adolescência
Um atalho você rumou
Crack é seu codinome
Perdeste a identidade
A autoestima
Santo Deus!
Perdeste até a carne...
Seu submundo agora é só alucinação
Seus delírios
Paranoicos
Submundo do seu EU
Violento
Inadequado
Sem noção
Diante dos que estão
No seu dia a dia
Crack é seu codinome
Os anos se passaram
Agora um senhor sem personalidade
O que dificulta a nossa irmandade
Homem sem decisão
Sem escrúpulo.
E também
De pouca fé.
No seu mundo sujo e podre
Só há espaço para os solventes
Éter
Amônia
Ácido sulfúrico.
E também
Querosene, cal
Etc. e tal
Isso tudo
Que por si só
Nocivos a nós
E principalmente
A você
Crack é seu codinome
Sua sensação de bem estar é fictício
O pesadelo agora é seu mundo
Abandonaste
Trabalho
Estudos
Abandonaste
A todos aqueles que te amam.
Entraste para o rol
Da escória
Meu irmão de sangue
Crack foi seu codinome
Agora a morte é o seu nome
Seu fim
Trágico
Acabou!
Que Deus onipotente
Tenha compaixão de ti
Meu irmão
Oh meu adeus!
Esses versos eu te fiz
Somente para ti.
Que tua alma descanse em paz
Meu irmão
Porque agora
Morte é seu nome!
Golpeada pelo acaso,
Minha cabeça sangra, mas não se curva.
Esquecida pelo acaso o barulho ensurdecedor da cidade ao redor me atordoava,
No silêncio e no vazio do aqui e agora,
Eu olha para dentro de mim, e um espelho refletia minha alma,
A escuridão que habita dentro de mim é mais profunda do que qualquer noite.
Buscava respostas, buscava paz, e nada a minha volta!
As vezes me iludo com teu olhar e minha cabeça vira...
Tenho tentado algo que não consigo e nem quero...Tenho tentado tirar da minha vida o que me causa êxtase, alegria...
As batidas do meu coração são incontidas.
Angustia, tristeza, confusão na minha mente, é assim que estou...
Verdadeiramente, me sinto doente e você, a sua ausência é que me deixa assim...
Antes sentir uma alegria incontida dentro do meu peito que forçar-me áquilo que meu coração não quer.
Acho que esse amor é infinito...
Ele não passa, não diminui...Só aumenta!
E noite, é dia e minha vida se resume a você, sonhar, te querer..
Sei que não devo, mas parte de mim é você.
Não sei que que encantos lançou sobre mim...Te amo, não explico...É tudo confuso, estranho
Hesitas
Quando é, dormindo, será dia?
Quando é, noite, serei recordação?
Eu alma, a minha alma, fria
Alheio o pulsar do coração
Não sei, nada sei desta arrelia
Ou se despertarei da escuridão
Onde terá sol, ou terá só magia
E se assim, acordado, serei são
Planeja o tempo, o fado em parceria
Passará a dúvida, serei oração
E nesta angústia que me agonia
Serei curiosidade sem revelação
E na velocidade vem a vida, ironia
Descendo as ladeiras da vitalidade
Inspirando hesitas na minha poesia
De uma única certeza, um dia. Sem ser brevidade!
Luciano Spagnol
JUBILA CANÇÃO (soneto)
Bendito sejas o amor, ao coração meu
Que desnudou o breu da minha solidão
Em luz, das andas minhas na escuridão
Quando a sombra, me era o apogeu
Bendito amor, que me estendeu a mão
Como quem no amor oferta o amor teu
Sem distinção, pois, dele dor já sofreu
E então sabe aonde os vis passos dão
Bendito sejas, que no prazer plebeu
Trouxe amor à vida e, boa comunhão
Ao pobre pecante, dum âmago ateu
E então, neste renascer com gratidão
Que no peito uivou e angústias moeu
Do solitário pranto, fez jubila canção.
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano
DUETO (soneto)
A minha tristura é uma gargalhada
A saudade um suspiro. Ela chorava
Na solidão onde eu me encontrava
Me deixando além d'alma estacada
Os sonhos pouco ou nada resvalava
Pelo olhar. Não tinha a asa dourada
A saudade ria com a tristura chegada
Sob a cruel melancolia que matava
Do sorriso a saudade fez morada
Sequer de um pranto ela alegrava
Tinha tristura na sinfonia cantada
No dueto: saudade e tristura, aldrava
O coração no peito, da aflição criada.
Então, atrozes, alívio na poesia forjava...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
MOTIM
No fundo da minha poesia, clamor
E ouço apertos e queixas sangradas
Milhões de aspirações sepultadas
Imaginações submergidas na dor
Às vezes, um vazio, palavras caladas
Mas, de repente, um tumulto estertor
Rangendo dentro do peito a compor
Devaneios, desdando ilusões atadas
Cortejos, motins: uivos e ácido luto
No castigado papel... broto e renovo
Em fermentação, dum estro bruto...
E há na intuição, de que me comovo
E no coro da inspiração que escuto
A magia do espírito num versar novo!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro de 2019, final
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
O ALVOR DE MINHA TERRA...
Neste alvorecer de minha terra assisto
Nuance de saudade vertida no cerrado
Uma felicidade e apertura num misto
No peito num sentimento imaculado
Este alvorecer desperta o que existo
De melhor no ver, a surpresa ao lado
Eis-me à beira do louvor, de tudo isto
De um alvor mágico e tão encantado
À tua espera, o horizonte totalmente
Alumiado, matiz que aos olhos berra
E à sensação uma surpresa reluzente
E, quando surges, então, nunca iguais
Vário, impar, o alvor de minha terra
Madrugadas seletas no sempre mais! ....
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/02/2021, 04’59” – Triângulo Mineiro
Lá pela velha porteira
quem achar uma saudade
é minha, caiu da algibeira
ao passar por ela, rumo a cidade....
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12, junho, 2021, 18’26” – Araguari, MG
EMPRAZAR
Na minha poesia eu te citei, bendita
Dita. Em ti falei dos amores e de ilusão
Das dores e duma certa estorva ferida
Outras emoções e as afeições em vão
E vejo, agora, ao envelhecer da vida
Que sentimentos nos encontros serão
Espinhos e flores, na mesma medida
Pois, o destino são sementes ao chão
Brotarão ou não, depende do fraterno
De se ser amigo, de a alma enamorada
Sem as promessas do agrado eterno...
Em troca, cada minúcia é ter contigo
A vivida canção à sensação dedicada...
No detalhe, amor e paixão, bendigo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/08/2021, 06’58” – Araguari, MG
PINTANDO A POESIA
Pintei a minha poesia de afogueado
Em pinceladas fortes de uma paixão
Matizado com o rubente do coração
Pra primar o sentimento apaixonado
É a tonalidade trazida duma emoção
Aquela tingida do olhar enamorado
E em cada verso o doce tom firmado
Colorido, avivado, cheio de sensação
Pigmentei o soneto, com sensível cor
Pintalgam versos, em graduado amor
Pra, a quem cá os lê, apreciem tanto!
Qual este versar tem, o arrebatamento
Variegando de beleza a cada momento
Dando o colorido, lirismo e o encanto...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28 setembro, 2022, 14’23” – Araguari, MG
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