Poema Ordem e Progresso

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⁠sentir pulsar
entre o claro e o escuro,
é claro que o ritmo permanece:
descompassado, obscuro
(à espera de cura)

Inserida por adrianovox

⁠conhecimento não se descarta
nem pode ser tirado,
a beleza da existência
está no nosso aprendizado

Inserida por adrianovox

⁠Ser poeta é
traduzir em palavras
o que se sente,
se ouve,
se vê
ou se imagina,
na busca de um mundo
real ou fictício
que comova,
toque
ou envolva o leitor,
ou não.

Inserida por adrianovox

⁠Eu sou

Eu sou o sussurro que paira antes do grito,
o silêncio que dança nas frestas do tempo.
Eu sou a lâmina sem fio que corta o que não se pode tocar,
o olhar que não se dobra, mesmo diante da luz.

Eu sou o passo que não ecoa,
mas faz tremer o chão.
Sou a sede que não se sacia,
o caminhar sem destino,
a fome sem nome.

Sou a palavra que se nega a ser dita,
o desejo que não cabe em desejo.
Sou o rastro invisível deixado em corações que jamais saberão meu nome.

Eu sou o erro e o acerto,
o meio sem bordas,
o abraço que aperta sem tocar.
Sou quem molda a si mesmo a cada respirar,
sem roteiro,
sem permissão,
sem plateia.

Eu sou aquele que dança com as sombras,
não por medo da luz,
mas por amar a textura do escuro.
Aquele que colhe o que não plantou,
e semeia em terrenos onde ninguém ousa pisar.

Eu sou a chama que não arde,
o frio que não gela,
o toque que não acaricia...
mas marca,
finca,
mora.

Sou o que nunca se cansa,
mas finge cansaço só para sentir o gosto do repouso que nunca vem.
Sou o viajante sem mapa,
o traço sem desenho,
o verbo sem tempo.

Eu sou.
E por ser, não peço licença.
Apenas respiro...
E no meu respirar,
o mundo aprende a conter o fôlego.

Inserida por alvaro_marques_batisa

Quando o sol desaparece!

Quando o sol desaparece
A lua resplandece
As nuvens escurecem
As estrelas enaltecem

Quando o sol desaparece
Os oceanos se enfurecem
As ondas se estremecem
Os peixes se divertem

Quando o sol desaparece
As plantas enriquecem
As flores florescem
Os animais adormecem

Quando o sol desaparece
As pessoas se divertem
As ruas embelecem
O amor reaparece

Inserida por gerson_vitor_1

⁠Meu Pilar:

Mãe, uma palavra que expressa amor,
Amor sem o qual não posso viver.
Uma sílaba que é sinônimo de flor,
Flor que alegra meu dia além de seu dever.

Mãe, és mulher de muito valor.
Cada sacrifício da senhora me faz ver
Que eu não seria nada sem teu calor.
Seu cuidado com os seus me faz comover.

Mãe, nos dias frios, tu és meu cobertor.
És meu guarda-chuva que me protege antes de chover.
Apesar de meus erros, tento a cada dia ser seu beija-flor.

Mãe, o pior cego é o que não quer ver
Que sem o teu amor
Eu não conseguiria viver.

Inserida por Guilhermerramosz

⁠"O Circo e o Nariz"

No picadeiro da vida agitada,
há luzes, risos, fumaça encenada.
Aplausos cobrem a ilusão,
mas nem todo riso vem do coração.

Assista, aprenda, veja o sinal,
mas não aceite o papel de banal.
Entre no jogo, mas fique atento:
nem todo show merece seu sentimento.

O mundo é um circo, isso é verdade...
mas seja sabedoria, não vaidade.

Inserida por neila_ferreira_1

⁠" "A superação não é a negação da queda, mas o abraço firme que damos em nossas próprias ruínas antes de reconstruir o castelo. Quem não tropeça nunca, provavelmente anda em círculos."
— Gilson de Paula Pires

(E cá entre nós: quem nunca levou um tombo digno de Oscar que atire a primeira muleta...)

Inserida por gilsondepaulapires

⁠Canção do Mar
Por Gilson de Paula Pires

Mar que dança sem cansaço,
nos compassos do arrebol,
teu azul é meu abraço,
teu rugido, meu farol.

Sal que cura velha dor,
brisa que canta esperança,
me ensinas o valor
do tempo que nunca cansa.

Nas tuas ondas me esqueço
do que o mundo fez pesar,
sou menino em recomeço,
sou silêncio a navegar.

Teu mistério me fascina,
tua fúria me seduz,
és abismo, és disciplina,
és espelho que conduz.

Oh mar, irmão dos valentes,
confidente dos sem lar,
me ensina a ser permanente
e livre como teu mar.

— Gilson de Paula Pires

Inserida por gilsondepaulapires

⁠Versos de Aventuras
Por Gilson de Paula Pires

Não nasci pra beira do rio,
sou correnteza, sou mar,
sou passo largo e desafio,
não me contento em esperar.

Carrego o vento na mente,
um mapa feito de sonhos,
e um coração que pressente
caminhos novos, tristonhos.

Cada pegada é história,
cada tropeço, lição,
a aventura é minha glória,
é fogo, é chão, é paixão.

Não busco fim nem chegada,
sou feito de ir e viver,
minha alma é sempre alada,
meu destino: acontecer.

— Gilson de Paula Pires

Inserida por gilsondepaulapires

Quero tentar diferente...
Emergir das correntezas da vida...
Pisar na margem desse rio de emoção
Quero tocar a areia úmida
E sentir o vento com aroma de solidão.

Quero renascer fora de mim
Assistir-me com olhar de platéia
Imaginar o que eu faria se eu fosse eu
E saber se de mim mesma, eu faço alguma idéia.

Dos julgamentos que fazemos, sem ter direito algum...
Quero saber se daquilo que sou, faço ao menos um.

E sendo eu a única ser capaz de julgar se valeu a pena chegar onde tudo isso me levou
Declaro que....

Apenas eu, posso entender a beleza e a dor de ser o que sou.

Inserida por arremedos_poeticos

Bastando-se com o viver

⁠o diferente é o diferencial tão necessário quando o tudo igual só aponta um mesmo caminho para o qual não nos sentimos fazer parte

o emergir em novidade de vida se dá a partir do mergulhar mais profundo que podemos ir, aquele adentra e ultrapassa as correntezas do tudo igual que nos levam sempre pelo mesmo caminho

que nos inundam e abundam do sentir que não concebemos poder suportar mas uma vez neste inundar transbordamos e quando percebemos num passe de mágica como se fossemos cuspidos de dentro para fora nos damos a margem tocandoa grama, sentindo as flores e contemplando as correntezas desde as mais profundas às mais rasas que circulam e circundam nosso ser

os pés firmes na areia úmida dando a certeza dos rastros que nossos passos haverão de deixar e quais o vento e as águas irão apagar

aromática solidão trazida pelo vento, olha-mo-nos de fora para dentro, despidos de alma enfim, reconhece-mo-nos

poderemos sobreviver sem as águas que nas correntezas profundas nos fazem transbordar?

quais rastros nossos pés suportarão que os ventos da solidão e as correntes nas ondas de águas rasas apaguem pegadas?

nos bastará em infinita beleza e profunda dor o entender?

eis que

um olhar para dentro, inevitável

e inevitavelmente o mar nos sopra canções do sentir onde e quando nada se entendia e sentindo-se com vida, não importava-se com o entender, bastando-se com o viver..

Inserida por arremedos_poeticos

⁠Um Sul procurando sorrisos do Norte....
Em direções opostas expostas de um ontem não acontecido....

O sonho acordou
E se perdeu em horizontes inertes
enquanto o cinza pintava-se de verde....

Lá onde o sol mais aquece
é que se procura uma forma de chegar mais cedo....

E os sorrisos do Norte choram a tristeza do Sul....

Perguntando-se porque das lágrimas em meio a tanta beleza....

Se quando a noite chega e as luzes se apagam
é que se pode perceber melhor o céu estrelado
e só atravessando o rio
é que se nota que o lado de cá também é belo....

E o Sul procura sorrisos do Norte...
Enquanto o Norte chora as tristezas do Sul...

Inserida por arremedos_poeticos

⁠Te desafio a Amar

um dejavu assalta-me enquanto concluo que um sonho ao acordar é apenas mais um avistar pela primeira vez

o perder-se em horizontes inertes é um chamado necessário ao despetalar das flores medrosas que urgem um renovar de essências

que a febre de sentimentos gerada onde mais aquece o sol possui uma senda para o descobrir de uma brecha na noite suave e estrelada que salva as almas de morrerem profundamente

de quando em meio a tanta beleza finalmente sucumbem as lágrimas ao esmigalhar das solidões que nos fazem morrer de ternura um no outro e renascer em coreografias onde um é a dança secreta do e no outro que repele e abandona os de outrora passos de sofrimento e os harmoniza melodicamente à alegria e felicidade

de quando no apagar das luzes se ilumina o chamado das estrelas para que ante o negar do toque, aceite-se um desafio

um ir além do verso, do refrão, da poesia

um convite à reconstrução

dança de mãos dadas, ritmos

passos de pés dados, em frente apesar de pausas

canções de ouvidos dados, ainda nos desafinos

nos desafinos reconhecer e aceitar o maior desafio

de nos sorrisos e choros desafiar-se a Amar..

Inserida por arremedos_poeticos

Histórias, grandes sonhos....
Quantas vezes mudamos de rumo e nem sequer percebemos, por quantos obstáculos passamos sem notar...

Sem saber de que somos vitoriosos pelo simples fato de continuarmos vivos, por sorrir, por continuar tentando....

E quantas vezes deixamos de tentar por medo de errar, quantos universos deixamos de conhecer...

A saudade tem fim?

Quando nos sentimos sozinhos um abraço é capaz de curar a solidão e acabar com a dor que habita no peito?

E as palavras que saem do fundo da alma, que foram lidas por alguém em alguma tarde cinzenta...

Publicadas em um sonho que se chama História, adoradas por todos aqueles que um dia pensaram não se dedicar a velhas página de um livro apagado...

E do fundo do inconsciente desperta a lembrança de um sorriso, escreve alguns paragrafos e se sente tão bem..

Inserida por arremedos_poeticos

⁠Buscando o saciar

quando Amor, as saudades não tem fim, mesmo juntinhos, a gente conversa e sente saudades de passar as mãos nos cabelos, acariciar o rosto

então a gente passa as mãos nos cabelos, acaricia o rosto e sente saudades de abraçar

logo, a gente abraça, bem apertado e demorado, e ja sente saudades de beijar

aí a gente beija e sente saudades de estender o beijo para o resto do corpo, navegar com os labios, deslizar com as mãos e sentir pele na pele o arrepiar

então a gente estende o beijo para o resto do corpo, navega com os labios, desliza com as mãos, sente pele na pele o arrepiar e então sente saudades de fazer Amor

logo, sem mais por onde derramar-se, a gente faz Amor como se fosse a primeira e última vez e quando chega ao êxtase, sente saudades de começar tudo de novo...

se Amor que se vive, desejos e vontades são apenas outros sobrenomes para as saudades..

as saudades só aumentam, não possuem fim, mas quando nos dispomos e ha reciprocidade em viver nosso sentir, embora nunca as saciemos alem do momento que nos provocam, elas simplesmente não doem, são gostosamente sentidas e perpétuamente desfrutadas em cada momento que buscamos as saciar..

Inserida por arremedos_poeticos

⁠Grande espírito tem aqueles que se permitem a loucura...
Pois, na sanidade, até o próprio desespero parece bobagem, desnecessário....
Como gente que não se permite sentir, gente que não se permite chorar...
Desesperar.
Eu li há alguns dias em um livro que o amor e a loucura são inseparáveis....
E há mesmo de ser, afinal, não imagino explicação que justifique a devoção que se tem por quem se ama....
Apesar das imperfeições....
Apesar das divergências.
Eu digo, do amor, que não o compreendo, mas o sinto com cada célula do meu corpo...
E me desespero apenas com o pensamento de uma vaga chance de não tê-lo mais.

Inserida por arremedos_poeticos

⁠Ouça o chamado

permitir-se à loucura é o dar asas onde a razão nos condiciona à um arrastar-se pesado em um chão aparentemente seguro, mas que logo tal peso no arrastar de cada passo fará com que os pés sangrem

neste chão "seguro", o choro evitado, a dor que não chega, a tristeza que se mantém ao longe, são apenas abreviadas

não há viver e sentir no Amor que tenha chego ao nosso conhecimento que não tenha nascido através da loucura de desprendendo-se de toda a razão dar asas a si mesmo quando tudo que se vê é a impossibilidade de voar

e mesmo neste céu imenso contemplando nuvens que não deveriam ali estar, nuvens de chumbo que não caberiam em nosso céu, que se nos chocarmos com elas inevitavelmente cairemos abatidos, no entanto, na loucura a que nos permitimos se nos faz acreditar que o bater de nossas asas a seu tempo afastará para longe tais nuvens de chumbo não permitindo que nos toquem, e por acreditar tão fidedignamente, assim acontece

sentimos, ouvimos nossas asas batendo...

tememos, imaginamos um choque nas nuvens de chumbo...

há um chamado ào céu da liberdade através da loucura do sentir

há um chamado à permanência do chão da segurança através da racionalidade do medo..

Inserida por arremedos_poeticos

⁠Procura-se.....

Um sorriso sincero...
Um olhar brilhante...
Talvez até apaixonado...
Uma mão que acalme, que saiba ser firme e leve, forte e carinhosa...

Procura-se...

Alguém que valorize os pequenos gestos, que ame os detalhes.....
Alguém com a capacidade de desvendar mistérios, que compreenda a intensidade de sentir extremos....
Do nada ao amor imenso, a dor como único sentimento.

Procura-se...

Alguém que esteja perto mesmo quando distante, e que jamais vá para longe....

Procura-se...

Alguém de andar discreto....
Que tenha o abraço certo e as palavras que preciso escutar....
Alguém que compreenda meu silêncio de objeto.....

Que na noite faz-se ainda mais quieto, e mesmo assim aceita os poucos gestos que me permito não conter....

Procura-se....

Alguém e não sei ao certo quem, sei que preciso encontrar....

Preciso de sua voz desconhecida, mas que ao ouvir, eu reconheceria, como se de outras vidas já a tivesse em minha memória....

Minha memória que está cheia de não-fatos, de lembranças inventadas e sonhos confusos que não consigo organizar.

Procura-se...

Não importa onde ou quando....
Mas procura-se...

Alguém para amar, e que esse amor seja a conjugação do indefinido, do infinito e muito além....
Do que não se pode enganar, não se pode ignorar....

Um amar que seja leve e livre...
Que nos permita respirar e sentir falta um do outro....

Mas que no momento certo nos inflame o coração, que torna-se um só....

Um coração tão grande que não se possa controlar....
Que abrigue um amor tão grande que não possamos nos deixar....

Não peço o "para sempre"....

Apenas busco algo que seja verdadeiro
"por enquanto".

Inserida por arremedos_poeticos

⁠Deixe-se encontrar-se

esta procura que por vezes nos consome, nos desanima ao mesmo tempo que ansiamos encontrar fada-se ao fracasso devido a nossa ânsia de encontrar, esta ânsia que nos domina enquanto procuramos nos faz durante a busca demorada e cheia de obstáculos começar a imaginar como será, quando será, de que forma será

sonhamos tanto que não nos apercebemos que começamos a idealizar alguem que caiba em nossos ideais, enquanto a busca só termina ao encontramos quem nos faça perder nossos ideais

as vezes o melhor é parar de procurar e deixar-se encontrar

está em ti, sempre esteve, sempre estará, talvez os acontecimentos na caminhada em tal busca acabou ocultando em partes de ti que não queiras tocar, revirar, mudar de lugar, jogar fora

olhe para dentro, essa é a procura que deves fazer, deixando-se encontrar-se..

Inserida por arremedos_poeticos