Poema Ordem e Progresso
"Queria escrever um poema,
Um poema para lhe agradecer,
Mas como posso escrever,
Se o caráter já está em você"
Poema racismo
Racismo!
Conhecer para destruir.
Conhecer para desnaturalizar.
Racismo!
Reagir e não aceitar
Reagir e denunciar.
Racismo!
Educar para não praticar
Educar para não valorizar.
Racismo!
Confio na alteridade
Respeitamos o nosso próximo.
Racismo!
Eu me autoaceito como sou, gente!
Somos iguais no amor, Senhor!
Racismo!
Tu não vás nos dividir.
Tu não vás mais existir.
Racismo!
Para que te quero, ódio!
Para que te quero, violência!
Tu vás para a lata de lixo, lixo!
POEMA À MORTE
Estava nascendo
Podia sentir a sua respiração!
Não sabia ainda se seria um poema alegre
Ou triste,
Mas já percebia que seria intenso
Faltava pouco, muito pouco
Apenas algumas palavras
Encontrar a rima ou o ritmo final
E dar alguns retoques
Ah desgraça sem graça!
Musas implicantes,
Senhoras da pirraça!
Quase nascendo,
O poema não encontrou a rima
Quebrou o pé de maneira infame
Antes de dar o primeiro passo
Olhou-me, triste,
Entre envergonhado,
E lamentoso
E foi puxado para o inferno
Das obras não realizadas
Enterrei-o de maneira singela,
Com honra
mas sem grandes funerais ...
E chorei pela sua alma
Durante toda uma semana
Às vezes, mesmo hoje,
Tão longe no espaço-tempo,
Posso ainda vê-lo à morte
Com a respiração ofegante
Diminuindo pouco a pouco
Coberto com o manto negro
Das palavras que apenas mancham papéis
Sem frequentar a boca das pessoas,
Ali está ele - entre as frias paredes da memória
soltando seu último suspiro
[publicado na Revista da Academia Lagartense de Letras, vol.1, nº7, 2021]
SOMBRAS
Nesse poema trago as amarguras e decepções
Sinto-me um ser vagando pelas ruas na contramão
Cabisbaixo, perdido sem direção envolvido pelas sombras
que se apoderam da minha insatisfação.
Faltam luzes no meu pensamento
deixando os sentimentos presos
a uma névoa, envolto de indecisão
Não sei se são sombras do passado.
Do presente que me causam inquietação
Sobretudo muita desilusão
continuo lutando para um dia fugir
dessas sombras que vivem a me perseguir.
Do futuro nada a dizer
Se do passado não me defini
Do presente não me encontrei
Talvez as sombras continua a seguir.
A dor do poeta não é a dor do poema
a dor do poema e dele mesmo
a dor do poeta se confunde entre letras e lágrimas que escorrem sobre a face/folha de papel do poeta em dor
"Madrugada"
Esta madrugada eu quis ler um poema,
algo prateado que inundasse os olhos daquele anjo.
Eu quis ouvir a chuva, aquela chuva da minha infância,
que aportava meus navios brancos nas pedras.
Esta madrugada eu quis que todas as luzes se apagassem,
e teus olhos se acendessem nos meus.
Ramos crescendo esticam-se na janela,
querem ouvir meus pensamentos,
e bem ouvem,
a madrugada de um poema,
e pousam meus sonhos, no cansaço.
POETA
Igual poeta,
faço poema.
Rasgo minh` alma,
lanço meus verso,
longe do quarto,
dentro de mim,
sem lucidez,
sem os desvios,
e sem frações.
Múltipla… inteira...
encontro - me!
( 14/01/2019 )
Reconheço teu rosto na multidão e tento compor o poema da tua presença.
Fico a espera de novos gestos, sorrisos e palavras.
Reconheço teu rosto e me perco diante de tantas faces.
As palavras somem e com um suspiro profundo, pronuncio o teu nome que é um poema de amor e saudade
DONDE
Cá, um poema incógnito e moroso
Fatigante, melancólico e sem vida
Que corta o verso no sentir caloso
Tal e qual uma sensação repartida
Penetra silente num sonho umbroso
Da imaginação, tal uma negra ferida
Fazendo do prosar pravo e doloroso
Numa poética carente e tão sofrida
Assim, nas margens do seu fadário
O trovador se vê inquieto e solitário
Em que a tal sofrência nele esconde
Ah, infortunado versar dorido e duro
De um desalento, latente, tão escuro
Que a gente sente, sem saber donde!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04 fevereiro, 2021, 10’53” – Araguari, MG
Nem todo poema é tinta e papel
Saiba ver de onde vem, onde tem
Cada alvorecer
Poema do, o teu aroma adocicado como as planícies de galiza, o teu cheiro gostoso como o mel, o teu coração puro como o universo, o teu toque poético como uma poesia pelos nossos corpos húmidos e ardentes.
Tu és a minha realeza.
Eu não preciso de titulos reais.
Mas sim tu és o meu maior titulo minha duquesa. Eu vivo de amor e paz e não de titulos e glórias. Tu és a minha maior glória.
CÂNTICO PARTIDO
Meu poema busca a poética cantada
Do coração, a tal sensação em glória
Traçando o rumo sedutor na história
Pra não se deter na rima amargurada
Meu sonho clama pela mesma vitória
Que já estravou em prosas já passada
Quando a poesia vivia só apaixonada
Em lágrimas e dores em sua oratória
E o amor, ah como é abrigo o seu zelo
Quero-lhe versejar em delírios e o tê-lo
Na alma, no sentido e doces emoções
Essa procura é um verso amordaçado
Angustiado no estro e no canto calado
Por ter errado demais nas inspirações...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08 fevereiro, 2022, 15’50” – Araguari, MG
POEMA MARGINAL
Poeta,eu? Eu não !
Meu poema não tem poesia
Não tem bandeira
Não tem corrente
Não tem escola
Tremula no meu terreiro poético
o mastro nú. Pau de sebo.
Meu poema é cheio de falhas
Meu poema é vazio
Meu poema mente.
Discretamente como o moço
lúcido no ponto do ônibus.
Meu poema não tem sentido
Não tem boca
nem ouvido
Vai como um rio sem direção
à margem da cidade acesa...
do livro "Licença Para a Vida " Editora do Escritor
ODE AO CIÚME
Quem pode resumir em um texto ou em um livro, ou num poema, as nuances do ciúme?
É preciso ser um gênio da ficção para compor uma ode ao ciúme, ou como eu, ser vítima dessa áspide venenosa e cruel.
O que é o ciúme? Ninguém ainda consegue explicar, como seres humanos, talvez nos seja permitido apenas experimentar suas mil e uma facetas ou manifestações. O ciumento não sabe controlar seu ciúme, pois age com o instinto animal que ainda preserva nas veias, no sangue ancestral.
O desejo de dominar o outro é mais severo entre os ciumentos, eles querem ter o controle total da relação. Qualquer distração do seu parceiro é para ele causa de desconfiança, na verdade, segundo o ciumento, se a atenção folgar por horas ou dias, caso não seja valorizada constantemente, lhe dá motivo, certeza de que está sendo traído, deixado de lado, os sentimentos dos outros não tem importância.
O poema é lindo
O amor tem um aroma de romance
Me torno romancista sempre que tenho chance.
O poema é lindo..
O poema é lindo quando transformamos os acontecimentos da vida em grande teor.
O poema é lindo..
Onde está o mar, está o azul
Onde está o céu, estão as nuvens
Onde está a noite, está a lua e as estrelas
Onde está o amor, está a vida e também o poema.
O amor dá vida a todo poema..
Se um poema é lindo
Então traz...
Café e paz
Te fortificará
Se estiveres mórbido.
“Volontà di”
Perdido aqui, num poema sem direção
entre saudades, solidão e tanto pelejo
que ao estimar tanta sensação, desejo
usar cada sentido e cada pura emoção
Do coração um olhar repleto de paixão
aquela visão numa poética em cortejo
de poetar a quem mereça o doce beijo
abraços, em resumo uma grata razão
Aquelas odes bem talhadas, diferente
repletas dum sentimento inteiramente
pairando numa vontade farta de ardor
Aquelas odes com tudo, não metade
que nos carrega além da eternidade
as autênticas prosas do total amor...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 fevereiro, 2022, 15’42” – Araguari, MG
🎇⿻̸̣˖໋݊·ᜒᜓ⸙𝅄݊꒺࣪࣪ꫬ.⁕✾ᰰ۪{nosso mundo} Poema XLVII
Nosso planeta vaga por esse universo abundantemente solitário
Tão silencioso mas cheio de outras formas de vidas
Tantos planetas
Tantas galáxias distantes
Tantas estrelas brilhantes
Portanto nós,minúsculos seres
Somos nada vagando ao eterno esquecimento
Mas para um ao outro
Somos tudo
Um só até o fim.
𖦹໋᪶۫·ꥈ୭𖢻ֹֺ໋᳝·݊🍁⃨ຳི{alma livre} Poema XLVIII
O mundo irá mudar
Quando eu for me tornar aquele que desejo ser
Então por favor
Não diga o que eu devo fazer ou devo dizer
Pois eu sou livre
Nasci num mundo belo apesar das interferências
Apesar das circunstâncias atuais
Não sou mais uma criança para me lamentar de minhas derrotas
Sou um adulto que anda com a graça e a sabedoria de alguém que sabe o que é aprender
Viver sem medo de se perder no meio do processo
Então não me prenda e não me subestime
Cuidado, mundo
Você conhecerá o meu nome.
Apego por Saik
Eu escrevo poema sem notar
E penso "Porra, isso eu devia anotar"
Eu nem ao menos tô tentando disfarçar
Sincero? Minha vontade é de gritar
Já escrevi despedida
Já escrevi reconciliação
Já escrevi desculpas
Já escrevi perdão
Estou cansado disso tudo, já estava, antes mesmo de começar
Foi tudo tão natural e difícil de imaginar
Nem em meus sonhos mais loucos aconteceria coisa similar
O que é meu e está com voce, peço que devolva
Se isso tudo for apego, que se dissolva
Mas se for amor, eu espero que logo se resolva
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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