Poema Nao Ame sem Amar

As riquezas pintam o homem, e com as suas cores cobrem e escondem não apenas os defeitos do corpo, mas também os da alma.

Quando não se possa escolher senão entre a cobardia e a violência, aconselharei a violência.

A solidão é um bom lugar para se visitar, mas não é nada bom para se lá ficar.

Quem tem fome não tem escolha. O seu espírito não vem de onde ele gostaria, mas da fome.

Coragem é o preço que a vida exige em troca de paz. A alma que não aceita, não se desapega das coisas pequenas.

Ao planearmos para a posteridade, deveríamos lembrar-nos de que a virtude não é hereditária.

O cientista não traz nada de novo. Só inventa o que tem utilidade. O artista descobre o que é inútil. Traz o novo.

Ser marido é um emprego a tempo inteiro. É por isso que tantos maridos fracassam: não conseguem dedicar a isso toda a sua atenção.

O homem não pode fazer-se sem sofrer, pois é ao mesmo tempo o mármore o escultor.

Não julgue um homem pelas suas opiniões e sim pelo que ele se tornou em virtude delas.

O que conta para um artista não é a «experiência», é a experiência interior.

As empresas existem para criar e preservar seus clientes. Não para criar produtos, como muita gente imagina. Os produtos são efêmeros; os clientes não.

A humanidade não é um estado a que se ascenda. É uma dignidade que se conquista.

Como fazer para não fazer nada? Não conheço no mundo nada mais difícil. É um trabalho de Hércules, um aborrecimento de todos os instantes.

Toda esta tagarelice dos homens não constitui uma verdadeira palavra, suporto-a para poder gozar o silêncio que passa através dela.

O amor, no seu estado social, talvez não tenha nada razoável senão a sua loucura.

Do irreal resulta a impotência; o que não somos capazes de conceber não podemos dominar.

Quem não ama o seu semelhante vive uma vida estéril e prepara um túmulo triste para a sua velhice.

A calúnia é um fogo devorador que consome tudo em que toca e que enegrece o que não pode consumir.

O meu leitor não é o que me lê. É o que me relê (caso exista). Um autor lido unicamente uma vez não tem leitores, por mais retumbante que seja o seu sucesso.