Poema Nao Ame sem Amar
Aquiles o bravo!
Nas planícies de Troia, a batalha se iniciou
E entre os guerreiros, um herói se destacou
Aquiles, filho de Peleu, corajoso e impetuoso
Com sua lança e escudo, no campo de batalha era glorioso
Nenhum inimigo era páreo para sua força e destreza
E com sua bravura, inspirava medo e surpresa
O mais temido dos guerreiros, de coração forte e nobre
Era o mais valente dos homens, um verdadeiro cobre
Nas batalhas, seu grito ecoava pelos campos
E sua lança, cortava o ar, como uma flecha sem danos
Com sua armadura brilhante e sua determinação inabalável
Aquiles era o herói mais corajoso e formidável
Seus feitos ficaram registrados na história da humanidade
E sua bravura, em nossas mentes, permanecerá pela eternidade
Aquiles, o herói da Ilíada, que lutou com toda sua alma
Será para sempre lembrado como o mais bravo de todos os guerreiros de Troia e da Grécia.
No meio da floresta escura
A vida pulsa, vibra e brilha
Raiz,fruto e semente
Folha,caule, eternamente
Cada gota que cai do céu
Transmuta, tinge, colore
A relva, o ser, todos são sua prole
Nada será desperdiçado, é a lei
Tudo e todos, seguem juntos em um só
O amor interligado, desatando cada nó
Passa o tempo, o dia, as Eras
E a teia continua,
Cobrindo com vida plena
A natureza que a nós mantém
Do centro da escura noite, do brilho que o dia traz
Caminhamos por este mundo
Procurando a profunda Paz
Para quem está atento
Segredo já não é mais
Procuremos em nossa essência
Aquele que Foi, É e Será ...
O BÊBADO E A EQUILIBRISTA
De João Batista do Lago
(Para meu irmão Júlio César, in memoriam)
E lá se vai ele!
Equilibrando-se sobre a corda-vida
segue o bêbado trançando dores,
cerzindo rancores póstumos,
cosendo seu livro de dissabores…
Vê-se de cá, de bem longe,
um zumbi errante
e todos seus vagabundos amores
fazendo-lhe procissão e coro
às suas preces de socorro:
― “a corda-vida não te sustentará
o equilíbrio de que necessitas.
Há um abismo entre teus polos:
abaixo de ti apenas a cova
tua, deitará esquecida a ossatura
da carne antes corroída pelo
colírio de pó de antimônio.”
Hoje não mais cerzes
nem dores… nem dissabores…
E nem mesmo sabe-se do teu equilíbrio,
e nem mesmo sabe-se da corda-vida.
“És apenas lembrança
― lembrança pela vida bebida.
Hoje és, apenas, arcanjo.”
MÃE, ANJO DIVINO
Mãe é pra ser tratada com todo carinho,
Com toda doçura, com completa atenção;
Mãe é dádiva dos céus, é flor sem espinho,
É amor sem medida dentro do coração!
Mãe é consolo divino, é compreensão,
É conselho pro bem, pro seguro caminho;
Mãe é lágrima chorada, numa oração,
Intercedendo a Deus por seu pobre filhinho!
É como um anjo na terra, como um anjo sem asa,
Como um anjo de Deus morando dentro de casa,
De altíssima grandeza, como um querumbim!...
Por isso que mãe de verdade é para sempre!
Pois mesmo quando parte ela fica presente,
Nas nossas lembranças... — na saudade sem fim!
MÃE DE VERDADE
Mãe de verdade amamenta sem dor,
Sem se queixar do filhinho querido;
A noite de sono, sem alarido,
Perde por ele, num ato de amor.
Mãe de verdade ela pede ao Senhor
Pra cuidar do filho, a cada segundo;
Dando carinho, seu amor profundo,
Pra que ele cresça com todo vigor.
Mãe de verdade jamais acha um peso
Amamentar seu filho pra que, ileso,
Cresça saudável, feliz em seu lar...
Só quem trata com zelo, amor, carinho,
Reconhece o valor de seu filhinho,
— Uma herança de Deus que ele nos dá!
Soneto da Felicidade
Há quem diga que para ser feliz,
Precisa-se de algo ou alguém,
Mas sabedoria é saber que o que diz
É que sempre precisamos de alguém ou algo, também.
Eu digo que tenho ambos, com certeza,
Mas felicidade é mais do que isso,
É ter em mente que cada beleza,
Está nas coisas simples do dia a dia, no seu puro sorriso.
Felicidade é ter domingos fartos,
De boas conversas e risadas sem fim,
De amigos por todos os cantos,
E de momentos de paz dentro de mim.
Ela também está nos cantos e choros,
Nas brigas que nos fortalecem,
E no consolo que encontramos no amor,
Felicidade é estar presente em tudo que desejamos e merecemos.
Ao ler Fernando Pessoa...
Ler Fernando Pessoa,
Faz-me a alma renovada,
Como se uma luz brilhasse,
Na minha mente iluminada.
São versos de pura beleza,
Que nos levam a pensar,
Sobre a vida e a natureza,
Sobre o amor e o sofrer.
O poeta de muitas faces,
Que viveu várias vidas,
Deixou-nos a sua herança,
Em palavras tão queridas.
Ao ler Fernando Pessoa,
Sinto-me pleno e inteiro,
Com o coração inundado de poesia,
E a mente a entoar em segredo.
CORAÇÃO DE MÃE
Coração de mãe é algo inexplicável,
Tem um mistério, um segredo escondido,
Que somente Deus, que o tem concebido,
Pode fazê-lo notório, afável.
Pois a sua grandeza é quase inefável,
Mesmo que não seja correspondido,
Mesmo sangrando, peito ferido,
Seu amor ao de Deus é comparável!
Coração de mãe é eterno aconchego,
É carinho e amor e tão doce apego
Que igual não existe em lugar nenhum.
Abrigo seguro, o melhor dest' lida,
Ele nunca se enche, é amor sem medida...
Coração de mãe sempre cabe mais um!
SER MÃE - DÁDIVA DE DEUS
No Salmo cento e vinte e sete escrito está
Que nossos filhos são heranças do Senhor,
U'a preciosa recompensa que ele dá
Pra cuidarmos aqui na terra com amor.
O privilégio de ser mãe, por seu favor,
É u’a graça imensurável, especial.
Gerar um filho no seu ventre, que esplendor!
É uma dádiva do Deus celestial!
Que presente maravilhoso, que bonança,
É ter um filho para amar, uma criança,
Com mui carinho, com ternura, com amor!...
Mas na terra há uma campanha contra a vida,
Defensora do tal aborto genocida,
Desafiando a humanidade e o Criador!
SER MÃE
*
Ser mãe é ser prudente,
Ser amiga, conselheira,
Se fazer sempre presente,
Firme, forte, verdadeira!
*
Ser mãe é um dom divino,
O mais verdadeiro amor,
É ganhar em seu destino
Uma herança do Senhor!
*
Ser mãe é sempre acolher,
É ter coração gigante,
Sempre pronta a receber
Os seus filhos, todo instante.
*
Ah, ser mamãe é ser carinho,
Ser afeto, ter cuidado;
É ser flor sem ter espinho
Num jardim tão perfumado!
*
Ser mãe é trazer no peito
Seu filho, com esperança;
É amá-lo do mesmo jeito,
Desde quando era criança!
*
Ser mamãe é ser mulher
Guerreira, perseverante;
Intercessora de fé
E conselheira constante.
*
É ser sempre motivante,
Otimista, esperançosa;
Pois ser mãe é ser constante,
Vigilante, cuidadosa!
*
Ser mamãe é ser valente,
Corajosa, destemida,
Defensora, combatente,
Pelos frutos de sua vida!
*
Ser mamãe é ter razão
De neste mundo existir,
Doar-se de coração,
Sem recuar, sem desistir!
*
Pois mãe é mãe toda hora,
Não tem férias no viver,
Age sempre, sem demora,
Pra seu filho socorrer!
*
O seu Dia é todo dia,
Todo minuto e segundo;
Doando-se co' alegria,...
Co’o melhor amor do mundo!
o vazio de todo homem vem ao encontro.
em nome de um sentido maior.
uma causa sem pudor.
algo de pouco valor,
que foi de vez ao centro.
centro de sentido insolucionáveis,
de valor nenhum pouco estáveis.
na vida nada e tudo tem valor,
mas tudo é reconhecível.
o valor de ser lembrado,
mesmo que por uma ideia pouco:
favorável.
lembre que tudo está a favor.
de alguém que luta por seus fins
Vende-se um Poeta
Na feira das quincalharias
Entre perdidas velharias
Poeta agrilhoado
Homem amordaçado
Outrora gladiador
Apaixonado e sonhador
Ali sem corpo
Ali já louco
Sem estrelas no olhar
Magro na palavra
Mago sem magia
Esquelético no semblante
Viajante do inferno de Dante
Ali em leilão
Ali sem paixão
Torso nu sem alma
Já não clama
Já não ama
Já não é poema
Vende-se
A quem o reclama.
Histórias… estorias…
O tempo passa
Nosso passado é história
Muitas estórias também
Nem tudo vivemos
Muitas coisas julgamos saber
Até que a vida nos apresenta
A outra face
Nossos anseios e metas mudam
A cada minuto
Insaciáveis, buscamos o ouro
Quando o conhecimento
É o que realmente nos enriquece
Algumas coisas mudam
Outras jamais
Queremos que algo nos aconteça
Quando nós devemos acontecer as coisas
Vivemos e inventamos
As estórias nos permitem sonhar
As histórias, feitos que conseguimos
Realizar
Qual o próximo passo?
Qual o próximo abraço ?
Onde estou?
Onde quero chegar?
Estoriador ou historiador
Da própria vida???
Oh, saudade que sinto
É só dor
Dor contida, dor guardada
Dor sentida, dor calada
Se mostra sem se mostrar
Doí e não se sente
Arde sem nem arder
Como fogo quente
Corroí como ferrugem, mas sem corroer
Mata sem matar
Como uma arma sem munição
É um gatilho que se puxa, mas não dispara
Começa mas nunca termina
Saudade que me ruína, saudade que me acaba
Saudade que não termina, saudade que nunca se acaba
Nos traços da missão da sua luta,
Dirige-se ao prélio o legionário;
Definem da coragem o seu erário
Suas linhas com face resoluta.
E galopa veloz cortando o Tempo,
Do dever sua lança o império vibra:
Densas formas desenham sua fibra,
Que os mares da batalha vai rompendo.
Com o fatal findar da resistência,
Desmonta-se o lanceiro em seu declínio
Nos seus rumos desfeitos de existência.
Em esboços se prostra o paladino:
Ei-la, cavalaria de imponência,
Quebrantada em areias do Destino.
Desvendo, introvertida e tão dolente,
Com o verso, que acorda e nada oculta,
A rosa cuja espada vil se sente
No arrebol das paixões da vida adulta.
Aos grilhões do encanto me condeno
A cultuar, honrado, suas formas,
Admirando da lâmina o veneno
E queimando na dor de suas normas.
Ainda que aflições tenha por lemas,
Manifesta-se a rosa com estima,
Que dos versos se adorna nos dilemas.
Se no segredo o amor rasga e se firma,
Deixe o mundo que fervam os poemas,
De onde revela o mal a triste rima!
Cartilha viajante
Cartilha viajante porque num instante
Eu aprendi a escrever
Foi na ordem do alfabeto
Que eu achei correto
E comecei a ler.
Depois disso descifrei o mundo
Quebrei bairreiras e muros
Entre tantos livros que eu li
Mas, num belo dia pus meu querer
E comecei a me escrever
No começo as linhas eram tortas
Me fecharam tantas portas
Mas depois todas eu abri
Hoje vivo num livro aberto
E sei bem que quem é esperto
Tem um livro por perto!
Perdi tempo perdendo tempo
em olhar o relógio com pressa de chegar
e nem me dei conta da paisagem
em que havia canteiros de jasmins
que não levarei comigo na memória
Ela é a cara da mãe,
que em tudo puxou de sua avó.
A avó, por sua vez,
é idêntica à mãe que um dia teve,
que vejo em apagados retratos,
e que, conforme antigamente contavam,
era cópia fiel da bisavó da mãe
da mulher que hoje amo,
e que é a cara esculpida da minha sogra.
Creio que me apaixonei
foi por uma mulher do começo do século XIX
