Poema Eternidade de Xico Chavier
Micropoemas do infortúnio - 2
Para viver um grande amor
Inês e Neves deram-se o sim.
Quando Inês já era morta,
sem falar que aí já morrera o Neves,
tal o tardamento.
Um nada
Um tudo
Um papel e uma caneta
O meu futuro
Mas o tudo vira nada
E o nada continua sendo o nada
O papel continua em branco
A caneta continua largada
O meu futuro continua enevoado
Como se fosse ilusão
Como se a linha do sonho não chegasse até a realidade
Você, eu peço
Troque a minha linha por um elástico
Meu desejo é que eu desperte,
amores, paixões, afetos...
não dores.
Mesmo em preto e branco,
que me vejam...
em cores.
Que me acusem de atrair,
mais amores.
Que eu desperte por aí,
mil amores.
Feito pólen em bico de
beija-flores.
Livro ancestral
Em tua rija fronte e em tua encanecida lauda,
hão estrilos tênues de tinta e traça,
em tuas ditosas orações meu intelecto embaraça
toda a cerne de requintes à palavra rebuscada
Às lufas, sutis folhas reverberam
ao recinto taciturno desta umbral
face da biblioteca de década ancestral,
e onde os clássicos, todos olvidaram
Seria anacrônico um emprego adjetivo
a sujeitar a obra anátema nalgum subjetivo
poema em prosa, que aos leigos é massivo,
mas que para simplório julgo, mais avivo
Ao que lhe tange como relíquia,
não há cédula ou metal que com que se pague;
e sem que o gesto atroz lhe rasgue
obsessivo pela falta, que há tempos traz a míngua
Gabriel Silva Corrêa Lima
Estou doente
Doente de amor
Preciso de você ao meu lado por onde for
Você pra mim não é somente uma pessoa em quem eu levo direito
Mas também é um amor que eu carrego no peito
Chegou como um anjo em minha vida
Era tudo que me mais queria
Hoje voce é meu tudo
Virou meu mundo
Lindo sorriso
Tudo eu memorizo
Ate o suave som de sua voz
Hoje não existe mais eu só nós
Presente de deus
Seus olhos nos meus
Minha boca deseja a sempre a sua
Seu brilho e maior do que a luz da lua...
Que as malas que carrego, sejam deixadas uma por uma
Que os golpes não sejam de amigos
Que a inveja seja aniquilada
Que o caminho seja longo e divertido
Que alegria seja constante
Que a vida seja leve
Que a leveza me leve a paz
Que os amigos sejam bem vindos
Que os que se foram encontrem paz
Que o tempo encarregue da verdade
Que as palavras sejam ditas
Que as ofensas levem ao perdão
Que amor seja vivido
Que o futuro seja a esperança
Que a esperança seja o futuro.
O Amor verdadeiro não aparece como uma opção. Ele acontece como uma razão. A razão de ser essência ao lado de quem ama!
Almany Sol
Nunca objetive qualquer coisa
quando você não tiver certeza.
Contar com a sorte
é fazer loteria com o destino.
Se sentir merecedor é vão
pois nada nos garante
que os mérito são exclusivos.
O amor não é uma pedra
que a teimosia tanto bate
até que se desabrocha.
A loucura do querer
é doente e danosa.
Somente a sensatez
é capaz de avaliar quando,
o vento sopra a nosso favor!
Limites
O tempo todo eu só queria sair daqui, sair sem precisar voltar, sair sem dar satisfações nenhuma depois.
É que aqui é minha prisão temporária, a prisão que aceitei.
Através da porta de vidro o dia parece zombar de mim, o sol invadindo meu campo de visão, meu corpo afunda na cadeira me fazendo aceitar o pesar de que agora ela é minha cela.
Sinto por dentro tudo queimar. Inquietude. Todas as minhas células procurando uma saída, meu pulmão lutando por oxigênio, o coração descompassado.
Depois a fuga, só pra recompor, só pra buscar no sol um pouco de recarga, um pouco de força.
De volta, os olhos encontram o mesmo plano de fundo, é tudo igual, meus movimentos já estão limitados. Limitados. Limitados. E eu estou no ápice do limite, por um triz de algo. Minha sanidade está por um fio e, meu maior temor é que esse fio rompa e interrompa de novo, tudo outra vez.
- SUBLIME
"Vento frio… que entra pela janela me desperta…
Ali distante, o verde das árvores se mistura com o azul do céu…
O pensamento longe, incoerente…
É a saudade de um sonho,
De um olhar profundo,
De uma voz marcante,
Do brilho de um olhar, que transborda de amor…
Caminho a passos lentos,
Sentindo o ar frio em minha pele
E imagino-a aqui,
Aqui e agora.
Fecho os olhos e a saudade me vence...
A lágrima cai, e o som forte do coração toma conta de tudo.
Não sinto tristeza,
E sim a felicidade de poder sonhar em ter você ao meu lado"
Cinzeiro cheio
Cheio da poesia de cada um
Passaram por ele
Amor e jejum
O amor dilacerado
A esperança de mais um
Acumulou tantas cinzas
Que até são bem vindas
Para um poeta coração
Achando-as lindas
Escrevendo e admirando
Cor morta
Com o cigarro noutra mão
A caneta rabiscando
Um poema sem perdão
Cada palavra ali passada
Acompanhou uma emoção
Desde a profunda companhia
A mais amarga solidão
Existe ali tanta poesia
Que me traz mais gratidão
Por escrever e por sentir
Por amar o que me dão
Trago a dor de cada verso
Trago o que está na minha mão.
"Me chamem de louco....
Prefiro enxergar de forma clara a minha loucura,
Do que estar cego na sua falsa sanidade!"
De repente eu abri os olhos e todas as coisas mundanas e universais
Começaram a olhar pra mim e me disseram:
Hei, fala sobre mim, escreve sobre min.
De repente eu não sou humano e sim um maquinário da arte
De repente eu sou prepotente e orgulhoso, mas de repente não
Então comecei a escrever um monte de bobagens
Pra quem sabe alguém algum dia chame de arte.
Procura-se uma prenda..
Pra viver comigo num rancho feito de amor e de madeira.
Que queira ouvir milongas pra se amar a noite inteira.
Tomar chima, comer pipoca, contar causos em volta do fogão.
Ter um cusco, um baio e uns filhos pra alegrar ainda mais a nossa junção.
Jogar truco, comer pinhão, viver juntinhos pra sempre aqui no rincão.
— Procura-se uma prenda que queira esse tipo de peão,
pois a quero amar a vida inteira, e entregar o meu coração.
Amor descontente
Que não sai da mente
Coração que bate ao ve-lô tremente
Te -lô na minha vida foi um presente
Aconteceu tão derrepente
Naturalmente, constantemente
Tudo tão simples, e exelente
Ao ve-lô, tudo ficou mais interessante
Conseguir esquece-lo não é tão facilmente
Você se tornou um desafio inesplicávelmente
Ao abraça-lo foi terrivelmente intesamente
Ao ouvir a tua voz baixa foi excitante
Uma pessoa intrigante,
Que age contraditoriamente
Mas a qual desejo profundamente,
E passei a amar incondicionalmente e misteriosamente.
Sentei na cadeira de balanço
Levantei minhas pernas para o ar
Admirei com ternura o encanto
Que aquele doce recanto
Tinha à luz do luar
Lembrei da terra bendita
Que durante anos foi meu refúgio
Terra de minha donzela querida
Onde o mais belo sorriso
Aparecia por detrás do muro.
Veio a memória os infindáveis momentos
De um amor considerado louco
Fiquei perdido em cada pensamento
Que naquele triste relento
Me parecia pouco
Cá estou eu, lá está ela
A beleza de sua face não mudou
Apenas não existe mais o brilho
Por não ter em seus delírios
Esse homem que tanto te amou.
Na solidão da noite te procurei e não te encontrei
O meu coração solitário clamava por ti, esperando te ouvir.
Os meus pés descalços apressavam a te encontrar em qualquer lugar.
Os meus olhos atentos buscavam os seus que se perdeu.
O meu corpo suado desejava o seu que um dia foi meu.
Procurava te encontrar por todas as cidades e além mar.
Vaguei por toda direção, mas te encontrei dentro do meu coração.
O Deflagrar de um Sentimento de Paixão.
Quando eu te vi pela primeira vez, senti que algo de novo estava para acontecer. Eu com o meu coração alado me colidi com o seu sorriso e simpatia que me fizeram cair num profundo mar da paixão. E sem recurso para resistir me deixei levar, e sem ao menos esperar estava seu prisioneiro. E na prisão do sentimento eu pensava como foi bom te conhecer, e me tornar parte do seu ser. Mas só que, como todo prisioneiro anseia a liberdade, eu anseio a minha. Não a liberdade de estar distante de você, mas sim de estar livre para poder te amar, e viver ao seu lado. Pois o meu maior prazer e estar com você, e fazer parte do seu viver.
Amo-te por existir.
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