Poema Eternidade de Xico Chavier

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⁠O brilho das estrelas nos olhos de uma dama

O brilho que o sol traz no meu dia
Se assemelha ao brilho dos olhos daquela garota
Sua dança me lembra do balançar
Que o vento faz quando passa
Entre as folhas de um orvalho
No amanhecer de um belo dia
E no anoitecer me lembro desses mesmo olhos
Brilhantes como um feixe de luz
Em meio à escuridão
Esse brilho no olhar
Que me encantou e me fez pensar
No qual fascinante é a beleza humana
Aquele lindo brilho no seu olhar.

QUANDO VOCÊ RESOLVER FICAR

Minha querida amiga,
meu doce e pueril amor,
quando você chegar
e quiser,
por vontade própria,
ficar comigo,
saiba que não irá
nem hoje nem amanhã
ter que algum aluguel pagar.
Sabe, meu bem,
eu não quero que você fique
a menos que realmente queira.
Por aqui, muita gente passou:
uma até ficou, eu não tratei bem,
ela deu meia volta e vazou.
Por aqui, algumas já chegaram
e da porta não passaram
porque viram toda a bagunça
e nem animaram.
Mas saiba que aqui é espaçoso
e bem aconchegante.
Às vezes tem espinho e fede,
mas eu limpo e amacio antes.
Às vezes eu cozinho,
outras vezes nem louça lavo.
Só quero que venha se aceitar
fazer parte de um plano.
Não o meu,
o plano de uma vida a dois.
Quando quiser ficar,
se esqueça do que sei fazer.
Porque eu quero ser inútil,
mas importante pra você.
Quando quiser ficar,
saiba que há outro lugar.
Quando quiser ficar,
saiba demonstrar.
É, meu bem,
eu não sei.
A propaganda não é boa,
imagina o conteúdo?
Talvez você se agarre
na dúvida
e está tudo bem.
Mas se for ficar,
fica pra sempre, tá bem?

⁠Única Opção

O coração é enganoso,
te faz pensar que tudo é maravilhoso.
Decidi sair para viver,
e agora não sei pra onde correr.


Meu futuro está trassado,
porém me sinto abandonado.
É tão grande a minha dor
que pra mim, tudo perdeu seu valor.


Já estou sem opção,
não pode ser tudo em vão.
Vou me entregar e me envolver,
mesmo sem eu entender.

⁠O Meu Ser!

Eu era calado,
tinha algo guardado.
Meu coração era uma arma letal;
Feria qualquer um que se dizia leal.


Me recordo daqueles momentos,
até hoje eu carrego por dentro.
Fui julgado pela ação, pelo agir e no falar.
Agora comecei a não me importar.


Hoje, me preocupo em me preocupar.
Meus medos, tento afastar.
Possuo um arsenal dentro de mim,
ali estão os sentimentos em que tentei por um fim.


No amanhã penso em meus sonhos conquistar,
e o sacrifício me faz raciocinar,
que o orgulho é preciso abandonar.


Enfim tive uma conclusão!
Sou menor que um simples grão.
Lembro de algo essencial…
Eu sou um eterno mortal

⁠Bacanal

Quero beber! Cantar asneiras
No esto brutal das bebedeiras
Que tudo emborca e faz em caco…
Evoé Baco!

Lá se me parte a alma levada
No torvelim da mascarada,
A gargalhar em douro assomo…
Evoé Momo!

Lacem-na toda, multicores,
As serpentinas dos amores,
Cobras de lívidos venenos…
Evoé Vênus!

Se perguntarem: Que mais queres,
além de versos e mulheres?
– Vinhos!… o vinho que é o meu fraco!…
Evoé Baco!

O alfange rútilo da lua,
Por degolar a nuca nua
Que me alucina e que não domo!…
Evoé Momo!

A Lira etérea, a grande Lira!…
Por que eu extático desfira
Em seu louvor versos obscenos,
Evoé Vênus!

Manuel Bandeira
LIMA, Alceu Amoroso. Poesia: Manuel Bandeira. Rio de Janeiro: Agir, 1983.

⁠O tempo passa depressa

O tempo passa depressa
Quando todos os dias são iguais
Quando todos os dias se faz tudo igual
Quando não se aprende nada de novo
E tudo de antes se repete de novo
Não há lembranças para lembrar

O tempo passa depressa
Quando parece que vai devagar
Quando parece que nada acontece
Quando parece que não se envelhece
E que o tempo parou de passar
É tempo vazio que se tenta segurar

O tempo passa depressa
Quando não se lamenta uma tarde perdida
Quando em um ano não se vive uma vida
E uma vida cabe em uma lembrança

E se veste a mesma roupa
E se come a mesma comida
E se bebe a mesma bebida
E se vai aos mesmos lugares

O tempo só não passa depressa
Quando é tempo vivido, aproveitado
E quando passa é tempo lembrado
E voa e nem se vê passar
Esse é o tempo que passa devagar

⁠*DESPERTA!*

Muitos jazem,
Porque a vida acabou.
Outros jazem,
Porque ainda não começou!

Alguns vivem pobres,
Possuindo grande tesouro
E acabam morrendo ricos,
Enterrando todo ouro.

Cada criatura,
Carrega a marca do Criador,
Uma estampa encrustrada,
No seu interior.

Deus nos fez assim,
Quando idealizou,
Alguém que pudesse exprimir,
Sua força, seu vigor.

Então, há um propósito,
Para a sua existência,
Pensado por alguém,
Que deve ter a proeminência.

Você consegue ouvir
Aquela fala da criança?
Que um dia declarou,
Com tanta confiança:

-Mamãe eu quero ser,
Como aquela linda estrela,
Que brilha, resplandece,
Clara, reluz esplêndida!

Quero voar como um super herói,
Alcançar maiores alturas,
Ser forte e poderoso,
Salvar quem precisa de ajuda!

Mas, essa criança foi sufocada,
Pelas circunstâncias enquadrada,
Deixando seus sonhos tão lindos,
Largados ao pé da estrada.

Os anos se passaram,
Mas a criança continua falando,
Dizendo: tem algo de errado
Você não está se realizando!

Ela só quer te mostrar,
Que os tesouros ainda estão lá,
Aguardando o nobre momento,
Para se manifestar!

O tempo pode passar,
E você desculpas arrumar,
Mas, até quando irá protelar,
E essa força segurar?

Desta vez, vem como torrentes,
Para te impulsionar,
Porque a voz profética abraça,
Quem deseja caminhar!

O som da criança escondida,
Necessita se manifestar,
Dando vida a esses tesouros,
Que todos precisam desfrutar!

Não resista, apenas se entregue,
Ao novo mover divino,
Que conduz essa história,
Rumo a um destino.

Pode ouvir o alarme,
Que ressoa no interior?
Então, coloque os pés no chão,
Porque o despertador já tocou.

✒️ Autor: Vanessa Ribeiro
☀️ Inspiração: "Despertar - Um Novo Dia" Bispo @jbcarvalho

⁠plantou Amor e não colheu?

bah, é simples!

plantou em terra estéril!

deixa de ser trouxa e procura uma terra apta a receber suas sementes..

eu amava as chuvas de verão e agora só posso usa-las para chorar escondido

penso se não serão as mesmas nuvens que muitas vezes mandavam gotas de chuva beijar seu rosto quando vivíamos nossos pequenos infinitos..

⁠tempestade

Uma chuva de verão
no princípio do inverno
E a sã superstição
diz que vaga no Eterno

um espírito pagão
implorando por perdão
na entrada do inferno...

⁠Vinte e três de abril

Guarde a lança, cavaleiro!
No outro lado do alforje
vai a espada do guerreiro.
Eu não sofro mal algum!

Nem sei bem-dizer se Ogum
é devoto de São Jorge
ou Jorge é filho de Ogum...

⁠ode a odé

A imagem no andor
Sete flechas, dor serena
Na cabana, o benzedor
junta folhas de jurema

Na vontade de compor
sete linhas de louvor,
toda arte ainda é pequena...

⁠dois dois

É menino feito santo;
olha a luz dessa criança!
Escondido no seu pranto
um sorriso de esperança

Quando ouve o povo banto
entoar seu doce canto,
faz ciranda, grita e dança...

⁠zi fi

De visita a uma dama
que mexia com o além,
perguntei: como se chama
esse velho sem vintém?

Rindo, disse a tal mucama:
preto-velho não se chama;
se precisa, ele vem...

⁠⁠Maldição de Lilith

Detentora do crepúsculo
Seu cerne angustiante, fará dela meu abrigo
Presenteada com marca condenável
Desafiando a ordem, a natureza proclama
Lilith, a falha proclamada
Jaz solitária, escondida no lado negro
Até a minha porta encontrar, benção melhor não há
Semblante curiosa, a me observar
Com sua beleza macabra, o coração a palpitar
Sem necessitar de permissão para entrar
Desprovida da luz, busca a morte, sem importar

Jogada ao chão, sem nenhuma tensão
Fugaz choque a me vincular
Tentativas desesperadas adornada ao frio
Seu sucumbido corpo a quase ficar
Sem nada mais imediato para ofertar
Minha vida em prol da liberdade, eu desejar
Acionando extrema inquietude
Pois vida já não há
Em obsessão, rezas ao amanhecer, crédulo a ofertar
Amanhecer que nunca chegara
Amanhecer que nunca chega
Agora há de se mostrar
Pois sua maldição não mais jaz em mim
No corpo dela, há de retornar.

Qualquer que seja o relacionamento...
Ninguém faz comigo o que quer...
Sou franco verdadeiro e correto...
Não sou um vivente qualquer...
Portanto vai o meu recado...
Que lugar de uma mulher...
Comigo é bem assim desde jeito...
É simplesmente o lugar onde ela bem quiser.⁠

⁠Conto do minerador

Mais fundo e mais escuro
Sem luz e sem medo
Vou continuando.
Cavando por esses caminhos.
Luz já não existe
Medo me abala
A morte me persegue
Mas eu rezo a deus para que o céu não caía...
Mas quando vejo a luz...
Tudo acaba, para começar de novo

⁠Ontem já foi, amanhã não faço ideia.
Eu quero é viver o hoje, ser intenso, inteiro e andar por aí a passear com as minhas vulnerabilidades, que me lembram de que tudo é fragil e que tenho de apreciar cada brisa que sinto.
Castelo de São Jorge

⁠Para cada lugar que te despedes, tens outro a fazer a festa para te receber.
Trabalhar no duro, treinar no duro, estudar no duro. Não luto contra ninguém, mas sim contra a mim mesmo para estar no topo, não estou a cima de nada e de ninguém mas sim o meu lugar é no topo porque eu faço por isso.
Não sou mais que ninguém, mas sim tenho sonhos loucos e tenho as minhas extravagâncias e sou exigente comigo mesmo.
Não me queixo e nem reclamo mas sim luto, trabalho, treino e estudo e não arranjo desculpas e pretextos.
Eu sou eu, e adoro e amo e nunca deixarei de ser eu próprio, verdadeiro e puro.

⁠Será que um dia,
Depois de uma tarde fria,
Vai deitar na sua cama,
E perceber que já não ama, essa vida,
de regar com farra e cachaça a ferida
Será que um dia vai lembrar?
de um alguém que passou, te entendeu e que quis ficar!
Porém na sua confusão,
preferiu fechar o coração, e simplicidade deixar ir,
e respeitando seu momento, mesmo tendo sentimento, ele resolveu seguir!
E se um dia, nessa tarde fria, procurando você entender,
que o sentimento demonstrado, quando esteve do seu lado,
já não pertencerá mais a você?
Porém esse poema, é só um conto!
Verdadeiro ou não,
que fala sobre um dilema,
de uma tarde fria e um coração.

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