Poema do Jardim de William Shakespeare
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Considero o mundo por aquilo que ele é, Graciano: / Um palco em que cada um deve recitar um papel, / e o meu é um papel triste.
O mal que os homens praticam sobrevive a eles; o bem quase sempre é sepultado com eles.
O homem que não tem a música dentro de si e que não se emociona com um concerto de doces acordes é capaz de traições, de conjuras e de rapinas.
A mágoa altera as estações e as horas de repouso, fazendo da noite dia e do dia noite.
Se fazer fosse tão fácil quanto saber o que seria bom fazer, as capelas seriam igrejas, e as choupanas dos pobres, palácios de príncipes.
Não acredites nem nos que pedem emprestado, nem nos que emprestam; porque muitas vezes, perde-se o dinheiro e o amigo... e o empréstimo.
Quantas vezes a simples visão de meios para fazer o mal / Faz com que o mal seja feito!
Algum desgosto prova muito amor, mas muito desgosto revela demasiada falta de espírito.
A cólera é um cavalo fogoso; se lhe largamos o freio, o seu ardor exagerado em breve a deixa esgotada.
Se todo o ano fosse de férias alegres, divertirmo-nos tornar-se-ia mais aborrecido do que trabalhar.
Nunca houve um filósofo que conseguisse suportar pacientemente uma dor de dentes.
O mundo inteiro é um palco, e todos os homens e todas as mulheres são apenas atores.
Quem me rouba a honra priva-me daquilo que não o enriquece e faz-me verdadeiramente pobre.
Perde-se a vida quando a pretendemos resgatar à custa de demasiadas preocupações.
Pelas roupas rasgadas mostram-se os vícios menores: as vestes de cerimônia e as peles escondem todos eles.
A mágoa profunda tem menos poder para atingir / O homem que dela faz troça, e não a carrega como um fardo.
Pois a calúnia vive por transmissão,
Alojada para sempre onde encontra terreno.
O Demónio não soube o que fez quando criou o homem político; enganou-se, por isso, a si próprio.
Vivi muito tempo, e o caminho da minha vida perde-se nas folhas amarelas e secas.
Eu sei de que maneira pródiga a alma empresta / Juramentos à língua quando o sangue arde.