Poema de Mario Quintana Pe de Pilao
MINHA OUTRA METADE
Você veio como chuva de verão;
Me surpreendeu, encheu meus olhos de lágrimas e encharcou o meu coração de amor. De repente você foi crescendo...
E o berço já não mais lhe coube. Mas nos meus braços você ainda cabe. Assim como Deus tirou Eva da costela de Adão; você foi tirado de mim: minha outra metade. Como água; você ocupa cada espaço daqui de casa, e vai ocupando do meu peito também. Quando vejo já é noite, e você está dormindo. Nem parece aquela criança agitada de durante o dia. Você é o sonho de Deus, e eu passei a sonha-lo também.
Enquanto o mundo está se acabando lá fora, você dorme como se nada estivesse acontecendo.
Você foi crescendo e o tempo da vida foi tirando você de mim. Logo ficarei velha e voltarei a ser uma criança como tu também. E você cuidará de mim. O tempo é danado: a cada dia vai esculpindo na minha faça rugas, deixando meu cabelo da cor das nuvens. Meus olhos um dia já não mais verá você tão bem. Mas imaginarei teu sorriso gostoso sem nenhum dente...
Eu sentirei teu toque, teu cheiro, o cheiro da minha criança linda. Quero sempre ter meu rosto molhado com teu beijo...
MINHA CIDADE: SANTA BÁRBARA
Existe uma cidade
No interior da Bahia,
Onde o sol nasce sobre uma Igreja Matriz.
E se põe sobre a belíssima praça Fonte Luminosa;
É tão poético; é como se um poeta estivesse escrevendo uma poesia...
Seu jardim compõe o belo Cartão Postal.
Onde os passarinhos no topo das belas árvores cantam canções de alegrias.
Onde as moças recebem flores colhidas do seu jardim.
Onde os velhos contam histórias sentados nos bancos antigos de madeira.
Onde as crianças no anoitecer jogam capoeira.
Terra linda no sertão;
És minha cidade do requeijão.
Linda, linda: és minha cidade.
Glorifico-a! Descrevo-a!
Se fosse de pintá-la numa tela, tinha que ter vários Picasso.
Pois, sua beleza não caberia em um só quandro.
Suas escadas nos levam a esse encanto que é!
Nossa Santa Bárbara.
Nossa Pacatu.
Que cavalga sobre muito amor e fé.
MINHA MELHOR PARTIDA DE FUTEBOL
Procuro alguém que me ajude a escrever uma partida de futebol;
Que seja íntimo comigo como Ronaldinho Gaúcho é com a bola; não vou te dominar, só não vou te passar pra ninguém.
Que drible às adversidades como Neymar dribla em campo, e que faça uma tabela como o próprio Neymar fez no seu gol Puskás.
Nosso mátria é tipo o do Santos Fc: nascer e com o outro morrer.
Não vou te pôr no banco de reserva, nem para o escanteio, nem te substituir. Na vida, vamos até a final. Vamos jogar pelas pontas. Dar passos lentos. Não pôr debaixo do gramado os erros. Vamos jogar de terno, um segura o piano para o outro. Quem torce por nós, vai ter que sair do estádio, comprar o ingresso e voltar para nos assistir de novo.
Não faremos faltas.
Cada partida é um Hat-Trick, tipo o Bahéa:
“Mais um, mais um título de glória
Mais um, mais um, Bahia
É assim que se resume a sua história”.
...Se possível, vamos para a prorrogação.
Somos Ridículos!
ESCOBAR: E SUAS MEMÓRIAS PÓSTUMAS
O mar do Flamengo me afogou.
Capitu desaguou em lágrimas.
Betinho que nunca soube o peso de uma, pensou que havia alí algo mais.
E eu, oceano...
Só queria ser uma gota d'água nos olhos de Betinho, também.
Amei tanto a Bentinho,
Que nunca despertou ciúmes em Capitu.
(Só fui seu grande amigo)
Bentinho me amou como se fosse o último.
É tanto que via no rosto do seu filho, minha face.
Capitu com àqueles olhos de ressaca,
viu tudo, e fingia não enxergar nada.
No mais, caro leitor, Escobar afogou-se no próprio mar de desilusões.
PANTERA NEGRA
Nela tudo me encanta:
Seu caminhar sedutor, sou sua mata.
Seu sussurro feroz é como ouvir Milton Nascimento...
Seu olhar de caçadora (caçadora de mim), que não espanta a caça: só dá o bote certo.
Sua cor preta tão reluzente, que distingue em meio as tigresas.
Sua boca: que preza! Me deixa comido (mas ainda sinto fome)
Tem um bom faro,
Que me encontrou.
Eu inverti a Cadeia Alimentar:
Fui caçar a Pantera Negra.
Até o eu-lírico do Milton,
Que só falta falar a língua dos anjos, tentou resumir:
"Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu, caçador de mim"
Qué será de ti?
Necesito saber hoy
de tu vida,
Alguien que me
cuente sobre tus días,
Anocheció y necesito saber.
Qué será de ti?
Cambiaste sin saber
toda toda mi vida,
Motivo de una paz
Que ya se olvida,
No sé si gusto más
de mí o más de ti.
Ven, que esa sed de amarte
Me hace bien,
Yo quiero amanecer
Contigo amor,
Te necesito
para estar feliz.
Ven, que el tiempo corre
Y nos separa,
La vida nos
esta dejando atrás,
Yo necesito saber
Qué será de ti.
Qué será de ti?
Cambiaste sin saber
toda mi vida,
Motivo de una paz
que ya se olvida
No sé si gusto más
de mí o más de ti.
Ven, que esa sed de amarte
Ma hace bien,
Yo quiero amanecer
contigo amor,
Te necesito
para estar feliz.
Ven, que el tiempo
corre y nos separa,
La vida nos esta
dejando atrás,
Yo necesito saber...
Qué será....de ti.
Ele volta, sempre com promessas vazias,
Olhares furtivos, repletos de agonias.
Ela sonha com um lar, onde a confiança é real,
Mas a imaturidade dele transforma tudo em carnaval.
Amor não é só chama; é também proteção,
E no labirinto das dúvidas, ela busca uma direção.
Se ao menos ele visse, que a verdadeira aventura,
É ficar, é amar, e enfrentar a vida com ternura.
Mas ele é vento, que não se pode segurar,
E ela, um porto, que não pode esperar.
Entre insegurança e paixão, um dilema triste,
Um amor que se perde, onde a certeza não existe.
PAZ
’’Eu fico com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita e é bonita... ’’
No silencio calmo
que se anuncia dentro do meu ser
há uma força envolvente
que contagia a toda gente
e me permite enxergar
poesia em cada olhar
essa força que me rende
cheia de sutileza e serenidade
e que me faz acreditar
no poder da tranquilidade
vem calmamente a derrotar
toda a minha agressividade.
um sentimento que de tão pura se iguala
a ternura do sorriso de uma criança
e faz meu coração
encher-se de esperança
essa força tão serena e transparente
vem lavando o coração da gente
como a agua pura e cristalina
da Chapada Diamantina.
é quando eu vejo essas meninas
e me encanto com o sorriso de Marina
ou as peraltices de Catharina
é como transcender em felicidade
é um momento pleno de tranquilidade
é está em harmonia de verdade
é o ápice da serenidade
a paz é fazer da vida uma celebração
é quando me disponho a entender
que o ressentimento leva a perca da razão
é desarmar minha emoção
é esquecer as mágoas em meu coração
para viver um momento pleno de purificação
é sorri abertamente com o peito cheio de gratidão.
PEDRA GRANDE
Entre a Quixaba e o Jorrinho
Tem uma grande Pedra
Há uma “Pedra Grande”
Esquecida no caminho
Abandonada pelos poderosos
Desprezada pelos políticos mesquinhos
À espera de quem quebre esse tabu
E salve o Rio Itapicurú
Dos maus costumes
Dos maus curtumes
Quem nunca sonhou com esse lugarejo
Tornar-se algum dia palco de cobiça, de desejo
Que seja o primeiro nessas terras
E atire a maior das pedras!
Meus pensamentos
São meus
Eles são invioláveis
Violem meu corpo,
Vituperem o nome,
Cessem a liberdade
Cassem meus direitos...
Mas, meu mundo de sonhos,
Só entra que eu convidar:
Lá,habitam meus pensamentos.
Há muito tempo perdi o pássaro da minha vida; Fiz das minhas mãos gaiola para prendê-lo; Mas parecia não mais possuir dedos pra contê-lo; E no desespero fatal, esmaguei-o de afetos, de / carinho... Matei o pássaro dos meus sonhos! Matei o pássaro do meu ninho!
Não pretendo que a poesia seja um antídoto para a tecnocracia atual. Mas sim um alívio. Como quem se livra de vez em quando de um sapato apertado e passeia descalço sobre a relva, ficando assim mais próximo da natureza, mais por dentro da vida. Porque as máquinas um dia viram sucata. A poesia, nunca.
A tarde é uma tartaruga com o casco pardacento de poeira, a arrastar-se interminavelmente. Os ponteiros estão esperando por ela. Eu só queria saber quem foi que disse que a vida é curta...
Mas se a vida é tão curta como dizes
por que é que me estás lendo até agora?
As religiões cresceram entre os humildes porque aqueles que estavam por cima já se julgavam no paraíso.
Velhice é quando um dia as moças começam a nos tratar com respeito e os rapazes sem respeito nenhum.
Há dois sinais de envelhecimento. O primeiro é desprezar os jovens. O outro é quando a gente começa a adulá-los.
Deve ser o fio de vida que vai unindo, pedaço a pedaço, essa colcha de retalhos que é a história do mundo.
O mais espantoso nos velhos é a sua falta de pressa, como se eles dispusessem de todo o tempo que teriam os moços se não tivessem tanta pressa.
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