Poema de Giacomo Balla

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⁠"Chama na Encruzilhada"

Não é só força que habita o fogo da encruzilhada,
Nem só segredo guardado na gargalhada.
É o Pai Criador que me molda na argila bruta, ofício de Oxalá
Manifestador da estrada que em sombras se dilata.
Seu amor por mim é o primeiro sopro na vereda escura,
É o dendê que acende a lâmpada mais pura.

Meu amor por Ti, Esú, não é só oferenda na pedreira, na encruzilhada
É raiz fincada na terra, é chama verdadeira.
É o olhar que reconhece, no caos, a mão que guia,
É a voz que Te chama, antes do amanhecer do dia.
É confiança de filho que sabe: o caminho aberto,
Por mais que doa, é por Ti, Pai, descoberto e certo.

Tua justiça não é espada fria, não é vingança cega,
É a balança do mercado que o egoísmo nega.
É o falo que corta o laço da mentira enleada,
É o "firme ponto" na estrada sacudida, na jornada.
É o lembrete severo: toda ação tem seu retorno,
Na medida exata do ferro, no forno mais interno.

Minha justiça por mim
é espelho que Tua lei me entrega:
Honrar a vida que criaste, com a força que me nega
A fraqueza que desvia, o medo que paralisa.
É lutar, com Tua garra, contra a própria covardia.
É erguer, com Teu exemplo, minha própria fronte erguida,
Fazendo de cada passo um ato de justa vida.

Ah, Pai de todas Encruzilhadas! Nosso amor é movimento:
Tu me crias a cada instante, no teu fogo, no teu vento.
Eu Te amo na travessia, no respeito ao teu poder,
Na aceitação do teu veredito, sem temer.
Tua justiça é meu alicerce, minha bússola na noite,
Minha justiça é a resposta, no meu peito, a Tua voz!
Juntos, na dança do destino, somos fogo e somos chão, choro sangue, gargalhada criação.
Tu és a Criação em marcha, eu sou o eterno aprendiz,
Numa só força, um só caminho, uma energia, um só amor, uma só raiz.
Laroyê

Inserida por OdaraAkessa

⁠ Ofício Solar

A noite é fria, e o frio fustiga o vão
Onde o coração, sem eco, jaz no chão:
Um cálix sem licor, um braseiro apagado,
Um árido silêncio, desolado.

Mas eis que a pálida aurora, em seu labor,
Fende a mortalha do noturno horror.
O Sol — cíclope eterno, forja em chamas —
Tecendo o dia com douradas tramas.

Não mero fulgor que apenas vela a dor,
Mas alquimia sutil, um ato maior:
Transmuta o gelo em seiva, o vazio em vaso,
Onde a esperança, planta de tenro laço,
Desabrocha — não em júbilo feroz,
Mas em quieta alegria, como a voz
Da fonte que retorna ao seu leito antigo,
Da estrela que persiste no perigo.

Nasce o dia. Não como um grito vão,
Mas como o lume que a razão acende
Na escuridão. É o gesto que desfende
A vida do seu próprio abandono:
O sol, Vênus, a alba... É o eterno dom
De um novo tempo, um compassado som
Que diz: Em ti, a luz se refaz agora."
E o coração — vaso, crisol, forja ignora
O frio da memória, e aprende, enfim,
O ofício de ser luz, de ser jardim...

Inserida por OdaraAkessa

⁠Tardes com Teu Nome

Há um instante no crepúsculo que cai,
Quando a luz, já cansada de ser sol,
Se derrama nos vidros a cantar
Um segredo que o mundo não sabe ouvir.

É nessa hora branda, quase parada,
Que teu rosto se forma no ar morno:
Não é lembrança, é presença delicada,
Um refúgio de sombra no fim do dia.

Penso em ti — e o tempo se dobra:
O vento traz tua voz nas folhas secas,
A poeira dourada dança devagar
Como gestos teus pela sala vazia.

Ah, que ofício simples e profundo
Deixar que a saudade, lenta, se instale: Pois ainda não vivi.
Não dói, aquece. É um fogo brando
Que a tarde carrega em seu manto largo.

O mundo lá fora se tinge de mel,
As nuvens desfiam algodão doce,
E eu — apenas navego sem pressa
Nesse mar calmo onde teu nome é porto.

Porque pensar em ti à tarde não é fuga:
É encontrar, no meio do dia que finda,
A quieta certeza de que existes,
E que essa luz, por um instante,
É tua mão acariciando o horizonte...

Inserida por OdaraAkessa

⁠Pequena Resistência

Era um grão no chão duro,
Pisada pela pressa do mundo.
Vozes grossas, vento cortante,
Vida apertada, mas não tanto.

Sob o peso do inverno longo,
Guardou calor no punho fechado.
Cada passo era montanha,
Mas seu sonho, semente teimosa.

Um dia a raiz furou o cimento,
Broto verde ergueu o dia.
Na altura do joelho alheio, foi quando eu conheci.
Floresceu sua quieta ousadia.

Hoje carrega o sol na palma,
Pequenina nave mestre
De si mesma —
Flor de asfalto.

Inserida por OdaraAkessa

⁠Bom Dia, Esperança

O sol beija a manhã,
trazendo luz e canção.
O mundo renasce em flor,
cheio de cor e calor.

E nos teus lábios, talvez amor?
— a boca mais linda que eu já vi —
moram sorrisos de aurora,
doces como o dia que agora

se abre em promessas,
em versos, em festas.
Que a esperança nos guie,
e que o teu riso me alegre
até o fim do dia...

Inserida por OdaraAkessa

⁠Amizade em Flor

Mais que a chama que incende o olhar,
Há a raiz que sabe aprofundar.
Philia – amizade, solo quieto,
Onde repousa o ser completo.

Não só paixão, fugaz e viva,
Mas mão segura, atenção tardia.
Silêncio que não pesa ou dói,
Lugar comum onde o eu despois.

E nesse campo, fértil e calmo,
Pode brotar um doce palmo
De algo mais... um tímido ardor,
Pergunta sem resposta, talvez amor.

Mas mesmo assim, se o fogo nasce,
Da amizade a base não despedaça.
Pois o afeto que primeiro veio
É o caule forte, o puro seio.
Amor de amigo, quieto e profundo,
Pode ser terra... ou ser o mundo.
Onde o romance, se vier, será
Raiz e flor, na mesma estação.
Dois amores numa só canção,
Um abrigando o outro, sem perder
A essência pura de se ver
Na mesma sombra compartilhada,
Cada um de nós, inteiro, na jornada.

Inserida por OdaraAkessa

⁠Manhã

Teus olhos têm o sol
que acorda a madrugada.
Teu riso, o céu azul
que abraça a tarde amada.

Bela como o dia
que nasce e se despede:
breve flor, vento, magia...
que a noite apenas pede.

Inserida por OdaraAkessa



Oferecimento à Encruzilhada

Ao Senhor das Encruzilhadas,
Exú, Mensageiro, Guardião das Estradas,
Que abre os caminhos com seu falo e tridente
Receba nosso humilde coração.

Sua chama vermelha, viva a brilhar,
Traz o movimento, faz desatar
Os nós da vida, o que está parado,
Por seu axé somos libertados.

À sua esquerda, todo o Povo da Rua,
Sábios Guardiões da noite e da lua:
Pombagiras de força e beleza,
com sua certeza,
Exus-Malês de firme proteção,
Que trabalham na luz da intenção.

Aos que zelam nas calçadas e esquinas,
Nas sombras, nas festas, nas cantinas,
Obrigado pela mão estendida,
Pela justiça na virada da vida,
Pelo conselho no ouvido atento,
Pelo trabalho santo e constante.

Aos que são ponte entre os dois mundos,
Justos, leais, jamais rotundos,
Que desfazem demanda e feitiço,
Com firmeza, humor e carinho.

Povo de rua, de chão e pedreira,
De garrafa, charuto e cerveja,
Sua presença é farol e abrigo,
Sua força, um brado antigo.

Por toda ajuda, por todo amparo,
Por todo trabalho claro e raro,
Nossa gratidão, forte e sincera,
Que ecoe na noite inteira!

Laroyê, Exú! Salve o Povo da Rua!
Que sua luz nunca se apague ou fuja.
Ase, oh Guardiões da verdadeira lei,
Que seu axé brilhe sempre! Laroyê!

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Inserida por OdaraAkessa



Segunda-feira pra você, Lindona..

Lindona, que o sol te abrace apesar da chuva ...
Nesta segunda que se inicia...
O mundo em nova graça,
Renovada a alegria.

A semana que começa
Traz no vento, sutil,
A certeza que não cessa:
O amor será infinito.

Como onda que vem e volta,
Sem jamais se desfazer,
Essa esperança solta
Se renova em você.

E assim, passo a passo,
O sentimento caminha,
Infinito no seu abraço,
Uma promessa... que nunca finda.

Espero que goste! É um pequeno verso para celebrar a nova semana e a força de um amor que se renova sempre. 💖

Inserida por OdaraAkessa


O Amor Simples

Não é templo de mármore,
Nem soneto entalhado em ouro.
É a água clara no copo,
Quando a sede te corta o coração.

É a semente que não discute a terra,
Apenas abre mão de ser semente.
É a raiz que se faz escura e forte,
Para que o galho alcance o sol.

Não te pede versos, nem suspiros,
Nem joias de palavras raras.
Pedir-te-á as mãos vazias,
E o silêncio que sabe escutar o vento.

Será às vezes macio como a lã
Que envolve o frio dos teus ossos.
Outras vezes, áspero como a raiz
Que desfaz a pedra no caminho.

Não se mede em promessas altas,
Mas no pão repartido ao meio,
Na lenha recolhida no outono
Para o lume do inverno teu.

Quando vier, não trará coroas,
Nem vestes bordadas de desejo.
Virá descalço, como a chuva no chão seco,
E dirá apenas: "Eis-me aqui.
Sou a sombra que te segue,
E o vento que te chama para além."

Inserida por OdaraAkessa


Esperança Calculada

Não é semente lançada ao vento cego,
Nem flor que busca o sol em terra árida.
É algo mais profundo, um movimento interno,
Uma aposta fria, quase absurda.

Surge quando o eco de um olhar perdido
Ressoa nas paredes do já vivido,
Quando o toque, um dia, foi porto e não viagem,
E deixou cicatriz de doce passagem.

É a sombra de um porto que se crê verdadeiro
Num oceano vasto de talvez e talvez não.
É sustentar, com mãos trêmulas, o castelo
De um "sempre" que o tempo pode desmanchar.

É a memória viva de um instante
Que se recusa a ser só lembrança.
É o fio invisível que persiste em costurar
Os rasgões que o desencontro veio a fazer.

É crer que aquele abraço, denso e raro,
Não foi acidente no caminho vazio,
Mas um ponto fixo, um norte descoberto
Numa cartografia de afeto puro.

É a chama que se alimenta não de lenha,
Mas do próprio ardor que a sustenta,
Sabendo que o combustível é finito,
E ainda assim, arder com gosto infinito.

É apostar no humano, frágil e complexo,
No amor que é escolha, dia após dia,
Mesmo quando a lógica fria desmonta
A arquitetura frágil dessa ponte.

É a coragem nua, despojada,
De crer no fundo que o encontro foi real,
E que, apesar do risco e da incerteza,
Vale a pena manter a chama acesa.

É a esperança que não espera milagres,
Mas tece, no silêncio, sua própria teia:
A de que o amor mais puro, quando chega,
Não se dissolve, mesmo quando parte.
Pois sua essência fica, marca indelével,
Um cálice vazio que ainda guarda o mel.

Inserida por OdaraAkessa

⁠Se porventura de repente um dia
o tempo de se esvai na mocidade,
encher-te de tristeza e de saudade
dos bons momentos desta alegria

Se como paralelas os caminhos
jamais se encontrem novamente
hás de lembrar, ao tempo que consome,
relendo estas linhas tristemente

Que és em cada letra do teu nome
a chama do amor que eu quis
a chama que o tempo não consome
e que há de brilhar para te fazer feliz

Inserida por Leocadio17

⁠Quando estiver na vida dos filhos, mas eles não vao estiverem na sua vida.
E quando souber muito sobre eles, mas eles não souberem sobre você, é hora de soltar a mão para atravessarem a vida sozinhos.
É deixar ir sem virar seu olhar.

Inserida por LuizHenriqueToledo

⁠Na minha vida, Deus faz a parte dEle.
A minha parte nao transfiro, dizendo que "Deus cuida" ou "Deus prepara"; eu mesmo vou lá e faço.
Sociedade justa tem que ser boa pra dois.

Inserida por LuizHenriqueToledo

Na Terra, nenhum de nós está acima do outro :

"Cada um é comparavel à estatura de um pulgão no milharal ! "

Inserida por LuizHenriqueToledo

⁠O vento que leva pra longe o que está com voce, tbm traz de longe o que é seu.
Antes do vento, vem a brisa e avisa.
Calma. Confie. Respire.

Inserida por LuizHenriqueToledo



"O milagre está diante de você. Ele acontece sem você saber. Ele não é feito apenas de sonhos, mas também do que acontece no dia a dia, como pensar, trabalhar, refletir no que aconteceu em sua vida: os momentos, realizações e atitudes acertadas; a alegria de viver e querer ajudar as pessoas que precisam de você "

Inserida por grigasbar

⁠Para reflexão:

"Coragem, determinação, persistência e percepção constituem os pilares para se chegar ao sucesso ".

Inserida por grigasbar

O pensamento positivo

Autor: Francisco José Gregório de Andrade

Não alimente sentimentos ruins para sua vida. É você quem decide o que quer sentir. Afaste do seu coração o rancor, a mágoa, o ressentimento, pois esses sentimentos fazem mal para sua saúde física, mental e espiritual. Procure mudar seus pensamentos, pois você é controlado pela sua maneira de pensar. Não armazene o que não presta em sua mente. Procure pensar apenas em coisas que o elevem, tirando do seu coração o desânimo, a desilusão e a falta de esperança. Alimente pensamentos que o ajudem a enfrentar as dificuldades do dia a dia. Lembre-se: seu estado de espírito é resultante do que você pensa e põe em prática. Devemos sempre buscar o belo em nossa mente e contemplar a arte de viver. O pensamento positivo tem o poder de traçar sua vida. Você é o que pensa o que come e o que realiza. Não alimente pensamentos negativos em sua mente. Não se concentre nas coisas que não têm valor nem serventia. Procure pensar positivamente. Nós nos transformamos naquilo que praticamos com frequência. Somos aquilo que pensamos, portanto pense positivamente. Os pensamentos negativos adoecem nosso corpo e nosso espírito. Tenha o hábito de pensar em coisas boas. Cuide de seus pensamentos, pois eles influenciam na sua vida. Pense grande e estará construindo uma vida cheia de esperança e realizações. O poder do pensamento positivo é imensurável e pode transformar sua vida, levando você a um caminho cheio de conquistas e realizações. Finalmente, comece a partir de hoje a pensar grande e construa um novo amanhã cheio de vitórias.

Inserida por grigasbar

Silêncio, grito preso, choro preso, silêncio.
Tranca, cadeado, cofre. Onde está a dor? Em qual lugar desse corpo vazio se esconde?
Onde está o sangue, o calor? Por que as veias estão vazias?
A pressão enlouquece ao mesmo tempo que anestesia. A mente engana, sai em desvaneio e de repente foca no ponto, e aí, aí vagueia de novo em um ciclo sem fim...
Só um buraco, oco, vazio.
As cores se foram, o cinza chegou.
Me tornei um dia comum, nublado, sem sol, mas também sem chuva, sem calor ou vento.
Só nublado, cinza, eterno.
O ponto de virada dramático
O eco do vazio preenche cada espaço. Não há nada. Não há sequer a dor, apenas a ausência. O sangue e o calor se foram, e a memória de quando estavam lá é o único fardo que o vazio não consegue apagar. A lembrança de um tempo colorido, de uma pulsação, é a tortura final, o sussurro de uma mentira que a mente insiste em reviver antes de se calar.
A tranca se dissolve, não por quebra, mas por corrosão. O cadeado enferruja até virar pó, porque não há mais nada a ser protegido. O cofre se abre, revelando nada além do ar rarefeito.
O cinza não é uma espera, é a resposta final. A mente já não vagueia, ela flutua, um grão de poeira insignificante em um espaço infinito e desprovido de qualquer coisa. E o drama maior é a constatação de que não há drama. Não há tragédia, não há reviravolta. Apenas o nada, perfeito, completo e eterno, que se instalou e a memória do que existiuecoa para sempre no que restou de minha vida.
a.c.g.c

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