Poema de Giacomo Balla

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"Amar uma pessoa é uma decisão que poucos conseguem tomar, porque o amor suporta tudo e poucos são capazes de suportar".

"Reflexões". Resende, 02 de Fevereiro de 2016.

Último Soneto

Que rosas fugitivas foste ali!
Requeriam-te os tapetes, e vieste...
--- Se me dói hoje o bem que me fizeste,
É justo, porque muito te devi.

Em que seda de afagos me envolvi
Quando entraste, nas tardes que apareceste!
Como fui de percal quando me deste
Tua boca a beijar, que remordi...

Pensei que fosse o meu o teu cansaço ---
Que seria entre nós um longo abraço
O tédio que, tão esbelta, te curvava...

E fugiste... Que importa? Se deixaste
A lembrança violeta que animaste,
Onde a minha saudade a Cor se trava?...

GLOSAS

Amor é chama que mata,
Dizem todos com razão,
É mal do coração
E com ele se endoidece.
O amor é um sorriso
Sorriso que desfalece.

Madeixa que se desata
Denominam-no também.
O amor não é um bem:
Quem ama sempre padece.
O amor é um perfume
Perfume que se esvaece.

seja o que for, era melhor não ter nascido,
porque, de tão interessante que é a todos os momentos,
a vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger,
a dar vontade de dar gritos, de dar pulos, de ficar no chão, de sair
para fora de todas as casas, de todas as lógicas e de todas as sacadas,
e ir ser selvagem para a morte entre árvores e esquecimentos,
entre tombos, e perigos e ausência de amanhãs,
e tudo isto devia ser qualquer outra coisa mais parecida com o que eu penso,
com o que eu penso ou sinto, que eu nem sei qual é, ó vida.
cruzo os braços sobre a mesa, ponho a cabeça sobre os braços,
é preciso querer chorar, mas não sei ir buscar as lágrimas...
por mais que me esforce por ter uma grande pena de mim, não choro,
tenho a alma rachada sob o indicador curvo que lhe toca...
que há-de ser de mim? que há-de ser de mim?

Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado não sei.
De nada me serviria sabê-lo
Pois o cansaço ficaria na mesma,
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto –
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma tranquilidade lúcida
Do entendimento retrospectivo...

Álvaro de Campos
Poesias de Álvaro de Campos. Lisboa: Ática, 1944.

Que inquietação profunda, que desejo de outras coisas,
Que nem são países, nem momentos, nem vidas,
Que desejo talvez de outros modos de estados de alma...

(Às vezes),
Somos frágeis, falíveis, perecíveis. Somos carentes, mortais e disponíveis. Somos o desânimo, essa tristeza sem rosto. Somos um pedido de socorro em silêncio. Somos tão humanos, tão passíveis de erros, vulneráveis e solitários caminhando a esmo. E nos sentimos tantas vezes tão menores do que o nosso real tamanho. E, na nossa finitude, a dor consegue passar a única sensação de eternidade dentro do Tempo escasso que, impotentes, vemos definhando.
Somos o nó preso na garganta, alguma falta de fé, somos uma vaga lembrança daquilo que a gente quer. Somos a voz embargada contida no choro. Somos o olhar assustado e a vontade do grito.
Mas não é isto que está escrito.
Somos humanos. E corajosos por superar nossas fraquezas. Somos a falta que nos move, a busca pela delicadeza. Somos a vontade profunda que a angústia não tenha o peso de nos levar ao desespero. Somos a necessidade de sentir alegria e virar do avesso a saudade. Somos uma luz que brilha e transmuta a agonia. Somos o instinto de vida que guia nossos passos. Somos a cura contida num abraço. Somos a labuta diária pela felicidade. Somos nossos sonhos crescentes, justos e realizáveis. Somos o vazio que amplia o horizonte de possibilidades. Somos o mistério, dádiva divina e nenhuma certeza. Somos a base que construímos e os alicerces que nos sustentam. Somos a lembrança acesa de que tudo é transitório, mudança.
Somos quem quisermos ser...
Desejo que a força impere e que nada desbote nossa esperança.

Senhor,
ensina-me a discernir
as coisas que posso mudar,
daquelas que não posso mudar.
Dá-me a coragem de mudar
as primeiras
e a força para suportar
as segundas.

/Conforme oração de São Francisco de Sales/

Sua alma gêmea nunca vai chegar simplesmente porque alma gêmea não existe. Sua alma é única e como você não existe mais ninguém no mundo.

"Reflexões". Resende, 07 de 2016.

A vida é feita de etapas e o seu curso é imprevisível. O grande segredo consiste em aproveitá-la como quem conduz um barco no oceano.

Há tempos de calmaria, e nestes momentos precisamos decidir quando arriar as velas e avançar aos remos exaurindo forças para encontrar o curso de nossas vidas.

Há tempos de tempestade, e nestes precisamos de determinação e olhos no horizonte em busca de um porto seguro que nos ponha a salvo, para que então, ao retomar sonhos e expectativas, possamos resgatar a alegria de ter vencido, e a felicidade de poder usufruir tantas outras experiências que estiver por vir.

Há tempos de bonança, e no curso destes, sorria, faça amigos, brinque, viaje em busca de novos horizontes e acima de tudo, ame e seja feliz! Pois nem sempre poderemos prever calmarias ou tempestades.

Encontrei o AMOR, que me faz amar
Amo o AMOR que me ama
Amar o AMOR me faz acreditar
Só quem ama o AMOR, sabe verdadeiramente amar

O AMOR que me ama, é o AMOR que me faz amar
Amar como o AMOR ama, me faz acreditar
Só o AMOR é capaz de amar ♥

SORTE

"O vento me trouxe seu jeito doce
Seu olhar encantou meu coração
Trouxe emoção ao meu mundo
Seu sorriso meu desejo infinito
Hoje sei que tive sorte ao te encontrar
Minha vida ficou melhor depois do seu lado estar
Não tenho medo de mais nada a não ser de te perder
Eu te amo,preciso estar nos seus braços meu bem querer..."

O novo

Às vezes você não deixa de amar, você muda de prioridades, você passa a se amar mais. Nem sempre é preciso deixar de amar ao outro, basta amar mais a si mesmo, é isso que faz a diferença!
Quando você prioriza a si mesmo muitas coisas mudam, a sua vida muda, os seus anseios mudam, as suas atitudes mudam e, principalmente, a forma com que você gosta dos outros muda.
Basta que você mude seu foco, mude seus planos, suas metas, seus ideais para, assim, colocar quem, outrora você chamava de “amor”, em outro local. Não precisa dá-lo ao esquecimento, não precisa menosprezá-lo, tampouco malbaratá-lo, basta colocá-lo em um local diferente em seu coração, onde, provavelmente, ele não vai ser priorizado, onde, enfim, não haverá a necessidade de lembrá-lo a todo instante.
Você pode não ter conquistado tudo o que deseja, pode não estar aonde deseja, se consegue priorizar a si mesmo e as suas metas, você esta maduro o suficiente para viver e, quiçá, conhecer um novo amor. Os antigos? Não é preciso esquecê-los, afinal, o que foi bom é inesquecível, basta priorizar o novo, aquilo que “vem”, de acordo com suas novas perspectivas.

"Um navio no porto é seguro, mas não é para isso que os navios foram feitos." – John A. Shedd

Devemos ter coragem e sair da nossa zona de conforto! Quando você está em movimento, é normal enfrentar marés, as vezes elas são calmas, outras vezes você pega marés turbulentas... O importante é não estar parado, você tem que estar sempre em movimento rumo ao destino onde quer chegar.

Quem é ele que diz que conhece ela como ninguém?
Quem é ele que conhece seus corpo, seu coração, sua alma?
Ele é o Dono, não de algo, mas de alguém!
Ele é o Dono de seus desejos, de seus caminhos de sua vida.
Ela tem o desejo e ela a vontade de realizá-lo.
Ele tem os motivos e ela os meios de atendê-los.
Ele á a ordem, ela a obediência!
Ela é o violino e ele o que tira dela os melhores sons.
Ela e as pegadas e ele seus caminhos.
Ele a guia pelos caminhos e ela confia em seu guia.
Ele sabe das coisas que ela precisa e ela realiza seus desejos

Cegos pelos desejos, mas lúcidos pelas certeza. É assim a relação de um Dono e sua posse. O desejo os torna insanos, mas a certeza de que juntos podem chegar aonde ninguém mais chegou é os que os move. Quem sonos nós, meros mortais para entendermos realmente a beleza da entrega de uma submissa apaixonada pelo prazer de ver seu Dono feliz? Quem somos para entender que a cada chibata, a cada açoitada ele só deseja o bem de sua posse?

Não precisamos, entender... apenas precisamos ver a beleza da entrega que ela dá a ele e da recepção dele ao realizar nela seus mais profundos desejos. O dia que nós, meros mortais entendermos o quão belo é dar sem receber, entenderemos o amor de uma submissa ao servir seu Dono.

O segredo da persuasão é fazer com que as pessoas acreditem que a sua ideia é a melhor ideia a ser creditada.

Reflexões

você chegou te reconheci já havia estado ali vc é a minha certeza
logo te gostei beijei a sua face até sentirmos o amor mais puro e perfeito desejei parar o tempo.
os segundos corriam de mim quase que te levando embora eu vivia_os como se durassem minutos,dias,horas sempre sempre?pra mim,sempre é tudo que agora se faz eterno.

"... poesia pra mim é a loucura das palavras, é o delírio verbal, a ressonância das letras e o ilogismo.
Sempre achei que atrás da voz dos poetas moram crianças, bêbados, psicóticos. Sem eles a linguagem
seria mesmal. (...) Prefiro escrever o desanormal."

(em "Ensaios fotográficos". 2000, p. 63.)

A brusca poesia da mulher amada (III)

A Nelita

Minha mãe, alisa de minha fronte todas as cicatrizes do passado
Minha irmã, conta-me histórias da infância em que que eu haja sido herói sem mácula
Meu irmão, verifica-me a pressão, o colesterol, a turvação do timol, a bilirrubina
Maria, prepara-me uma dieta baixa em calorias, preciso perder cinco quilos
Chamem-me a massagista, o florista, o amigo fiel para as confidências
E comprem bastante papel; quero todas as minhas esferográficas
Alinhadas sobre a mesa, as pontas prestes à poesia.
Eis que se anuncia de modo sumamente grave
A vinda da mulher amada, de cuja fragrância já me chega o rastro.
É ela uma menina, parece de plumas
E seu canto inaudível acompanha desde muito a migração dos ventos
Empós meu canto. É ela uma menina.
Como um jovem pássaro, uma súbita e lenta dançarina
Que para mim caminha em pontas, os braços suplicantes
Do meu amor em solidão. Sim, eis que os arautos
Da descrença começam a encapuçar-se em negros mantos
Para cantar seus réquiens e os falsos profetas
A ganhar rapidamente os logradouros para gritar suas mentiras.
Mas nada a detém; ela avança, rigorosa
Em rodopios nítidos
Criando vácuos onde morrem as aves.
Seu corpo, pouco a pouco
Abre-se em pétalas... Ei-la que vem vindo
Como uma escura rosa voltejante
Surgida de um jardim imenso em trevas.
Ela vem vindo... Desnudai-me, aversos!
Lavai-me, chuvas! Enxugai-me, ventos!
Alvoroçai-me, auroras nascituras!
Eis que chega de longe, como a estrela
De longe, como o tempo
A minha amada última!

Não sou um simples palhaço de hospital!
Fazer sorrir quem já não tem mais esperança de viver
é bem complicado!

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