Poema de Entrega
evite perder seu tempo
com quem não sabe ler você
com quem faz pouco caso
dos versos de sua alma
com quem deixa de te ler
para ler estórias baratas
de aventuras banais..
Asas quebradas
amontoei escritos
de versos diversos
todos rotos
e sem rimas
fugi para as palavras
em busca de habitat
no âmago do verbo
Amar
quem sabe no verbo
possa te encontrar
me ver livre da prisão
de mim mesmo
onde as asas que
me deste no sonhar
se quebraram
por não te encontrar
e agora me arrasto nos corredores por entre as celas da solidão..
em meio aos nada
tão sutis intuitos,
o arco posicionado
nas mãos do arqueiro
e a flecha que rompe
com o pesado nevoeiro
só consigo desejar
em abraçar a emoção
no teu lindo peito
quando você chegar,
escutar o teu coração
e só de amor falar
acendendo o candeeiro
do Universo para sê inteiro,
olhando para trás
que por mais que queiram
insistir num tempo:
ele não volta nunca mais
não consigo imaginar
mais nada a não ser
naquilo que juntos
somos e podemos viver
neste amor que requer
mais amor do que poder
com razão e em suficiente
silêncio nesta terra
que os homens do passado
caminharam para frente
e os homens do futuro
remam para o passado
nunca por covardia,
e sim para salvar o melhor:
opto o sonho não entregar,
em nenhum jogo entrar,
deixar a tempestade passar
e esperar você chegar
assim olhando para todos
no abismo do destino
deste alto para baixo
virei silêncio e o raio
desta Lua Cheia onde
nunca quiseram me ouvir.
Máquina
Às vezes a vida parece
Uma espécie de máquina agressiva
Uma máquina livre
Feito um pássaro
Cria asas, voa alto.
Perde-se
Deixando mágoas
Em formas de cachoeiras:
Bate e rebate
Nos seixos
Desmancham-nos,
Aos poucos diminuem,
Os torna um ser pequeno
E aos poucos se sentem pisoteados.
Porém, não bem somos
Uma máquina
Mas somos um ser
Capaz de se aperfeiçoar.
A essência da poesia
Está nas rochas
No som que o mar revolto produz
No silêncio falante da natureza
Naquilo que só o coração sensível o suficiente consegue perceber.
Ganância
Vivemos em um mundo sublime
E o tempo voa,
O ar flutua
Entramos em obstáculos, sem volta
Caminhamos no infinito cosmo
Onde a vida vira sonhos.
E enganos.
Os seres brigam entre si
Onde a ganância vira caos:
No amor, no prazer, na misericórdia,
Na guerra...
Tudo vira e cai em si mesmo.
Tudo está azul
Sinto um lindo cheiro no ar!
Alguma coisa vem de longe
Caminhando como uma dança
Cheiros de mar
Dentre as nuvens
De todos os meus sonhos
Ilusão...
É a essência do dia
Que me desfaz de todos os tormentos!...
De todos os momentos
Enquanto isso passa,
Tempo!
A solidão
Solidão é uma crise de abstinência
Contraria.
As luzes dos céus
Jamais se abrirão
Por completo
Na escuridão da noite.
Constelação noturna
De todos os atritos inesquecíveis,
A constelação mirada
Por dois amores
São estrelas dissidentes
De todas as posições separativas
Dos laços distantes
Que se tornam distinto.
Siga o seu coração
Não quero ficar por baixo
E nem ficar por cima
Só quero mostrar-lhe
Que dentre esse seu ser excessivo
O excesso não a levará a nada
A não ser ao pior
A desgraça não vem só para o pobre,
Mas também para o rico
Do seu ser sem amor
Não há proveito.
Mudarei os meus passos
Que fazem tempestades, redemoinhos,
Furacões...
Para um novo caminho
Que faça o branco
Se transformar em cores
Fantásticas.
Lasso
Deixei que o vento
Entre em meu corpo
Como a primavera.
Florescendo o meu amor,
Entrei no infinito
Penetrando
Profundamente no gozo
Entrelaçando nas estrelas
O nosso corpo
Como um laço,
Lasso.
Amor eterno
Como assim?
Não sei...
Pra que lado
E direção...
Posso te laçar!
Não me dê o fim!...
Quero entrelaçar o infinito
No nosso gozo
Quente, fulgurante de chamas.
Quero me ausentar,
Presentear
Quando preciso.
...
Não bata os olhos,
E não me dê o fim!...
O relógio
Você olha várias vezes
O relógio,
Pra ver se o tempo
Passa,
Ele não passa,
Ele voa
Como você anda!
Laço
Quero saciar seus lábios
Trocar saliva
Roçando a minha língua
Na sua
Feito o movimentar
Das folhas de uma árvore
Ao bater aquele prazeroso ventinho
Da aurora
Fazendo-nos arrepiar
Os últimos fios de cabelo.
Quero me aprofundar
No seu ser carismático
E dentro dele formarei
Um laço
Que só você pode designar
E dele fazer do nosso amor
Uma eternidade.
Amor desmanchado
Fecharei os meus olhos
E abrirei,
Quando a esperança
Surgir.
Voando, infinito
Venha, não se perda de mim,
Sinto saudades...
Você é minha rainha,
Meu universo,
Mas hoje as vezo
Como um pássaro
Voando no infinito!
Anuncio a noite mais longa
da tua história e em rebelião
para quem disse
que iria me descobrir,
no fundo percebo que
não sabe por onde seguir.
Bem antes de te conhecer
venho compartilhando
toda a poesia deste mundo
com povos vitimados
por regimes autoritários
e tropas sequestradas,
e agora com teu silêncio
que mata muito mais
que mil bombas atômicas.
Não sou página para ser escrita,
não sou flor que se cheire,
não sou livro que se lê,
e sim uma alma infinita
que não será dominada
por ninguém e nem por você.
Para quem disse tantas coisas
antes da conjunção
entre a Lua, Saturno e Júpiter,
e alguns dias antes desta
noite de Lua de Trovão,
você vai cair na minha mão.
Você não permitiu
que entre nós a noite
escura chegasse,
e com este charme
feito de galáxias,
cessou com tal precisão
a prometida rebelião.
Com a força dos teus
tão aguardados beijos
que antes de chegar
já estão provocando
os alucinantes desejos
que sussurram sonhos
através da minha nuca,
venho te adorando todo
o dia como deidade nua.
Os teus fortes impulsos
sensuais me dizem tudo
nesta noite de Lua Cheia
o quê por nós tem sido
cuidadosamente esperado,
e é forte, louco e faminto;
e que há de ser bem vivido.
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