Poemas sobre Dor

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⁠Antigamente, muitas coisas aconteciam e ninguém ficava sabendo. Hoje, vivemos em uma sociedade hiperconectada digitalmente, onde é raro alguém de fato conhecer o outro — mas há uma ilusão gigantesca de que ver posts, stories e feeds é o mesmo que saber quem a pessoa é.

Com isso, recebemos laudos genéricos sobre tudo, formamos opiniões com base em fake news e, dia após dia, perdemos a oportunidade de viver uma vida real — uma vida onde tudo está sujeito a mudanças, dores e amadurecimento.

A dor faz parte do crescimento. É nela que, muitas vezes, as pessoas descobrem do que são feitas, e onde realmente podem aprender a amar.

Enfim, meus sentimentos.

Inserida por ThiagoMoreiraSantos

Pontos de contato



⁠Através do reflexo do retrovisor a imagem se afastava lentamente de uma mesa com morangos em cima, você com seu vestido florido e o sol se pondo acompanhado pela beleza do mar,

foi doloroso sentir a distância se aproximando, mas foi necessário seguir com as mãos suando,

o mar me acompanhou por um longo período nesta viagem até em um dado momento imperceptível, ele desaparecer,

do ponto "A" ao ponto "B" o que chamou mais atenção foi o ponto "D" de distância, de dor, de dimensão,

quando pertencemos um ao outro o medo vira pó e os vínculos viram imãs, ponderados pelo "D" de destino e respeitando as duas auras que fogem as leis da física cabendo em um corpo só, freei bruscamente o carro no meio da estrada dos perdidos e comecei a retorna em direção ao que é difícil e por vezes incompreendido, porém é o néctar que me mantém vivo.

Inserida por ricardo_souza_5

⁠Espuma de Aço

Passei fome —
como quem mastiga a ausência com os próprios dentes.
Passei frio —
como se o mundo tivesse esquecido meu nome.

Tive medo de dormir,
como se o sono fosse um portal sem volta.
Temi ser incendiado por mãos anônimas,
esfaqueado por sombras sem rosto,
baleado por silêncios armados.

Achei que a qualquer instante
me enjaulariam por crimes que só a miséria conhece.
Achei que o azar me atravessaria como um carro sem freios.
Achei que acordaria num hospital,
com tubos dizendo o que restou de mim.

Tive pensamentos que se transformaram em presságios.
E presságios que bateram à porta como visitas indesejadas.
Coisas que temi… e que vivi.

Nunca imaginei sentir esses medos.
Nunca imaginei que seria a morada deles.
Mas eu os enfrentei —
não com bravura,
mas com a entrega de quem não vê saída.

Fechei os olhos,
não para fugir,
mas para pular.

Como quem salta de um avião sem paraquedas,
mergulhei no invisível,
me entregando a Deus com a fé de um desesperado.

Os dias passaram como segundos —
e os segundos, como preces sufocadas.

Quando enfim toquei o solo,
não havia pedra, nem asfalto,
mas um vazio que me acolheu.
Como se o próprio abismo
tivesse mãos.

Não foi ele que me segurou.
Foi a ausência do medo.
Foi o sangramento interno de um coração que desistiu de resistir
e se dissolveu —
espuma de aço.

Espuma: porque já não pulsa.
Aço: porque já não quebra.

Sem emoção,
mas também sem dor.
Sem esperança,
mas longe do pavor.
Nem vivo, nem morto —
apenas desperto.

⁠Sou a engraçada.
A mimada que ri alto demais,
que fala sem filtro,
que abraça pra não desabar.
A que sonha pelos outros,
e aconselha mesmo quando ninguém escuta.
Mas no final...
quem é que fica?
O que me leva ao cinema
na intenção de não ver o filme?
Ou o ex que diz que ama, Que eu sou a mulher da vida dele mas não tem coragem de falar isso sem visualização única?
Ninguém fica.
Ninguém.
Vêm, arrancam uma pétala,
levam um pedaço,
e vão embora como se nada fosse.
Até quando serei só lembrança?
A amiga de todos,
a última a ser lembrada,
a que sempre ajuda, mas nunca é chamada?
Cansei.
Agora tem espinho no lugar da flor.
Agora, quem vem, sangra.
Agora, quem tenta colher, se fere.
Porque não levo mais flores nos dedos.
Levo cicatriz.
Levo silêncio.
Levo tudo o que me deixaram.
E não...
não leva mais pétala.

⁠Sou o fogo que arde em teu ser
Sou água que mata tua sede
O castigo da tua presunção
As espada caudal sem razão

Sou a torre mais alta de fel
As estrelas lá do cão maior
O alpendre da anunciação
Um papado de um bispo só

Sou o ar que repiras na dor
O calor que ressoa no ar
Uma flor que insiste em florar
E o vento que não quer soprar

Sou reflexo de lua no mar
Infinito e eterno esplendor
Dia quente em puro calor
Um deserto de ilhas sem fim

Sou uma ilha deserta em mim
Uma história feliz sem amor
Um amor infeliz a durar
A tristeza do riso sem fim

A pintura de um riso sem cor
Um inverno trovejando em si
Dialeto latino ou tupí
Sou um peito repleto de amor

Inserida por jmsrosa

⁠Ela estava lá
Inébria, sombria
Frígida como uma mulher em puerpério

Seus cabelos acobertos
Em capuz de feutro negro
Davam o tom em branco e preto
Clima de cemitério

Enquanto eu escrevia
Me sussurrava aos ouvidos
Palavras, estalidos
Inspirações de cortesia

Era sim, a própria morte
Do meu lado a gargalhar
Afagava-me os cabelos
Entre vida e pesadelo
Inspirando meu desabafar

Ali estava ela, ao menos mais uma vez
É que ando morrendo demais
Um poeta morre vez ou outra
E aquele era só mais um dia
Entre escritas e agonia
Entre letras mortas e vazias
O meu óbito de número trinta e três

Inserida por jmsrosa

⁠Vazio

Já sentiu saudades de algo que não teve?
Eu as vi, nascer, crescer, aprender e se desenvolver.
Tudo isso com você.
Mas eu era uma sombra, um vazio para você

As noites calorosas, eu só poderia ver
O espetáculo onde a atração principal
Só fazia doer

E que dor, um peito vazio
E cheio de rancor
Só vejo cor
Se houver dor

Mas sinto saudades
Saudades do seu amor
Amor que crescia e se desenvolvia

E que ironia
Estou falando do seu amor
O amor que para mim se escondia


Isso doeu muito, pai...

Inserida por Aprendendocomador

⁠As Dores da Rosah

Rosah nunca foi comum, não encaixava nas molduras das outras meninas, nem seguia o compasso dos passos ensinados.
Preferia girar…
até que o mundo girasse com ela, até que tudo perdesse forma, e só restasse o silêncio rodando no peito.

Tinha dias em que ela deitava no chão frio,como quem pedia à terra um abraço. Amava o gelado ,era como se o frio dissesse:
"Você ainda sente, você ainda está aqui."
Carregava dores escondidas atrás dos olhos. Olhos que já viram demais, toques que não foram carinho, palavras que machucaram como faca.
Ela aprendeu a engolir o grito, a sorrir mesmo quando só queria desaparecer.

Mas não, Rosah não desapareceu.

Ela floresceu com cicatrizes, sim, mas flores ainda assim, fez da sua dor um jardim indomável, fez do seu silêncio um poema.

Hoje, ela ainda gira.
Gira como dança sagrada,
como ritual de libertação.
Gira porque o mundo tentou prendê-la, mas ela escolheu voar.

E quando toca o chão frio com os pés, não é fuga é reencontro. É ela dizendo pra si mesma:
"Estou viva. Estou aqui. E sou minha."

Rosah é feita de céu e abismo, de memórias duras e coragem suave.
Ela foi ferida, mas não foi vencida, é diferente, sim e ainda bem.

Porque no mundo de tantos iguais, ser Rosah…
é um milagre que ninguém pode apagar.

Inserida por RosahyarahAlves

Ai de Mim, Idealizadora!
(Raissa Santos)

⁠Creio em conexão
Vivo de amores e paixões
Não sei suportar o tédio de NÃO amar.
De não buscar.
Mal de nós: idealizadores!
Pecado meu:
Querer com tanta verdade.
Encontrar...
O que?
Talvez nem eu sabia!

Ai de mim!
Descobrir que existem outras formas de respirar.
Imagina só,
Falar e não sair poesia:
Das mais cruas,
Mais duras e cruéis,
Dessas que rasgam o peito
E nenhum curativo é suficiente.

Ai de mim, se ei não tivesse cicatrizes de amores passados.
Dores vivas que não me largam.
Como vivem os não poetas?
Os avisados?
Os ateus?
Como pulsam?
Ai de mim saber!

O que me restaria viver?
Nada!
Só a vida.
E a vida anda meio desvivida pra mim.

Inserida por eiraissantos

Para que eu não morra em vão!

⁠Faço preces ao universo
para que ouça meu coração,
trazendo a mim o que mereço
e mantendo o que me faz bem.

Guiando minha mente aos seus planos,
livrando-me do sofrimento das ausências.

Que meus desejos não tenham mortes súbitas,
como as que anseio aos meus medos.

Rogo!

Ouça as ritmadas sinfonias que ardem em mim,
para que assim eu não me perca em devaneios.
Se seu poder maior me proteger,
não temerei viver.
Não me impedirei de sofrer,
pois irei crer
que você não permitirá
que eu morra em vão.

Inserida por eiraissantos

FELIZ ANIVERSÁRIO!

⁠Feliz aniversário de fim.
Feliz chá de término,
de conclusão,
de reciprocidade.

Feliz aniversário de vida,
de muita,
muita,
e muita vida.

Feliz morte de sentimentos,
invenção de relacionamento.

Feliz...
Seja lá o que te dê motivo pra sorrir agora.

E um belíssimo: — Vai se ferrar!
Por me fazer sentir falta daquilo,
por não me quebrar,
mas deixar um pedaço de você em mim.

Feliz...

Quer saber?
Não.
Te desejo confusão.

Uma noite cheia de memórias minhas,
de arrepios de pele toda vez que ouvir alguém te chamar pelo seu nome completo,
como eu fazia.

Um pensamento de erro toda vez que alguém chegar perto demais do seu corpo.
Porque você sabe,
e eu sei:
que me pertence.

Te desejo vontade —
vontade de mim.

Te desejo um sentimento estranho toda vez que lembrar que eu te fiz sentir coisas que você não queria,
mas que foram reais.

Te desejo medo de não se sentir assim de novo.
Te desejo o medo de passar a vida sem mim.
Te desejo arrependimento,
confusão,
e desequilíbrio.
Te desejo falta.

Te desejo o que você provavelmente já sente,
e já sabe.

Como diria Clarice:
Ninguém sou eu,
Ninguém é você,
E essa é a solidão.

Inserida por eiraissantos

⁠Algumas pessoas vivem os sonhos

Entre no jardim de rosas,
E sintam o perfume delas...
Uma casa e as crianças brincando...
O azul do céu é testemunha...

Com muito cuidado e amor,
Tenha medo dos espinhos.
Hoje é um dia bom,
Talvez, amanhã também...

Desse lado aqui,
A grama é verde...
A felicidade é uma caixa de surpresa,
E não é de bombons...

Viva os seus sonhos,
E não os meus,
Ou os dos outros.
E tudo é uma questão de bom senso.

Com um semblante triste,
A vida não é um mar de rosas, não!
O seu olhar demostra a dor...
As suas mãos estão frias.

Os meus passos estão distantes dos seus...
Partimos conforme o final do filme
Com ou sem final feliz!
Apenas o the end!

Titânico Mello

Inserida por TITANICO

⁠Ora flor, ora fera.

Há dias em que esse amor me toca como flor.
Em outros, me fere como fera.

Inserida por mileneabreu

⁠Este mundo, ou a circunstância em que me encontro submerso, não é apenas a paisagem que me cerca, mas também o meu corpo e a minha alma.

Eu não sou o meu corpo; encontro-me com ele e com ele tenho que viver, esteja são ou doente. Mas também não sou a minha alma; encontro-me com ela e preciso dela para viver, ainda que, às vezes, ela me sirva mal por ter pouca vontade ou nenhuma memória.

Corpo e alma são coisas, e eu não sou uma coisa, sou um acontecimento, um drama em movimento; uma luta incessante para me tornar aquilo que devo ser.

Inserida por ederaldofeijo

⁠O que mais doe, uma carta escrita, uma mensagem de texto ou uma palavra verbalizada?Quando analisamos com o coração todas essas maneiras de expressão, de uma forma ou outra, dependendo do que for escrito ou dito, trará um efeito de paz ou de dor.
Devemos analisar minuciosamente, com cautela e discernimento, tudo que iremos falar. Uma notícia boa alegra o coração, traz vida, traz paz interior, é nos faz querer ouvir novamente, o que conforta a nossa alma e alegra o nosso espírito porque foi uma palavra branda.
Já uma palavra fora do lugar, de derrota, de humilhações de desânimo influência todo o nosso ser, por isso tomemos cuidado quando verbalização é escrever nossas emoções, a bíblia afirma que uma palavra branda acalma o furor, a ira, mais uma palavra frívola incendeia a raiva, entristece corações, faz decair o rosto.
Já dizia o provérbio que a boca fala o que está cheio o coração.
E tão logo se esvazie de tudo que lhe traz dor, se encha da paz que o Espírito Santo lhe dá, e verbalize ou escreva com a doçura do seu coração.

Paráfrase por Bispo José Nildo Lima.

Inserida por bispojosenildolima

O muro
Ergueu-se imponente outra vez
Pois dantes por mim derrubado
Agora me fita em silêncio cruel
Com tijolos frios e passado selado
O que um dia tornou-se ruínas
Assombrou-me com sua ausência
Vulnerável ao vento frio da noite
E a solidão soprou sua sentença
Eis que ergue-se por instinto
Pois caído ao chão não protegeu
Recolhe triste os cacos do tempo
E guarda a dor de quem cedeu

Inserida por In_finitys

⁠Nó no gorgomilo

Há dias convivo com esse nó no gorgomilo.
Acordo cansado,
durmo em vigília.
Como demais quando posso,
e quando não, tanto faz.

Se bebo água, mijo.
Se não, só percebo dois dias depois.
Sobreviver virou protocolo.
Viver... virou luxo.

Se respiro, é automático.
Se morro, me liberto.

Inserida por yuri_de_levi

Encontrei no teu sorriso, a felicidade.
Em seus olhos, o amor.
Com teu jeito, a razão do meu viver.
No teu adeus, minha maior dor.

Inserida por marcelo_calestini

Dói.
Dói pelo amor que se vai.
Dói pelo costume da presença daquela pessoa na vida.
Dói⁠, pelas coisas que não vão ser mais vivenciadas a dois.
É como um leque que se contrai,
até fechar-se por completo,
tirando das vistas diversas ondulações de si mesmo, essas que ajudariam a soprar o futuro de um casal. O leque se fecha.
O leque não mais enfrenta o ar.
Não sopra nem ao menos uma ferida aberta.
Uma ferida que dói.
Cicatrizará um dia e deixará uma marca,
que servirá justamente para que se lembre
dos passos que levaram à ela.

Inserida por TomMenezes

⁠Laços apertados


Bebida envelhecida, laços mal apertados,

Registros do passado, um amor inacabado,

Na dor, uma velha passagem e uma nova partida,

Historias guardadas, coração apenado.

Inserida por Ricardossouza

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