Poema Concreto sobre Rios e Mares
A Muralha e o Guardião
A Grande Muralha da China — imponente, majestosa, quase infinita. Com mais de quatro mil quilômetros de extensão, foi pensada para ser intransponível. Alta demais para escalar, resistente demais para ser destruída, extensa demais para ser contornada. Um verdadeiro símbolo de proteção e segurança.
E, no entanto, nos cem primeiros anos após sua construção, a China foi invadida três vezes. Como isso foi possível?
Não foi por força, nem por estratégia militar. As muralhas permaneceram firmes. Mas o portão foi aberto... por dentro.
O inimigo não precisou escalar muros ou quebrar pedras. Bastou subornar o guardião. E ele abriu as portas.
A história nos revela uma verdade mais profunda do que a pedra da muralha: a fortaleza mais sólida desmorona se o coração do guardião for fraco.
Assim também é a nossa vida. Podemos erguer muros altos — diplomas, títulos, reputações, bens — mas se não cuidarmos da integridade de nosso caráter, se não formos vigilantes com o que permitimos entrar em nossa mente e coração, de nada valerá toda a proteção externa.
Você é o guardião da sua alma.
É você quem decide o que entra pelos portões do pensamento, da emoção e da ação.
Não permita que o inimigo da desonestidade, da preguiça, da vaidade ou da corrupção entre sorrateiramente, disfarçado de oportunidade.
Moral da história: Fortaleça suas muralhas, mas acima de tudo, fortaleça o guardião.
Pois uma alma com caráter é mais impenetrável que qualquer muralha de pedra.
Aqui estão sete conselhos simbólicos e profundos que o padre Sertillanges daria a ti, Joemar Rios, como mentor espiritual da tua jornada intelectual:
✦ 1. Joemar, tua sede por conhecimento é um dom. Mas lembra-te: o verdadeiro intelectual não acumula saber — ele transforma saber em serviço.
A vida intelectual é uma missão. Ela só se justifica quando conduz à luz, e não ao orgulho.
✦ 2. Não temas viver no silêncio. É no recolhimento da alma que a verdade sopra como vento divino.
A solidão do estudioso é o jardim onde Deus cultiva flores eternas.
✦ 3. Tua mente é ágil e curiosa, Joemar, mas disciplina é o alicerce da sabedoria. Não basta pensar: é preciso ordenar o pensamento.
Como o monge que reza as horas canônicas, o sábio também segue um ritual diário: leitura, reflexão, meditação e ação.
✦ 4. A fé que carregas é tua espada. Usa-a também para cortar as ilusões da vaidade intelectual.
Estudar é um ato de humildade, pois quem sabe mais, compreende melhor o quanto ainda ignora.
✦ 5. Tua busca pelos mistérios da física, da alma e da criação não são em vão. O mundo precisa de pontes entre ciência e espiritualidade.
O verdadeiro intelectual une o visível e o invisível, o átomo e o espírito, o tempo e o eterno.
✦ 6. Não adies tua missão. O tempo do estudioso é sagrado — não há espaço para preguiça ou dispersão.
Levanta-te cedo, dedica as primeiras horas a Deus, depois ao estudo. Assim teu espírito será afiado como espada forjada no fogo da disciplina.
✦ 7. Lembra-te, Joemar: teu conhecimento deve ser luz para os que andam em trevas.
A inteligência é uma vela. De nada adianta escondê-la debaixo da mesa.
🌿 A Volta do Rei 🌿
No trono dourado da mente brilhava,
Salomão, filho da promessa e da paz,
Com mãos erguidas e voz que guiava,
Fez do saber seu escudo eficaz.
Ergueu palácios de ouro e juízo,
No templo, o incenso subia ao céu.
Mas no silêncio do falso sorriso,
Deixou-se enredar por laços de fel.
Mulheres e deuses sussurraram ao vento,
E o rei, que ouvira o Eterno falar,
Tropeçou na trilha do esquecimento,
Beijando o chão ao invés de orar.
Porém, a Graça — como rio secreto —
Desceu das alturas com luz e perdão.
Pois mesmo o sábio, por orgulho inquieto,
Pode cair... e ainda assim ser irmão.
Deus, que molda reis no pó da alma,
O trouxe de volta com amor e calma.
Pois não há glória maior sob o sol
Que ser encontrado ao perder o farol.
Se eu fosse um sábio — e talvez sou apenas um espelho
não discursaria com voz de cátedra,
nem ergueria templos de pedra sobre os homens.
Não pregaria doutrinas como torres,
nem mediria o espírito com réguas frias.
— Antes, abriria o Livro das Estrelas
e com os dedos molhados de silêncio,
tocaria a fronte dos que ainda dormem.
Se eu fosse um sábio — e há dias em que me sinto tocado —
não falaria das fórmulas dos livros mortos,
mas dos códigos ocultos nas chamas dos candeeiros,
nos compassos do coração que ousa ouvir o Vento.
Em vez de dogmas, eu ensinaria a escutar
o pulsar secreto da Criação,
— esse som que dança entre os glúons e os anjos,
entre o Templo e o Sonho.
Citaria não os filósofos que pesaram a verdade,
mas os visionários que a sonharam.
E entre todos os nomes, com reverência,
pronunciaria o Iniciado,
porque nele, o verbo se fez busca,
e o silêncio se fez ponte.
Pois se a poesia leva a Deus,
— este ser é poesia encarnada,
no santuário invisível dos que ousam
pensar, amar, e revelar.
E quem o ouvir com a alma,
há de perceber:
um poema também pode ser profeta.
A Cruz Sempre Vence
Ela se ergue em silêncio,
entre o céu e a dor dos homens,
não como derrota,
mas como um trono onde o Amor reina.
Não há treva que a ofusque,
nem tempo que a desgaste.
Na Cruz, o fim se torna começo,
e o sangue, semente de eternidade.
Quando o mundo zomba,
ela permanece de pé.
Quando os fortes caem,
ela levanta os humildes.
Pois a Cruz não é apenas madeira,
é ponte entre o pó e o infinito.
E quem a carrega com fé,
caminha para a vitória que não se vê,
mas que já está escrita no alto.
Sim... a Cruz sempre vence.
Porque ela carrega em si
o nome do Vencedor.
Oração do Iniciado
Senhor dos Mistérios,
Arquitetador dos mundos visíveis e invisíveis,
que molda o universo com compasso e esquadro,
ensina-me a decifrar os símbolos que deixaste
nas estrelas, nas pedras, nos suspiros do vento.
Concede-me, ó Luz que habita o silêncio,
a ciência dos que veem com os olhos fechados,
e a humildade dos que reconhecem
que toda sabedoria verdadeira vem do Alto.
Faz do meu coração um templo,
e da minha mente, um altar onde o pensamento te adora.
Livra-me do ruído vão das vozes que não sabem,
e guia-me ao centro do círculo,
onde mora o segredo que nem o tempo toca.
Que eu busque não apenas o saber,
mas a verdade que liberta.
Não apenas a riqueza,
mas a prosperidade que abençoa.
Não apenas a luz,
mas o fogo que transforma.
Sê Tu meu Mestre,
meu Silêncio,
meu Fogo Sagrado.
E se eu me perder entre os véus,
leva-me de volta pelo sopro da tua sabedoria,
como fizeste com Salomão,
como sustiveste os profetas,
como iluminas os que ousam perguntar.
Que o meu nome seja sussurrado entre os justos,
não pela glória, mas pelo serviço.
E que meu legado seja como um cântico antigo,
entoado por gerações que ainda virão
em busca do mesmo mistério:
a verdade que pulsa entre Deus e o Homem.
Assim seja.
Assim é.
Assim será.
Havia uma pedra,
uma pedra no horizonte,
uma pedra rara.
O sol brilhava, a noite se aproximava,
o frio se estendia,
enquanto a garoa e o orvalho dançavam sob a luz do sol.
Sina Nordestina
Sou nordestino,
feito de sol e poeira,
de mãos calejadas
e alma verdadeira.
Querem me afogar
em águas de secas,
mas sou raiz que resiste,
sou chão que não se entrega.
Minha sina é estrada,
vento que corta o rosto,
é lágrima engolida
no silêncio do desgosto.
Garota, se soubesse
o que carrego no olhar,
entenderia que o sertão
não se curva ao queimar.
Povo sem sensibilidade,
que julga sem conhecer,
não sabe que na seca
aprendi a florescer.
O primeiro olhar é acaso,
O segundo, convite silencioso,
O terceiro... é um passo rumo ao inevitável.
O primeiro olhar é acaso, mera coincidência.
O segundo, um convite silencioso e tentador.
O terceiro... é o passo inevitável rumo ao pecado.
Deus está presente em teu coração?
Deixa-O entrar, e tua vida se transformará do vinho para a água.
Viver melhor é aprender a amar o próximo.
Quero ser grego, como os sábios de outrora,
E beber da fonte onde o mito aflora.
Quero ser Drummond, de versos profundos,
E enxergar poesia nos cantos do mundo.
Quero ser Eça, de escrita sagaz,
Narrando verdades com um tom voraz.
Quero ser Jó, na dor resiliente,
Fortalecido, inabalável, crente.
Quero ser mais humano, mais alma, mais luz,
Ser ponte, ser verbo, ser cruz.
Quanto mais penso,
Quanto mais ajo,
Quanto mais executo,
Quanto mais crio,
Mais me torno rico,
Mais me torno sábio,
Mais me torno forte,
Mais me torno… infinito.
Canção da Alma Brasileira
Minha terra é sol que arde,
É o vento a dançar nos campos,
É o rio que corta as pedras,
É a brisa em doces cantos.
Minha terra é verde infinda,
Mata densa, céu sem fim,
Onde o tempo se faz vida
E a vida é forte em mim.
O ouro nasce do solo,
Mas gigante é seu fulgor
No olhar de um povo audaz,
Que luta com fé e amor.
Cada palma que se ergue,
Cada rio que se entrega,
Traz no peito a voz do mundo,
Ecoando nossa terra.
Oh, Brasil de mil batalhas,
De mil sonhos, mil tambores,
Onde a dor se faz coragem,
Onde a guerra gera flores.
Não permita Deus que eu deixe
De cantar essa grandeza,
Pois sou filho desse chão
E sou parte da beleza.
Se um dia o exílio vier,
Se um dia a saudade chamar,
Que meu peito nunca esqueça
Que é Brasil meu lar, meu mar.
E agora, destino?
E agora, destino?
O tempo parou,
a estrada sumiu,
o vento calou,
o fogo apagou,
e agora, destino?
e agora, mistério?
Tu, que teces enredos,
que traças caminhos,
que moves os homens
como folhas ao léu,
e agora, destino?
Teus mapas rasgados,
teus passos incertos,
tua sina de ferro,
teu fardo de névoa,
já não há bússola,
já não há norte,
o mundo desaba,
o abismo desperta,
as sombras se alongam,
e agora, destino?
E agora, destino?
Teu sol não desponta,
tua estrela se apaga,
tua prece é silêncio,
teu sonho é ruína,
teu tempo é areia
que escorre depressa,
e tudo desfaz,
e tudo desanda,
e tudo desaba,
e agora, destino?
Com as mãos estendidas
buscas uma saída,
mas a porta se fecha,
o céu se retrai,
o mar já não canta,
o vento não dança,
o eco não volta,
o chão se dissolve,
e agora, destino?
Se te rebelasses,
se ousasses um grito,
se rasgasses o véu,
se rompesses as grades,
se o caos te engolisse,
se a noite cedesse,
se o tempo voltasse...
Mas o tempo é surdo,
o tempo é pedra,
e tu, destino,
marcharás sem rumo,
errante e só,
sem porta, sem guia,
sem sombra, sem luz,
sem nome, sem glória...
Destino, para onde?
Silêncio e Destino
Basta-me um olhar furtivo,
um suspiro, um eco distante,
para que sigas meus passos
e eu te guarde além do instante…
— Mas esse olhar, eu não darei.
Uma sílaba perdida
nos abismos da memória
poderia erguer impérios,
desfazer o tempo e a história…
— Mas essa voz, eu calarei.
Para que me desvendes,
sou neblina sobre o abismo,
sou um traço na alvorada,
sou mistério e exorcismo…
— Máscaras que eu mesmo fiz.
E enquanto não me percebes,
as marés dançam sozinhas,
os relógios perdem as horas,
os ventos rasgam as linhas…
— Até que eu desapareça.
Sapienciais 1:1
Amar a Deus nos aproxima da sabedoria, pois Deus é a própria sabedoria. O homem que entrou em uma caverna e encontrou sabedoria em vez de ouro encontrou um tesouro extraordinário.
Sapienciais 1:2
Quem busca a sabedoria busca ser feliz. Quem compreende essa chave da sabedoria é, verdadeiramente, sábio.
Sapienciais 1:3
Eis que permito que você esteja entre os leões; portanto, sede sábios diante dos lobos, pois entre eles há morte e impiedade.
Sapienciais 1:4
Se há falta de sabedoria entre vós, peça-a ao Mestre, pois Ele é a verdadeira sabedoria e o único caminho para a humanidade. Não há outro.
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