Poema Carolina
De certa forma isso já não funciona mais. Um olhar aos variados olhos a quem pode se enxergar a sinceridade. A certeza, os vícios, a verdade. E tudo pode ser encontrado no olhar.
É aquela maldita frase: "Como você me vê". E eu já nem sei mais o que os olhos dizem.
Nos momentos mais difíceis da sua vida, você precisará de ajuda e você poderá entregar teus problemas nas mãos de Deus que ele resolverá. Não importa quanto tempo demore.
Sentir algo desocupado e ao mesmo tempo absorvente, - tipo aquele que se localiza entre as pernas tão feminis. - O vento me traz as folhas de outono na margem da vidraça pintada de vapor pelo embate do frio que faz lá fora com tal carcaça exalando calor aqui dentro. As pontas dos dedos congelados. Tantos adágios e nenhum debuxo que preste. – Ironia. - Acho que já se narrou muito sem nem ao menos ter posto em prática antes tanta literatura. Acabou que aquele corpo casto sumiu, mas ainda sente-se como tal. – Um signo, talvez. - Precisava sentir aquilo de novo, ter certeza que foi concretizado, fato consumado, e não apenas mais uma de muitas fantasias – de renda preta com pérolas entre os seios - O abrir do zíper de uma calça masculina. – E o sentir ansiedade daquele audaz com seu órgão genital, varão, vindo pra cima deste corpo já denegrido.
Que renasçam os jardins! Que me venha a Babilônia! A ti pertenço, divino mundo permeado de mitologias patéticas nas quais me encaixo perfeitamente. Patético ser perverso simultaneamente submisso às doçuras e encantos vedados da carne humana, seja qual for, basta ser carne. Deliciar-me-ei do fel derramado pelas ruas onde passei, dali nascerão flores negras e meu nome estará lá, assinado. Os olhos cerrados e os braços abertos pro mundo – que me venha o que for de menos necessário, eu quero o fútil. As pessoas que por mim passaram... Ah! Passaram, elas sempre passam. “... E eu passarinho”. Abri as asas. Voei.
As flores da invernia encobrem as ruas em rubro e rosa e nem sequer escuto mais o crepitar das folhas de outono. Eu te amei em ventos de maio, mas te odiei em cores de verão. Em primavera a pele desbotada te vestia tão mais desejável... Hoje é inverno e eu delicio outros doces, dos mais confeitados, aquele tipo que alimentam os olhos, engordam o corpo, mas não matam a sede da boca seca.
Os últimos devaneios não me caberiam assim tão épicos líricos. A cada gota que me faço, desfaço-me em migalhas, aquelas quais espalhei pelo chão para saber o caminho de volta a casa, regressar não vem ao caso. De cretinices em cretinices aquelas quais diluo-me em prazeres impudicos fodidos e mentirosos de outrem, encontro-me cheia de más intenções e discursos vazios - a felicidade cheira a shampoo barato. Chamaria plenitude se vago não fosse o emaranhar das línguas de mesmo sabor e textura - sabe, não há atrito. Desconfio que só ele ame minhas insanidades e as aprove e desfrute como se fossem saborosas feito mel. - Não me julgues assim, não podes desejar-me tão apaixonada. - Estive a pensar nisso “minhas últimas utopias ainda me batem forte a cara” e quando menos percebi, estava a criar peixe nos olhos. Recordo que enquanto dormia eu desenhava palavras de amor invisíveis no corpo dele. Eu o tocava naquele espaço grandioso que era meu futuro na constelação de pintas de seu ombro. Mas ele não entendia os meus signos. E de repente eu não me basto, há tempos nos despedimos sem tom de fim. Faz alguma diferença eu tentar explicar? Preciso de mim, dele, de nós, não sei, preciso. De nós, aquele nós que nunca foi a gente. Eu, então, faço-me inverno, declaro-me Sibéria.
As palavras só saem quando são chutadas de nossa mente. Quando não aguentamos mais.
E então, escrevemos, falamos.Explodimos.
Eu jamais pegaria uma ônibus se pudesse ir de avião, jamais ficarei calada quando puder falar e jamais andarei quando puder correr, por isso não me contento com o mínimo quando posso ter muito mais.
Sabe aquele alegria quando lembra quando tudo no início era mais fácil em tem vontade de volta no tempo? Pois é, eu não sinto isso.
Não viva uma vida de materialismos, pois a felicidade é humilde, o amor não exige nada em troca e a morte não distingue entre ricos e pobres.
O amor, a quem todos nós julgamos como causador do sofrimento, é um dos sentimentos mais preciosos que temos, uma virtude, sua ausência criou essa barreira no mundo deixando nascer o medo, mas a quem o tem é feliz por um longo ou curto prazo, esses momentos sejam eles pequenos ou grandes é o que se destaca no meio de muitas outras sensações. O amor é como o calor que transfere o que ele tem pra se tornar igual ao outro, por isso não tenha medo de compartilhar ou transferi-lo, ele não tem limites, não se esgota, só depende de você querê-lo ou não. Mesmo que sofra, não ponha culpa no amor, ele sempre virá, seja de qualquer lugar ou pessoa, aproveite as oportunidades que tem pra ser feliz as custas dele.
faça sua parte, sempre.
Posso dizer que tudo muda em segundos. É verdade mesmo. A vida não é feita para gente ficar perdendo tempo chorando mágoas e revirando nossos sentimentos e frustrações, como se fossem pedaços de papéis guardados no fundo de um baú. Pensando bem, é melhor isso, e que ele fiquem lá, guardados. A gente tem que tirar o melhor disso tudo, e fazer com isso sirva de lição para gente não fazer de novo. Mas e daí? Se a gente fizer de novo, a gente cai e levanta. De um dia para o outro, literalmente, eu resolvi mudar minha vida. Deixar tudo que não é verdadeiro para o lado de lá, com pessoas que não sabem usar isso de forma construtiva e positiva. A gente não pode fazer com que as pessoas que vivam, convivam com a gente e sejam da forma que queremos. E aprendi de uma forma bem dura. Mas não me importo mais, realmente não me importo. Enfiei uma coisa na minha cabeça: fiz minha parte. Seja como for, eu fiz. Eu fiz o que pude. De verdade, eu fiz. Mas é como dizem, não importa o quanto você se importe tem pessoas que não se importam. Mas a partir de hoje, a partir dessa manhã, me senti tão renovada a ponto de não pensar em nada ao abrir meus olhos. Acordei com uma vontade enorme de viver, e viver para mim. Não para ninguém. Só para mim. Não perca tempo vivendo a vida de outra pessoa, ou esperando que ela vá pensar em você antes de viver a vida dela. É muito difícil aceitar nisso, mas acredite, a vida é assim. E isso é vital para a gente conseguir começar de novo. Então, pense sempre em você, antes de qualquer coisa. E lembre-se sempre: o resto é só resto. Quem decide sua vida, seus planos, é você.
Tudo estava normal, só foi te ver pro meu mundo desabar. Tudo voltar a minha cabeça, as lembranças, as palavras, as desculpas. Perdi o chão sobre meus pés. Faltou ar. Meu coração batia tão acelarado que dava para sentir na ponta de cada fio de cabelo. Eu queria você por inteiro, seu cheiro, seu olhar, seu toque, de volta. Eu precisava daquilo. Estava me consumindo. Eu precisava respirar, só mais um pouco. Minha mente tava em transe, sob efeito alucinógeno, a droga era o seu olhar. E viajei. Drogas fazem isso, causam alucinações. Eu fechei os olhos com tanta força e quando abrir, nada tinha mudado, me surpreendi com o que eu mais recusava a acreditar: - era só ilusão da minha cabeça. Você nem ia voltar ....
Eu queria que um jarro de 10kg caísse sobre a minha cabeça. Minha cabeça já estava pesando mais ou menos esse tanto. Mas 10KG me mataria em segundos. Não dormi nada. Só pensava porque estava dando tudo errado ultimamente. Eu pedia paciência aos sete ventos, e às forças mais ocultas da galáxia. Eu só queria paz. Queria que a mágica voltasse do lugar que ela nunca deveria ter saído: do começo. Mas as coisas andam, o tempo passa, e o que era começo já é durante. A gente caminha querendo encontrar alguma coisa que faça o tempo voltar. A gente sempre quer isso. A gente quer voltar o tempo depois de uma palavra mal-dita, depois de uma atitude nada pensada, a gente quer. Mas não importa o que aconteça dali pra frente, as coisas não voltam. E sabe, eu tenho acreditado muito na condição de que nada acontece por acontecer, existe uma razão muito forte por trás disso tudo. Nós, seres humanos, dotados de raciocínio custamos a acreditar que exista uma força, ou explicação que está fora da nossa concepção de entendimento no que diz respeito a nós mesmos. Confuso demais, por isso é tão difícil de acreditar nisso. Nós, humanos achamos que sabemos tudo, só porque pensamos. Mas não é assim que a banda toca. Tudo tem motivo, razão e porquê. Tudo, absolutamente tudo. Até as nossas burradas, que geram arrependimento, e deles vêm a experiência, tudo isso tem um motivo. E experiência é uma coisa muito complexa, muito mesmo. E acho que já falei dela. Ela se torna fundamental na vida de cada um, quando você aprende a lidar com circunstâncias já vividas. Mas é muito arriscado viver qualquer situação ruim outra vez. É arriscado vivê-la na primeira vez, imagina repetir a dose. É, mas a gente não pode mudar nada do que já é nosso por direito, e por destino. A gente só precisa aceitar todas as circunstâncias da vida ao invés de querer mudá-las. E fazer com que isso entre na nossa cabeça e na nossa vida, já é o primeiro passo.
Eu acordo, e o dia passa como se fosse eterno. As coisas saíram do lugar absurdamente depressa. Eu fiquei sem saber agir. A angustia entranhou pelo meu corpo como o vento em dia frio. Não conseguia fugir disso, era como parte de mim. Foi se espalhando, sentia meu sangue correr entre as veias, e tudo em mim pulsava. Sentia meu coração bater acelerado na ponta dos dedos. Queria fugir daquilo, mas era tarde. Eu só desejava fechar os olhos, e tudo voltar a sua ordem natural. Girando ao tempo de cada ser. Mas não, o que girava era minha cabeça. Eu podia fechar os olhos, fazer toda a força do mundo, mas quando abria, o caus permanecia lá, em constante movimento, destruindo meu mundo aos poucos. Em prantos, meu coração parecia ser cortado em fatias aos poucos, como um bolo de aniversário, e distribuído por ai, para que todo mundo se delicie com ele. É muito difícil expressar tamanha dor. E é muita. Doía todos os nervos do meu corpo, os músculos se contraiam, se esticavam involuntariamente. Eu sentia tudo ao mesmo tempo. E depois disso tudo, eu deitei, coloquei a cabeça no travesseiro, e adormeci, com corpo exausto, com a mente cansada, de tanto pirar.
