Poema a Morte das Casas de Ouro Preto

Cerca de 119366 frases e pensamentos: Poema a Morte das Casas de Ouro Preto

Um poema é a expressão de idÉias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.

Um poema tanto mais belo é quanto mais parecido for com o cavalo. Por não ter nada de mais nem nada de menos é que o cavalo é o mais belo ser da Criação.

Mario Quintana
Caderno H, Editora Globo - Porto Alegre, 1973

Se nunca nasceste de ti mesmo, dolorosamente, na concepção de um poema... estás enganado: para os poetas não existe parto sem dor.

Mario Quintana
Trecho de carta. In: A vaca e o hipogrifo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

filosofia da composição

sempre sonhei compor um poema narcísico
com tetas como tempestades e as
furibundas fêmeas com quem copulou
o bardo Gérard Éluard Du Kar´Nehru
na mui sensualmente San Sebastian
ciudad de los enganos
mas a musa dos meus verdes anos
perdeu-me em sua primavera de pentelhos
e, ainda melhor, furtou-me o espelho

Quero um quintal plantado de acordes pra te musicar
Quero ladrilhos de ouro pra que possas caminhar
A poesia de Augusto pra imaginar
A cantoria dos anjos pra me acalentar..

Inserida por zecapreto

⁠O nosso mundo sempre
Acaba
Em
Guerra.

Nós viemos ao mundo
Com propósito
De algo
Mas na verdade
Sem propósito
Algum.

Nascemos preparados pra
Morte
A qualquer instante.

O que é morrer?
Nunca saberemos
Se não vivermos isso.

E todos os dias vivemos
Mortes
Mortes
Mortes
Mas não são as nossas.

Então como é
Morrer
Tudo acaba
Todos falam
Mas não tem como saber.

Apenas tomando uma dose
Disso pra saber.

Nosso mundo e um caos
Todos querem viver a todo custo.

Mas
No fim.

Sempre acabam mortos.

Então qual o sentido
De uma criança
Nascer.

E morrer.

Ela não tinha propósito
Nem uma misão
Como todos dizem.

Então.

Nascemos pra morte
É
Vivemos pra ela.

Inserida por Morte590

Poema à Mãe

No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe

Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos.

Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais.

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos.

Mas tu esqueceste muita coisa;
esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!

Olha — queres ouvir-me? —
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;

ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;

ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal...

Mas — tu sabes — a noite é enorme,
e todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber,

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves.

Eugénio de Andrade
ANDRADE, E., Os Amantes sem Dinheiro, 1950

Poema do Dia das Mães

Mãe, sem você não sei viver;
Sem você não sei amar;
Sem você não sei cantar;
Mãe, não existo sem você!
Mãe, te amo!

"" Quero ser poema em sua vida
Quero ser um sorriso
E ainda que circunstâncias nos afastem
Temos na poesia o elo que nos mantem... ""

“” Você é a novidade em um poema de amor
É o êxtase, a flor do tempo
Não sei por enquanto
O que posso pedir
Nem se devo comentar
Mas levo da eufórica realidade
O supra sumo do desejo
Raro troféu dos anjos
Que um punhado de ouro nunca comprou
E quem a conquistou,
Sorte demais pra quem tudo quis
Você é grata surpresa
E toda leveza de ser feliz
Logo mais chegará a paixão .
Rugida ao luar
Capaz de fundar a imortalidade na alma
Do acaso que nasceu pra ficar...””

Poema da cachoeira

É a mesma estação rente do trem
Toda de pedra furadinha
Meu pai morou alguns anos aqui
Trabalhando
Um dia liquidou
Ativo passivo
Cinco galinhas
E deram-lhe uma passagem de presente
Para que eu nascesse em São Paulo
Como não houvesse estrada de rodagem
Ele foi na de ferro
Comprando frutas pelo caminho

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971

Nem todo mundo que chega na sua vida, vem com a intenção de ficar. Da mesma forma, que nem todos os que se foram, queriam partir.

Sei que o amor é um grito no vazio, e que o esquecimento é inevitável, e eu te amo.

É, não podemos escolher se seremos feridos ou não. Mas podemos escolher quem nos ferirá...

Não sou formada em matemática, mas sei de uma coisa: existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1. Tem o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. Obviamente, existe um conjunto ainda maior entre o 0 e o 2, ou entre o 0 e o 1 milhão. Alguns infinitos são maiores que outros... Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Eu queria mais números do que provavelmente vou ter.
(Hazel Grace)

E mesmo assim doía. A dor estava sempre presente, me puxando para dentro, exigindo ser sentida.

Ela não queria um milhão de admiradores, só queria um. Talvez não tenha sido amada por muitos, mas foi amada profundamente.

Não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito, você me deu uma eternidade dentro dos dias numerados e por isso eu sou eternamente grata.

Não faço ideia de quantas e quantas vezes eu reli as mesmas palavras, esperando que elas mudassem, que fossem algo melhor. Um pedido de desculpas, um volta pra mim, ou um simples “acorda, te quero de volta”. Mas não. Foram claras. Mais, impossível. Senti rasgar cada pedacinho de mim, e ser jogado ao vento, para que me levasse pra longe. E não sei até quando eu ainda vou voltar ali e ler a mesma coisa, morrer de novo ao termino de cada palavra, esperando por um milagre, que ainda não aconteceu.

Mas todo mundo deveria ter um amor verdadeiro, que deveria durar pelo menos até o fim da vida de pessoa. (Isaac)