Podia ser Pior

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⁠Não era ignorância, era somente o cansaço mental de tudo.
Não é que ela quis ser grossa, ou que ela é bruta de mais.
Ela somente procura um pouco de paz, paz pra sua alma. Há muito desgaste na vida dela, ela so cansou de se importar.

No segundo que ela abriu seus olhos e olhou pra mim, eu soube. Ela seria a minha morte... ou ela seria aquela que finalmente me traria de volta à vida.

De certa forma, gosto do fato de ele ser um livro fechado. Não dá para desgostar de um livro que ainda não foi lido.

⁠Permita - se
Permita - se ser feliz
Permita - se pelo menos uma vez na vida se apaixonar perdidamente
Permita ser enganado ,mesmo sabendo o que está acontecendo .
Permita tomar banho de chuva ,
Permita - se sonhar acordado ,
Permita - se ser usado , ou usar alguém ,
Permita - se viver uma loucura ,
Daquelas que você esquece até do seu nome .
Permita - se ter amigos ,uns verdadeiros ,
Outros nem tanto assim ,
Permita - se se sentir único ,
Permita - se ,permitir que falem de você ,
Seja bem ou mal ,
Permita - se .

⁠Acordar cedo assim deixa a pessoa completamente embotada (...). O ser humano precisa ter o seu sono.

Franz Kafka
A metamorfose. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

⁠Ele precisa ser detido. Ou vai ocorrer uma destruição global.

⁠Mulher

Que todo dia seja dia
de você ser bem tratada,
que a peleja da vida
lhe faça encorajada,
que a ferida cicatrize
e a dor seja aliviada.
Que todo dia seja dia
de você ser renovada,
de ser mil em uma só,
ser talvez reinventada,
de ser o que quiser ser,
sem precisar ser julgada.
Que todo dia seja dia
de você ser conquistada,
de ouvir palavras doces
que lhe deixem embriagada,
e no toque mais suave,
ter a pele arrepiada.
Que todo dia seja dia
de ter a boca beijada,
que na força da leveza
tenha a cintura abraçada,
pra ficar melhor só falta
no cangote ser cheirada.
Que todo dia seja dia
de tu ser paparicada,
de ter o mundo aos seus pés
pra você ser bajulada,
e que não precise festa
pra você ser festejada.
Que todo dia seja dia
de tu ser admirada
pela força, pela garra,
pela coragem estampada
de ser verdadeira e justa
mesmo sendo injustiçada.
Que todo dia seja dia
de você ser engraçada,
pois sorrir e fazer rir
deixa a alma aliviada,
mas se a tristeza chegar
que tu seja consolada.
Que todo dia seja dia
de sair pela calçada,
de caminhar do seu jeito,
discreto ou com rebolada,
de minissaia ou de burca,
e não ser assediada
Que todo dia seja dia
de você ser mais ousada,
de amar quem quiser amar
e por alguém ser amada
O amor é o melhor transporte
pra seguir essa jornada
Que todo dia seja dia
de não ter a voz calada
E se alguém ousar calar,
que essa voz seja elevada
Que todo dia seja dia
da mulher ser respeitada

Viver na zona de conforto nem sempre é estar em conforto
Também pode ser uma barreira que impeça voos mais altos.

⁠Boa noite, amorzinha. Você é a razão do meu amor, pois me transforma no melhor que posso ser. Durma bem e sonhe comigo, pois eu estarei sonhando com você. Te amo muito. 💘

⁠O que o leva o ser humano ao precipício não é a falta de oportunidade, a fatores de desejos em direção ao caos.

⁠⁠Em cada passo da vida, a autenticidade é a bússola que guia para a verdadeira realização. Ser fiel a si mesmo é o meio para alcançar o melhor que o caminho tem a oferecer.

⁠Fingir ser ignorante deixa tudo mais fácil neste mundo.

⁠Se você quiser ser visto como uma pessoa diferente,então faça a diferença , trate as pessoas como você gostaria de ser tratado .
Frases do vini


Acolha cada momento como uma oportunidade de aprendizado, viva com gratidão e deixe a vida ser mais leve. Assim, as bênçãos chegarão e você desfrutará de uma existência plena e significativa.

- Edna de Andrade

⁠O silêncio é a voz mais aguda de um grito que o prisioneiro no âmago do ser declara, imediatamente resignifica o instante de caos em que o agressor apresentou sua proposta de morte ao outro, sendo ele mesmo o suicida que já em estado de decomposição apodrece o ambiente com os vermes latentes rompendo a sua carne putrificada para multiplicação na mutação dos próximos incidentes

⁠Imperfeição é beleza, loucura é gênio. É melhor ser ridículo do que chato.

⁠A educação é uma dívida que todo ser humano tem com o próximo!

⁠Há muita verdade a ser descoberta. Há muito presente a virar passado.

⁠Aprendi com vc o que é o amor, aprendi a ser uma pessoa melhor, eu nunca vou deixar de te amar nunca!!!
Eu te amo e jamais irei deixar, sempre estarei contigo em todos os momentos!
Mas não depende só de mim, temos que caminhar juntos, e esquecer tudo o que nos faz mal, e sabemos oq nós faz mal...temos que caminhar juntos sabemos que é MUITO DIFÍCIL mas teremos que tentar, com vc amando a mim e eu amando vc em frente iremos juntos, sei que iremos conquistar muitas coisas juntos, te vejo em todos os meus planos, me vejo como um adolescente ao seu lado, parece até que estou começando a minha vida agora, na angustia o medo bate, não podemos deixar nada nos abater é difícil até mesmo de tentar, mais com muito amor chegaremos, pq por nós vale muito apena arriscar o mais difícil enfrentarei, eu jamais te perderei pois enfrentaremos juntos, e assim seguimos felizes e unidos para sempre, eu cuidando de vc e vc de mim assim como tem de ser, eu te amo sem precedentes, e quando começo a escrever parece que enlouqueci, são apenas sentimentos que no amor encontrei, vc me faz feliz e por tudo farei te amo!!?

⁠⁠A sedução do Arlequim

Malandro, preguiçoso, astuto e dado a ser fanfarrão: eis a figura do Arlequim. Ele surge com sua roupa de losangos no teatro popular italiano (commedia dell’arte). Sedutor, ele tenta roubar a namorada do Pierrot, a Colombina. Vejo que meu texto começa a parecer marchinha saudosista de carnaval...

Há certa dignidade na personagem. Cézanne e Picasso usaram seu talento para representá-lo. O espanhol foi mais longe: retratou seu filho Paulo em pose cândida e roupa arlequinesca. Joan Miró criou um ambiente surrealista com o título Carnaval do Arlequim.

Ele seduz porque é esperto (mais do que inteligente), ressentido (como quase todos nós), cheio de alegria (como desejamos) e repleto de uma vivacidade que aprendemos a admirar na ficção, ainda que um pouco cansativa na vida real. Como em todas as festas, admiramos o palhaço e, nem por isso, desejamos tê-lo sempre em casa.

Toda escola tem arlequim entre alunos e professores. Todo escritório tem o grande “clown”. Há, ao menos, um tio arlequinal por família. Pense: virá a sua cabeça aquele homem ou mulher sempre divertido, apto a explorar as contradições do sistema a seu favor e, por fim, repleto de piadas maliciosas e ligeiramente canalhas. São sempre ricos em gestos de mímica, grandes contadores de causos e, a rigor, personagens permanentes. Importante: o divertido encenador de pantomimas necessita do palco compartilhado com algum Pierrot. Sem a figura triste deste último, inexiste a alegria do primeiro. Em toda cena doméstica, ocorrem diálogos de personagens polarizadas, isso faz parte da dinâmica da peça mais clássica que você vive toda semana: “almoço em família”.

O ator manhoso sabe que podem existir algumas recriminações diante de uma piada feita com a tia acima do peso ou com o tio falido. Todos queremos nos imaginar bons e incentivadores da harmonia familiar. Todos amamos encontrar um bode expiatório e o Arlequim é um especialista neles. O tipo ideal de vítima apresenta alguma fraqueza física, financeira ou intelectual. A ferida narcísica alheia é um deleite. A hemorragia em chaga de terceiros pode ser sedutora. Claro, isso não inclui você, querida leitora e estimado leitor, apenas as estranhas famílias do seu condomínio; nunca a sua.

O Arlequim é engraçado porque tem a liberdade que o mal confere a quem não sofre com as algemas do decoro. O pequeno “menino diabo” (uma chance de etimologia) atrai, sintetiza, denega, ressignifica e exorciza nossos muitos pequenos demônios. Aqui vem uma maldade extra: ele nos perdoa dos nossos males por ser, publicamente, pior do que todos nós. Na prática, ele nos autoriza a pensar mal, ironizar, fofocar e a vestir todas as carapuças passivo-agressivas porque o faz sem culpa. O Arlequim é um lugar quentinho para aninhar os ódios e dores que eu carrego, envergonhado. Funciona como uma transferência de culpa que absolve meus pecadilhos por ser um réu confesso da arte de humilhar.

Você aprendeu na infância que é feio rir dos outros quando caem e que devemos evitar falar dos defeitos alheios. A boa educação dialogou de forma complexa com nossa sedução pela dor alheia. O que explicaria o trânsito lento para contemplar um acidente, o consumo de notícias de escândalos de famosos e os risos com “videocassetadas”? Nossos pequenos monstrinhos interiores, reprimidos duramente pelos bons costumes da aparência social, podem receber ligeira alforria em casos de desgraça alheia e da presença de um “arlequim”. Os seres do mal saem, riem, alegram-se com a dor alheia, acompanham a piada e a humilhação que não seria permitida a eles pelo hospedeiro e, tranquilos, voltam a dormir na alma de cada um até a próxima chamada externa.

A astúcia do ator maldoso depende da malícia da plateia. Falamos muito do fofoqueiro, por exemplo. É rara a análise sobre a voz passiva daquele que não faz a fofoca, mas que dá espaço e ouvidos para ela. Deploramos o piadista preconceituoso, poucos deixam de rir diante do ataque frontal a outro.

Lacan falava que o limite conferia a liberdade. Sem a placa de velocidade máxima, eu não seria livre para ultrapassar ou ficar aquém do patamar máximo. Da mesma forma, ampliando a ideia, o Bem é cronicamente dependente do Mal. Sem a oposição, nunca serei alguém “do governo”. Batman e Coringa fazem parte de um jogo consentido de vozes. Bocas que fazem detração necessitam de ouvidos aptos. Criminosos dependem de cúmplices. A violência do campo de concentração necessita, ao menos, do silêncio da maioria. Pierrots, Colombinas e Arlequins constituem um triângulo amoroso, uma figura estável porque possui três ângulos visíveis. A perda de uma parte desequilibraria o todo.

Olhar a perversidade do Arlequim é um desafio. A mirada frontal e direta tem um pouco do poder paralisante de uma Medusa. Ali está quem eu abomino e, ali, estou eu, meu inimigo e meu clone, o que eu temo e aquilo que atrai meu desejo. Ser alguém “do bem” é conseguir lidar com nossos próprios demônios como única chance de mantê-los sob controle. Quando não consigo, há uma chance de eu apoiar todo Arlequim externo para diminuir o peso dos meus. O fascismo dependeu de “alemães puros”; as democracias efetivas demandam pessoas impuras, ambíguas, reais e falhas. O autoconhecimento esvazia o humor agressivo dos outros. Esta é minha esperança.

Leandro Karnal
Estadão, 26 dez. 2021.

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