Pessoas Dissimuladas
Soneto Dissimulado
É. Eu passei a esquecer tudo
De uns dias pra cá não sei porquê
Das horas, relógio, do mundo
Qual a razão? Alguém venha dizer
Mas confesso que posso imaginar
Vai ver é por causa de um sonho
Vai ver é por causa de um olhar
Talvez seja a Lua, suponho
Tão tão além do que imagina
Brilha tornando o céu todo seu
É, quando sai detrás da cortina
Esqueço também até quem sou eu
É que o eu vira nós com ela
Tão incrível é pra mim…tão bela
Um riso dissimulado, irônico, nada mais é que disfarce de fuga, gerando a falsa impressão por estar alegre ao anestesiar-se nessa desconfortável situação.
A Deus ninguém engana. Como alguns ditos cristãos podem viver suas vidas dissimuladas de pecados secretos, sem se preocuparem? Se Ele sonda as profundezas do coração, como não saberia o que se faz no computador, no celular, em conversas, boates, quartos, banheiros, motéis, etc?
Minto dissimuladamente para ouvir tua voz. Invento qualquer desculpa...não é correto, a razão me diz. Mas o coração sussurra nos meus ouvidos: não escuta, esquece....razão não queima em chamas, não se apaixona !
Por mais dissimulada e falsa que uma pessoa seja, em dado momento da sua vida, ela deixará transparecer a sua real personalidade doentia.
Vencer na vida não é chegar na frente de forma dissimulada e sem princípios para alcançar um objetivo. Mas sim superar cada obstáculo dignamente a fim de chegar impoluto.
Têm certas mulheres que não valem nem a sola da sandália que calçam, dissimuladas, cínicas e acham que isso é esperteza.
O medo das consequências faz com que o homem utilize de meios dissimulados para não sofrer com seus próprios atos!
"Temos que viver, e não fingir algo que não somos. O mundo não é dos dissimulados, mas sim dos intelectos pensantes. Então, cabeça irmão, cabeça, não use máscaras."
A falsidade se encontra atrás de um sorriso, a beira de um abismo, e no âmago do dissimulado.
(021114)
DISSIMULADO
O meu corpo e todos os meus movimentos são dissimulados.
A minha alma tem falsas janelas, embora coloridas.
A minha voz aveludada pode sair das trevas.
As minhas dores, as coloco em atraentes embalagens.
Posso cantar, enquanto a minha alma dilacera.
Te olhar com ternura, enquanto te odeio.
O meu sorriso, pode ter múltiplas intenções.
A minha pele é de lobo, embora cheire a cordeiro.
Se sou público, sou rasteiro.
Muito quieto, embora arteiro.
Sou militante, mas não cultuo nada que tenha ... ismo.
Em um cofre forte, eu guardo o meu cinismo.
Posso te abraçar, mas não de corpo inteiro.
Nunca diga que me conhece e ou, que sou fuleiro.
Eu brinco com o tempo, apesar do seu esnobismo.
Mas ele é tão dissimulado, que me leva para o abismo.
Contusões por cada centímetro de pele, aparentemente dissimuladas, porém, estão a cada dia adentrando mais, tornando minha carne putrefata e meus sentidos avariados.
A inveja é o mais dissimulado dos sentimentos humanos, não só por ser o mais desprezível mas porque se compõe, em essência, de um conflito insolúvel entre a aversão a si mesmo e o anseio de autovalorização, de tal modo que a alma, dividida, fala para fora com a voz do orgulho e para dentro com a do desprezo, não logrando jamais aquela unidade de intenção e de tom que evidencia a sinceridade.
[...] A gente confessa ódio, humilhação, medo, ciúme, tristeza, cobiça. Inveja, nunca. A inveja admitida se anularia no ato, transmutando-se em competição franca ou em desistência resignada. A inveja é o único sentimento que se alimenta de sua própria ocultação.
O homem torna-se invejoso quando desiste intimamente dos bens que cobiçava, por acreditar, em segredo, que não os merece. O que lhe dói não é a falta dos bens, mas do mérito. Daí sua compulsão de depreciar esses bens, de destruí-los ou de substituí-los por simulacros miseráveis, fingindo julgá-los mais valiosos que os originais. É precisamente nas dissimulações que a inveja se revela da maneira mais clara.
As formas de dissimulação são muitas, mas a inveja essencial, primordial, tem por objeto os bens espirituais, porque são mais abstratos e impalpáveis, mais aptos a despertar no invejoso aquele sentimento de exclusão irremediável que faz dele, em vida, um condenado do inferno. Riqueza material e poder mundano nunca são tão distantes, tão incompreensíveis, quanto a amizade de Abel com Deus, que leva Caim ao desespero, ou o misterioso dom do gênio criador, que humilha as inteligências medíocres mesmo quando bem sucedidas social e economicamente.
Você pode ter amigos sinceros, outros nem tanto; pode ter amigos leais ou até dissimulados, amigos de perto, os mais chegados, outros distantes mas, nem por isso afastados; pode ter amigos de infância, amigos do peito e até irmãos por afinidade; poder o que quiser, com reciprocidade, mas precisará de muita sorte para cultivar uma só amizade por toda a eternidade (da vida, é claro).
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