Permanecer em Silencio
"Às vezes, a vida te obriga a se despedir de quem você era — em silêncio, com o coração em pedaços…"
Chega desse silencio indeciso que me faz quedar em uma espera incerta, de uma certeza ausente, enquanto em mim cresce um turbilhão de pensamento indagativo sem resposta que lhe acomodem a impressão.
Chega dessa espera, que, já não tolera as mãos atadas sem solução, os pés parados plantados, estáticos em vão:
Chega da hipocrisia da alma vazia que deprime o íntimo;
Chegue-se exuberante, sorrindo radiante, numa noite fria. trazendo a alegria de velhos amantes que tornam a amar…
"O Nada não é um vazio, mas o silêncio fértil onde a Visão Abstrata tece, e é desse tecido invisível que o Algo emerge, reescrevendo a realidade."
“Há almas que acendem tua paz…
e outras que a devoram em silêncio.
Aprende a diferença antes que tua calma morra também.”
Dayana Silva
O desgosto é um silêncio pesado dentro da alma. Não grita, mas corrói devagar. É o choque entre o que esperávamos e o que a vida entregou, uma ferida que não sangra por fora, mas exige do coração uma força que ele nem sempre estava pronto para dar. O desgosto não é apenas um sentimento — é um peso que o corpo inteiro aprende a carregar.
“O silêncio não é a ausência de som, é a ausência de expectativas. E quando as expectativas se calam, a gente finalmente ouve a própria voz, sem o eco do que deveríamos ser.”
Porque a vida é uma mentirosa: sorri para nós enquanto prepara, em um silêncio cruel, sua fatal armadilha. Faz-nos crer na eternidade, nos laços, na permanência, no amor.
Mas no fim… nascemos para sermos deixados. Para sermos atropelados por promessas não cumpridas. Para sermos assassinados pelas mãos frias do tempo que, sorrateiramente, nos vigia
[…]
A vida é quem mata, com crueldade, com prazer, com pretensão.
E o pior?
É que ainda a chamamos de um magno milagre.
O silêncio que quase virou amor.
É estranho como, às vezes, a história mais intensa que vivemos é justamente aquela que nunca
aconteceu. Sete meses podem parecer pouco para o mundo, mas quando o coração decide criar raízes
em alguém, o tempo ganha um peso diferente. Foram dias, semanas, quase uma vida inteira de
olhares que diziam tudo o que a boca nunca teve coragem de admitir.
Havia algo ali. Não sei se era destino, ilusão ou só a necessidade de acreditar que alguém
finalmente enxergava aquilo que eu tentava esconder. Toda vez que nossos olhares se cruzavam, algo
dentro de mim se ajeitava, como se o universo desse uma pausa só para que eu pudesse sentir aquele
segundo. E como era profundo… Era quase um diálogo silencioso, uma troca de almas que,
ironicamente, nunca chegou a virar palavra. Mas o silêncio, por mais poético que pareça, também
machuca. Porque ele cresce. Ele ocupa espaço. Ele pesa. E com o tempo, percebi que estava sozinha
numa história que escrevi inteira sem nem que você segurasse a caneta. Meu coração te escolheu, e
você… Você nem percebeu que havia sido escolhido.
Sete meses sustentando um sentimento que nunca se permitiu existir fora do meu peito. Sete
meses de esperança tímida, de idealizações bobas, de perguntas que nunca nem saíram da minha
boca. E no fim, o que restou foi a certeza madura, e dolorosa, de que olhares não são promessas. E
que às vezes a gente se apaixona não pela pessoa em si, mas pela versão que nasce dentro da nossa
imaginação. Ainda assim, não me arrependo. Porque aqueles olhares, por mais breves ou ilusórios
que tenham sido, me deram uma coragem que eu não sabia ter: a de sentir profundamente. A de
desejar intensamente. A de ser vulnerável sem testemunhas.
E isso, por si só, já foi amor o suficiente. Mesmo que só meu.
Entre o silêncio e a alma
No silêncio encontro a verdade,
Entre ecos de memórias antigas.
O tempo passa, leve e suave,
E a vida se escreve em linhas amigas.
Sigo meus passos, pequenos e certos,
Caminho que escolhi, sem pressa.
No coração guardo os afetos,
E na alma, a paz que me resta.
E que me acalenta
Dias de Sangue e Silêncio
Em dias de hoje o jornal sangra em vermelho,
manchetes cruéis rasgam o espelho,
do mundo perdido em medo e rancor,
onde a esperança já não tem cor.
Em dias de hoje só se fala em guerra,
a paz já não pisa os pés nesta terra.
Pandemias reinam, o riso se esconde,
a alegria é um sonho que já não responde.
Em dias de hoje o ar tem veneno,
corações frios, amor tão pequeno.
Máscaras cobrem verdades sombrias,
mentiras reinando nas almas vazias.
Em dias de hoje já não há confiança,
morreu a lealdade, morreu a esperança.
Nem homem, nem mulher guardam respeito,
só sombras que andam com ódio no peito.
Em dias de hoje o sangue mancha a avenida,
um tiro covarde apaga uma vida.
O medo ecoa, o irmão trai irmão,
vende a memória por migalhas no chão.
Em dias de hoje o justo é algemado,
o ímpio é solto, protegido e amado.
Nas ruas o crime é quem dita a lei,
e o trabalhador já não vale o que sei.
Em dias de hoje… só resta o lamento,
um grito calado, perdido no vento.
O mundo agoniza, sangrando em silêncio,
num tempo sombrio, cruel e doente.
Autor: Douglas Pasq
No silêncio burbúrio
A distraçao desacelera
A alma solene da jornada
Rumo ao enlace do amor-próprio
Vai e volta cheia de energias
Vem e fica comigo
Quem planta o bem no silêncio, carrega a verdade no peito e ergue forças que nem a maldade consegue tocar.
— Purificação
No silêncio que escolhemos, germinam forças que quebram o medo e transformam cada sombra em caminho.
— Purificação
VERTIGEM
O silêncio é a febre que me desvela,
Emoção que, no olhar, a si mesma congela.
Um mergulho suspenso em estuário raso,
Onde o sal do teu nome corrói cada passo.
Na urgência de tocar a tua derme fria,
Como a raiz na treva, cega, nua, se avia.
Quase sempre perdido, num só abraço me acho,
E no calor de um toque, o caos desfaço.
Anseio por olhares. E que em mim se demorem,
Por mãos que em meu peito uma pátria explorem.
Num enlace de dedos, na fusão das retinas,
Ancorar o destino em praias adamantinas.
Ah, ser o desejo! Não a brisa que passa,
Mas o magma que rompe a crosta da desgraça.
Com a fúria do centro, sem temor ou medida,
Que arrasta e consome. E funda outra vida.
Ofereço meu mundo, não a gasta promessa,
Mas o chão que em meus pés, sangrando, se expressa.
Moveria os céus. As estrelas traria.
Por um só instante que a morte justificaria.
Busco em ti o meu eco, o avesso do meu ser,
Que decifra o meu caos e me ensina a querer.
Um espelho de abismos, em vertigem perfeita,
Na dança do tempo, a história desfeita.
Por um amor que seja rio a escavar
O leito da memória, e em nós se demorar.
Almas que se incendeiam, que em chamas se fundem,
Em laços que se tecem. E destinos que se confundem.
Poema:
O Dom, o Aprendizado e a Sabedoria
Há dons que nascem no silêncio,
brilham no olhar de quem busca,
não pedem palco nem aplausos,
apenas o espaço da alma justa.
O dom é semente divina,
plantada no tempo da fé,
cresce em meio às dúvidas,
floresce em quem não desiste de ser quem é.
Mas o dom sozinho não basta,
precisa do chão do aprendizado,
da queda que ensina o passo,
do erro que forja o resultado.
Aprender é servir ao propósito,
é lapidar o talento com dor,
é entender que o caminho mais duro
é o que mais revela o valor.
E quando o dom encontra o saber,
nasce a sabedoria serena,
que não grita, apenas ilumina,
que não impõe, apenas ensina.
A sabedoria é o fruto maduro
de quem viveu com humildade,
e entendeu que o maior mestre
é a própria vontade.
JR TEIXEIRA
A cura não é igual para todos… às vezes é uma palavra, às vezes um silêncio, mas sempre é um ato de amor.“Temos o poder de tocar feridas alheias com nossa presença; às vezes, apenas ouvir já é magia suficiente.
—Purificação
