Perdido

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⁠DISTANTE

Tu, que estás remoto, ó tu, que estás distante
Pera, e, num gesto pouco, muito é o carinho
Não fui amado, e como amador, sou sozinho
E na condição sozinho, vagueio pelo instante

Meu coração, desocupado, do amor perante
Tem na poética o seu refúgio, doce caminho
Então, diga nada, e cá te digo bem baixinho
O que a exigência quer: uma história dante!

E, no alvorecer, quando a luz doirar radiosa
Uma sensação outra, se com emoção possa
Intuirás o quão fundamental foi aquela rosa

Ah! o sentimento não mais tão só, tão asinha
O tenho numa saudade, numa saudade nossa
E terás contigo uma qualquer saudade minha

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 setembro, 2021, 06’18” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ÚLTIMA VIA

Ao transpor os umbrais da solidão
Tento a inebries do esquecimento
Deixei de lado o vazio sofrimento
Entalhando o sentimento e emoção

Dá-me a vida, ó sensação doída
O amor noutro amor se escafedeu
Nesses sussurros o pranto é meu
E a paixão suspira na despedida

E, se um dia alguém te perguntar
Não diga nada, assim, deixa estar
E cá fico eu com a minha poesia

Nesta sofrência daqui do cerrado
Solitário, vai-se indo, imaculado
Pois tu foste a minha última via...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 de outubro de 2021 – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

BEM SEM PREÇO

Depois que te perdi, só depois, amor singular
Notei que fracassei com um bem sem preço
Sentimento profundo, vida, um ímpar amar
E, se existi equivalente imitante, desconheço
Caricia ardente e casta, tão uma, confesso!
E agora em uma saudade cortante e doída
Dum olhar nostálgico, e sem um endereço
Eu carrego a recordação, vaidosa e sofrida

Depois que ide, só depois, pobre o coração
Suspira tão triste, em uma constante tortura
Num remorso que invada a minha emoção
De não ter junto a ti, quando contigo estavas
A conformidade onusta de carinho e ternura
Hoje, cá a chorar, aquele amor que me davas!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
25, novembro, 2021, – nas Gerais...

Inserida por LucianoSpagnol

⁠FOSTE

Aquele amor, foste, em outras eras
Olhar no olhar, saudade que povoa
A emoção, foste minhas primaveras
O afeto dentre todos, a boa pessoa
Pros desejos tão cheios de quimeras
Foste os mais ávidos, sonho que voa
Felicidade mais, promessas sinceras
Aquele sentimento que não foi à-toa

Foste: essência, a sombra generosa
Aquele poema de poética amorosa
O cheiro impregnado na inspiração
Fez da minha poesia o rimar inteiro
E do meu versar um verso primeiro
E ao poeta a sua mais doce paixão!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 agosto, 2022, 19’21” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PERDIDO AMOR

Na poesia, eu te chamava com teimosia
Saudando-te com um tal próprio jeitinho
Eram versos de sentimento e de alegria
Que nos quais eu te sussurrava baixinho
Era uma sensação que, muito, eu sentia
E já sabia da emoção que viria, carinho
Pois, em cada rima, de ti uma melodia
Urgia e, o tempo passava devagarinho

Por onde andara meus versos agora?
Sem ti, se só há lembrança de outrora...
Então, um aperto na alma, um ardor
E, aquela atenção que era companhia
Que trazia cheiro, agora, é prosa vazia
Tentando esquecer um perdido amor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16, agosto, 2022, 19’46” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SUMIDO NO PASSADO

Embora as saudades dos idos distantes
Nos faz, lembranças pesarem, azoadas
Embora no tempo seja apenas instantes
Eclodem velhas sensações desfolhadas
Embora as prosas sonhem descuidadas
Por sentimentos golpeados e cruciantes
Embora as atenções fiquem derrocadas
Tudo passa, pois, nada será como antes

E no melhor da saudade, bom ter vivido
Indiferentemente do caminhar, dividido
Que seja! A emoção, é sentido apurado

Assim, vejo, o arfante lamento da gente
Fundir-se ao comum... e tão vorazmente
O gemido afiado estar sumido no passado!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30 março, 2023, 15'02" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO PERDIDO

Eis-me aqui no silêncio do cerrado
Longe de mim mesmo, na dúvida
Extraviado na incerteza da partida
Sem amparo, com o olhar calado

A solidão me assiste, tão doída
Pouco me ouve, pouco civilizado
Tão tumultuado, vazio, nublado
São rostos sem nenhuma torcida

Dá-me clareza de que não existo
Numa transparência de ser misto
No amor e dor no mesmo coração

Como um roteiro no imprevisto
Sem saber como se livrar disto
Velo por aqui sentado no chão...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

A UM AMOR PERDIDO (soneto)

Quando a primeira vez se perde o amor
Que do leito acordou, ali gemendo e só
Dentro do peito a tristeza se faz em nó
E desabrocha a flor de lágrima e suor

A vida sente os olhos mareados, forrobodó
Sobe-lhe um amargo, e o primeiro ardor
Do queixume, do pesar, de um pecador
Tal a rosa, de perfume e espinhos, dá dó

Então a alma se traveste de desventura
Numa torpeza de paixão e de mágoa
Onde o sonhador é bravo sem bravura

Assim neste pranto em verso de bágua
Teu cheiro é açoite sem doce candura
E tua lembrança nos arde em frágua...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
25/10/2019, 23’47”
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AMOR PERDIDO ...

Depois que tu foste, só depois, da partida
Notei que do manso amor, o meu é sujeito
O grato sentimento da sensação, da vida
E, se tem maior bem, desconheço o feito

Afeto ardente e forte, repleto e perfeito
Que na emoção a conformidade é diluída
Um olhar, afago, gesto com poético jeito
Que na boa afetividade a ventura é parida

Depois do vazio, só depois, me vi corso
Num aperto no pensamento que tortura
Que conquista a mente dando remorso

Não tem preço, amor perdido, só trava
A sede, a inspiração, suspiros, a ternura
Tu foste! esvaindo o mimo que me dava! ....

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13/01/2021, 19’18” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠UM AMOR PERDIDO

Pelo verso passaste no correr da inspiração
da inspiração ao decorrer da poética passei
perdeu-se na imaginação a doce sensação
nem sonhos especulei e tão pouco imaginei
Os planos, desenganos, os deixei no coração
e, quanto aos versos, desperdiçados, eu sei
engavetados, tolos, mortiços, sem emoção
nestes danos, por não ter prosa, amarguei

Mas, tudo tem o seu percorrer pelo destino
tudo muda, tudo passa, me vi apaixonado
o olhar dominado num pegajoso desatino
E, hoje, o soneto cadenciado, já desiludido
suspira o romantismo por haver encontrado
também, chora, os versos do amor perdido...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08 junho 2024, 19’22” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠O difícil não é ser amigo do sóbrio, do saudável, do independente.
O fundamental é saber ser amigo do louco, do necessitado, do perdido nos seus pensamentos.
Difícil é se manter ao lado de quem socialmente caiu mesmo a tua frente!

Inserida por RodrigoGael

⁠É certo que enquanto lá fora o sol brilha, cá dentro, pensamentos inversos confundem meus passos que vagueiam nem sempre seguros

Inserida por RodrigoGael

⁠Pensei que nunca o desenho perfeito do teu rosto em mim se iria desvanecer. Viverias para sempre na minha memória!
Mas hoje te busco e o semblante do teu rosto já quase não vejo... Te sinto!
Guardo o teu olhar calmo, enquanto eu te perdia sem, que, por palavras nunca proferidas, os teus lábios me dissesse o quanto éramos naquele espaço só nosso!

Inserida por RodrigoGael

Sou um caso perdido...

⁠Eu sou assim...
boba, carinhosa, sonhadora,
carente, dependente, emotiva,
ciumenta, apegada, desequilibrada,
irresponsável, desajuizada,
tempestade, saudade, ruído...
Ah, eu sou um caso perdido!
(... e você pensando que sairia ileso!)
Haredita Angel
21.04.2020

Inserida por HareditaAngel

🌫 A Ilusão dos Anônimos 🌫

Vivemos tempos em que sorrisos são filtros,
e verdades, legendas bem pensadas.
Por trás de fotos perfeitas,
há frustrações maquiadas.

Corremos atrás de likes,
mas esquecemos o cheiro do café fresco,
o calor de um abraço sincero,
o silêncio confortável de um momento real.

Trocamos olhos nos olhos por telas frias,
afagos por reações,
emoções por figurinhas.

Dizemos "bom dia" com imagens do Google,
mas não dizemos “eu te amo” olhando nos olhos.
Damos coração na foto,
mas esquecemos de dar carinho ao cachorro,
um beijo demorado,
ou a bênção aos pais.

Estamos cheios de presença online,
e vazios de presença de verdade.

Por quê?
Porque o “eu ideal” brilha mais na vitrine,
enquanto o “eu real” morre de saudade de viver.



✍ Texto: Fhayom

Inserida por Fhayon

Existem coisas e situações que já estão perdidas, então use sabedoria e não gaste mais energia com elas, isso seria como colocar gasolina aditivada em um carro com motor fundido.

Inserida por nosor_beluci

Obrigado Pai !...
Eu estava me sentindo perdido e assustado,com medo da vida ,então meu Pai me disse algumas palavras desbravadoras ele me disse : eu fiz o meu melhor ,o meu tempo se foi ;mas você tem todo o tempo do mundo ,agora é o seu tempo e pra você começar a andar sozinho basta que de um passo por vez. Eu não só ouvirei de ti ,assim como você ouvirá de teu filho : obrigado Pai !...

Às vezes penso no quão perdido eu seria nesse mundo sem você.
Seus puxões de orelha me ajudaram a amadurecer tanto.
Eu amo muito você, amiga linda, e espero poder te levar comigo para sempre.
Continue a me ajudar a ser o melhor possível.

Eu nunca viajo por viajar.
Não que eu esteja perdido, mas viajo para me encontrar.
Encontrar cada pedacinho de sentimento em cada lugar.
Ainda que eu visite os mesmos lugares, nada continua igual. Tudo muda, apesar de nada mudar.
Em cada viagem, sou eu o descobridor de todas as mudanças, pois na verdade, sou eu que estou em constante mudança.
Avanço, aprendo e em alguns tropeços eu caio, e caio feio. Mas sempre buscando forças para me levantar.
Viajo para encontrar o que nunca perdi, mas preciso desvendar.

O Palhaço Perdido

O palhaço desajeitado sobe ao palco
Do teatro meio ensandecido,
Sob a luz do ambiente escurecido,
Ouve a voz feminina de um contralto.

Suas mãos espalmadas sobre o peito,
Expressam a surpresa do olhar,
De ouvir um passáro a cantar,
A beleza e a ternura de um jeito:

Doce, sútil e feminina,
Mas com um leve tom mais grave,
A voz da jovem como um alarde,
Anuncia a simplicidade da menina.

Entra a dançarina ao som suave
Da música que liberta os grilhões,
Aplausos agora vem aos milhões,
Rodopia pelo palco ao som do grave.

O palhaço sorrir tímido e assustado,
Vê a bailarina dos seus sonhos,
Mas o sorriso assim meio tristonho,
Foi por não lhe ter cumprimentado.

Segue a programação da peça,
A voz e a bailarina se apresentam,
Mas o palhaço ainda meio desatento
Não entra no contexto desta.

Finalmente chega o fim e a glória,
Sai a bailarina e a contralto,
Senta o palhaço ali no palco
E começa a contar a sua história.

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