Perdi uma grande Amiga
Falar da vida alheia nada mais é que uma tentativa de esquecer um pouco que a própria vida é uma porcaria.”
Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe?
"Luz e Carinho"
Há uma luz em meu caminho,
há uma paz em meu ser,
quando sinto o teu carinho
esqueço tudo, só lembro de você.
Motivado pela simplicidade, o poeta já dizia que simplicidade é querer uma coisa só, e que solução para vida é quando temos a coragem de dizer: "eu queria o simplesmente". É ser capaz de reconhecer o único e necessário bem que pertencemos. Geralmente quem quer muita coisa não quer nada, geralmente quem diz que ama muitas pessoas não ama ninguém. Por isso o discurso da simplicidade é um caminho seguro, muitas vezes queremos muitas coisas e no ato de querer o muito acabamos nos desprendendo de nós mesmos, porque querer muito é esquecer quem somos. Eu sou a simplicidade, uma estrutura que depende de um único querer. No momento que nos preocupamos daquilo que é único, a vida segue com sabedoria, é o mesmo que querer escrever mil cartas ao mesmo tempo, você não tem condições de transcrever várias cartas, como não é possível percorrer mil quilômetros se a gente não der o primeiro passo. É tão fácil dizer que a vida e complicada demais, a vida não é complicada, a gente que complica no momento em que queremos muito. Talvez hoje o pior erro tenha sido querer cuidar de todos e acabou não cuidando de ninguém, porque no momento em que a gente multiplica o nosso querer, a gente perde a capacidade de dividir, e às vezes o que a vida pede de nós é a simplicidade. Não tem muito o que fazer, o que buscar, e descobrimos isso no momento em que a morte encosta em nós, alguém está morrendo perto de nós, ou a gente está morrendo.
A gente descobre que aquilo que fazíamos antes a gente já não pode mais fazer, não temos mais forças para fazer o que fazíamos antes, quando se é criança chora-se de fome, ou de sede, é a vida simples acontecendo, e quando vamos crescendo vamos multiplicando nossas necessidades e deixamos de reconhecer o que é importante agora, e aí precisamos descobrir uma forma sem esbarrar na morte, de todos os dias ser capaz da simplicidade que hoje precisa viver, aprendendo isso hoje pode-se corrigir a vida. O que você precisa fazer hoje para que se possa descobrir o valor de uma vida simples? Simplicidade é querer uma coisa só, quando alguém esta morrendo ao nosso lado a gente cancela a agenda da gente, deixa tudo de lado, não há compromisso que não possa ser cancelado, porque o essencial é estar ao lado de quem amamos. Que esse aprendizado chegue a nos antes que pessoas precisem morrem para nos conscientizarmos. Sabedoria é estar ao lado, ser simples, e não se perder em muitos quereres.
Mas ela gosta de colecionar segredos. Coisas grandes, que ela guarda dentro de uma caixinha. É doce, doce, extremamente doce, tão doce. E ela fica ali, mastigando alegrias.
Toda vez que você sorri para alguém, é uma ação de amor, um presente a essa pessoa, uma coisa linda.
Bate uma insegurança...
No primeiro dia de aula
No primeiro encontro
No primeiro abraço
No primeiro "eu te amo"
No último Adeus.
Bate uma insegurança...
O sonho que me desperta
O chinelo virado pra baixo
Aquela discussão mal-resolvida
O tudo deixado para depois
Bate uma insegurança...
Pensar em quem a gente ama
Pensar naquela conversa séria
Pensar no que pode ser e no
que nunca será
Bate uma insegurança...
Não saber o amanhã
Não saber se é correspondido
Não saber se faz sentido
Não saber já acabou.
Bom dia, minha princesa,
linda como uma flor,
de beijo doce como o mel,
dona incondicional do meu amor
Amor este sem medida,
Amor este sem explicação,
Te quero por muitos anos de vida,
Te quero pra sempre no coração
Que seu dia seja lindo,
Que minha vida seja tua,
Que nosso amor seja eterno,
Como a procura do Sol pela Lua!
E ficamos nessa de vai e não volta, nessa indecisão de uma certeza, na negação de uma vontade. Eu te amo e você me ama, mas o nosso amor não é o suficiente para nos unir. Precisamos de algo que ainda não temos, e talvez nunca venhamos a ter. Preciso ser minha antes de ser sua, e você precisa ser seu antes de ser meu. Mas você é da menina que mora na rua atrás da sua casa, e eu sou do cara que conheci em uma balada qualquer da vida. Somos tão diferentes, mas tão completos quando estamos um ao lado do outro. Poderíamos ser tão felizes, poderíamos ser tão amor… Mas simplesmente hoje somos apenas distantes.
O amor é uma questão de escolhas. É uma questão de tirar os venenos e as adagas da frente e criar o seu próprio final feliz.
Sabe quando você era uma garotinha e acreditava em contos de fadas? Aquela fantasia de como sua vida seria - o vestidinho branco, o Príncipe Encantado que iria te carregar até o castelo. Você se deitava na cama à noite, fechava os olhos e acreditava piamente em tudo. No Papai Noel, na Fada dos Dentes, no Príncipe Encantado - eles estavam tão perto de você que dava para sentir o gostinho deles. Mas aí você cresce e um dia você abre os olhos e o conto de fadas desaparece. A maioria das pessoas acaba então se dedicando às coisas e às pessoas em que confiam. Mas o lance é que é difícil se desprender totalmente de um conto de fadas porque quase todo mundo tem um tiquinho de fé e esperança que um dia eles vão abrir os olhos e tudo aquilo vai se tornar realidade.
Ao final de um dia, a fé se torna uma coisa engraçada. Ela aparece quando você menos espera. É como se, um dia qualquer, você percebesse que o conto de fadas é um pouco diferente do seu sonho. O castelo pode não ser bem um castelo. E que não é tão importante ter um "felizes para sempre" e sim um "felizes nesse exato momento". E, uma vez ou outra, as pessoas podem até lhe deixar sem fôlego.
Os sentimentos que uma pessoa tem quando ama alguém, nunca vão deixar que seus corações se tornem negros!
Mentir com graça, de uma maneira pessoal, é quase melhor que dizer a verdade à maneira de todos.
(Crime e Castigo)
Todo encontro que verdadeiramente nos toca é uma espécie de milagre num mundo de bilhões de seres humanos. Algumas pessoas a gente nem imaginava que existiam, mas, meu Deus, que agrado bom é para a alma descobrir que vivem. Que estão por aqui conosco. Pessoas que fazem muita diferença na nossa jornada, com as quais trocamos figurinhas raras para o nosso álbum.
Chapeuzinho Vermelho
Era uma vez (admitindo-se aqui o tempo como uma realidade palpável, estranho, portanto, à fantasia da história) uma menina, linda e um pouco tola, que se chamava Chapeuzinho Vermelho. (Esses nomes que se usam em substituição do nome próprio chamam-se alcunha ou vulgo). Chapeuzinho Vermelho costumava passear no bosque, colhendo Sinantias, monstruosidade botânica que consiste na soldadura anômala de duas flores vizinhas pelos invólucros ou pelos pecíolos, Mucambés ou Muçambas, planta medicinal da família das Caparidáceas, e brincando aqui e ali com uma Jurueba, da família dos Psitacídeos, que vivem em regiões justafluviais, ou seja, à margem dos rios. Chapeuzinho Vermelho andava, pois, na Floresta, quando lhe aparece um lobo, animal selvagem carnívoro do gênero cão e... (Um parêntesis para os nossos pequenos leitores — o lobo era, presumivelmente, uma figura inexistente criada pelo cérebro superexcitado de Chapeuzinho Vermelho. Tendo que andar na floresta sozinha, - natural seria que, volta e meia, sentindo-se indefesa, tivesse alucinações semelhantes.).
Chapeuzinho Vermelho foi detida pelo lobo que lhe disse: (Outro parêntesis; os animais jamais falaram. Fica explicado aqui que isso é um recurso de fantasia do autor e que o Lobo encarna os sentimentos cruéis do Homem. Esse princípio animista é ascentralíssimo e está em todo o folclore universal.) Disse o Lobo: "Onde vais, linda menina?" Respondeu Chapeuzinho Vermelho: "Vou levar estes doces à minha avozinha que está doente. Atravessarei dunas, montes, cabos, istmos e outros acidentes geográficos e deverei chegar lá às treze e trinta e cinco, ou seja, a uma hora e trinta e cinco minutos da tarde".
Ouvindo isso o Lobo saiu correndo, estimulado por desejos reprimidos (Freud: "Psychopathology Of Everiday Life", The Modern Library Inc. N.Y.). Chegando na casa da avozinha ele engoliu-a de uma vez — o que, segundo o conceito materialista de Marx indica uma intenção crítica do autor, estando oculta aí a idéia do capitalismo devorando o proletariado — e ficou esperando, deitado na cama, fantasiado com a roupa da avó.
Passaram-se quinze minutos (diagrama explicando o funcionamento do relógio e seu processo evolutivo através da História). Chapeuzinho Vermelho chegou e não percebeu que o lobo não era sua avó, porque sofria de astigmatismo convergente, que é uma perturbação visual oriunda da curvatura da córnea. Nem percebeu que a voz não era a da avó, porque sofria de Otite, inflamação do ouvido, nem reconheceu nas suas palavras, palavras cheias de má-fé masculina, porque afinal, eis o que ela era mesmo: esquizofrênica, débil mental e paranóica pequenas doenças que dão no cérebro, parte-súpero-anterior do encéfalo. (A tentativa muito comum da mulher ignorar a transformação do Homem é profusamente estudada por Kinsey em "Sexual Behavior in the Human Female". W. B. Saunders Company, Publishers.) Mas, para salvação de Chapeuzinho Vermelho, apareceram os lenhadores, mataram cuidadosamente o Lobo, depois de verificar a localização da avó através da Roentgenfotografia. E Chapeuzinho Vermelho viveu tranqüila 57 anos, que é a média da vida humana segundo Maltus, Thomas Robert, economista inglês nascido em 1766, em Rookew, pequena propriedade de seu pai, que foi grande amigo de Rousseau.
Extraído do livro "Lições de Um Ignorante", José Álvaro Editor - Rio de Janeiro, 1967, pág. 31
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