Perda de uma Filha
A cada dia, vou aprendendo e descobrindo que o verdadeiro sentido de ser pai. Vai muito além do comprar presentes, viver a essência de ser pai é se fazer presente, brincar, conversar, colocar os pés na areia e se divertir. Ser pai vai além do levar a filha para passear... Para se construir confiança e um laço de amizade é necessário molhar os pés e curtir juntos o brilho do sol. Ser pai não é apenas abraçar, é sentir os sentimentos no calor do abraço.
Ser pai é ser missionário, é um presente dado por Deus. Eu poderia escrever uma infinidade de exemplos do que é ser ou não ser pai, apesar de minha pouca vivência. Porém, resumo que ser pai é simplesmente seguir o modelo d'Ele como Pai, por isso, peço a Deus diariamente que me molde para seguir o Seu exemplo concreto, para me transformar constantemente.
Encanto, paixão, amor! Ser pai é algo inexplicável, é se encantar todos os dias com o seu sorriso, é se apaixonar por cada traço que Deus desenhou e é a maior renovação do amor! Ser pai é um encantamento sem fim em uma história sem roteiro, narrada através da melodia do amor e escrita com a mais pura e verdadeira paixão!
Há muitas lendas sobre a grande guerreira Mulan. Mas, ancestrais, esta é a minha. Olhe ela aí. Um broto jovem, completamente verde, alheia à lâmina. Se você tivesse uma filha assim, com seu chi, a energia ilimitada da própria vida, falando através de cada movimento, você conseguiria dizer a ela que só filhos homens poderiam usar o chi? Que uma filha traria vergonha, desonra, exílio? Ancestrais, eu não consegui.
O amor de mãe, com certeza deve ser incomparável. Eu como pai, quero me ater a este fato e expressar, externalizando meu mais profundo sentimento paterno, declarando o meu amor incondicional pela aquela que surgiu em minha vida, minha filha Maria Eloah!
Se eu pudesse, você jamais sentiria dores, passaria por dissabores ou enfrentaria desamores.
Se eu pudesse, seus olhos jamais deixariam de brilhar e nunca veriam outra coisa além de incríveis maravilhas.
Se eu pudesse, faria todas as suas escolhas, só pra você não correr o risco de se machucar com alguma delas.
Se eu pudesse, transformaria o mundo em um lugar fantástico, para que ele fosse capaz de corresponder ao que você é para mim.
Se eu pudesse, seu coraçãozinho seria guardado em uma caixinha, com chave de diamantes ou a maior dos segredos a te proteger, para mantê-lo a salvo de todo e qualquer medo.
Se eu pudesse, sua vida séria incrivelmente recheada de alegrias, risos, sorrisos e muita magia.
Ah, se eu pudesse...
Embora não possa te proteger e livrar de tudo. Posso estar aqui, te oferecer meu ombro, meu colo, minhas mãos. Posso te entregar meu amor, meu coração ou o que eu tiver e preciso for.
Posso te oferecer meu afago, meu abraço e andar ao seu lado, por esse mundo danado, para que você nunca se sinta só ou sinta falta de alguém ao seu lado.
Posso te oferecer a mim mesma, sempre aqui, eternamente aqui (mesmo quando não estiver), mesmo quando você não mais me veja
Eu não me lembro muito bem de como eu era antes de você, mas, pelo tanto que você significa hoje, certamente eu não era quase nada.
Alguns meses se passaram e eu ainda sinto o êxtase do nosso primeiro encontro. É um amor recente, mas que parece habitar em mim desde outras vidas.
Eu a ensino coisas básicas, como bater palminhas, e ela me ensina coisas básicas, como tentar ser uma pessoa melhor a cada dia.
Só descobrimos o significado da palavra amor depois que temos um filho. Antes de sermos pai ou mãe, temos uma vaga noção do que esse sentimento nos faz sentir em sua essência.
"A mãe da mãe"
Enquanto os olhos do mundo estão no bebê que acaba de nascer, a mãe da mãe enxerga a filha, recém-parida. O papel de avó pode esperar, pois é a sua menina que chora, com os seios a vazar.
A mãe da mãe esfrega roupinhas manchadas de cocô, varre o chão, garante o almoço. Compra pijamas de botão, lava lençóis sujos de leite e sangue. Ela sabe como é duro se tornar mãe.
No silêncio da madrugada, pensa na filha, acordada. Quantas vezes será que foi? Aguentará a manhã com um sorriso? Leva canjica quentinha e seu bolo favorito.
Atarefada, a mãe da mãe sofre em silêncio. Em cada escolha da filha, relembra suas próprias. Diante de nova mãe, novo bebê, muito leite e tanto colo, questiona tudo o que fez, tempos atrás. Tempo que não volta mais.
Se hoje é o que se tem, então hoje é o que é. Olha nos olhos, traz pão e café. Esse é o colo, esse é o leite. Aqui e agora, presente.
A mãe da mãe ajuda a filha a voar. Cuida de tudo o que está às mãos para que ela se reconstrua, descubra sua nova identidade. Ela agora é mãe, mas será sempre filha.
Toda mãe recém-nascida precisa dos cuidados de outra mulher que entenda o quanto esse momento é frágil. A mãe da mãe pode ser uma irmã, sogra, amiga, doula, vizinha, tia, avó, cunhada, conhecida. O fato é que o puerpério necessita de união feminina, dessa compreensão que só outra mãe consegue ter. O pai é um cuidador fundamental, comanda a casa e se desdobra entre mãe e filho, mas é preciso lembrar que ele também acaba de se tornar pai, ainda que pela segunda ou terceira vez.
❤️
Faz um mês que sinto teu cheiro
Te trago em meus braços
E te alimento em meu seio
Faz um mês que o sono não tem monotonia
Ha algo novo todo dia
E a casa nunca está vazia
Faz um mês que a ansiedade terminou
Que enfim você chegou
E fez maior minha alegria
Faz um mês
Toda espera valeu a pena
Numa tarde tão serena...
Já faz um mês,
nasceu a minha Elena.
Dai palavras à dor. Quando a tristeza perde a fala, sibila ao coração, provocando de pronto uma explosão.
Eu nunca quis que nos tornássemos esse tipo de histórias, a qual só se conta com um cigarro em uma mão e uma garrafa de cerveja na outra.
Saber do falecimento foi sem dúvida uma notícia triste e envio agora meus pêsames, para você e para sua família. Estarei aqui para o que você precisar. Não quero que você desanime, mas sim que tenha forças para continuar.
Dava tudo para ter mais uma conversa com você, para sentir sua proteção novamente; para ter acesso a mais um sorriso seu; a mais um pouco de calor. Descanse em paz!
Quando um homem morre, um capítulo não é arrancado do livro mas traduzido para uma linguagem melhor.
A morte de um ente amado é uma dor inigualável, que fere a alma e deixa sempre uma cicatriz. Mas um dia o sofrimento agudo há de transformar-se aos poucos em uma saudade doída, que está quase sempre a latejar, até se tornar saudade que já não martela os sentimentos todo o dia.
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