Perda de uma Filha
No túnel do tempo
No túnel do tempo sai em meio a uma plantação de cereais,
algumas sementes ali no solo fértil deixei para no futuro crescerem e me fazerem bem,
uma tempestade de ventos areais tentou cobrir os meus sonhos com uma nuvem forte mas foram impedidos pela força do sol radiante,
o tempo de colheita me deu de presente rostos que a anos não os via,
o cheiro do milho assado e do café próximo ao rio vieram acompanhados dos latidos do meu querido cachorro Plutu,
a resenha com os familiares e amigos de longa data foi prestigiada com o peixe bem temperado da dona Neusa,
não deu tempo de um adeus, o túnel do tempo se fechou,
fico feliz por poder colher memorias tão mágicas de dias que lá atrás plantei.
Cada uma das pessoas deste mundo
É um verso, de uma estrofe
Das muitas que compõem ...
A eloquente poesia
A que chamamos de vida
Há aproximadamente 400 mil anos vivemos conectados com a natureza, a mãe terra era (e ainda é) uma parte nossa, onde todos os recursos de nutrição, acolhimento e cura se podem encontrar. Muitos fatores nos distanciaram deste contato o que nos trouxe conseqüências devastadoras. Esse é um convite à conexão e à reconstrução da nossa casa. Ainda há tempo de reconstruir essa grandiosidade.
Soraya Rodrigues de Aragão
A mudança é uma dinâmica que começa em nós e a partir de nós. Uma atitude, por menor que seja, cria força e a partir daí, dá-se início a um processo de novas interações e consequências que muitas vezes não podemos prever. Lei de ação e reação? Efeito borboleta? Fractal? Você pode defini-la como quiser. O que nos interessa é que a construção do mundo que desejamos se encontra em nosso poder, em nossas mãos, a partir de pequenas contribuições, de pequenas “gotas” de ações generosas e transformadoras.
Soraya Rodrigues de Aragao
O que é uma frase sem tom ou ritmo? Uma mulher morta, uma múmia. Ah, linda voz humana, alma das palavras, mãe da linguagem, que rica, que infinita você é!
erguem-se
majestosos
os pilares de hércules
no mar de escuridão
e uma eólica negra
e distinta
feita da mesma carne
com o sangue pulsante
observa o vítreo sonho
à distância de um palmo
todos os terrores findando
onde o mundo começa
um preto
enterrando os pés
no medo e hesitação
enche o peito de ar
ou de coragem
e num salto
que ninguém vê
e num grito
que ninguém ouve
não sabemos
o seu destino.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "mar de escuridão")
uma crisálida indecifrável
que respirasse
na perpendicularidade
das minhas pálpebras
como uma força
vibrante e extraordinária
a desenhar as novas veias
fartas e cálidas
do dogma
filosofia ou religião
paradoxais
um paradoxo forte
imbatível e irrefutável
que fizesse esvoaçar
a inércia do verão
que é na memória póstuma
dos outros
o solstício
permanentemente sombrio
uma silhueta contendo
os risos verdes
lá atrás
onde os braços descansam
nus
no imponente esquecimento
do mundo.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "crisálida indecifrável")
se eu fechar os olhos
pelo instante breve
talvez o instante perdure
porque a escuridão é
uma luz por instruir.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "a instrução da luz")
uma flecha que anoitecesse no tempo
lugar, pedaço de terra, erva ou árvore
uma flecha que resistisse implacável
à biologia de uma meia volta de Úrano
sem a subtracção de uma soma
este lugar contém o mesmo
azul celeste sem ser galáctico
poalha invisível sem ser cósmico
é este o lugar onde renascem
os primeiros homens órfãos
do destino sem distinguirem
a mortalidade do seu tempo
densos e altos e firmes poentes
ave, voo pleno ou plano boreal
desvelam frondosos sobre a água
o misticismo das sereias mudas
ninguém as vê plantando os peixes
ninguém as vê caminhando sobre o céu
ninguém as vê contando as pedras
e os peixes voam no céu como pedras.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "os peixes voam no céu como pedras")
A palavra é uma forma de benção. As flores também. Flores são palavras. De Deus.
Há coisas que nos acontecem que nos marcam de uma forma, que nunca mais voltamos a ser os mesmos...
“Dar um boi para não entrar em uma briga e, se for o caso, uma boiada para dela sair, o quanto antes. Isso, sim, é sabedoria e coerência.”
A Sorte chega pelo menos uma vez em nossas vidas, passando muitas vezes do nosso lado, sem percebermos. Alguns foram sorteados pelo destino e outros conseguem agarrá-la, mesmo sem saber, mas o que não sabemos é que não estamos no comando e que o escolhido cabe somente a ela.
É ledo engano pensar que uma
mentira dita repetidas vezes,possa
se tornar verdadeira, porque na
essência da mentira está o engano.
Entre as desesperanças da hora, e à falta de melhores notícias, venho informar-lhes que nasceu uma orquídea...
Sua vida se tornou algo tão profundo que carrega uma energia extremamente pesada, que aqueles que ousam conhecê-la perdem sua sanidade mental, e os poucos que aguentam passam a te tratar como um doente, minhas feridas se tornaram tão profundas que jamais poderei curar, uma lágrimas que para alguns tem um peso enorme, para nós o sorriso que fingimos se tornou algo muito mais traumático, em pequenas palavras tento mostrar o que sinto, mas mesmo que eu escreva milhões de textos, vocês nunca entenderiam.
O direito é difuso e devemos admitir, que as causas de tudo é uma infâmia, que segundo os fatos não compreendemos, por ser algo que se manipula conforme o objetivo dos interesses.
"Decomposição"
Em decomposição afetiva ao amor estou.
A espera de receber uma trégua.
Já desisti de sentir o calor
pois a mim ela nega.
Por um pingo não desisto de ter valor.
Essa dor consumiu todo meu coração.
Aperto minhas mãos e fecho meus olhos
e descubro a lógica nessa frustração.
Não sonho e sei que eram todos óbvios.
Vou mentir a mim que não tive fim.
Vou dizer a ti que me esforcei até o fim.
Agora choro pela manhã atrás de uma mente sã.
Resguardo cada olhar que me foi dado
sufoco ao lembrar de cada abraço.
Adeus, coração insalubre.
Olá mentalidade morta que bate a porta
Da indisposição da cova,
que não está nova.
Foi preparada por mim a muito tempo.
Só me enrolando fui para não cair lá dentro.
Esperei o momento que só sinto o vento
atravessar o vazio de um lugar
que já foi o meu sustento.
