Perda de um Filho

Não lastime por uma estrela que se extinguiu, quando o céu ainda está estrelado.

Dura coisa é perceber que não se deve perder tempo quando o tempo que se tinha já foi perdido.

O tempo

Como dizia o sábio:
- Oque era já é e o que há de ser
Também já passou.
Só te perco, nunca ganho
A mim me resta ver
Como gastar o que sobrou.

Não há filosofia onde o pensamento se esconde, assim como não há razão, onde o sentimento se perde.

Perca quem você achar necessário, mas nunca, em hipótese alguma, perca a si mesmo. Pois o seu "eu" é o bem mais precioso que você tem.

Céu negro, nublado.
Não havia rubor em seu rosto.
Fria, assim como a chuva.
Era o fim; joelhos em britas,
Destroçadas.
Lágrima ou gota d'água...
Como distinguir?
Destruição.
Física e interna.
O fim.

O céu estava fechado e negro; igual ao seu coração.

O mundo em frente, as estrelas acima, os paralelepípedos a seus pés, tudo em torno dele perdeu a nitidez. Achou que já tinha passado por aquela situação, a mesma, igual, igualzinha, alguma vez no passado ou agorinha mesmo, e não entendeu o que era nem por que seus olhos tinham se enchido de lágrimas. Outra vez isso, pensou, outra vez essa… essa… o quê?, tomava conta dele como um aperto no corpo inteiro, como se algo estivesse machucado, ralado, ardendo. Mas lá. Dentro. Uma pontada. Não uma dor: pontada. Fina, fina, fininha. Doía fino. E levava tempo para passar. Ou, ao menos, amainar. Quando finalmente parecia sumir, deixava uma vontade de ficar quieto, de não rir, de não conversar, de não brincar, de não sair.

Versos de um reverso...


Caminho lentamente, renitente
Pisando pedras gastas, seculares
Molhadas pela fina chuva que cai
Lavando ladeiras, sequer me distrai

Sigo sem atenção por cada esquina
Encontro um pouco do eu que já fui
Um guerreiro sem guerras a lutar
Canoeiro que não aprendeu a pescar

Disparo olhares a lumiar neblina
Companhia fria, cinza, arredores sem som
Teço em mim um viver de desejos
Que enseja na chegada, ter seus beijos

Mas, se já não estiveres a minha espera
Apenas viajo em seu olhar e me vou
Me atenho na ponte que me presenciou
Talhar dois corações onde tudo começou

"...já perdi coisa maior
e não morri..."

A dor que dói hoje amanhã vira saudade.

Sozinha de novo...
O vento sopra em meu rosto, meus cabelos se agitam em desordem, meus olhos se fecham lentamente e sinto o cheiro salgado do mar.
Sinto lágrimas escorrerem pelo meu rosto e uma dor dilacerante em meu peito. Por que você se foi??
Você me iludiu, me usou e me fez te amar, você nem se quer quis me ver e agora mais uma vez estou sozinha no meu próprio caos.
Eu só queria alguém pra amar e me proteger, eu pensei que seria você a pessoa certa, mas nunca foi, pois você nem se quer disse adeus.
Sozinha de novo...

Não perdemos as pessoas quando elas morrem
Perdemos as pessoas por falta de amor

Não me dou bem com finais, não sei lidar com eles. Sempre me vejo perdido e com medo, porque depois que acaba, a imprevisibilidade é maior, eu não sei o que começa, mas sei que termina, e esse ciclo é cruel.
As vezes procuro nem começar, com medo do fim. E funciona, não ter nada a perder as vezes é melhor que ter e perder tudo.

Acabou! Essa História termina por aqui...
The End!

A morte raramente muda aquilo que sentimos por alguém. Só aumenta o sentimento, na maioria das vezes.

Meus amigos e família
Eles não entendem
Eles temem perder demais se
Se você pegar a minha mão

Mas, por você, ooh, você
Ooh, eu perderia tudo

Aprenda, quando você for vencida, a limitar suas perdas. Aperte a mão do adversário. E volte outro dia para destruí-lo.

Num momento estamos aqui conversando sobre existencialismo, noutro não existimos mais!

Ela era o sol, que nunca mais vai nascer e ele a lua que nunca mais irá brilhar de novo.