Perda de um Amor por Orgulho
DIALETOS HUMANOS
O silêncio murmura,
os gestos dizem,
os olhos exprimem,
as roupas dialogam,
e as mímicas falam.
A ausência nos retratos
dos meus aniversários,
revelam o vácuo objetivo
do subjetivo desvio do teu sumiço.
Não há mudez na Torre de Babel humana.
Para onde vão os amores findados? Deve haver algum céu em que o suor evaporado dos amantes se transforma em nuvem, que o vento leva no dissipar do horizonte.
Passei décadas buscando ser feliz. Fracassei. Decidi, então, ser calmo, sossegado e tranquilo. Agora que sou calmo, sossegado e tranquilo, sinto-me feliz.
Felicidade não é um fim em si mesmo, mas efeito colateral.
Deitado na cama visitei Cairo, Roma, Marraquexe, Budapeste e Paris. Andei pelos quatro cantos do mundo, escalei o Everest, surfei no Havaí, cacei rinocerontes nas savanas africanas, pesquei marlins no alto mar de Havana, separei-me de Audrey Hepburn e me casei com Mariinha, a menina mais bonita da sala de aula.
Quando me levantei da cama o quarto era o mesmo, a casa era a mesma e o mundo era apático, distante, fosco e indiferente. Estava atrasado, havia perdido o metrô das onze, apenas porque passei da hora, inerte no leito quieto, batendo as asas e planando no teto do quarto.
A noite levou de mim o sonho. Quando acordei, estava com uma lacuna na alma, como se tivesse sido roubado.
Não busque ser feliz. Procure não ser infeliz. É na não infelicidade que a alma encontra a felicidade.
Se está certo Schopenhauer que “viver é sofrer”, sei que estou amadurecendo na vida, quando tenho sofrimentos novos.
Meus mortos não estão no passado. No passado estão meus vivos. Meus mortos estão no futuro, que é para lá que eu vou, quando também desaparecer
Conheci alguém que queria amar tanto alguém, mas tanto, tanto, tanto... Que morreu sem amar ninguém
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