Pequenos textos Reflexivos
Considerando as conquistas que tivemos nos últimos anos, o desafio para as gerações mais novas é pensar o que fazer para sustentar o que conquistamos. Parece que temos uma dificuldade de narrar a partir da conquista, do sucesso e da realização, que sempre precisamos tratar nossa história de dor, miséria e desgraça antes, porque abrir mão de narrar isso seria trair princípios importantes.
A mulher negra da periferia sempre foi feminista. Por que? Porque a gente faz tudo, mas só não temos consciência disso. Minha mãe criou quatro filhos, de quatro homens diferentes. Ela sempre foi independente, sempre fez as coisas dela. Ela nunca se submeteu a nada, ela nunca ficou, nas palavras dela, sob o pé de ninguém. Ela criou três filhas dessa forma. Somos três mulheres e um homem. Às vezes lutamos de uma forma mais silenciosa, outras vezes a gente vai pra cima, mas a gente luta.
Você não pode ser meiga, porque está dando entrada. Não pode falar baixo, porque você é fraquinha. E assim vai. Se você se arruma é porque tá querendo, se se pinta tá indo pra guerra. A gente tem que lutar contra nossa própria essência feminina para poder ser respeitada. Isso é uma tortura.
Eu acho muito interessante como o Brasil me deu um palco para falar deste assunto, como se eu fosse mais válida a falar sobre isso porque sou estrangeira e mulher negra da elite. É interessante ver isso porque vejo muito mais mulheres brasileiras militantes, ativistas, que são muito mais experts na causa negra do que eu, mas elas não estão presentes na mídia. Estão basicamente ausentes.
Sou aceita, mas sou exceção que não é aceita como tal. Sou o ato político. Por exemplo, esses tempos fui a um almoço na Fazenda Boa Vista e uma senhora da elite começou a fazer as minhas tranças voarem. Imagina se eu chegasse naquele evento e começasse a mexer nos cabelos dela? Mas é que ela não sabia lidar com a minha diferença. Não percebe que, porque o corpo negro foi objetificado por séculos, ela está tocando meu corpo achando que pode. Mas não pode.
Se a gente não estimular que mais pessoas possam se apropriar das tecnologias e não apenas por um viés consumista, corremos o risco de aumentar as desigualdades, uma vez que as tecnologias são capazes de impactar muitas pessoas em grande escala. Ou seja, pessoas diferentes, com backgrounds diferentes pensando, criando, e moldando futuros possíveis onde caiba mais gente.
(...) Os desígnios de Deus são inevitáveis em nossas vidas, nem mesmo somos capazes de entender o que o destino nos reserva nem como nossas vidas seriam se nossas próprias escolhas houvessem sido diferentes, de uma coisa estamos certos, desígnios de Deus ou escolas, ainda assim, somos protegidos, conforme nosso merecimento...
Você está neste mundo para fazer a diferença e o melhor modo de fazer isso é usando seu conhecimento e sua experiência para ajudar outras pessoas a obterem êxito. Você pode ser remunerado se compartilhar informações e recomendações práticas e úteis que ajudem outros a obterem êxito e, neste processo, é possível construir um negócio muito lucrativo e uma vida profundamente significativa.
Se corpos sem mentes são coisas demasiadamente brutas, e mentes sem corpos demasiadamente etéreas, talvez não haja realmente como separar um do outro. Talvez o mental seja, na verdade, uma propriedade básica do material e vice-versa. Talvez o material básico subjacente do Universo seja uma coisa só, que possui dois aspectos.
(...) Carrego em meus alforges doses de felidades, alegrias e tristezas com marcas de saudades, marcas de vitórias e derrotas, porém, entretanto o momento é de estabelecer prioridades mesmo correndo riscos, alicerçadas na vontade de vencer e superar os obstáculos que na maioria das vezes é o próprio "eu". Faz-se necessário..
A solidão, por outro lado, não tem faixa etária. Eu costumava pensar que países emocionantes poderiam mantê-lo feliz e entusiasmado apenas com a novidade. Agora eu sei: você pode se mudar para Paris, deliciar-se com a cidade, beber seu café com leite, mas por mais bonitos que sejam os prédios e as varandas, você se encontrará abraçando os postes de luz para ter companhia, como se estivesse em "Os Miseráveis".
Estava morando sozinha em um estúdio em Mineápolis, separada do meu marido e trabalhando como garçonete, tão deprimida e confusa quanto jamais estive na vida. Todo dia me sentia como se estivesse no fundo do poço olhando para cima. Mas foi a partir daquele poço que comecei a me tornar uma aventureira solitária. E por que não? Já fui tantas coisas.
Tratava-se de um mundo em que eu nunca tinha estado e que não conhecia, mas, ainda assim, durante todo o tempo, sabia que estava lá, um mundo no qual eu oscilava entre sofrimento, confusão, medo e esperança. Um mundo que eu achava que podia me transformar tanto na mulher que sabia que poderia vir a ser como na menina que já fui um dia.
Notei que tudo na vida é escrito de caneta e ao tentar apagar meu erros só sujei mais o papel. Aprendi que os erros sempre deixam marcas, nem que sejam de corretivo branco, hoje eu penso melhor antes de escrever, sobretudo porque não sei quanta tinta e folhas tenho, mas principalmente porque Deus está lendo a minha história.
Quem consegue pedir sem sentir vergonha se enxerga como alguém que colabora — e não que compete — com o mundo. Pedir ajuda sentindo vergonha significa: Você tem poder sobre mim. Pedir ajuda com condescendência significa: Tenho poder sobre você. Mas pedir ajuda com gratidão significa: Temos o poder de nos ajudar mutuamente.
Na minha opinião, depois da morte, a matéria deveria ser aniquilada. Seria o método mais adequado para lidar com o corpo. Assim, os corpos aniquilados voltariam diretamente para os buracos negros de onde vieram. As almas viajariam para a luz com a velocidade da luz. Isso se de fato existir algo como a alma.
Chego em casa faminta e minha geladeira me lembra que tenho 130 anos, me oferecendo prateleiras de brócolis, couves e que tais, não mais um carregamento de bem-casados que se amassavam nos bolsos dos paletós dos meninos e que eram divididos entre todos que rachavam o táxi da volta. Eu devia ter me casado, penso. Com sorte ele também seria avesso à ideia de filhos e teria uma lesão nos joelhos. Levaríamos uma vida desanimada revezando a bolsa de água quente. Teríamos um jogo de tupperwares de vidro, presente de alguma tia, e cuidaríamos para preservar todas as tampas.
O médico disse que era estresse. Sempre é. Estresse. Aquele tremor no olho, e quatro horas de sono a menos que o recomendado. E a ansiedade, era estresse também? Você precisa relaxar, ele disse, e a palavra soou leve, como fumaça de incenso. Listou uma série de atividades que poderiam me deixar mole como sua fala enquanto receitava alopatia, pra garantir. A ideia de precisar relaxar me deixava ligeiramente histérica. Quem é que relaxa — e como? — nesses tempos?
A vida, é claro, jamais captura toda a atenção de alguém. A morte é sempre interessante e nos atrai. Assim como o sono é necessário à nossa fisiologia, a depressão parece ser necessária à nossa economia psíquica. De alguma forma secreta, Tânatos, além de se opor a Eros, também o nutre. Os dois princípios atuam em oculta harmonia; embora Eros predomine na maioria de nós, em ninguém Tânatos está totalmente subjugado.
"Aquela menina que o desprezo gerou, aprendeu a ser amor, pois conhecia bem o que era dor. Não usava rosa porque era clichê, gostava do preto e marcava os olhos na frente do espelho, no bolso, carregava abraços apertados pra todos! Aquela menina, era uma mulher, que escondia suas dores pra curar a dor de um outro qualquer."
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