Pequenez do Homem

A grandeza do homem está em ele se reconhecer como miserável. Uma árvore não se dá conta da sua miséria.

O grande poeta existe para mostrar ao homem pequeno o quanto ele é grande.

O sentimento da vingança é tão agradável, que muitas vezes o homem deseja ser ofendido para se poder vingar, e não falo apenas de um inimigo habitual, mas de uma pessoa indiferente, ou até mesmo, sobretudo em alguns momentos de humor negro, de um amigo.

Os sentimentos não devem ser lógicos. Perigoso é o homem que racionaliza suas emoções.

O homem é a criatura que não pode sair de si, que só conhece os outros em si, e, dizendo o contrário, mente.

Julgar-se-ia bem mais corretamente um homem por aquilo que ele sonha do que por aquilo que ele pensa.

O homem fala sobre o que sabe, a mulher sobre aquilo que gostaria.

O homem nasceu para viver e não para se preparar para viver.

Um homem não é infeliz porque tem ambições, mas porque elas o devoram.

O homem, com suas nobres qualidades, ainda carrega no corpo a marca indelével de sua origem modesta.

O homem é absurdo por aquilo que busca, grande por aquilo que encontra.

Como a luz numa masmorra faz visível todo o seu horror, assim a sabedoria manifesta ao homem todos os defeitos e imperfeições da sua natureza.

Não desejes e serás o homem mais rico do mundo.

Podemos muito bem perguntar-nos: o que seria do homem sem os animais? Mas não o contrário: o que seria dos animais sem o homem?

Creio que o homem sonha unicamente para não deixar de ver; pode acontecer que um dia jorre a luz interior em nós e nenhuma outra nos será mais necessária.

O caráter do homem é o seu demônio.

Um homem sem propósito é como um navio sem leme.

Os exames são temíveis até para quem tem o melhor preparo, pois o homem mais tolo pode sempre fazer uma pergunta que o mais sábio não sabe responder.

É a vontade que faz o homem grande ou pequeno.

A miséria habitua o homem a estranhos companheiros de cama.