Paulo Freire Fracasso Escolar
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Árvores da infância -
E depois a monotonia verde
Dos canaviais...
Demorou este ano,
Mas de repente, em toda a parte -
Primavera!
Um susto matinal:
na caixa do correio,
duas mariposas!
Tão pequena
E desbotada de chuva
A casa da infância!
Manhã de frio.
Se fosse menino escrevia
Meu nome no vidro.
Trezentos quilômetros
Para não vos contemplar -
Mangueiras da minha infância!
Às dez da manhã
O cheiro de eucalipto
Atravessa a estrada
Mesmo molhado
Resplandece ao pôr-do-sol
O campo de algodão.
A igreja branca
Sufocada entre eucaliptos -
Aldeia de minha mãe...
De uma casa branca
No meio da encosta da montanha
Sobe um fio de fumaça.
Pelo espelho do carro,
Os campos que outrora foram
A casa do avô.
Sob a névoa fria,
O cemitério da vila
Cercado de ciprestes
Não há comida
E as moscas se ocupam
Em fazer mais moscas.
Na casa do avô
Havia tantos pernilongos
Em noites como esta!
Mesmo com fome,
Não se apressa como as outras
A galinha manca.
Tardes de Cuiabá:
Garças e periquitos
Voando pra noroeste.
Olhando bem
O cafezal, na verdade,
São laranjeirinhas...
Patos selvagens.
Por que iriam dois para o norte
E dois para o sul?
A velha ponte -
No pó ajuntado entre as tábuas,
Brota o capim.
A princípio: "O que é aquilo?",
Mas depois...
"Campos de arroz!"
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.